Casamento por dinheiro e poder
Casamento por dinheiro e poder
Por: Jay
AS DESGRAÇAS ME SEGUEM

POV EMILY

—Você está demitida! —grita furiosa minha chefe.

Olho para ela com uma expressão surpresa.

—O quê?

—Não vou repetir. Agora vá embora! —ela gritou, e eu fiquei imóvel.

—O que você está esperando? —perguntou e me empurrou bruscamente, fazendo-me cambalear um pouco, mas recuperei o equilíbrio e comecei a recolher minhas coisas.

—Dou-lhe 10 minutos para sair daqui, e não quero ver sua cara neste prédio nunca mais! —gritou furiosa e saiu do meu escritório como uma tempestade.

Não acredito que ela me culpou pelo desaparecimento dos arquivos dela. Fiz tudo o que ela me pediu e entreguei o relatório para a Abby revisar. Abby o levou e agora diz que eu não entreguei os arquivos. Não só ela me culpa por algo que não fiz, como ainda me demite?

Apresso-me a recolher minhas coisas e saio do meu escritório. Enquanto me afastava, podia ouvir os sussurros e risadas dos meus colegas de trabalho.

Passei por alguns deles e vi Abby. Ela me lançou um sorriso malicioso e acenou para mim.

Então foi ela. Ela armou para mim.

Olhei para ela com raiva e virei-me em direção à porta.

—Tchau —ela disse e esbarrou em meus ombros antes de sair.

Cerrei os dentes e me controlei para não correr até ela e lhe dar uma surra. Respirei fundo, abri a porta e saí.

Essa foi a última vez que coloquei os pés no meu local de trabalho.

*

Fiquei lá fora e tirei meu celular para ligar para uma das minhas amigas vir me buscar.

—Oi, aqui é a Rena. Por favor, deixe uma mensagem após o sinal.

Suspiro.

Desliguei o telefone e peguei um táxi para voltar para casa.

Ao chegar, tirei as chaves para abrir a porta, mas ela já estava aberta.

Meu namorado, Mark, deveria estar em casa.

Abri a porta e a fechei em silêncio.

Talvez eu devesse surpreendê-lo, mas primeiro preciso usar o banheiro.

Subindo as escadas silenciosamente, estava prestes a abrir a porta do banheiro quando ouvi um barulho vindo do quarto, então me virei e fui até lá.

—Eu te amo tanto —uma voz familiar falou.

—Eu também te amo, mas você tem namorada —respondeu uma voz feminina.

—De quem você está falando? Da Emily? Ela não significa nada para mim. Além disso, ela nem me deixa tocá-la como você.

Mark? Ele está com outra mulher?

Virei-me pronta para sair definitivamente, mas parei ao ouvi-lo dizer:

—Vou me casar com você, Rena.

Rena? Minha amiga Rena?

Não posso acreditar.

Por que ele fez isso comigo?

Virei-me furiosa e entrei no quarto.

—Então é isso que você faz quando eu não estou? —gritei, cheia de raiva.

—Emily? —Rena disse surpresa e pulou do colo de Mark.

—Por que você está em casa tão cedo? —perguntou Mark enquanto abotoava a camisa.

Olhei para ele e respirei fundo.

Meu Deus. Por favor, não me faça matar alguém hoje.

Caminhei até ele e dei-lhe um tapa na cara que ressoou pelo quarto.

—Como você ousa? —gritei.

Ele fez uma careta de dor e esfregou a bochecha, agora vermelha, mas não disse nada.

—Agora vai se fazer de bobo? Todo esse tempo eu te ajudei. Te dei um lugar para ficar depois que sua mãe te expulsou de casa. Te dei comida, roupas e uma m*****a cama para dormir. E é assim que você me retribui? Me traindo? —perguntei. As lágrimas começaram a se formar nos meus olhos, mas não vou chorar na frente dele.

—Eu... eu sinto muito, mas eu não te amo mais, Emily —respondeu enquanto olhava para o chão.

E isso partiu meu coração.

—Certo. Entendi —disse sarcasticamente, cruzando os braços.

Estou tão cansada dele!

Podia sentir as lágrimas querendo escapar.

Então me virei para Rena.

—E qual é a sua desculpa? Hein? Você sabe que ele é meu namorado, mas ainda assim dormiu com ele? E, pelo amor de Deus, Rena, você é minha amiga —disse a ela.

—Sinto muito, de verdade, mas...

—Me diga, o que diabos um "sinto muito" pode fazer? Vai consertar isso? —a cortei—. E isso não é desculpa!

Os dois ficaram olhando para o chão, sem dizer nada.

—Olha, já aconteceu, tá bom? Também não é como se fosse a primeira vez. Amo o Mark, Emily, e se você for uma boa amiga, me deixará ficar com ele.

—E se você fosse uma boa amiga, nunca teria dormido com meu namorado —respondi.

—Mas eu dormi. Isso prova que não sou sua amiga, então vamos esquecer isso e seguir com nossas vidas, tá bom? —ela disse, e meu sangue fervia de raiva.

Não, ela não vai! Não vou deixar nenhuma garota dormir com meu namorado e sair impune.

—Quer que eu esqueça assim tão fácil? —perguntei, e ela assentiu com a cabeça.

—Então espero que você nunca esqueça esta surra que vou te dar —disse, aproximando-me dela. Bati nela tão forte no rosto que acho que arrebentei seus lábios. Ela me olhou, e pude ver que também estava furiosa.

—Não me toque, sua vadia! —gritou e pulou em mim.

Derrubei-a no chão, segurei-a, sentei-me em cima dela e bati nela sem parar. Dei t***s contínuos no rosto dela e puxei o cabelo dela com tanta força que, quando me levantei, tinha um punhado de cabelo em minhas mãos.

—Já chega! —Mark disse e tentou me afastar dela, mas hoje não vou tolerar nada de ninguém. Pulei e lutei contra ele também.

—E isso é por me trair! —gritei e dei-lhe um chute nas partes baixas. Ele caiu no chão e gemeu de dor.

—Agora saia da minha casa! —disse, agarrando todas as roupas dele.

Fui para a cozinha e peguei um isqueiro. Acendi suas roupas no fogo e vi como se transformavam em cinzas.

—Ei! O que você está fazendo? —ele gritou e veio até mim com raiva.

—Você veio para minha casa sem nada... e vai sair sem nada! —respondi. Ele levantou as mãos para me bater, mas Rena o impediu.

—Vamos, querido. Não se incomode com ela. Vou te levar para minha casa e te comprar roupas novas —Rena segurou suas mãos e o puxou.

Ele olhou para mim uma última vez antes de virar a cabeça e sair com Rena.

Idiota estúpido.

Assim que eles saíram, senti as lágrimas que estavam prestes a sair finalmente escaparem, e comecei a chorar.

Como ele pôde?

Depois de tudo o que fiz por ele, ele me traiu?

Depois de chorar por um tempo, me recomponho e entro no meu quarto.

Já não consigo mais morar aqui.

Toda esta casa me lembra ele.

Peguei algumas roupas e as coloquei na mala. Pegando minhas chaves, tranquei a porta e saí.

Vou para a casa dos meus pais.

Continue lendo no Buenovela
Digitalize o código para baixar o App
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo

Digitalize o código para ler no App