Cold ManciniEloise, aproxima-se e após observar a Harper, diz :—Ela é apenas a sua motorista?Antes que eu explicasse a Eloise a situação, minha mãe olha atentamente para mim e aponta para a minha mão, revelando a aliança que eu estava usando.—Eles chegaram de mãos dadas, os dois estão usando o mesmo modelo de alianças, ela irá morar conosco, tudo indica que eles são casados, então o Cold não mentiu quando disse que estava casado —diz o meu pai.— Desculpe senhor e senhora Mancini, o Cold queria contar desde o princípio que somos um casal, mas eu tive receio, pois não queria que pensassem que estou com ele apenas por puro interesse.— Vocês estão casados a quanto tempo?—perguntou a minha mãe, olhando para Harper.Fiquei surpreso como ela conseguiu mentir tão bem.—Estamos casados a pouco tempo, mas o conheço tem mais de seis anos, eu sempre o mantive seguro, quando saia bêbado do cassino infinite money, foi difícil fazer com que ele me notasse, até que me lembro como se fosse ontem, ele pela primeira vez, falou comigo, nos conhecemos e tivemos uma noite agradável, depois acabamos perdendo contato e a pouco mais de um ano voltamos a nos ver, quando em uma noite, ao entrar no meu carro, ele voltou a me notar e então desde aquela noite, estamos juntos, não demorou muito e nos casamos no civil.— E por que só agora está vindo nos conhecer e morar conosco?—perguntou minha mãe.— É que ele disse que não poderia mais continuarmos dessa forma, e me obrigou a aceitar que somos um casal e devemos estar juntos, eu não pude negar o pedido dele, mas fiquei receosa com o que diriam com a minha chegada e implorei a ele que mentisse dizendo que sou apenas a motorista dele.— Para mim, você é apenas a motorista dele, mesmo que use uma aliança, pois até ontem ele não queria se casar com ninguém e essa aliança que ele usa hoje, ontem não estava no seu dedo— disse Eloise, desprezando a Harper.— Eloise, sei que é difícil para você, mas a Harper não está mentindo, eu não usei a aliança antes porque não queria que se sentisse mal, mas a minha esposa está aqui, para que não tentem casar-me, já que sou um homem casado.Subo as escadas com a mala dela e assim que entro no nosso quarto, digo:— Você sempre trabalhou como motorista? —pergunto a encarando.— Já trabalhei na oficina com o meu pai, tínhamos uma empresa, mas desde que ele morreu, precisei também ser taxista, após alguns acontecimentos com minha família.—Poderia ser atriz, sabe atuar muito bem, até criou uma história de que já nos conhecíamos a muito tempo, até mesmo eu quase acreditei, apesar de ter certeza que se tivesse a conhecido, lembraria de você.Ela me olha tentando disfarçar, mas me encarava como se soubesse de algo que não havia me contado.— Senhor perigo, como quer que eu o chame na frente da sua família?—ela me pergunta e então sento na poltrona.—Pode me chamar como quiser, tenho certeza que saberá lidar com isso, depois de ver o que foi capaz de contar hoje a eles.— Você sabe que a sua cunhada, a tal da Eloise é apaixonada por você nao é?—ela me pergunta sentando na cama.— Do que está falando? Você deixou o bon senso em sua casa?— Por isso que sempre o pior cego é aquele que não quer enxergar, imaginei que não percebesse, por isso decidi te contar, mas não se preocupe, farei com que ela entenda que o número de chances...A interrompo e logo digo:—Que ela tem comigo é zero. Não pretendo me envolver em jogos de sentimentos complicados, especialmente com alguém da família.— Entendo... — ela murmura, parecendo um pouco desapontada. — E quanto a nós dois? O que somos?Fico em silêncio por um momento, ponderando sobre como responder a essa pergunta delicada. Finalmente, decido ser honesto.— Somos... parceiros, Harper. Nada mais, nada menos. Eu já deixei claro desde o início que não há espaço para sentimentos entre nós. Apenas um acordo de conveniência.Ela abaixa o olhar, parecendo resignada. Eu me levanto da poltrona e me aproximo dela.— Mas isso não significa que não possamos nos entender, certo? — digo, tocando levemente seu queixo para fazê-la olhar para mim. — Desde que saibamos onde está o limite.Harper assente, com uma expressão mista de tristeza e aceitação.— Sim, Senhor Perigo. Eu entendo.— Onde você vai dormir então? — Harper pergunta, olhando para mim com curiosidade enquanto se ajeita na cama.Eu a observo por um momento antes de responder, ponderando sobre como explicar minha rotina peculiar para ela.— Eu durmo muito pouco, Harper. Muitas vezes, prefiro ficar acordado trabalhando. Não se preocupe comigo, eu tenho meus próprios lugares para descansar quando necessário.Ela parece surpresa com a resposta, mas assente, compreendendo.— Entendo... Você é mesmo um homem ocupado.— É verdade. Mas estarei por perto se precisar de alguma coisa. Boa noite, Harper.Com um último olhar para ela, me viro e saio do quarto, deixando-a sozinha com seus pensamentos.Ao descer e chegar à cozinha, sou surpreendido pela presença de Eloise, que parece ter algo a dizer. Ela me lança um olhar curioso e pergunta:— Cold, você não vai dormir com a esposa hoje?Eu ergo uma sobrancelha, surpreso com sua pergunta direta. Decido responder de forma evasiva, sem revelar demais.— Na verdade, Eloise, tenho que sair por um tempo. Mas não se preocupe, logo estarei de volta, para a minha esposa. - Respondo, mantendo um tom calmo, mas firme.Eloise franze a testa, claramente irritada com a resposta.— Agora está priorizando ela, não é? Nunca tem tempo para sua própria família. Mas tudo bem, vá, faça o que precisa fazer. Eu não me importo mais.Ela vira as costas e começa a mexer nas frutas com mais força do que o necessário, deixando claro seu descontentamento. Eu apenas suspiro e saio da cozinha, sabendo que teria que lidar com as consequências dessa interação mais tarde.Continua....Harper RicciardiEnquanto me vejo sozinha, naquele quarto silencioso, não consigo evitar pensar em tudo que aconteceu. Seis anos atrás, aquele terrível pesadelo que se tornou minha realidade, um incêndio que destruiu minha vida, matando meus pais e quase me matando também. Eu estava prestes a desistir quando ele apareceu, como um anjo da guarda sombrio, me salvando daquele inferno em chamas.Mas agora, aqui estou eu, diante dele, como sua esposa por contrato. Ele não se lembra de mim, não faz ideia do que passamos juntos naquela noite fatídica. E talvez seja melhor assim, talvez seja mais fácil para ele lidar com o que faz se não se lembrar das pessoas que salvou.Mas para mim, é difícil esquecer. É difícil olhar para ele e não ver o homem que me salvou, que me deu uma segunda chance. E é ainda mais difícil aceitar que, para ele, eu seja apenas mais uma peça em seu jogo de poder e conveniência.Enquanto me enrolo nos lençóis, lutando contra as lágrimas que ameaçam escapar, prometo a
Harper RicciardiCold suspirou, percebendo a tensão no ar. Ele se aproximou mais de Eloise, que estava visivelmente instável devido à embriaguez, e ofereceu-lhe um apoio firme.— Eloise, vamos lá dentro. Você precisa descansar um pouco — disse ele com calma, mantendo-se composto apesar da situação tensa.Eloise olhou para ele com uma expressão confusa por um momento, antes de finalmente ceder e aceitar sua ajuda. Com cuidado, Cold a guiou em direção à porta da mansão, ignorando o olhar furioso que eu lançava em sua direção.Enquanto eles se afastavam, uma mistura de alívio e preocupação se espalhou por mim. Eu sabia que Cold não tinha sentimentos românticos por Eloise, mas mesmo assim não conseguia evitar a sensação de insegurança que sua proximidade provocava em mim.Cold ajudou Eloise até o quarto dela, garantindo que ela estivesse segura antes de sair imediatamente, sem dar espaço para qualquer mal-entendido. Eu estava no quarto, deitada, envergonhada pelo que havia acontecido e
Harper Ricciardi Acordo cedo e Cold ainda dormia. Tomo um banho, visto um short e uma blusa, e desço. A mansão parece silenciosa. Vou até a cozinha e preparo o café da manhã. Uma hora depois, a cozinheira entra e me olha assustada.— Bom dia, me chamo Harper — digo olhando para a senhora diante de mim.— Senhorita, me perdoe, não sabia que acordava tão cedo. Não precisa se preocupar, sou a cozinheira e irei preparar o que a senhora desejar.— Não precisa se preocupar, eu já estou acostumada a fazer o meu café da manhã. Se não for incômodo para a senhora, gostaria de ajudá-la.Enquanto trabalhamos juntas, aproveito para perguntar sobre a rotina da casa e aprender mais sobre o lugar onde agora vivo.Enquanto ajudava Maria na cozinha, ela compartilhou detalhes fascinantes sobre a história da mansão. Surpreendentemente, ela revelou que trabalhava na casa desde os primeiros dias dos pais de Cold, quando eles eram recém-casados. Ela descreveu como testemunhou o amor florescer entre os pais
Cold ManciniAcordei pela primeira vez em muito tempo, disposto e estava me sentindo bem por isso, fui até o closet e vi poucas peças de roupa da Harper, algumas que provavelmente ela já havia usado o suficiente, já que estavam bem gastas.Tomei meu banho e me arrumei, desci as escadas decidido a ser um esposo romântico e amoroso, mesmo que fosse uma farsa, já que não sinto amor por ela.Tanto meus pais quanto Harper foram surpreendidos pelo meu lado romântico, mas principalmente diante da Eloise, eu precisava ser convivente sobre o casamento, já que não quero magoar a irmã da mulher que mais amei.Harper parecia ser uma boa mulher, notei que ela acordou cedo para ajudar no café da manhã, o que me fez perceber que ela continua sendo ela mesma.Assim que termino de comer, saio e ela logo entra no carro e fica perdida nos seus pensamentos, então digo que precisamos ir ao shopping, ela logo dirige, assim que chegamos, saio do carro e vou direto para a loja de roupas femininas que tenho c
Cold ManciniO som do elevador se abrindo nos traz de volta à realidade abruptamente. Nos afastamos um do outro, respirações ofegantes, olhares surpresos.Harper parece atordoada, seus lábios entreabertos denunciando a surpresa do momento. Eu me afasto, sentindo o peso do que acabei de fazer.As portas se abrem para revelar o corredor movimentado da empresa, e nós dois saímos do elevador, tentando disfarçar a estranheza do momento enquanto seguimos em direção a minha sala, o silêncio pesando entre nós.Antes que eu entrasse, diante da porta do meu escritório, a secretária aparece e logo diz:— Senhor Mancini, parabéns pelo casamento, desejam algum café, suco ou água?Olho para minha secretária e digo:—Leve água para Harper e um copo de Whisky para mim.Harper me olha e logo abro a porta e entramos.—Cold, com licença, preciso ir ao toalete—diz ela, provavelmente surpresa com a minha atitude.—Claro, vá em frente. Estarei aqui quando você voltar— respondo com um sorriso gentil.O que
Harper RicciardiCold parecia estar distante da realidade, então me aproximei dele e perguntei novamente:— Cold, sua mãe me ligou e pediu que a buscasse no salão de beleza, parece que o carro dela não quer funcionar — ele me olhou com uma expressão séria.— Como a minha mãe tem seu número se nem eu mesmo pedi a você? — ele me perguntou.— E por acaso você precisa pedir? Acha que não sei que estou casada com um mafioso? Tudo está ao seu alcance, sempre que quiser, então quando desejar ter o meu número, é só recorrer aos seus funcionários. Agora preciso ir, não posso deixar minha sogra esperando.— Harper... — ele me chamou e, assim que direcionei meu olhar para ele, o mesmo disse obrigado por me dispor a buscar a mãe dele.— Tem algo que não sabe, mas a minha mãe está doente, então agradeço por ser gentil com ela neste momento, mesmo que não seja sua obrigação agradar a minha mãe.— Eu sou humana, Cold. Claro que a ajudaria, mesmo que não seja minha obrigação. Eu tenho uma dívida etern
Cold ManciniChego em casa a tempo, não havia chegado ninguém da minha família ainda, exceto os meus pais que estavam vestidos como se fossem a uma festa.—Suba logo filho, tome um banho e se arrume, o Lorenzo chega daqui a pouco e ele irá trazer a vovó Dete.—Onde está a Harper?—pergunto olhando para minha mãe que estava linda.Antes que minha mãe respondesse, ouço a voz dela, enquanto desce as escadas.—Estou aqui—disse ela, direcionei meu olhar para as escadas e fiquei a encarando, ela estava muito linda, o vestido delineava suas curvas e com um vestido vermelho e batom da mesma cor, ela me encara com um sorriso nos lábios.Enquanto me aproximava dela, vi Harper olhando para mim com um desejo palpável nos olhos. Sem hesitar, segurei suavemente seu rosto e a beijei, deixando-me levar pelo calor do momento. Seus lábios contra os meus eram uma tentação irresistível, e por um instante, tudo o mais desapareceu. Era apenas nós dois, envoltos naquela troca intensa de paixão e desejo. Qu
Cold ManciniA minha bisavó aproxima-se de nós e pergunta-me como me caso e não informo-lhes.— Tenha calma bisa, eu sabia que não precisaria contar, afinal todos estão aqui não estão?— Vovó Dete, vamos levar ele para piscina e jogá-lo lá, para ver se acorda para a vida—disse a minha tia Eugenia.— Na verdade, Eugenia só faria isso se ele ainda estivesse solteiro, mas como podemos ver, está morando com uma mulher, dormindo no mesmo quarto, só faltam casar-se.— Bisa, já somos casados!—assim que digo, ela dá-me um tapa.—Pensa que ir num cartório e assina papéis sem a sua família é casamento? Acredito que vou ter que aceitar o seu pedido Eugenia, parece que o meu bisneto está a dormir acordado só pode.Meu pai e o meu tio caem na gargalhada, Eugenia pega o meu braço e antes que eu falasse algo a Harper segura no braço da minha tia e diz:—Ele não precisa entrar numa piscina para fazer o que é certo, na verdade, ele já havia falado sobre o nosso casamento na igreja, inclusive sobre o q