Jaewon saiu do elevador no décimo andar e caminhou a passos largos até o quarto . Parou em frente a porta totalmente afobado e pegou na maçaneta pronto para girar e entrar ali , pegar aquela garota petulante e a arrastar porta afora .
Afinal, como ela ousava o desafiar assim? A não ! Isso não iria ficar assim . Porém, parou no minuto seguinte e respirou um pouco , talvez ela só estivesse com medo dele .
“Claro , você apontou uma arma para o irmão dela .”
O pensamento gritou o fazendo xingar baixinho . Ele era um chefe da máfia , não um ditador .
— Bons modos , Jaewon …bons modos . — falou baixinho para si mesmo .
Bateu então na porta e não obteve uma resposta, bateu novamente e nada , bateu a terceira e dessa vez girou a maçaneta e entrou .
— Com licença,estou entrando .— Disse ele de certa forma cauteloso.
Catherine estava olhando pela janela quando o ouviu e virou rapidamente travando no lugar olhando para a figura do homem parado a poucos passos , a cama fazia a divisa entre eles.
Jaewon deu uma boa olhada nela , o rosto jovem e bem delicado realçou com a maquiagem e o cabelo loiro preso em um coque . Teve que se concentrar para lembrar o que realmente foi fazer ali . Baixou a cabeça quando seus olhos desceram pelo singelo decote do vestido de renda levemente colado ao corpo dela .
Pigarreou e voltou a olhar para ela que ainda estava imóvel.
— Pode me dizer o que diabos está acontecendo? — Disse ele
— Foi o que ouviu.— Ela respondeu afiada com a voz firme , a petulância ali novamente.
— E pode por favor me dizer o que eu ouvi?
— Bom,se a senhora Si-u não foi clara o suficiente …eu disse que não vou me casar . — Catherine respondeu empinando o nariz de leve o encarando .
Jaewon riu e balançou a cabeça em negativa , pós as mãos na cintura .
— Não fui bem claro com você por um acaso?
Catherine engoliu em seco ,seu corpo todo estava tremendo mas não iria deixar que ele a fizesse fraquejar .
— Claro o suficiente . Mas eu me recuso a isso .
Jaewon riu mais uma vez cobrindo o rosto com as mãos .
“ O que ele estava fazendo afinal? Ele tinha perdido o juízo , por deixar uma mulher falar assim com ele .”
Ele a olhou sério e em instantes cruzou a distância entre eles , ela recuou mas ele a pegou pelos braços e a girou colocando seu corpo contra a parede , ela arfou quando o corpo dele a prensou ainda mais.
— Eu vou lhe dizer novamente e espero que você entenda . Eu não lhe pedir em casamento ,eu lhe disse o que iria acontecer . Então você vai melhorar essa cara e vai descer até lá e sorrir . Depois vai caminhar devagar até mim perante o juiz e vai dizer — Sim— . Você está entendendo, Catherine?
Uma lágrima escorreu pela face dela e Jaewon sem querer a acompanhou até pôr os olhos naqueles lábios carnudos em um batom vermelho vivo. Seu corpo pequeno tremia sob as mãos dele . Ele era tão alto em relação a ela , tão forte e poderia facilmente fazer dela o que bem quisesse naquele quarto . Mas, ele não era um estrupador nojento , assassino ? Talvez . Mas estrupador nunca .
— Você vai descer agora ,ok ?
— Não …eu não vou…—Ela disse de olhos fechados .
— MAIS QUE INFERNO! — Gritou. Ele a soltou caminhando até a sacada. — E o que raios pensa em fazer? Eu vou arrastá-la daqui até lá se for preciso! —Ele disse e voltou se para ela que ainda estava parada no lugar secando as lágrimas.
— Faça então, e eu vou gritar para todos ouvir que estou sendo obrigada a me casar e que você está com meu irmão em algum lugar preso . — Ela disse em meio a mais lágrimas.
Ele encarou aqueles par de olhos azuis o desafiando . E amaldiçoou-se por achar ela tão linda .
— Ok , se quer assim . Certo então . —Ele disse pegando o celular no bolso e ao discar colocou no ouvido ainda a encarando
— Alô , eu preciso que tragam uma lembrancinha de casamento para mim . Oh sim ! Estou precisando de uma mãozinha . Ok . — Desligou .
— Vou deixar que se acalme e repense um pouco . — Disse ele e sorriu sentando-se na poltrona ali no quarto. — Por favor , sente -se não quero que se canse muito , a cerimônia é um tanto enfadonha.
Catherine sentiu medo quando Jaewon mudou totalmente o tom de voz mais severo para um mais calmo . Ele a encarava com aquele sorriso maroto o qual ela tinha quase a certeza que estava planejando algo . Resolveu ficar quieta, mas nada que viesse dele seria realmente bom .
…
A campainha do quarto tocou .
— Oh , vejam só chegaram. — Ele disse sorridente indo até a porta .
Catherine estava olhando pela sacada novamente e voltou para dentro do quarto quando Jaewon voltou com uma caixa branca com um laço vermelho passado.
— Para você .
— O que é isto?
— Um presente.—O sorriso ali novamente.
— O que foi ? As ameaças não estão mais funcionando ? — Ela perguntou sarcástica .
— A moda nunca acaba . — Ele devolveu no mesmo tom — Mas como seu irmão não pode estar aqui hoje eu queria que você se sentisse acolhida , um aperto de mão talvez . — Jaewon deu de ombros se fingindo de inocente.
Catherine engoliu em seco.
— Vamos abra é um presente do seu irmão.
— Meu …irmão? — Ela perguntou os olhos brilhando em expectativa.
— Sim. — Ele respondeu.
Catherine pegou a caixa , suas mãos tremiam . Sentou se na cama e colocou a caixa sobre seu colo e devagar desfez o laço e esse caiu . Pegou então na tampa e tirou vendo o conteúdo assombroso.
— Não…não…— Ela pôs uma mão trêmula na boca e as lágrimas desciam copiosas . — OH MEU DEUS! — Ela gritou caindo em si e jogando a caixa para longe no chão e uma mão cortada pulou para fora caindo aos pés de Jaewon .
— Oh deus! Sangue mancha. — Jaewon disse dando um pequeno chute no membro que rolou para o lado .
— O que …o que você fez ? — Catherine perguntou vindo para cima dele socando seu peito que segurou ambas suas mãos e a jogando contra a cama ficando por cima dela.
— Agora escuta aqui e escute bem, eu não vou mais recuar em minhas decisões e acho melhor você fazer o mesmo . Quer o seu irmão vivo ? Hã?— ela balançou a cabeça positivamente — Então , entre na droga daquela banheiro e arrume esse rosto e cabelo e logo mais desça com Si-u, estamos entendidos ?
Catherine apenas chorava sentindo o corpo do homem sobre o seu .
— ENTENDEU OU NAO ?
— Sim…
— Sim o quê , Catherine?
— Sim…eu entendi…
— Muito bom . — Ele levantou arrumando o terno cinza .
— Vou descer e dessa vez não se atrase. Você tem 15 minutos ou a próxima coisa que irá receber é a cabeça dele .
…
Catherine respirou profundamente antes de as portas duplas do salão serem abertas . Ela segurou firme o buquê de orquídeas amarelas o apertando mais do que deveria . Todos ali a encaravam e nenhum rosto lhe era familiar, eram apenas 10 pessoas tirando Jaewon que a esperava no pequeno altar improvisado. Caminhou lentamente sobre o tapete vermelho , ao som da valsa italiana que tocava suavemente ao fundo . Parou ao chegar perto de Jaewon que sorrindo pegou em sua mão direita e a beijou suavemente.
As mãos dele eram macias , fato curioso para se constatar pelas mãos de um assassino que tinha um uso contínuo de armas ,ela pensou olhando para ele . A cerimônia seguiu com o juiz proferindo um discurso débil sobre amor e fidelidade e finalmente a parte dos votos chegou. Para ela não eram votos de casamento e sim uma sentença velada de morte em um cativeiro eterno .
— Sim . — Jaewon respondeu firme
Catherine trêmulou um pouco quando q pergunta dessa vez foi dirigida a ela .
— Sim…— Respondeu em seguida ao sentir a mão de Jaewon apertar a sua .
— Por favor , assinem aqui e depois as testemunhas .— Disse o juiz.
“ Assinando meu atestado de óbito”
Pensou Catherine morbidamente ao deslizar a caneta dourada sobre o papel bege do livro do tabelião.
— Me dê sua mão, querida .—Jaewon disse pegando uma das alianças que o tal Mi-Jun lhe entregará .
Ela estendeu a mão devagar e ele deslizou o anel pelo seu dedo .
— Aqui Catherine .—Mi-Jun lhe entregou a outra aliança .
— Obrigada . — Falou e depois colocou o anel no dedo de Jaewon .
— Ótimo, agora eu os declaro marido e mulher . Pode beijar a noiva, senhor Kim— O juiz falou .
Catherine enrijeceu no lugar e baixou o olhar , Jaewon pegou em sua face com ambas as mãos a encarando . Seu coração estava palpitando feito louco e um embrulho percorreu seu estômago, mas logo se acalmou quando ele lhe deu um beijo na testa . E ela pode respirar aliviada.
— Vamos brindar agora e comemorar.—Mi-Jun disse animado .
— Mande os garçons servirem a todos aqui, eu vou me retirar e ir para casa. Estou cansado.— Jaewon disse olhando para o relógio.
— Jaewon é o seu casamento . —Mi-Jun falou rindo e ele rolou os olhos em desdém.
— Si-u.— Jaewon chamou a mulher que veio imediatamente.— vá até o quarto e junte todas as coisas de Catherine lá e as leve para minha casa , e desça as malas que estão no meu quarto e as de Catherine .
— Sim senhor .
— Venha , vamos para casa, eu estou cansado.— Disse ele pegando na mão dela que parou subitamente.
— Malas ? Para onde vamos ? E meu irmão? — Ela lhe indagou aflita.
— Vamos para a nossa Lua de mel , querida.— Respondeu Jaewon em um sorriso sinistro.
Catherine congelou .
“Lua de Mel…”Aquelas três palavras cantarolando na mente de Catherine enquanto Kim abriu um sorriso ao ver o rosto dela ficar vermelho. Ela desviou o olhar, observando as mãos que ainda seguravam o buquê, sentindo-se constrangida e vulnerável.— Quer jogar? — Jaewon olhou para Catarina.— O quê? — Ela o olhou um tanto confusa, tentando entender a súbita mudança de assunto. — O buquê. Não é assim que funciona? Depois do casamento, a noiva joga o buquê para uma sortuda pegar. — Jaewon sabia mesmo mudar de personalidade de maneira súbita, oscilando entre a ternura e a frieza.Catherine se pegou pensando que ele não era um assassino sem escrúpulos, mas sim um homem de personalidades conflitantes, o que o tornava ainda mais perigoso.— E quem o pegaria? — Ela olhou ao redor, vendo apenas uma moça servindo bebidas para aqueles homens, todos imponentes e ameaçadores. — A pergunta foi —você quer jogar?— Se sim, deixe comigo.— ele disse a encarando, bebendo de uma vez o restante do champa
Catarina ficou chorando por horas naquele quarto . Pensando no que estava acontecendo com seu irmão , a angústia toma conta dela . Ela sentia tanta raiva por seu sentir impotente em toda aquela situação, aquele espiral de problemas que pareciam intermináveis como se ela estivesse presa a um pesadelo. Levantou-se da cama , acendeu a luz do quarto olhando ao redor. O quarto era simples , porém elegante, um ar de sofisticação,uma cama grande Quinn, a qual ela olhou por mais de um minuto seu rosto ficando vermelho ao pensar nas palavras dele dizendo “ Nossa lua de Mel ”ele havia dito com um tom que a fez estremecer.Ela sentiu um frio na barriga por pensar que ele poderia entrar ali a qualquer momento invadindo seu espaço e a tomar a força. Catarina encolheu abraçando o próprio corpo. Ela estava perdida,não sabia o que fazer, a quem recorrer , contar a quem ?a Polícia? Ele tinha controle sobre tudo tinha a certeza. Estava derrotada.Catarina sentou-se na beira da cama, os olhos
Aquele sorriso , despreocupado ali .— Não, minha querida. Não tem escolha. Agora, vá . Entre no banheiro e se troque ficarei aqui esperando. — Ele recuou de perto dela e agachou pegou um vestido tubinho vermelho de alça e a entregou junto com uma calcinha de renda preta. — Tome banho e vista isso . Catarina pegou as mãos trêmulas, entrou no banheiro e se trancou ali . Ela trancou a porta com medo que ele entrasse e fez exatamente como ele disse . Alguns minutos depois saiu do banheiro se sentindo envergonhada.Ele estendeu a mão, mas Catarina ignorou o gesto e saiu do quarto com a cabeça erguida. Mesmo em meio àquele caos, ela se recusava a perder sua dignidade. Descendo as escadas, seus pensamentos estavam em constante turbilhão. Cada passo que dava a levava para mais perto do inimigo, mas ela sabia que precisava ser forte. Haveria uma oportunidade de escapar, ela só precisava encontrá-la. Chegaram ao salão de jantar, onde uma mesa luxuosamente posta os aguardava. Kim Jaewon i
— Venha , tem muitos cacos aqui. — Ele pegando no seu braço e ela se soltou o olhando assustada. — Não vou a lugar nenhum até você me deixar falar com meu irmão .— Disse decidida. Jaewon pôs uma mão na têmpora no meio na testa parecia estar ficando nervoso . — eu já deixei que falasse com ele hoje . Você é muito ingrata , sabia? — Disse com o rosto perto dela , e ela ficou firme olhando para ele .— E você sem piedade que manda arrancar membros dos outros . Jaewon rugiu com as mãos na cintura tentando não explodir com ela .Catarina respirou fundo, tentando não mostrar a ansiedade que crescia dentro dela. Ela sabia que precisava ser cuidadosa com suas palavras.— Porque ele é a única família que me resta, Jaewon. Eu me sinto isolada aqui, e falar com ele me trará um pouco de conforto. Prometo que não vou tentar nada. — Sua voz soou sincera, mas por dentro, ela estava formulando um plano.Jaewon ficou em silêncio por um momento, observando cada detalhe de seu rosto. Ele finalment
— Espere um minuto. — Ele disse indo até o telefone ao lado no criado mudo ao lado da cama. — Sim, Joong-ki. Peça a alguém para arrumar o quarto da minha esposa . Por favor, até amanhã tudo em perfeita ordem , obrigado. Vamos.— desligou o aparelho olhando para ela e apontando para a porta. Catarina seguiu o homem alto e tatuado até o fim do corredor onde dobrava à esquerda e ficou pensando em como aquela mansão era grande e como também seria solitário morar ali se não fossem os empregados . Ele abriu uma porta dupla preta , e tinha um quarto grande e espaçoso. Uma cama enorme no meio , uma televisão enorme de frente com um home theater e um som . Era um quarto moderno, um carpete cor de bege que abrangia todo o piso e uma varanda enorme de canto a canto . — Ali é o closet — Jaewon apontou para uma porta grande e dupla de madeira clara —e ali — Apontou para a outra porta de vidro fosco — É a suíte, banheiro como quiser chamar. Tome um banho. — Jaewon foi logo tirando a camisa
Ela se olhou no espelho olhando para as roupas dele nela , eram confortáveis mas lhe traziam uma certa vulnerabilidade pois não usava nada por baixo . Com passos curtos e suaves, saiu do banheiro e sentiu o olhar dele sobre nela .Jaewon a adimirou e achou extremamente sexy vê-la em suas roupas casuais e sua mente vagueou pelo corpo desnudo por debaixo,mas não iria deixá-la ficar constrangida. Levantou -se e sentou na cama ." Venha aqui . Deve estar com frio . " Ele disse reparando no corpo pequeno que tremia e o cabelo molhado . Catarina com receio caminhou até a cama relutante sentado na beirada olhando para o programa de tv , culinária que passava. Jaewon levantou e foi ao banheiro e retornou com uma toalha seca e um secador na outra mão ." Vou secar seu cabelo. Minha mãe dizia que dá resfriado dormir de cabelo molhado .”Catarina estava estranho o modo delicado que ele a tratava, ela pensava em coisas brutas como arrastá-la para a cama e tomar sua pureza a força sem dor . Sent
" Não é arriscado? " Mário perguntou com medo " Eu posso fazer isso …" Ela ponderou olhando para a porta do banheiro" Eu ..eu acho que ele gosta de mim …sei lá …ele até agora não quis me …" a palavra rasgou em sua garganta " Violar e eu acho que posso conseguir isso dele …" O que? Não ! Você não pode se entregar, vender seu corpo assim …" Catarina chorou mas enxugou as lágrimas rapidamente. " Essa decisão é minha . Ele não vai me machucar,aliás sou sua esposa . " Ela olhou para a aliança grande em seu dedo. " e o Fabrício? ” Catarina lembrou-se do namorado na faculdade, não havia contado nada a ele . Meu Deus, o que ele iria pensar dela que tinha se vendido por dinheiro ou algo pior . " Eu …eu falo com ele depois . Preciso ir .” " Katy …” " Até mais , mano … " Então ela desligou assim que a Jaewon saiu do banheiro a cintura enrolada em uma toalha. Catarina observou o baixo ventre com uma serpente esculpida que vinha das costas tatuada. O abdômen era bem definido e sentiu
Catherine não conseguia pegar no sono.O som da porta batendo ainda ecoava em seus ouvidos, e a tensão em seu corpo se recusava a dissipar. Cada movimento de Jaewon, cada palavra proferida com raiva, estava gravado em sua mente. Seu corpo todo tremi e ela suspirou fechando os olhos com força .Ela se levantou da cama, sentindo o frio do chão sob os pés descalços, e foi até a janela. O céu estava escuro, sem estrelas, como uma extensão da escuridão que sentia dentro de si. Catherine apertou as mãos contra o peito, tentando acalmar a agitação que tomava conta de seu coração. Catherine sabia que ele não a deixaria escapar facilmente .… Enquanto isso, após alguns minutos de reflexão e mais um copo de uísque, Jaewon se levantou decidido. Subiu as escadas, cada passo ecoando com determinação. Quando abriu a porta do quarto, Catherine estava de pé na varanda e ela se virou rapidamente, o coração saltando. E Jaewon, ainda com o rosto sombrio, mas agora um pouco mais calmo, caminhou até el