O salão onde o chefe da máfia japonesa, Seno, aguardava, era silencioso, exceto pelo suave som de respirações controladas dos guardas ao redor. Catarina entrou ao lado de Jaewon, seu coração pulsando de ansiedade, mas ela mantinha o queixo erguido. Havia um ar de poder sufocante na sala, e Seno, sentado em um canto com uma expressão serena, parecia ser o epicentro desse controle.— Essa é Catherine — Jaewon anunciou, com a voz firme, mas seu olhar frio, quase cortante, não lhe oferecia nenhum conforto. — Minha esposa.Seno observou-a por um longo momento, seus olhos escuros como poços de mistério.— Uma bela escolha, Jaewon — ele disse com uma voz profunda, carregada de significado. — Espero que você a mantenha sob controle. Catherine sentiu uma raiva pinicando seu corpo , como alfinetes em seu vestido . Como aquele homem velho e maldito ousava falar assim dela como se ela fosse uma coisa ? Um prêmio? Um objeto? Ela não era nada daquilo,muito menos de Jaewon. Mas , resolveu morder a
Jaewon se jogou sob o chuveiro assim que se livrou das últimas peças de roupa. A água fria caiu sobre sua cabeça, escorrendo pelos ombros e costas, molhando seu corpo tenso.Ele ergueu a cabeça, os olhos fechados, lutando contra a sensação avassaladora que ela havia deixado nele.— Maldita... — praguejou em um sussurro rouco. — Maldita... — A cada vez que a palavra saía de seus lábios, ele via Catherine em sua mente, como se suas mãos estivessem em seu quadril, apertando-a enquanto ele a consumia, assim como o fogo consome a lenha.Jaewon se amaldiçoou por desejá-la tanto. Ah, sim, ele a queria loucamente. Nunca, jamais, mulher alguma habitou seus pensamentos como Catherine fazia agora — com toda aquela raiva mal direcionada, sua língua afiada, o corpo magro e pequeno, e aquele olhar que oscilava entre a inocência e o indomável.Ele soltou um gemido contido ao atingir sua libertação. O jato escorreu por sua mão, e a água levou embora o último resquício de controle. Seu corpo convulsio
Catherine subiu as escadas rapidamente assim que seus pés tocaram o chão da mansão que, querendo ou não, agora era sua casa. Ela queria ir para o quarto, seu quarto, longe de Jaewon. Queria ficar o mais longe possível dele.— Onde coloco, senhora? — um dos seguranças perguntou com suas malas, ao entrar em seu quarto.— Pode deixar aqui, por favor. — apontou para o local perto da cama. — Obrigada. — acenou quando ele saiu e fechou a porta.Catherine foi até a sacada de seu quarto, ainda fechada, e, pelo vidro, viu Jaewon lá embaixo no jardim. Ele parecia sério enquanto falava ao telefone, sempre gesticulando ou, pelo movimento dos lábios, falando alto. Ela ficou ali, observando-o, até que ele desligou o celular de forma brusca, tirou os óculos escuros e, como se soubesse que ela o olhava, se virou e encontrou o olhar dela. Catherine saiu rapidamente da varanda e levou a mão ao peito, sentindo o coração bater forte ao lembrar do sonho.— Sonho... pesadelo, isso sim. — resmungou para si
Catherine sentia a ansiedade tomando conta dela, como se uma represa tivesse se rompido e as águas invadissem seu peito, ameaçando afogá-la. Ela precisava ver o irmão. Andava de um lado para o outro no quarto, cada passo revelando sua inquietação, até que, de repente, a porta se abriu. Jaewon entrou, com sua presença dominante e quase sufocante.Ele colocou as mãos nos bolsos e a observou com um olhar cauteloso, como se tentasse decifrar suas intenções apenas com os olhos, como se pudesse enxergar o que se passava na mente dela.— E então? Onde ele está? — perguntou Catherine, tentando disfarçar o nervosismo, mas já incomodada com aquele olhar avaliador que parecia lhe atravessar.Jaewon começou a andar pelo quarto, movendo-se como uma pantera — cauteloso, controlado, cada passo medido. Desviou o olhar para o ambiente ao redor, examinando cada detalhe, antes de parar no meio do quarto e voltar a encará-la, com o cenho levemente franzido.— O quê? — indagou Catherine, impaciente, mas ma
Depois da visita de seu irmão, Catherine ficou pensativa sobre o que ele havia lhe dito. As palavras dele faziam total sentido, mas pareciam loucura. Para ser simples, ele sugeriu que ela fingisse estar se apaixonando por Jaewon.Catherine fechou os olhos por um instante, sentindo o vento soprar enquanto estava na sacada do seu quarto. Lembrou-se da primeira noite que passou ali, quando dormiu na cama dele, e do fim de semana nas Bahamas. O pensamento fez seu rosto esquentar, e algo em seu baixo ventre contraiu ao recordar os braços dele a envolvendo com força, o peito nu arfando contra o dela. Não! Catherine se recusava a sentir algo por Jaewon, mesmo que fosse desejo físico e puramente carnal.“Catherine , use isso a seu favor… ele parece gostar de você” a voz de Mário ecoou em sua mente. Ela suspirou, passando as mãos pelo rosto. Mas, afinal, ela tinha que tentar. De fato, uma coisa era certa: isso não seria tão ruim assim. Afinal, Jaewon era um homem atraente, e ela percebeu que
Cassino 9 Pm Jaewon estava absorto em seus pensamentos, fumava enquanto Mi-Jun ainda o atualizava sobre as últimas rondas feitas na cidade. A cidade dele. A fumaça do cigarro subiu preguiçosamente até o teto enquanto Mi-Jun falava. Mas sua mente parecia distante, dois dias atrás onde ele se recordava de ter ficado até tarde na biblioteca lendo com Catherine ao seu lado . Ele nem ao menos virou as páginas do livro que segurava , apenas a observando imersa na sua própria fantasia do livro que ele escolheu para ela . Catherine estava sentada na poltrona ao lado ,uma postura desleixada, praticamente deitada enquanto os pés balançavam de uma lado para o outro ,os olhos perdidos nas palavras do livro, o incomodava mais do que gostaria de admitir.Ele lembrava bem do momento. Ela parecia tão… inocente naquele instante, tão diferente da mulher difícil que ele conhecia. Isso o irritava de uma forma inexplicável. Ela parecia tão frágil, quase vulnerável. Como poderia estar ali,
Seul, Coreia do Sul, primavera .— Compreendo, senhor, mas é que…— Já disse, senhorita Prescott, não há mais nada que possa fazer pela senhorita. São mais de quatro meses com a hipoteca atrasada, sem contar o aluguel que está se acumulando.— disse o gerente do banco.— Senhor Pyon, eu realmente estava com o dinheiro, mas é que houve uma emergência em família. Minha tia ficou gravemente doente e…— Senhorita Prescott... — O gerente a cortou, fechando a pasta com os documentos. — Estou apenas cumprindo meu dever. Um mês, ou terei que pedir que se retirem do imóvel....— Mas que inferno... —praguejou baixinho ao tentar mais uma vez a ligação que insistia em cair na caixa postal.— Alô!!— O que foi agora?— Perguntou o irmão com a voz aflita .— Mário, pelo amor de Deus! Como teve coragem de gastar novamente o aluguel?— Do que está falando, maninha?— Mário, não se faça desentendido.Você está jogando novamente, não é? —Perguntou Catherine aflita.— Olha, eu só peguei emprestado, ok? Eu
" Eu não aceito dinheiro , somente você."Catherine ficou confusa por um instante , talvez até tenha entendido errado .— O quê ? Eu …como assim ? — perguntou ela perdida.Queria formular uma frase coerente , porém o medo a fez travar .— O que raios aquele homem queria com ela afinal?Jaewon olhava atento para ela , a expressão de confusão lhe fez dar uma curta risada .Ele devagar deu a volta na mesa pondo a arma sobre ela e sentando -se em sua cadeira .— Levem ele daqui .—ordenou— Por favor , espere! — Catherine falou agarrando o terno do irmão .— Ora , deixe dessa choradeira eu apenas quero conversar com você a sós . Agora levem ele daqui. — Seu tom de voz mudou de sarcasmo para firme em segundos .Catherine ainda estava de joelhos no chão chorando quando a porta foi fechada. Não podia acreditar que tal coisa pudesse estar acontecendo. Sua vida havia se tornado um buraco sem fundo de problemas , e agora isso?— Venha , sente -se na cadeira por favor—Uma voz suave a tirou de seu