O salão onde o chefe da máfia japonesa, Seno, aguardava, era silencioso, exceto pelo suave som de respirações controladas dos guardas ao redor. Catarina entrou ao lado de Jaewon, seu coração pulsando de ansiedade, mas ela mantinha o queixo erguido. Havia um ar de poder sufocante na sala, e Seno, sentado em um canto com uma expressão serena, parecia ser o epicentro desse controle.— Essa é Catherine — Jaewon anunciou, com a voz firme, mas seu olhar frio, quase cortante, não lhe oferecia nenhum conforto. — Minha esposa.Seno observou-a por um longo momento, seus olhos escuros como poços de mistério.— Uma bela escolha, Jaewon — ele disse com uma voz profunda, carregada de significado. — Espero que você a mantenha sob controle. Catherine sentiu uma raiva pinicando seu corpo , como alfinetes em seu vestido . Como aquele homem velho e maldito ousava falar assim dela como se ela fosse uma coisa ? Um prêmio? Um objeto? Ela não era nada daquilo,muito menos de Jaewon. Mas , resolveu morder a
Seul, Coreia do Sul, primavera .— Compreendo, senhor, mas é que…— Já disse, senhorita Prescott, não há mais nada que possa fazer pela senhorita. São mais de quatro meses com a hipoteca atrasada, sem contar o aluguel que está se acumulando.— disse o gerente do banco.— Senhor Pyon, eu realmente estava com o dinheiro, mas é que houve uma emergência em família. Minha tia ficou gravemente doente e…— Senhorita Prescott... — O gerente a cortou, fechando a pasta com os documentos. — Estou apenas cumprindo meu dever. Um mês, ou terei que pedir que se retirem do imóvel....— Mas que inferno... —praguejou baixinho ao tentar mais uma vez a ligação que insistia em cair na caixa postal.— Alô!!— O que foi agora?— Perguntou o irmão com a voz aflita .— Mário, pelo amor de Deus! Como teve coragem de gastar novamente o aluguel?— Do que está falando, maninha?— Mário, não se faça desentendido.Você está jogando novamente, não é? —Perguntou Catherine aflita.— Olha, eu só peguei emprestado, ok? Eu
" Eu não aceito dinheiro , somente você."Catherine ficou confusa por um instante , talvez até tenha entendido errado .— O quê ? Eu …como assim ? — perguntou ela perdida.Queria formular uma frase coerente , porém o medo a fez travar .— O que raios aquele homem queria com ela afinal?Jaewon olhava atento para ela , a expressão de confusão lhe fez dar uma curta risada .Ele devagar deu a volta na mesa pondo a arma sobre ela e sentando -se em sua cadeira .— Levem ele daqui .—ordenou— Por favor , espere! — Catherine falou agarrando o terno do irmão .— Ora , deixe dessa choradeira eu apenas quero conversar com você a sós . Agora levem ele daqui. — Seu tom de voz mudou de sarcasmo para firme em segundos .Catherine ainda estava de joelhos no chão chorando quando a porta foi fechada. Não podia acreditar que tal coisa pudesse estar acontecendo. Sua vida havia se tornado um buraco sem fundo de problemas , e agora isso?— Venha , sente -se na cadeira por favor—Uma voz suave a tirou de seu
Jaewon saiu do elevador no décimo andar e caminhou a passos largos até o quarto . Parou em frente a porta totalmente afobado e pegou na maçaneta pronto para girar e entrar ali , pegar aquela garota petulante e a arrastar porta afora . Afinal, como ela ousava o desafiar assim? A não ! Isso não iria ficar assim . Porém, parou no minuto seguinte e respirou um pouco , talvez ela só estivesse com medo dele . “Claro , você apontou uma arma para o irmão dela .” O pensamento gritou o fazendo xingar baixinho . Ele era um chefe da máfia , não um ditador . — Bons modos , Jaewon …bons modos . — falou baixinho para si mesmo . Bateu então na porta e não obteve uma resposta, bateu novamente e nada , bateu a terceira e dessa vez girou a maçaneta e entrou . — Com licença,estou entrando .— Disse ele de certa forma cauteloso. Catherine estava olhando pela janela quando o ouviu e virou rapidamente travando no lugar olhando para a figura do homem parado a poucos passos , a cama fazia
“Lua de Mel…”Aquelas três palavras cantarolando na mente de Catherine enquanto Kim abriu um sorriso ao ver o rosto dela ficar vermelho. Ela desviou o olhar, observando as mãos que ainda seguravam o buquê, sentindo-se constrangida e vulnerável.— Quer jogar? — Jaewon olhou para Catarina.— O quê? — Ela o olhou um tanto confusa, tentando entender a súbita mudança de assunto. — O buquê. Não é assim que funciona? Depois do casamento, a noiva joga o buquê para uma sortuda pegar. — Jaewon sabia mesmo mudar de personalidade de maneira súbita, oscilando entre a ternura e a frieza.Catherine se pegou pensando que ele não era um assassino sem escrúpulos, mas sim um homem de personalidades conflitantes, o que o tornava ainda mais perigoso.— E quem o pegaria? — Ela olhou ao redor, vendo apenas uma moça servindo bebidas para aqueles homens, todos imponentes e ameaçadores. — A pergunta foi —você quer jogar?— Se sim, deixe comigo.— ele disse a encarando, bebendo de uma vez o restante do champa
Catarina ficou chorando por horas naquele quarto . Pensando no que estava acontecendo com seu irmão , a angústia toma conta dela . Ela sentia tanta raiva por seu sentir impotente em toda aquela situação, aquele espiral de problemas que pareciam intermináveis como se ela estivesse presa a um pesadelo. Levantou-se da cama , acendeu a luz do quarto olhando ao redor. O quarto era simples , porém elegante, um ar de sofisticação,uma cama grande Quinn, a qual ela olhou por mais de um minuto seu rosto ficando vermelho ao pensar nas palavras dele dizendo “ Nossa lua de Mel ”ele havia dito com um tom que a fez estremecer.Ela sentiu um frio na barriga por pensar que ele poderia entrar ali a qualquer momento invadindo seu espaço e a tomar a força. Catarina encolheu abraçando o próprio corpo. Ela estava perdida,não sabia o que fazer, a quem recorrer , contar a quem ?a Polícia? Ele tinha controle sobre tudo tinha a certeza. Estava derrotada.Catarina sentou-se na beira da cama, os olhos
Aquele sorriso , despreocupado ali .— Não, minha querida. Não tem escolha. Agora, vá . Entre no banheiro e se troque ficarei aqui esperando. — Ele recuou de perto dela e agachou pegou um vestido tubinho vermelho de alça e a entregou junto com uma calcinha de renda preta. — Tome banho e vista isso . Catarina pegou as mãos trêmulas, entrou no banheiro e se trancou ali . Ela trancou a porta com medo que ele entrasse e fez exatamente como ele disse . Alguns minutos depois saiu do banheiro se sentindo envergonhada.Ele estendeu a mão, mas Catarina ignorou o gesto e saiu do quarto com a cabeça erguida. Mesmo em meio àquele caos, ela se recusava a perder sua dignidade. Descendo as escadas, seus pensamentos estavam em constante turbilhão. Cada passo que dava a levava para mais perto do inimigo, mas ela sabia que precisava ser forte. Haveria uma oportunidade de escapar, ela só precisava encontrá-la. Chegaram ao salão de jantar, onde uma mesa luxuosamente posta os aguardava. Kim Jaewon i
— Venha , tem muitos cacos aqui. — Ele pegando no seu braço e ela se soltou o olhando assustada. — Não vou a lugar nenhum até você me deixar falar com meu irmão .— Disse decidida. Jaewon pôs uma mão na têmpora no meio na testa parecia estar ficando nervoso . — eu já deixei que falasse com ele hoje . Você é muito ingrata , sabia? — Disse com o rosto perto dela , e ela ficou firme olhando para ele .— E você sem piedade que manda arrancar membros dos outros . Jaewon rugiu com as mãos na cintura tentando não explodir com ela .Catarina respirou fundo, tentando não mostrar a ansiedade que crescia dentro dela. Ela sabia que precisava ser cuidadosa com suas palavras.— Porque ele é a única família que me resta, Jaewon. Eu me sinto isolada aqui, e falar com ele me trará um pouco de conforto. Prometo que não vou tentar nada. — Sua voz soou sincera, mas por dentro, ela estava formulando um plano.Jaewon ficou em silêncio por um momento, observando cada detalhe de seu rosto. Ele finalment