Jaewon se jogou sob o chuveiro assim que se livrou das últimas peças de roupa. A água fria caiu sobre sua cabeça, escorrendo pelos ombros e costas, molhando seu corpo tenso.Ele ergueu a cabeça, os olhos fechados, lutando contra a sensação avassaladora que ela havia deixado nele.— Maldita... — praguejou em um sussurro rouco. — Maldita... — A cada vez que a palavra saía de seus lábios, ele via Catherine em sua mente, como se suas mãos estivessem em seu quadril, apertando-a enquanto ele a consumia, assim como o fogo consome a lenha.Jaewon se amaldiçoou por desejá-la tanto. Ah, sim, ele a queria loucamente. Nunca, jamais, mulher alguma habitou seus pensamentos como Catherine fazia agora — com toda aquela raiva mal direcionada, sua língua afiada, o corpo magro e pequeno, e aquele olhar que oscilava entre a inocência e o indomável.Ele soltou um gemido contido ao atingir sua libertação. O jato escorreu por sua mão, e a água levou embora o último resquício de controle. Seu corpo convulsio
Catherine subiu as escadas rapidamente assim que seus pés tocaram o chão da mansão que, querendo ou não, agora era sua casa. Ela queria ir para o quarto, seu quarto, longe de Jaewon. Queria ficar o mais longe possível dele.— Onde coloco, senhora? — um dos seguranças perguntou com suas malas, ao entrar em seu quarto.— Pode deixar aqui, por favor. — apontou para o local perto da cama. — Obrigada. — acenou quando ele saiu e fechou a porta.Catherine foi até a sacada de seu quarto, ainda fechada, e, pelo vidro, viu Jaewon lá embaixo no jardim. Ele parecia sério enquanto falava ao telefone, sempre gesticulando ou, pelo movimento dos lábios, falando alto. Ela ficou ali, observando-o, até que ele desligou o celular de forma brusca, tirou os óculos escuros e, como se soubesse que ela o olhava, se virou e encontrou o olhar dela. Catherine saiu rapidamente da varanda e levou a mão ao peito, sentindo o coração bater forte ao lembrar do sonho.— Sonho... pesadelo, isso sim. — resmungou para si
Catherine sentia a ansiedade tomando conta dela, como se uma represa tivesse se rompido e as águas invadissem seu peito, ameaçando afogá-la. Ela precisava ver o irmão. Andava de um lado para o outro no quarto, cada passo revelando sua inquietação, até que, de repente, a porta se abriu. Jaewon entrou, com sua presença dominante e quase sufocante.Ele colocou as mãos nos bolsos e a observou com um olhar cauteloso, como se tentasse decifrar suas intenções apenas com os olhos, como se pudesse enxergar o que se passava na mente dela.— E então? Onde ele está? — perguntou Catherine, tentando disfarçar o nervosismo, mas já incomodada com aquele olhar avaliador que parecia lhe atravessar.Jaewon começou a andar pelo quarto, movendo-se como uma pantera — cauteloso, controlado, cada passo medido. Desviou o olhar para o ambiente ao redor, examinando cada detalhe, antes de parar no meio do quarto e voltar a encará-la, com o cenho levemente franzido.— O quê? — indagou Catherine, impaciente, mas ma
Depois da visita de seu irmão, Catherine ficou pensativa sobre o que ele havia lhe dito. As palavras dele faziam total sentido, mas pareciam loucura. Para ser simples, ele sugeriu que ela fingisse estar se apaixonando por Jaewon.Catherine fechou os olhos por um instante, sentindo o vento soprar enquanto estava na sacada do seu quarto. Lembrou-se da primeira noite que passou ali, quando dormiu na cama dele, e do fim de semana nas Bahamas. O pensamento fez seu rosto esquentar, e algo em seu baixo ventre contraiu ao recordar os braços dele a envolvendo com força, o peito nu arfando contra o dela. Não! Catherine se recusava a sentir algo por Jaewon, mesmo que fosse desejo físico e puramente carnal.“Catherine , use isso a seu favor… ele parece gostar de você” a voz de Mário ecoou em sua mente. Ela suspirou, passando as mãos pelo rosto. Mas, afinal, ela tinha que tentar. De fato, uma coisa era certa: isso não seria tão ruim assim. Afinal, Jaewon era um homem atraente, e ela percebeu que
Cassino 9 Pm Jaewon estava absorto em seus pensamentos, fumava enquanto Mi-Jun ainda o atualizava sobre as últimas rondas feitas na cidade. A cidade dele. A fumaça do cigarro subiu preguiçosamente até o teto enquanto Mi-Jun falava. Mas sua mente parecia distante, dois dias atrás onde ele se recordava de ter ficado até tarde na biblioteca lendo com Catherine ao seu lado . Ele nem ao menos virou as páginas do livro que segurava , apenas a observando imersa na sua própria fantasia do livro que ele escolheu para ela . Catherine estava sentada na poltrona ao lado ,uma postura desleixada, praticamente deitada enquanto os pés balançavam de uma lado para o outro ,os olhos perdidos nas palavras do livro, o incomodava mais do que gostaria de admitir.Ele lembrava bem do momento. Ela parecia tão… inocente naquele instante, tão diferente da mulher difícil que ele conhecia. Isso o irritava de uma forma inexplicável. Ela parecia tão frágil, quase vulnerável. Como poderia estar ali,
Jaewon fechou a porta assim que ela desceu as escadas, encostando-se contra a madeira fria. Seu olhar perdido fixou-se no vazio enquanto sua mente se enchia de mil suposições sobre os motivos dela para tentar se aproximar dele, mesmo que de forma sutil. Passou a mão pelo rosto, um gesto que misturava frustração e inquietação, como se tentasse esfregar os pensamentos inoportunos para longe. As palavras de Mi-jun ecoaram em sua cabeça como um lembrete incômodo: "Nunca envolva sentimentos em uma transação."E era isso, não era? Um casamento que não passava de uma transação comercial. Ele sempre lidará com negócios assim — frios, calculados, sem espaço para emoções. Jaewon bufou baixo. Não amava Catherine, e, para ser honesto, não tinha motivos para amá-la. Estava claro, em cada rejeição dela, que o sentimento era recíproco. Então por que essas dúvidas o incomodavam tanto? Ele espantou os pensamentos com um suspiro resignado e foi tomar um banho longo, deixando a água quente escorre
Jaewon estava em seu escritório, a noite anterior pairando em sua mente. Ele ainda lembrava da risada dela, Catherine ali em sua frente, comendo e rindo de uma coisa ou outra na conversa deles, algo como um jantar normal entre um casal.Casal...Eles eram um, afinal?Jaewon esfregou as palmas das mãos no rosto, como se o movimento pudesse espantar os pensamentos. Não! Eles não eram um casal, não de maneira convencional. Mi-jun estava certo, ele tinha que se concentrar. Aquele casamento não era de verdade e, além disso, ela sempre fazia questão de lembrar que nunca seria nada para ele.Jaewon suspirou e checou seu celular em cima da mesa. A mensagem ainda não estava aberta nas notificações. Ele pegou o celular, abriu a mensagem e leu:"Quando nos veremos?"Bethany.A imagem da mulher loira veio à sua mente, e então ele deixou o celular de lado, olhou para um ponto fixo à frente e fechou os olhos com força, levantando da cadeira de couro que raspou no carpete com o impulso. Jaewon camin
Seul, Coreia do Sul, primavera .— Compreendo, senhor, mas é que…— Já disse, senhorita Prescott, não há mais nada que possa fazer pela senhorita. São mais de quatro meses com a hipoteca atrasada, sem contar o aluguel que está se acumulando.— disse o gerente do banco.— Senhor Pyon, eu realmente estava com o dinheiro, mas é que houve uma emergência em família. Minha tia ficou gravemente doente e…— Senhorita Prescott... — O gerente a cortou, fechando a pasta com os documentos. — Estou apenas cumprindo meu dever. Um mês, ou terei que pedir que se retirem do imóvel....— Mas que inferno... —praguejou baixinho ao tentar mais uma vez a ligação que insistia em cair na caixa postal.— Alô!!— O que foi agora?— Perguntou o irmão com a voz aflita .— Mário, pelo amor de Deus! Como teve coragem de gastar novamente o aluguel?— Do que está falando, maninha?— Mário, não se faça desentendido.Você está jogando novamente, não é? —Perguntou Catherine aflita.— Olha, eu só peguei emprestado, ok? Eu