Laura Stevens-Desci até a recepção enquanto Christian estava na cafeteria. Afinal, ele mesmo tinha dito que já voltava.Minha mente ainda girava em torno de tudo o que havia acontecido minutos atrás. O jeito que ele me olhava, como me escondeu de Amanda, o toque firme e possessivo dele sobre minha perna…Droga.Respirei fundo, tentando me recompor. Não significava nada.Assim que alcancei o saguão, encontrei Sophie encostada na parede, segurando uma sacola. Ela me viu e se aproximou rápido.— Como o Nathan está? — Ela perguntou, olhando ao redor como se checasse se estávamos sendo observadas.Peguei a bolsa com roupas que ela estendeu para mim e forcei um pequeno sorriso.— Está bem, fazendo os exames antes da cirurgia.— Bom. Graças aos céus que você conseguiu! — Ela disse com um alívio na voz —Ivy, Edward mandou os e-mails para o Christian, com o acordo da gestão.—Ótimo. Dê aquele espaço para ele. Ele está fazendo de tudo por Nathan. – Falei a vendo assentir.—Ah... - Disse ela me
Christian Müller –A princípio, achei que Laura fosse rebater o que eu disse ou questionar, mas ao invés disso, eu a ouvi soltar um suspiro profundo.— É, eu sei. – Disse ela com um timbre baixo.Assim que a ouvi, assenti e voltei a virar para frente.— Ótimo.O silêncio entre nós se alongou, carregado de tudo o que não podíamos dizer naquele instante. O cheiro sutil do perfume dela alcançou meu olfato e por um breve momento, fui transportado para um tempo que já não existia.Talvez por isso eu não conseguia a odiar, mas algo sempre me fazia lembrar de que ela não era mais Ivy. Nem eu era o mesmo.Eu estava na bagunça dos meus pensamentos, quando a porta da UTI se abriu. O médico voltou, segurando a prancheta com as últimas recomendações antes do procedimento.— Senhor Müller, senhora Stevens, vamos levá-los para a sala de preparação. Precisamos revisar os últimos detalhes e garantir que está tudo certo antes da cirurgia do Nathan.Assim que ele falou, olhei para Laura a vendo assenti
Christian Müller –Apertei levemente os dedos dela entre os meus, sentindo a hesitação em seu toque.— Boa garota — murmurei, mantendo minha voz baixa, quase um sussurro.Laura mordeu o lábio, desviando o olhar por um instante, mas não puxou a mão.— Onde paramos? — continuei, minha voz carregada de um tom quase provocador. — Ah, sim…Inclinei-me de novo, mantendo o rosto perto do dela.— O jantar no iate… a música tocando ao fundo… Você lembra do vinho? Do jeito que você ria enquanto fingia que não queria dançar?Senti a respiração dela falhar.— Eu não estava fingindo… — ela sussurrou, quase inaudível.Sorri de lado.— Claro que estava. Você sempre gostou de provocar.Ela não negou.Continuei, com a minha voz ainda baixa, íntima.— Eu segurei sua mão… assim como agora. Mas você hesitou, do mesmo jeito. Sempre tão teimosa…Laura apertou os olhos por um instante, como se tentasse se agarrar à lembrança.— Mas então, eu puxei você para perto… — Minha voz abaixou mais um pouco. — Você l
Laura StevensEntrei no quarto, sentindo um alívio imediato ao ver Nathan acordado e sorrindo para mim. Seu rostinho ainda estava pálido, mas os olhos brilhavam com aquela energia inocente que sempre me encantou.— Oi, meu amor — murmurei me sentando ao lado dele e ajeitando o cobertor com cuidado.— Mamãe… — Sua vozinha saiu fraca, mas cheia de carinho. — Você ficou aqui esse tempo todo?Sorri e passei os dedos pelos seus cabelos bagunçados.— Claro que fiquei. Eu disse que nunca sairia do seu lado, não disse?Ele assentiu, feliz.— Eu quero sair um pouco, mamãe… Você me leva para passear?Meu peito apertou. Ainda era cedo para ele pensar nisso, mas o fato de ele querer já era um bom sinal.— Primeiro, precisamos esperar você ficar mais forte. Assim que o médico disser que pode, nós vamos. Prometo.Nathan abriu um sorriso maior e nos seus olhos era nítido a felicidade.— O papai também vai?Meu corpo ficou rígido. Naquele instante, senti o olhar de Christian cravado em mim. Lentament
Christian MüllerOuvi o barulho da água do chuveiro cessando no andar de cima e um sorriso preguiçoso surgiu no canto dos meus lábios. Voltei para a cozinha em seguida para continuar a preparar o jantar.Coloquei a ave no forno e comecei a lavar as saladas, enquanto eu bebia um gole do meu vinho tinto favorito. Aquela sensação...Impossível não me recordar de qual foi a última vez que essa casa teve vida.Abri a camisa pelo calor que eu sentia por estar perto do fogão. Beberiquei novamente a bebida, olhando as luzes acesas em volta.Ela voltou! – Pensei respirando fundo.Passos leves ecoaram na escada e em poucos segundos, Laura surgiu no campo de visão. O pijama folgado não escondia a forma do seu corpo, pelo contrário, acentuava certos detalhes de um jeito que me fazia arquear uma sobrancelha.Ela se aproximou e pegou uma folha de salada, mordendo-a distraidamente. Depois, ergueu os olhos para mim e meu sorriso se alargou.— Vi que já voltou a se sentir à vontade, senhorita Stevens.
Laura Stevens –O clima estava completamente denso.Christian apertou minha cintura com mais vontade e então, seus olhos encaravam meus lábios, mas logo foram para os meus olhos.Eu respirei fundo, oscilando entre a sanidade e a loucura. Meus dedos deslizaram para a barra da camisa dele, hesitantes, mas incapazes de se afastar.Então, sem pensar, os deslizei para dentro da camisa o tocando vagarosamente.O contato com sua pele quente me fez estremecer.Eu o olhei nos olhos, com medo de que ele falasse algo, mas Christian não disse nada.Pude sentir os músculos de seu peito se contraíram sob meus toques, mas, ao invés de me impedir, Christian pegou minha mão e a guiou sobre a sua pele me fazendo o sentir.Meu olhar caiu para onde nossos toques se conectavam e meu peito estava subindo e descendo em uma respiração irregular.Desviei o olhar, engolindo seco e então, Christian tocou meu queixo me obrigando a encará-lo.— Por que está fugindo? — sua voz saiu baixa, carregada de desejo, faze
Laura Stevens –Os lábios de Christian tomaram os meus com uma firmeza embriagante, quente e intensa. Ele não me deu tempo para reagir, para pensar ou sequer me afastar. Sua boca exigia, reivindicava, e eu senti meu corpo inteiro queimar sob aquele toque.Minhas mãos se apertaram contra o peito dele em um impulso irracional, mas, ao invés de afastá-lo, acabei puxando sua camisa, como se precisasse de algo para me segurar.O gosto do vinho misturado ao sabor dele era viciante.Minha respiração se tornou errática, meus pulmões exigindo mais ar do que eu conseguia fornecer.Christian deslizou a língua sobre meus lábios, pedindo passagem e eu acabei cedendo sem resistência.Droga. Eu sempre cedia!Um gemido baixo escapou dos meus lábios quando ele aprofundou o beijo. A língua dele explorou a minha, tentando sentir ainda mais o meu gosto.Eu estava enlouquecendo sobre ele. Eu estava me perdendo por completo.Senti os dedos dele apertarem a minha cintura, me puxando ainda mais contra seu co
Christian Müller –O quarto estava silencioso, exceto pelos resmungos de Laura. Ela se moveu ajeitando-se no travesseiro e então, percebi um leve sorriso em seus lábios.Me sentei na cama, passando a mão pelo rosto antes de virar o olhar para ela. Seu corpo estava relaxado, envolto no lençol bagunçado, e seus cabelos se espalhavam pelo travesseiro de maneira desordenada.Ela parecia exausta.Minhas sobrancelhas se franziram levemente enquanto deslizava os dedos pelos fios de cabelo dela, afastando-os do rosto.Meu peito subiu e desceu devagar.Eu sabia o que havia acontecido entre nós essa noite, mas o que isso significava?Antes que eu pudesse me perder nas lembranças, Dominic bateu na porta. – Eele talvez tenha vindo me alertar sobre a hora.Soltei um suspiro, passando a mão pelos cabelos e lançando um último olhar para Laura antes de me levantar. Peguei minha calça, vesti-a rapidamente e saí do quarto, descendo as escadas.Ao chegar na cozinha, Dominic estava sentado à mesa, segura