Laura StevensEntrei no quarto, sentindo um alívio imediato ao ver Nathan acordado e sorrindo para mim. Seu rostinho ainda estava pálido, mas os olhos brilhavam com aquela energia inocente que sempre me encantou.— Oi, meu amor — murmurei me sentando ao lado dele e ajeitando o cobertor com cuidado.— Mamãe… — Sua vozinha saiu fraca, mas cheia de carinho. — Você ficou aqui esse tempo todo?Sorri e passei os dedos pelos seus cabelos bagunçados.— Claro que fiquei. Eu disse que nunca sairia do seu lado, não disse?Ele assentiu, feliz.— Eu quero sair um pouco, mamãe… Você me leva para passear?Meu peito apertou. Ainda era cedo para ele pensar nisso, mas o fato de ele querer já era um bom sinal.— Primeiro, precisamos esperar você ficar mais forte. Assim que o médico disser que pode, nós vamos. Prometo.Nathan abriu um sorriso maior e nos seus olhos era nítido a felicidade.— O papai também vai?Meu corpo ficou rígido. Naquele instante, senti o olhar de Christian cravado em mim. Lentament
Christian MüllerOuvi o barulho da água do chuveiro cessando no andar de cima e um sorriso preguiçoso surgiu no canto dos meus lábios. Voltei para a cozinha em seguida para continuar a preparar o jantar.Coloquei a ave no forno e comecei a lavar as saladas, enquanto eu bebia um gole do meu vinho tinto favorito. Aquela sensação...Impossível não me recordar de qual foi a última vez que essa casa teve vida.Abri a camisa pelo calor que eu sentia por estar perto do fogão. Beberiquei novamente a bebida, olhando as luzes acesas em volta.Ela voltou! – Pensei respirando fundo.Passos leves ecoaram na escada e em poucos segundos, Laura surgiu no campo de visão. O pijama folgado não escondia a forma do seu corpo, pelo contrário, acentuava certos detalhes de um jeito que me fazia arquear uma sobrancelha.Ela se aproximou e pegou uma folha de salada, mordendo-a distraidamente. Depois, ergueu os olhos para mim e meu sorriso se alargou.— Vi que já voltou a se sentir à vontade, senhorita Stevens.
Laura Stevens –O clima estava completamente denso.Christian apertou minha cintura com mais vontade e então, seus olhos encaravam meus lábios, mas logo foram para os meus olhos.Eu respirei fundo, oscilando entre a sanidade e a loucura. Meus dedos deslizaram para a barra da camisa dele, hesitantes, mas incapazes de se afastar.Então, sem pensar, os deslizei para dentro da camisa o tocando vagarosamente.O contato com sua pele quente me fez estremecer.Eu o olhei nos olhos, com medo de que ele falasse algo, mas Christian não disse nada.Pude sentir os músculos de seu peito se contraíram sob meus toques, mas, ao invés de me impedir, Christian pegou minha mão e a guiou sobre a sua pele me fazendo o sentir.Meu olhar caiu para onde nossos toques se conectavam e meu peito estava subindo e descendo em uma respiração irregular.Desviei o olhar, engolindo seco e então, Christian tocou meu queixo me obrigando a encará-lo.— Por que está fugindo? — sua voz saiu baixa, carregada de desejo, faze
Laura Stevens –Os lábios de Christian tomaram os meus com uma firmeza embriagante, quente e intensa. Ele não me deu tempo para reagir, para pensar ou sequer me afastar. Sua boca exigia, reivindicava, e eu senti meu corpo inteiro queimar sob aquele toque.Minhas mãos se apertaram contra o peito dele em um impulso irracional, mas, ao invés de afastá-lo, acabei puxando sua camisa, como se precisasse de algo para me segurar.O gosto do vinho misturado ao sabor dele era viciante.Minha respiração se tornou errática, meus pulmões exigindo mais ar do que eu conseguia fornecer.Christian deslizou a língua sobre meus lábios, pedindo passagem e eu acabei cedendo sem resistência.Droga. Eu sempre cedia!Um gemido baixo escapou dos meus lábios quando ele aprofundou o beijo. A língua dele explorou a minha, tentando sentir ainda mais o meu gosto.Eu estava enlouquecendo sobre ele. Eu estava me perdendo por completo.Senti os dedos dele apertarem a minha cintura, me puxando ainda mais contra seu co
Christian Müller –O quarto estava silencioso, exceto pelos resmungos de Laura. Ela se moveu ajeitando-se no travesseiro e então, percebi um leve sorriso em seus lábios.Me sentei na cama, passando a mão pelo rosto antes de virar o olhar para ela. Seu corpo estava relaxado, envolto no lençol bagunçado, e seus cabelos se espalhavam pelo travesseiro de maneira desordenada.Ela parecia exausta.Minhas sobrancelhas se franziram levemente enquanto deslizava os dedos pelos fios de cabelo dela, afastando-os do rosto.Meu peito subiu e desceu devagar.Eu sabia o que havia acontecido entre nós essa noite, mas o que isso significava?Antes que eu pudesse me perder nas lembranças, Dominic bateu na porta. – Eele talvez tenha vindo me alertar sobre a hora.Soltei um suspiro, passando a mão pelos cabelos e lançando um último olhar para Laura antes de me levantar. Peguei minha calça, vesti-a rapidamente e saí do quarto, descendo as escadas.Ao chegar na cozinha, Dominic estava sentado à mesa, segura
Laura Stevens –O hospital estava silencioso naquela manhã.Entrei no quarto de Nathan carregando uma pequena sacola com roupas limpas e algumas coisas que ele gostava. A enfermeira já estava ali, terminando de dar banho nele no leito, com toda a delicadeza do mundo. Enquanto isso, aproveitei para arrumar sua cama e organizar as coisas ao redor.— Você está quase pronto, mocinho — falei, lançando um sorriso para ele.Nathan riu e assim que a enfermeira terminou, eu o ajudei a se vestir com calma, prendendo os botões de sua camisa hospitalar.Nathan me olhava com atenção, como se estivesse prestes a perguntar algo importante e então, eu o olhei e arqueei as sobrancelhas esperando que ele perguntasse.— Mamãe… como foi dormir na casa do meu pai?Minhas mãos congelaram por um instante. Minha mente me traiu, voltando para a noite anterior. Para o toque quente de Christian em minha pele. Para a forma intensa com que ele me puxava para mais perto. Para os suspiros abafados no meio da noite,
Christian Müller –Assim que ouvi o pedido de Nathan, encarei Laura, vendo-a desconcertada.—Querido, não diga isso. Seu pai vai achar que está falando sério...- Disse ela com um tom de voz fraco e desesperado, indo até ele.Naquele instante, nos encaramos e então, a voz de Nathan soou enfraquecida.—Tá bom mamãe, desculpa! – Disse ele, voltando a dar atenção aos brinquedos.Eu a olhei novamente, vendo-a prender a respiração, erguendo os ombros e então, Laura desviou o olhar ao ouvir seu telefone tocar.Ela encarou a tela do eletrônico e olhou para Nathan intercalando o olhar entre mim.—É importante? – Perguntei a vendo assentir e então, soltei um riso para Nathan, indo brincar com ele. —Ei campeão, parece que você gostou mesmo desse, hein?—Sim papai, você também gosta de vermelho? – Perguntou ele me vendo soltar um suspiro e assentir.Me aproximei dele lentamente, olhando para Laura, para que ela pudesse ir.—O meu é preto, mas na minha garagem tem igual a esse.—Sério? - Nathan pe
Laura Stevens –Assim que os exames de Nathan terminaram, ele acabou adormecendo.Aproveitei o descanso dele para sair e beber um copo de água.Respirei fundo umedecendo minha garganta para conter o nervosismo, quando de repente, Christian se aproximou fazendo com que meu corpo congelasse.Ele se encostou na parede, cruzando os braços sobre o peito, me observando com aquele olhar afiado. Sua presença era esmagadora, intensa… sufocante de um jeito que fazia meu coração bater forte, mas não só de medo.Eu tentei ignorá-lo, tentei focar na água fria que descia pela minha garganta, mas nada apagava a sensação de que ele estava prestes a me encurralar.—Não acha que passou da hora de conversaros? — Perguntou ele com um avoz equilibrada.Minhas mãos apertaram o copo descartável. Respirei fundo antes de forçar um pequeno sorriso e desviar o olhar.— Christian, podemos deixar isso para depois?Ele não disse nada, mas em segundos senti ele segurar meu pulso. Meu corpo enrijeceu com o toque que