Christian Müller –Andressa passava suas mãos pela minha camisa, tentando adentrar com a ponta dos dedos e tocar meu peito. Assim que falei, me afastei vendo os olhos de Andressa se arregalarem.— O quê?— Não se faça de desentendida. — Falei, segurando as mãos dela contra o meu corpo, sem tirar o sorriso gélido do rosto. — Eu sei que vocês falavam constantemente seis anos atrás. E sabe o que mais? Na noite do sequestro... você ligou para ela várias vezes.Andressa tentou soltar a mão, mas eu a segurei firme, inclinando mais o corpo na direção dela.— Por quê? — Repeti, a voz mais baixa, mais ameaçadora. — O que você e Sophie tramaram naquela noite?Ela respirou fundo, o sorriso sumindo completamente, substituído pelo pânico.— Christian, eu... eu não sei do que está falando.Apertei os dedos em seu pulso.— Você sabe. E vai me contar.Me aproximei ainda mais, encarando-a nos olhos. Ela engoliu em seco, desviando o olhar, e pela primeira vez desde que entrei naquela sala, eu vi medo d
Laura Stevens –Eu segurava firme a mão de Nathan enquanto caminhávamos pelo shopping, tentando parecer o mais discreta possível. As roupas pretas largas, o boné cobrindo quase todo o meu rosto e os óculos escuros ajudavam a manter minha identidade escondida.Nathan, por outro lado, pulava ao meu lado, alheio a qualquer perigo. Ele segurava o carrinho novo que Christian havia dado, o empurrando com cuidado, como se fosse o bem mais precioso que tinha - e para ele, era mesmo.— Mamãe, posso tomar outro sorvete? — Ele pediu com a voz doce, me olhando com aquele olhar pidão que eu conhecia bem.Sorri fraco, puxando-o suavemente para perto.— Só depois que escolhermos as roupas, querido. — Sussurrei, mantendo meus olhos atentos a todos os rostos que passavam por nós.Continuamos com o passeio; entramos em uma loja de roupas infantis e enquanto ele corria pelos corredores pegando camisetas de super-heróis, eu vigiava cada canto, com o coração batendo acelerado.Depois de pagarmos, saímos c
Laura Stevens –A tensão entre Amanda e eu ainda pairava no ar enquanto Nathan terminava seu sorvete, animado, completamente alheio ao turbilhão de emoções que crescia dentro de mim.Eu não sabia bem como reagir. Por mais que Amanda tivesse sido alguém importante na minha vida, o fato de ela ter me procurado agora, depois de tanto tempo, me deixava inquieta.Estávamos nos olhando em silêncio, quando o som de passos firmes se aproximou me fez gelar.Christian.O ar ao meu redor pareceu mudar quando ele parou ao lado da mesa, a presença dele dominando tudo.Ele vestia um terno escuro impecável, sua postura era firme e a expressão séria. E para minha total irritação, ele se sentou ao lado de Amanda.Mordi o lábio, segurando um suspiro.Ele colocou um braço sobre a cadeira dela, em um movimento casual, mas que fez meu peito apertar de ciúme. Eu sabia que não havia nada romântico entre eles, mas ainda assim… por que ele tinha que se sentar ali?Ele passou os olhos entre nós duas antes de f
Laura Stevens –Depois de alguns minutos tranquilos no café, o clima entre nós estava mais leve.Christian olhava pra Nathan com aquele brilho no olhar que ele não conseguia esconder e aquilo aquecia meu peito de um jeito estranho, como um misto de alegria e medo.Logo Amanda se despediu, bagunçando o cabelo de Nathan, se retirando em seguida.Christian pagou a conta e se virou para mim, colocando uma mão firme e possessiva na minha cintura, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.— Vamos? — Ele perguntou com a voz baixa, quase rouca, ficando tão perto que senti o hálito quente roçar minha pele.Assenti, sem conseguir responder de imediato. Nathan foi na frente, distraído com o brinquedo.Christian e eu caminhávamos lado a lado e a cada passo, eu sentia a tensão aumentar. A mão dele escorregava sutilmente pela minha cintura me pressionando ainda mais firme com seus dedos, e aquilo me deixava ainda mais nervosa, principalmente depois da cena com Amanda.Quando chegamos no c
Laura Stevens –Andamos em direção ao quarto de Nathan juntos e ChristianAssim que entramos no quarto do pequeno, vimos Nathan sentado no chão, com as peças do carrinho espalhadas ao seu redor e o rosto iluminado pela empolgação.Ele então nos olhou e sorriu.— Olha, papai! Consegui montar a parte da frente! — Disse ele com orgulho, levantando o carrinho meio torto, mas inteiro na mente de um garotinho de cinco anos.Christian se agachou ao lado dele, observando o que o filho mostrava com tanto entusiasmo.— Uau, filho, isso está incrível. Você é mesmo muito inteligente. — Ele elogiou, bagunçando o cabelo de Nathan com carinho.Nathan sorriu largo, se virando pra mim.— Mamãe, o papai vai me ajudar a terminar, né?Assenti, me aproximando e me sentando ao lado deles, observando o jeito que Christian olhava para o filho, com orgulho e uma doçura que ele escondia do mundo, mas não de Nathan.— Claro que vou. — Christian respondeu, pegando algumas peças e começando a encaixar ao lado del
Christian Müller – (+18)Acordei vendo que ainda estava escuro e ao passar a mão do meu lado, Laura não estava aqui.Me levantei e vesti uma calça rapidamente, saindo do quarto. Assim que cheguei na cozinha, vi Laura, de costas para mim, com o notebook aberto, conversando co alguém ao telefone.— Eu preciso que você cuide da equipe, Dylan. — Disse ela com um tom firme. — Vai ter autoridade total sobre eles enquanto eu estiver fora. Oque mais?E então, a voz do homem soou, me fazendo perceber que ela havia deixado o telefone no viva-voz.— Você sabe que não é a mesma coisa, Laura.Ela suspirou, passando a mão pelo cabelo.— Eu avisei que me afastaria por um tempo. Você precisa comandar a equipe sem mim.O silêncio dele foi longo, até que ele soltou um suspiro pesado:— Laura... você me faz falta.Ela travou. De repente, passou a mão pelos cabelos, sem paciência.— Dylan, eu sempre deixei bem claro...Você não pode gostar de mim. — A voz dela saiu mais baixa, quase como um pedido.— E de
Christian Müller – (+18)Laura me olhou, ainda ofegante, com os lábios vermelhos, inchados por causa dos meus beijos, mostrando seu corpo estremecendo pelos meus toques.— Christian, o que você está... — ela começou a falar, mas eu não deixei terminar.Eu colei nossos corpos a prensando contra a porta, mantendo nossos rostos colados.— Você acha que eu vou ouvir aquele idiota se declarando para você e ficar parado? — rosnei, encostando minha testa na dela. — Você acha mesmo que eu vou deixar qualquer homem dizer que sente sua falta? Que te quer?Ela arregalou os olhos, exibindo o corpo todo reagindo ao meu toque. E mesmo que não dissesse nada, eu via nos olhos dela o efeito que eu tinha.— Christian, não é o que você... —Eu a interrompi, prendendo seus pulsos acima da cabeça com firmeza, me aproximando ainda mais, me mantendo perigosamente perto.— Cala a boca, Laura. — Sussurrei com a voz baixa, carregada de desejo e fúria. — Agora você vai me ouvir.Ela respirou fundo, deixando o pe
Laura Stevens -Já havia amanhecido, quando senti um pequeno corpo entre nós. Nathan, com seus pezinhos descalços, subiu na cama, se aconchegando entre mim e Christian.— Mamãe? — ele chamou baixinho, cutucando meu braço.Antes que eu pudesse responder, Christian abriu os olhos lentamente, e um sorriso divertido surgiu em seus lábios.— Ei, campeão... — ele sussurrou, puxando Nathan para o colo com cuidado. — Não acorda a mamãe, tá? Vamos deixar ela descansar mais um pouquinho.Nathan riu baixinho.— Mas eu quero abraçar a mamãe... — Disse ele e eu tive que conter o riso ao ouvir a doçura na voz dele.Sem conseguir mais fingir, soltei um riso abafado e virei para os dois os observando. Christian estava com aquele olhar cúmplice e apaixonado, e Nathan alinhado em seu peito.— Vocês dois falharam em serem discretos. — Falei rindo, e estiquei os braços para abraçar os dois de uma vez.Nathan sorriu todo feliz, me abraçando com força, enquanto Christian me encarava com aquele olhar de pur