Realmente Matheus me mostrou o quanto machista, homem das cavernas ele era. Quem ele pensa que é pra falar comigo daquele jeito? Quando dei por mim, já sentia as lágrimas descendo do meu olho, molhando o meu rosto. Passei a mão no rosto, limpando a mesma. Resolvi voltar pra casa antes que ficasse muito escuro e eu me perdesse. A maioria dos homens ainda estavam na piscina, esse povo não cansa? Suspirei e entrei na casa. E a maioria das mulheres estavam na sala conversando e rindo alto. Minha mãe me olhou como se soubesse que tinha algo de errado acontecendo. Subi pro quarto e dei graças a Deus de não ter encontrado o Matheus ali. Deitei na cama, e tentei lutar contra o sono, mas ele foi mais forte que eu. Não sei por quanto tempo eu dormi, mas era de manhã quando eu acordei e o Matheus revirava sua bolsa. Ele percebeu que eu tinha acordado, e falou comigo. - Tem que arrumar as coisas, vamos embora daqui a pouco. - Ele disse, fechando sua mala. - Matheus, vamos ficar de b
Era de noite quando levantei do sofá e fui pro quarto. Fui até o banheiro, fiz minhas higienes e troquei de roupa, colocando um pijama. Fiz um coque no cabelo indo até o quarto, mas acabei dando de cara com o Matheus pegando uma roupa no armário. Não lembrava disso, droga! Agora ele iria ficar aqui, e como resistir de tentar algo? Não tem como. Ele sorriu passando ao meu lado e indo pro banheiro, e se trancou ali. Fui até o ar condicionado e liguei no máximo, já que fazia um calor e me enfiei embaixo do edredom. - Carol, tá deitada já? - Matheus gritou de dentro do banheiro. - Sim, o que foi? - perguntei, gritando. - Trás a toalha pra mim, por favor? -pediu. - Acabei esquecendo. Cacete! Respirei fundo e peguei a toalha dele na cadeira que estava ali. Bati na porta e entrei, tampei meus olhos com a intenção de não ver nada, mas seria quase impossível de andar sem olhar. - Aqui a toalha. - Estendi o braço pra entregá-lo. Ele pegou e eu fui saindo do banheiro. -
Matheus narrando. - Sério mesmo que vocês estão juntos? - Leonardo perguntou, sentando na minha frente. Leonardo era um amigo meu da empresa, ele é como o meu braço direito dentro da empresa. Mas Leonardo era amante da balada. E tudo pra ele era zoação. - Sim, estamos juntos. - E você e a Nicole? - Demos um tempo, e até agora nada dela. Pra mim ficou claro que não temos mais nada, certo? - Certíssimo. Então não vou ter meu amigo de volta pra sairmos? - Não, você vai ter que procurar outro. - Sorri irônico. - Valeu amigo. Quero conhecê-la viu? Não fui no seu casamento né. - Verdade. Vamos marca qualquer dia desses pra sairmos então. - Tá bom, vou cobrar viu? Agora deixa eu ir lá terminar o meu trabalho. - Vai lá vagabundo. - Sorri e ele me deu o dedo do meio, saindo da minha sala. Assim que ele saiu, meu celular começou a tocar e era a Carol. Sorri. - Oi princesa. - Atendi. - Oi, você vem pra almoçar aqui? - Ela perguntou. - Vou sim, po
3 meses depois... Matheus narrando. Eu e Carol estavamos cada dia mais encantados um com outro, eu poderia até dizer que estávamos apaixonados. Eu amava chegar em casa depois de um dia estressante e ver ela ali, me esperando com um sorriso lindo. Meu coração só faltava sair de mim, de tão acelerado ele ficava. Era muito bom estar com ela. Esses dias foram bastante estressante no trabalho, mas eu tentava não ficar assim perto da Carol. Depois da conversa com o Leonardo, lembrei do dia que eu e a Carol viemos da viajem e eu fiquei conversando com Nicole, e resolvemos dar um tempo, mas nem nos falávamos mais, e nem se víamos, nada mais. E então deixei de lado isso e fiquei curtindo com a Carol. Hoje eu saia cedo do trabalho, então fui correndo pra casa. Quando cheguei no meu andar e entrei, dei de cara com a Nicole no meio da minha sala e Carol com uma cara nada boa. - O que está fazendo aqui? - Perguntei, parando. - Você sumiu e eu vim até aqui, o que aconteceu? Nós reso
Carol narrando. Eu estava magoada, magoada demais. Eu não esperava isso do Matheus. E muito menos a Nicole aparecer no nosso apartamento dizendo aquilo tudo, era horrível. Eu sai correndo e por um momento eu não sabia para onde ir. Ju não estava em casa, estava no trabalho. E então só me restou Thayane, ela não me negaria ficar em sua casa. Ela tinha voltado alguns dias e tínhamos marcado de nos encontrar algum dia desses, e eu iria falar sobre o meu casamento. Mas agora era o momento. Peguei um táxi e dei o endereço dela. Paguei o mesmo e parei em frente a sua casa. Toquei a campanhia e ela apareceu na porta, assustada por me ver e veio correndo. - Amiga? Que saudades, eu não esperava você aqui hoje. - Ela falou, me abraçando forte. - Que saudades amiga. - Oi Thay. Desculpa chegar assim, mas eu tive um problema e não tinha pra onde ir. - Falei, me segurando pra não chorar. - Saudades também amiga. - Poxa, vem amiga, entra. - Ela falou, me puxando pra entrar. Entrei
Os dias foram passando e mal nos falávamos. Eu queria ficar de bem com ele, e eu tinha medo de tomar um fora ou ele não me responder. Ele já não vinha mais almoçar em casa ou jantar, sempre saia e quando voltava, não me dava confiança. Aquilo me doía muito, com certeza ele deveria ter voltado com a Nicole. Óbvio, como não pensei nisso? Eu estava sentada no sofá quando ele chegou do trabalho e me olhou, encarei ele, mas ele foi pra cozinha. Levantei com raiva e fui atrásdele. - Matheus, assim não está pra conviver, vamos conversar?. - Pedi. - Não temos nada pra conversar, você decidiu uma coisa sem saber o que eu pensava. - Eu só não queria mais, foi minha escolha, você queria que eu ficasse com você não querendo? - A gente estava bem Carol, eu sinceramente não sei aonde que mudou. - Mudou quando a Nicole entrou e falou aquilo. - Estávamos separados. - Não foi o que ela falou. - E desde quando você acredita no que ela fala? - Eu...- dei uma pausa, pa
Matheus narrando. Eu queria poder falar que eu estou bem, estou feliz com outra pessoa e esqueci a Carol. Mas eu estaria mentindo. Eu estava até feliz, mas esquecer dela parecia impossível. Eu sofria toda vez que entrava em casa e não via ela, ou não tinha ela pra me dar carinho como ela fazia. E hoje não foi diferente. Entrei em casa e tudo estava vazio. Amanhã seria o meu aniversário e eu não estava tão animado assim. Fui direto pro quarto e tomei um banho. Demorei quase uma hora no mesmo e deitei na cama, mas nada dela chegar e acabei pegando no sono. Acordei com minha mãe gritando no quarto me desejando parabéns. Ela começou a chorar enquanto a Carol tentava acalma-lá e ela não parava nunca de chorar e me abraçar com força, me beijando o rosto todo. Carol veio na minha direção e deu aquele sorriso maravilhoso e me abraçou. Coloquei minha cabeça em seu ombro e deitei no mesmo, deixando minha boca perto do seu pescoço. Ela fez o mesmo e sua respiração no meu pescoço m
Thay Narrando. - Vamos. Eu estava pensando, não quer ir lá pra casa? Estou sozinha... - Eu perguntei, ansiosa pela resposta. - Quero sim, deu por hoje. - Ele falou, sorrindo. Sorri toda alegre. Finalmente eu tinha encontrado um homem bonito, bom de papo, bom de tudo e tinha dinheiro. Tenho muita sorte mesmo e eu estava encantada com ele, mas não era aquilo de amor, era mais uma paixão, não sei dizer, mas eu queria descobrir logo. Mas achei estranho a reação da Carol quando me viu com ele, eu senti que tinha algo por trás e aquela nojenta da Ju sabia de algo. E eu não sabia de nada. Mas irei descobrir o que é. Dessa vez, a Carol não iria me tomar esse homem. Não dessa vez. Carol sempre foi a melhor em tudo quando éramos nós três, e ela sempre preferiu a Ju ao invés de mim. Isso era horrível, mas aprendi que não deveria ficar correndo igual cachorra atras dela. Ela teria o que merecia, por ter feito tudo de ruim contra mim. Entrei no carro junto com o Matheus e fui dirig