Quando acordei, olhei ao meu redor e percebi que não estava em meu quarto e sim no meu apartamento que irei morar com o Gabriel. Olhei para o meu corpo coberto pelo o edredom e vi que estava sem o vestido, apenas vestida de lingerie. Minha cabeça parecia que iria explodir, tudo rodava e a vontade de vomitar era horrível. Eu não deveria ter bebido tanto, mas eu estava tão mal com tudo que me descontrolei.Levantei e vi que tinha um short perto da cama, apenas vestir ele e fui até o banheiro tentar despertar. Andei até a sala, e Gabriel estava sentado vendo televisão. Fui até a cozinha e abrir a gaveta onde tinha remédios, peguei o de dor de cabeça e enjoou. Tomei e preparei um café forte. Quando ficou pronto, coloquei na caneca e fui até a varanda que dava para frente da praia. O céu estava azul, sem nenhuma nuvem e um ventinho bom batia em meu rosto. Cruzei as pernas e fiquei olhando o mar, e tomando café. Gabriel apareceu sentando ao meu lado e com uma caneca com achocolatado.- Não
O tempo todo eu escutava o Gabriel com o Arthur no colo, ou acalmando ele quando chorava ou falando com ele como se ele fosse entender algo que ele dizia e eu ficava só revirando os olhos. Minha mãe ligou dizendo que estava vindo me visitar pra ver se ainda estávamos vivos, mas se fosse pra matar, Gabriel já estava morto. Como ela tinha passe livre pra subir, escutei a campainha tocar e fui atende - lá. Olhei pro chão e vi Lucky, o cachorro que ganhei de presente da minha avó que agora vivia com meus pais.- Eu o trouxe para te visitar. – Ela me abraçou. – Tudo bom minha filha?- Tudo sim mãe e a senhora? Oi Lucky, como você esta grande. – Fiz carinho no cachorro que estava fazendo festa só de me ver.- Você não matou o Gabriel não né? Está um silêncio aqui. – Ela disse, se sentando no sofá.- Ele deve está fazendo o Arthur dormi no quarto.- Eu soube o que aconteceu, que mulherzinha hein? Mas é bom que você se acostume com ele né?- Eu não vou me acostumar com ele, ele ainda continua
Flávia chegou meia hora depois e ficou sentada comigo numa sombra embaixo de um coqueiro, enquanto ela ia até um quiosque pegar uma água, vi o Caio sentado em uma pedra e olhava pro mar. Levantei, limpei meu short sujo de areia e fui andando até ele.- Caio? Oi. -falei, sorrindo.Ele olhou pra mim e deu um sorriso. Seus olhos estavam vermelhos, o que estranhei.- E aí mulher casada. - Falou com deboche.- Sem graça. Você tá bem?- Sim, só estou curtindo a brisa aqui.- Ah sim, bom né?- Pois é, e aí como está sendo a vida de casada?- Normal, só estresse mesmo.- Se ficasse comigo não estaria passando por isso.- Você sabe que eu queria ficar com você. - Sussurrei.- Sei, mas sua vontade deu e passou. Mas vamos ficar juntos vai? Eu gosto de você. - Falou, chegando perto de mim e tentando me beijar.- Não é assim, Caio para. - Tentei empurrá-lo pra longe, mas ele era mais forte.- Você também gosta de mim. - Falou perto do meu rosto, e senti um cheiro de maconha.- Você está se drogand
Coloquei um vestido preto, coladinho no corpo com um salto preto, estava gata demais assim. Fiz uma maquiagem marcando bem meus olhos e um batom vinho na boca. Me olhei no espelho e Gabriel entrou na mesma hora no quarto.- Minha mãe vai ficar com ele, só temos que passar lá primeiro e deixá-lo.- Ok então.Ele ficou uns minutos parado olhando pro meu corpo e deu um sorriso malicioso. Revirei os olhos e peguei minha bolsa saindo do quarto.- Tudo isso é pro meu amigo Caio? – perguntou me perturbando, aparecendo na sala com Arthur.- Vou apenas ignorar esse comentário tosco. - Falei, indo até a porta.Ele me puxou pelo o braço e aproximou seu corpo do meu, e deu uma cheirada no meu pescoço, que fiquei arrepiada até o último fio de cabelo.- Adoro ver você assim arrepiadinha. - Sussurrou.- Idiota. - Falei, revirando os olhos.Quando chegamos ao elevador, não tinha ninguém, até parar no andar de baixo e entrar uma loira. Ela entrou nos cumprimentando, e olhou logo pro Gabriel com o Arth
Carla Narrando.O sonho de toda mãe é ver seu filho ou filha se casar. Ter filhos. Ter uma família. Vê que todo esforço que fez pra sua filha crescer bem, foi certo. E aquele dia, aquele grande dia chegou pra sua filha. Mas a minha já não foi tão boa. Sophie não queria aquele casamento, não era o sonho dela, mas era o meu. Mas o que eu podia fazer? Eu já estava à beira da morte, a qualquer momento eu já não estaria mais aqui pra ver a hora dela chegar, de ver o grande dia dela, ela se casando com o amor da sua vida, o homem que ela escolheu pra ser feliz.Quando conheci José, foi amor à primeira vista. Ele estava começando a ter uma condição de vida melhor, tinha perdido há pouco tempo seu avô, quem deixou tudo pra ele. E eu nunca fiquei com ele por interesse, e nem nada a relacionado a dinheiro. Foi por amor, amor verdadeiro. Aquele que você fica boba olhando pra ele, que fica com medo só de imaginar ficar sem a pessoa, aquele que você vai dormir e acordar pensando nele. E eu era ass
Sophie Narrando.Peguei minhas coisas correndo, e gritei pelo o Gabriel. Ele me encontrou no corredor chorando, ficou confuso, mas aos poucos conseguir explicar tudo. Chegamos ao hospital, sai correndo e encontrei meu pai na entrada. Ele me abraçou e falou que minha mãe tinha poucas horas para viver. Chorei ainda mais em seu ombro. Gabriel pegou um copo com água para mim, e fui bebendo, tentando me acalmar aos poucos.Quando entrei no quarto e vi minha mãe daquele jeito, meu coração parecia que estava sendo esmagado. Como eu viveria sem minha mãe? Sem ela, eu não era nada. Peguei em sua mão e apertei devagar, não quero acorda - lá. Não querendo ela ver partindo daqui algumas horas. Sentei ao seu lado e peguei em sua mão, apoiei minha testa na mesma e fiquei rezando baixinho, pedindo a Deus que não a levasse. Não agora, quando eu estava mais precisando dela. Mas sei que Deus sabe de tudo, e que seja feita a vontade dele. Escutei minha mãe me chamar, ela estava muito mal, não conseguia
Sophie Narrando.Os dias não estavam fáceis para mim. Eu não tinha ânimo para nada e para ninguém. Eu só queria ficar deitada, dormi e esquecer o que tinha acontecido e o que tinha que enfrentar, não queria acordar pra realidade e perceber que não tinha mais ela aqui comigo. Flávia sempre ficava comigo e quando não estava, me enchia de mensagens e ligações, tentava de todas as maneiras me ajudar, mas não adiantava. Meu pai me ligava, mas pra ele, eu fingia estar bem e sempre prometia uma visita. Mas eu não iria. Ele ainda sentia muito, mas se distraia com o serviço dele. Meu cachorro estava sendo cuidado por ele, então era outra distração para sua cabeça.Gabriel vivia para a empresa, Arthur e cuidar de mim. Mas eu não queria, mas também não ia falar nada. Ele fazia minha comida, me chamava, me ajudava em tudo. O jeito que ele vinha me tratando acabava mexendo comigo, meu coração sempre ficava acelerado quando via pequenos gestos dele. Era bom, mas eu não poderia me sentir assim. Ele
Estranhei aquilo, como assim ele não morava mais aqui? Algo estava acontecendo.- Não mora? Mas ele me falou que estava aqui.- Isso faz tempo? Porque já tem quase um mês que ele saiu daqui.- E o senhor sabe pra onde ele foi? E o porquê de ter saído?- Bom, senhor Caio apareceu aqui na última vez muito alterado parecia até estar doidão e então arrumou confusão com todos aqui. Um amigo dele chegou na hora para ajudar e mais tarde a mãe o levou.- E você sabe onde os pais moram? Pode me dar o endereço?- Só um minuto, por favor. - Falou, e entrou. Logo apareceu com um papel na mão e me deu. - Aí está o endereço, mas qualquer coisa, não fui eu que dei ok?- Ok, sem problema, obrigada.Andei até o carro, olhei o endereço e fui até lá. Não era muito longe, então logo cheguei e avistei uma mulher saindo da casa. Sai do carro correndo e fui andando até ela.- Oi, eu sou Sophie, amiga do Caio. Queria saber se ele está em casa? - Falei, ela me olhou um pouco assustada.- Oi, sou a mãe dele. E