— Sou formado em direito, mas não exerço devido aos negócios do meu pai. — Sebastian quebra o silêncio. — Ao invés de ser um advogado eu trabalho vendendo drogas as pessoas mais ricas do mundo, narcotráfico o nome.Termino de engolir o resto da comida, balançando a cabeça.— Você vendia pra May, não é?Ele sacudiu a cabeça.Olho para meu prato.— Minha mãe se separou do meu pai depois que descobriu que ele tinha um caso com a secretária. Eles brigavam tanto pela minha guarda e do Nicolae que mal observaram o mal que nos fizeram. — Sebastian dispara, olhando para um canto qualquer. — O juiz determinou guarda compartilhada, passávamos uma semana com meu pai e outra com minha mãe.— Você não precisa...Ele faz um gesto com a mão e eu me calo.— Só que, na semana do meu pai, ele simplesmente sumiu. Numa manhã, eu estava no jardim procurando borboletas mortas pelo chão quando vi dois homens estranhos entrando em casa, em seguida vi minha mãe me chamando para dentro, o medo era evidente em
Os 6 meses mais intensos da minha vida passaram. Acredito que nunca pensei que minha vida estaria tão calma e tranquila, não posso afirmar que eu e o Sebastian não brigamos, mas ultimamente, tudo parecia estar bem até demais.Nos mudamos da mansão, para uma casa mais modesta, continua sendo muito para mim, porém é um começo. Cortamos metade dos funcionários, Marília continuava ao meu lado e alguns seguranças também, Sebastian temia que algo acontecesse comigo.Conhecer o mundo uma segunda vez está sendo uma experiência estranha, a atualidade é como imaginava, mas não muda o fato de eu me sentir fora de órbita. Marília me ajudava com os eletrônicos, íamos à cidade com recorrência e o lugar mais legal de todos: ao cinema.Apesar de estar me adaptando bem, Sebastian costumava me lançar um olhar de culpa por ter me privado de todas essas coisas incríveis, porém, acredito que para tudo há um propósito ou talvez ele só tivesse medo de eu me encantar mais ainda pelo mundo e decidir deixá-lo.
Os dias com Sebastian pareciam correr, cada vez mais aceitava o fato de amá-lo e ele estava se esforçando para ser cada vez melhor. Mas nem tudo eram flores, tínhamos nossas desavenças de casal, nesses momentos eu tentava não pensar em como seria a vida longe daqui e logo ele me lembrava do porquê continuava aqui. Eu estava tão feliz que cheguei a ficar receosa de algo ruim acontecer, pois, era sempre assim, pelo menos para mim.Senti a coberta ao meu lado ser movimentada, abri um sorriso assim que vi os olhos do Sebastian se abrirem com um pouco de dificuldade. Estava deitada sobre seu peito fazia minutos, apreciando sua beleza enquanto o mesmo desfrutava de um sono pesado.A neve caindo do lado de fora nos deixou confortável o suficiente para dormir até tarde, até porque, hoje era um fim de semana.A ponta de seus dedos escorregam do meu ombro até a minha cintura, fazendo a meus pelos arrepiarem, a mão dele me apertou mais contra seu peito.— Não podemos... — murmurei baixinho, a po
Ficamos apenas nos olhando, absorvendo a ideia. Ethan estava vivo, tive que piscar centenas de vezes para constatar que não era apenas mais uma das peças que minha cabeça costumava me pregar.Engoli a seco quando ele começou a se aproximar de mim em passos curtos, temendo que eu fosse fugir a qualquer momento. Permaneci estática, sentindo as lágrimas se formarem nos meus olhos e o local ao redor de repente parecer tão quente quanto um dia de verão.— C-como? — Pergunto sussurrando, olhando para o colete em seu peito mostrando claramente que ele não era um simples faxineiro.— Eu...Antes que ele pudesse tocar meu pulso, a mesma porta cujo Sebastian entrou se abre e ele sai logo em seguida acompanhado dos investigadores. Olhando eles lado a lado só me fez ficar ainda mais atordoada, ambos eram completos opostos, pelo menos o que eu conhecia do Ethan.Sebastian olhou para mim e depois para Ethan, com as sobrancelhas juntas. Eles de repente se entre-olharam como dois lobos líderes de uma
Coloquei uma roupa quente, pois ainda estava congelando do lado de fora. Marília e eu saímos com a desculpa de ir ao shopping comprar roupas, mesmo que os empregados não pedissem satisfações era melhor evitar qualquer conflito com o Sebastian, e para isso eles precisavam de uma resposta para minha saída. Não mandei mensagem, porque ele daria um jeito de sair da empresa feito louco para vir atrás de mim, dizer que foi uma péssima ideia sair sem sua companhia.Meu coração estava a mil por hora, pedindo internamente que aquele homem fosse apenas parecido com ele, pois o Ethan está morto. Pela primeira vez me peguei desejando sua morte, porque eu já havia aceitado isso, mas não o fato dele ter mentido.O motorista estacionou na garagem do shopping, arranquei Marília para o andar de cima, mesmo com ela me puxando para baixo.Assim que subimos pela escada rolante, olhei ao redor com a falsa esperança de encontrá-lo facilmente.— Me espere em frente a essa loja, daqui há alguns minutos eu vo
Os lábios do Ethan junto aos meus me traziam uma sensação de nostalgia.Deixei sua mão descer das minhas costas até a extremidade das minhas nádegas, permiti que ele beijasse meu pescoço enquanto eu jogava a cabeça para trás.Eu arfei, com meu peito ardendo.Sua língua era fria, me causando arrepios por toda parte do meu corpo.Caminhamos em passos lentos até a mesa onde ele me sentou em cima e voltou a me beijar, com as mãos firmes nas minhas coxas.Ethan tinha gosto de familiaridade, agora também tinha gosto de algo doce e cheiro de perfume. Isso me deixou com mais vontade de desfrutar dele e saber o que mais mudara além de seu corpo mais robusto.Ele me ajuda a tirar minha jaqueta jogando-a para um canto qualquer da sala, mal me importei com o frio.Senti seu membro rígido em contato com minha intimidade, então me puxou para mais próximo de seu corpo a fim de sentir ainda mais meu contato.Ele me puxa para mais perto pela cintura. Pelos céus, podia senti-lo tanto que doía, matar a
Voltamos para casa pela parte da tarde, meu coração estava quase para sair pela boca, Sebastian faria um interrogatório quando chegássemos em casa e Marília parecia mais apreensiva que eu. O motorista dirigia pelo trajeto o mais rápido que podia, mas com a neve, era obrigado a acelerar o mínimo possível.Pedi aos céus que seu carro não estivesse na garagem, para eu pelo menos ter tempo de inventar uma mentira mais elaborada do motivo porquê meu rosto estava inchado. Além disso, tinha o fato da minha consciência pesar mais do que uma bigorna no oceano, eu o trai de maneira fria e consciente, nunca iria me perdoar por isso.Minhas orações pareciam não ter sido ouvidas, pois, assim que ultrapassamos o portão da propriedade o carro dele já estava em frente, estacionado mal, demonstrando que ele chegou às pressas. Desci do carro antes que o motorista abrisse a porta para mim, Marília saiu em seguida indo direto para dentro.Respirei fundo.Antes que eu pudesse entrar Sebastian apareceu na
Abri os olhos com dificuldade, minha cabeça estava girando e com meu corpo dolorido por estar deitada no chão. Quando finalmente consegui focar minha visão em algo percebi que não estava em casa, estava dentro de um quarto escuro iluminado por apenas um basculante meio aberto.Levantei do chão rapidamente, me sentando encostada na parede.Tentando lembrar do que aconteceu na noite anterior, embora minha memória estivesse apenas com alguns feixes. Alguém havia me apagado com um pano quando fui fechar a janela.Levanto do chão em pânico, caminho lentamente até a única porta na sala, com as mãos protegendo os braços e os dentes rangendo de frio. A porta estava trancada, foi então que comecei a me desesperar mais ainda. Bati com os punhos na porta, dando socos e chutes, mas foi completamente em vão.Comecei a chorar sentindo as lágrimas congelando em meus olhos, com as pálpebras rígidas igual a pedra.Que tipo de brincadeira de mau gosto era essa? Sebastian não podia ter ficado tão chatea