HarlowUma semana se passou e o Rush estava mais do que me ignorando. Ele saia cedo e chegava tarde e nos finais de semana ficava trancado naquele maldito escritório.A casa ficava vazia exceto para Lucy e duas faxineiras que se reservavam. E às vezes o Mike que entrava para tomar um café. Fora isso era pura solidão. Eu deveria aprender a lidar com isso e achar normal, mas não estava conseguindo. Aquilo estava afetando meu ânimo, meu humor e minha vontade de comer.Resolvi fazer as aulas extras, pelos menos tinha mais tempo longe dali. Mas eu ainda estava furiosa com o professor Anthony e não estava disposta a aceitar qualquer comentário dele sobre mim.Pelo menos agora eu tinha um carro novinho. Um Mercedes preto bem moderno. Podia transitar sem o Mike me levar para todo lugar. Naquela tarde, fui direto para meu quarto. A casa estava em silêncio e nenhum sinal do Rush. Eu me afoguei no meu travesseiro e chorei até adormecer.Estava lutando para me manter acordada quando senti uma
RushNos últimos dias, eu tinha feito de tudo para ignorar a Harlow, para não a encontrar. O episódio no quarto dela me deixará bastante envergonhado. Eu não me orgulhava da forma que falei com ela. Mesmo ela tendo me tirado do sério, eu não deveria ter gritado com ela.Nunca havia sentido um misto de sentimentos tão intensos por uma mulher antes. Ela me tirava do sério e me levava ao inferno, mas, ao mesmo tempo, eu queria estar perto dela e a desejava.Estava começando a ficar louco. Eu tinha sonhos eróticos com ela, ficava excitado e me masturbava pra caralho. Eu acho que nunca fiquei assim desde os meus dezesseis anos, que foi quando eu comecei a pegar mulheres sem parar. Quando eu queria transar, encontrava uma que me atraísse. Mas agora estou em greve desde do casamento e não é por falta de mulher. A Antonella está como uma abelha em cima de mim. Me ligando, mandando mensagem, indo ao meu escritório. Mas não consigo pensar em nada além do quanto ela me irrita e que ela não é a
Rush As palavras da minha mãe não saiam da minha mente. Talvez pela forma que ela falou comigo. Eu não tinha mais idade para levar uma bronca da minha mãe e agir naturalmente.Levei dois dias lutando contra meus sentimentos, a raiva que eu estava da Harlow.No fundo, eu sabia que não poderia ignorá-la para sempre, ainda mais quando eu não conseguia tirá-la da minha cabeça.Eu precisava de um acordo de paz. Um acordo onde nós dois viveríamos bem. — Nós não precisamos viver em pé de guerra. Podemos ser amigos, não é? — Falei, olhando para o meu amigo, Dimitri.Dimitri era um mafioso. Eu conheci ele em um clube e desde então viramos amigos. Ele acabou me ajudando com alguns roubos que tivemos em nossas joalherias. Digamos que nem sempre recorrer ao lado legal da lei é suficiente.— Cara, eu nem sei do que você está falando. Nós estávamos falando do nosso futuro negócio minutos atrás.— Estou falando da minha esposa. Eu passei a última hora te contando o que está acontecendo na minha vi
Harlow O professor Anthony demorou demais comigo hoje. Ele dispensou todos os alunos no horário e me deixou até tarde. Ele estava amável hoje e disposto a responder todas as minhas perguntas. Nós começamos a falar sobre literatura inglesa e acabamos em uma aula sobre os livros de Charlotte Brontë. Nós dois gostávamos das obras dela e o professor tinha um livro dela dentro da bolsa. — Você pode levar para ler em casa. — Não precisa, eu posso pegar algo na biblioteca. — Essa edição não. — ele abriu a página de dedicatória. — É uma edição especial. — Oh, sim. Por isso acho melhor não levar. — tentei devolver, mas ele recusou. — Você me devolve quando ler. — Obrigado, então. Sorri para ele. — Eu tenho uma conferência em Chicago. Acontece todo ano, eu acho que podemos ir. Quero dizer, separados. Terão vários professores famosos de Harvard, Columbia. Você vai gostar e vai adquirir muito conhecimento. — ele tocou o meu braço de leve. O jeito que ele olhava para mim, me tocava,
Harlow Tomei uma decisão naquela manhã, depois de toda a cena no quando do Rush. Eu não iria mais permitir que ele me usasse para fazer uma de suas cenas, me excitasse para me desprezar em seguida. Nas duas vezes eu estive entregue, na expectativa que ele me tomasse, mas ele não fez. Mas ele não iria mais tocar em mim. Descobri algo interessante sobre a casa do Rush, por ser na cobertura ele tinha uma área enorme de varanda só para ele, com uma jacuzzi, uma piscina e uma bela vista para a cidade. O resto da casa também tinha outras coisas legais, como uma sala de TV que mais parecia um cinema e uma sala de jogos. A biblioteca também era incrível. O meu marido era rico e se eu iria viver um ano nesse casamento, eu iria aproveitar tudo o que eu poderia. Coloquei um biquíni, peguei o Ferinha e fui para área da jacuzzi. Eu tinha mudado o nome dele só para irritar o Rush, mas foi temporário. Eu não iria colocar o nome do meu marido em um cachorro, por mais que ele merecesse. Leve
Rush Como uma simples garota consegue me deixar excitado durante o dia inteiro? Eu tinha uma reunião hoje e estava preocupado em aparecer com a barraca armada na frente dos sócios. Vê ela de biquíni destruiu com o resto de sanidade que eu ainda tinha. A Harlow não era uma garota magra comum, ela era curvilínea nas regiões do quadril e bumbum. Eu geralmente pegava mulheres magras no estilo modelo, eu acho que nunca peguei alguém com o corpo tão gostoso igual o dela. E ela estava ali tão próxima, mas eu estava resistindo. Por quê? Qual era o propósito de lutar contra meus instintos? — Senhor King? — Um dos funcionários me interrompeu. Nós estávamos no meio de uma apresentação e eu só conseguia pensar na Harlow. — Oh, sim. Eu concordo. — Concorda com o quê? Nós estávamos falando sobre uma melhoria na segurança, devido o roubo que houve nas joalherias de Chicago este mês. — Houve um roubo em Chicago? Por que eu não fui informado? — Eu acabei de lhe informar. Todos na sala olha
Rush Eu não conseguia parar de olhar para Harlow. A forma que ela sorria, como era graciosa e educada com as pessoas. Nem de longe parecia a mulher raivosa com quem casei. — Por que você está me olhando assim, Rush? — Ela falou entre os dentes enquanto acenava para senhora Smith. Ela adorou a minha esposa e foi difícil arrancá-la de suas garras. — Estou olhando como você é graciosa com as pessoas e comigo é uma leoa raivosa. — Você já pensou que talvez eu só esteja respondendo à altura? As pessoas me tratam bem e eu retribuo. — Isso quer dizer que eu não a trato bem? Ela engoliu o resto do champanhe e colocou na bandeja de um dos garçons, pegando outra taça. — Vamos comer algo para você não se embriagar. — Esses canapés estão horríveis. Não estou acostumada com esse tipo de comida. — O King mais jovem. — O Senhor McKnight se aproximou de nós. — O mais jovem é o meu irmão, senhor McKnight. — Oh, não me chame de senhor. Eu me sinto um velho. — Ele apertou a minha mão. —
Harlow O Rush estava simplesmente bufando de ódio, igual a um cachorro raivoso. Isso porque ele não sabia que o pior ainda estava por vir. Se ele ia me trair na minha cara, ele também iria conhecer a minha raiva. — Temos uma adesão recente ao nosso leilão. Uma bela senhorita que vai leiloar um jantar com ela. Vamos lembrar que é para caridade, então prepararem os bolsos. — O leiloeiro sorriu e olhou para mim. — A nossa belíssima senhorita de azul. Desculpe, senhora. Ela é a esposa do senhor King. Parabéns por sua linda esposa, senhor King — Você não fez isso, Harlow. — Ele falou ríspido. — Será que você pode se levantar e vir até aqui? Eu me levantei, mas o Rush segurou o meu braço. — Rush, é uma causa nobre. Ele me lançou um olhar demoníaco. Todos conseguiram sentir o clima tenso, até o leiloeiro. — Bom, vamos começar o leilão. O lance inicial é de mil dólares. Eu me sentei ao lado do meu marido furioso. Ele levantou a plaquinha. — Cinco mil dólares. Mas é claro qu