Capítulo Três

Isabella Constantine

Hoje o dia está quente, é raro na época em que estamos fazer calor aqui, mas estranhamente o dia amanheceu quente. Minha noite foi conturbada, tive vários pesadelos com ele, me perseguindo, me matando e comendo meu coração. Não sei o que me espera nesse casamento, mas com certeza que não é coisa boa. Estou me preparando para o tal encontro com o senhor Petrov, meu futuro marido, o diabo. As pessoas na Itália e em toda a Europa, o chamam de diabo porque, para além de sobreviver a emboscada feita pela minha família, as pessoas que são torturadas por ele, preferem a morte do que, serem capturadas por ela.

— Está se preparando para se encontrar com o diabo? Cuidado voltar arregaçada desse encontro — Minha irmã Fiorella destila seu veneno entrando em meu quarto. Ela veste uma saia minúscula, cor de rosa e um cropped branco, ela exibe suas curvas lindas, ela parece uma verdadeira Barbie.

— Por quê você é assim eeeeh! É você quem devia estar aqui, ele está apaixonado por você! — retruco irritada, já estou cansada das provocações dela. Desde pequenas, minha irmã tem a necessidade de me irritar, incomodar, ficar me enchendo.

— Porque você merece, você é a causa do fim do relacionamento dos nossos pais — berra vindo até mim, ela tenta me acertar, mas não consegue, porque imobilizo ela na hora.

— Me deixe em paz, qual é o seu problema? — Indago irritada apertando suas mãos.

Ela faz cara de choro, porque o aperto está forte.

— O que está acontecendo aqui? Isabella, solta sua irmã — minha mãe surge do nada no meu quarto, ela separa nós duas e fica do lado da minha irmã — Sua ingrata — minha mãe berra irritada e me dá um tapa no rosto, Fiorella ri do lado dela, como se tivesse gostado de me ver apanhar, como sempre.

— Eu sinto muito mãe, não quis fazer isso — me desculpo sem muita vontade.

Desde que me entendo por gente, minha mãe sempre fica do lado da Fiorella, independentemente da situaçã, ela sempre fica do lado dela e eu sempre apanho, sempre saio como a errada da história. Nunca entendi o porquê da minha mãe me odiar tanto, mas ela sempre jogou na minha cara que, devia agradecer por ela ter cuidado de mim. Que tipo de mãe faz isso?

— Sai já daqui! E vê se faz o russo esquecer de sua irmã — sou expulsa do meu próprio quarto, por minha mãe e irmã.

Meu rosto dói, onde minha mãe deu o tapa, sempre que tem oportunidade, Fiorella arranjar uma forma de me colocar em confusão para que eu leve t***s da minha mãe, o passatempo favorito dela é esse, me ver sofrer. Talvez me casar com o russo não seja tão horrível assim, pelo menos ficarei livre da minha mãe e da desgraçada da minha irmã. Do lado de fora de casa, tem um carro preto me esperando, os seguranças russos estão do lado de fora me esperando, assim que me vêem, um deles abre a porta do passageiro para mim. Entro no carro pensando em como será esse casamento.

Como posso me casar com alguém que claramente não me ama? Ele assim como vários homens, é louco por Fiorella, todas as vezes que ele fôr se deitar será pensando nela, comigo do lado dele. Não vejo formas de esse casamento ser feliz, não tem como ser é simplesmente um absurdo isso.

— Senhora, chegamos a mansão Petrov — o motorista informa assim que chegamos a mansão do meu futuro marido.

A casa é Simplesmente estonteante, é de tirar o fôlego de tão linda que é, diferente das muitas casas de mafiosos, a casa dos Petrov é de uma arquitetura moderna, cheia de vidros por toda parte, em nenhuma parte da casa eu vi falta de espelhos, parece que para além de ser um rato, o meu futuro marido é um rato vaidoso.

— Seja bem vinda a mansão Petrov minha querida — Minha sogra me recebe com um abraço e sorrisos calorosos.

— Muito obrigada Ivana — retribuo ao abraço dela com prazer.

É engraçado pensar que, em vinte e quatro anos de vida, eu nunca recebi um abraço assim da minha mãe. A senhora Ivana, me abraça como uma verdadeira mãe, minha própria mãe nunca me deu um abraço assim, nunca, ela só me abraça na frente do meu pai em datas comemorativas, como se eu fosse um dos convidados dela do baile anual da família Constantine.

— Venha, Aleksander está no escritório já já ele desce — Ivana informa assim que percebe que estou aflita procurando por ele.

O interior da casa é totalmente aconchegante, a casa tem cheiro de vinho envelhecido e uma mistura de charuto cubano. Talvez seja o cheiro do meu noivo. Os móveis da casa, são totalmente brancos, feitos com madeira finas e moderna, o chão é feito de mármore negro, provavelmente seja rocha vulcânica.

— Então, está animada com o casamento? — minha sogra puxa assunto nos guiando para um sofá no centro da sala.

Ela com certeza só quer puxar assunto, que mulher estaria animada em organizar um casamento com um homem apaixonado por sua irmã, como se não bastasse, sua irmã super bela, o diamante da temporada.

— Uhm! Sim, é um óptimo exercício para distrair a mente — retruco sem graça, o que posso dizer?  Não tenho como mentir para ela ou inventar qualquer coisa, ela sabe da verdade.

— Fico feliz, os dias já se foram e precisamos correr contra o tempo — minha sogra informa com um sorriso lindo.

Se o meu futuro marido fôr que nem a mãe dele, com certeza, não terei nenhum tipo de dificuldade em apaixonar por ele. Mas se ele for igual ao próprio diabo, face totalmente angelical e um coração de merda, então eu estarei na merda, porque venderei minha alma ao diabo. Nossa conversa estava fluindo sem sobressalto nenhum, até que alguém nos interrompe.

— Aleksander está chamando por você, ele está no escritório no andar superior — minha sogra indica com a mão até onde devo ir.

Sem ajuda de mais ninguém, sigo até o escritório dele. O escritório fica no final do corredor, é uma porta escuro, sozinha e tenebrosa. Assim que chego nele, bato a porta.

— Entra! — ele ordena com sua voz misturada num sotaque perfeito, só com uma e única palavra, ele me deixa arrepiada, quase acaio para trás, todos os pelos do meu corpo ficam em pé, meu peito b**e feito louco, preciso me concentrar antes de entrar no escritório dele.

— Licença senhor Petrov — entro em seu escritório com passos vacilantes.

O lugar está totalmente escuro, a escuridão provoca uma aura tenebrosa e parece que estou dentro de um filme de terror, parece até que eu vou fazer um acordo com o diabo.

— Venha até aqui menina — só consigo visualizar sua mãe no ar, ele me chama até próximo dele.

Com passos vacilantes vou até próximo de sua mesa, me sinto como um cordeiro indo para o sacrifício, me sinto igual a aquelas virgens sacrificadas por bandas de rock para conseguir sucesso, sinto que vou vender minha alma ao diabo. Assim que chego até próximo dele, o cheiro de vinho e charuto, preenche todo o meu ser e como imaginei anteriormente, o cheiro por toda a casa é do perfume dele.

— O casamento será daqui há dois dias, não teremos festa, nem convidados, só vamos assinar os papéis e você vai se mudar para a Rússia — a voz dele se parece com um trovão, ele causa atritos em meu corpo, causa choques elétricos, como se eu estivesse sendo atingida por raios de verdade.

— Compreendo perfeitamente senhor Petrov — falo com a cabeça baixa.

Uma das coisas ensinadas as mulheres da máfia, é nunca levantar a cabeça para o capo enquanto ele não ordenar. Me sinto completamente humilhada, estou abaixando a cabeça para um Russo desgraçado que me odeia.

— Não me chame de senhor, você e eu nos casaremos em breve e não pense que o casamento será só papel — ela informa, informa não, ele determina.

Desde que entrei no escritório, não consegui ver o rosto dele, ele continua sentado em sua cadeira com a mesma pose de poder e imbatível.

— Compreendo perfeitamente Aleksander — sussurro incomodada.

Ele quer que tenhamos um casamento de verdade, o que isso significa? Que vamos fazer sexo? Dormir no mesmo quarto? Ter todas as refeições juntos? O que esse lunático quer?

— Venha até aqui menina — ele chama com a mão para que eu vá até próximo dele.

Me levanto da cadeira com medo, mesmo que eu tenha passado por um treinamento pesado, eu nunca senti tanto medo, como estou sentindo agora, ele quer que eu vá até próximo da cadeira dele. Assim que chego próximo da cadeira dele, ele me obriga a sentar em seu colo e passa o nariz em meu pescoço.

— Você ainda é virgem? — ele interroga passando a mão no meu corpo.

Eu estou sentada no colo do diabo e ainda assim, não consigo enxergar o rosto dele, consigo sentir seu corpo. Ele é um homem extremamente músculo, mas não tão musculoso, não a ponto de ser exagerado. Eu posso sentir seu pau batendo na minha coxa.

— Sim Aleksander — minha voz sai ofegante, não sei é devido ao perfume dele que está me embriagando ou pelo pau dele que parece estar vivo nas calças.

— Algum homem alguma vez beijou você — ele sussurra em  meu ouvido. Prendo a respiração inesperadamente, está impossível respirar com ele do meu lado.

A atmosfera do escritório do nada ficou pesada, não estou conseguindo respirar ou me concentrar com ele tão próximo de mim. A mão dele desliza para o interior da minha saia, ele segura minha coxa e faz um movimento de sobe  e desce.

— Não Aleksander, eu nunca fui beijada — consigo murmura com o pouco de voz ainda me resta.

Tento colocar meus pensamentos em uma e única frequência, alinhar todos eles, mas está difícil. Aleksander beija meu pescoço com delicadeza, cheira minha nuca, ele inspira meu cheiro como se ele fosse a melhor coisa que sentiu na vida. Meu coração b**e dentro do peito e única coisa que quero fazer, é fugir daqui.

Ele está praticamente me seduzindo, como assim? Eu pensei que ele fosse apaixonado por Fiorella, que amor é esse que só durou uma semana?

A mão dele sai da minha coxa e entra em minha calcinha, quase pulo de seu colo quando seu dedo frio entra em contacto com a minha buceta. Ele vai me tocar, eu preciso impedir isso.

— Alek... Aleksander, não podemos fazer isso — tento impedir ele mas a minha voz sai mais como um gemido.

Os beijos dele em meu pescoço, tornam-se mais ousados, fazendo tudo para me marcar, ele quer deixar sua marca em mim, para que assim que eu chegar em casa, meu pai veja.

— O que não podemos fazer? Eu posso fazer tudo o que quiser com você, ou esqueceu que me pertence, você se sacrificou por sua irmã, então vai pagar por isso — ele sussurra em meu ouvido e logo em seguida morde o lóbulo da minha orelha.

Ele pára com os beijos e com chupões em meu pescoço, minha respiração está pesada e ofegante, mas parece que a situação não o afeta em nada, ele simplesmente continua impassível como se não estivesse fazendo absolutamente nada. Sua mão desliza para o interior da minha calcinha minúscula de renda, seu dedo faz massagem nos meus lábios e não consigo pensar em mais nada, o esforço que estou fazendo para não gemer é tanto que não estou sequer respirando.

Quando acordei encontrei minhas roupas separadas para o encontro de hoje, desde a calcinha até o sapato, segundo a minha mãe, foi o próprio Aleksander quem escolheu, no momento eu não entendi por quê, mas agora, presa no colo dele, com a mão dele entre minhas pernas, eu entendo o porquê.

— Aleksander, por favor — gemo a conta gosto. Sua mão só está fazendo circulos ao redor da minha buceta, nunca entrando dentro de mim, como se estivesse me punindo. Ele é louco, nem sequer o conheço e já está com as mãos entre minhas pernas.

Uma parte dentro de mim, chora, anseia por seu toque. Como posso estar tão molhada por alguém que eu nunca vi na vida, como posso estar desejando que o diabo enfie seus dedos dentro da minha boceta e me faça chegar ao céu.

— Para alguém que nunca, me viu na vida, você está muito molhada para mim Lenochka¹ — ele sussurra em meu ouvido, logo em seguida, desliza seu dedo até meu grelo e massageia ele. Essa ação arranca um gemido de mim — Isso mesmo Zayka², geme para o seu homem, aproveita o paraíso agora, porque em breve você vai provar do próprio inferno — ele sussurra as palavras enquanto aumenta a pressão dentro de mim.

Sem muita paciência, Aleksander rasga a minha calcinha e me coloca sentada na mesa, de ventre para ele. Ele se coloca entre minhas pernas e abri elas, sem muita cerimônia, ele chega onde eu quero, ele circula a minha entrada com seu dedo médio, espalha muito bem minha lubrificação e introduz seu dedo, enquanto sua outra mão faz pressão no meu mamilo, e é o combo perfeito.

— Aleksander, mais , mais — grito feito uma vadia, pedido por mais dele. Ele introduz mais um dedo dentro de mim e sua boca vai ao encontro do meu seio, o misto de sensações é tanto que, eu quero gritar para toda a casa ouvir, que estou sendo fodida que nem uma vadia no escritório, pelo próprio diabo.

Seus dedos entram e saiem de dentro de mim, com tanta facilidade que é impossível não gritar de prazer, as sensações se acumulam no meu baixo ventre e quando ele finalmente atinge meu clitóris, é o stopim para mim e com um grito eu gozo pela primeira vez na vida, choro pelos olhos e pela vagina, a sensação é tão boa que eu quero dormir.

— Aproveita agora Zayka, o que está por vir não é bom — Aleksander sussura olhando directamente em meus olhos.

Suas íris azuis, falam por si só que eu estou fudida e não num bom sentido, antes de apagar completamente, eu vejo seu resto e ele não é nada do que minha mãe e outras pessoas descrevem, ele é simplesmente magnífico, com algumas cicatrizes em algumas partes, mas nada que o deixe igual ao monstro que descrevem. Ele é igual a um anjo, igual a Lúcifer, extremamente belo, mas com um coração podre. Eu vendi a minha alma ao diabo, quando deixei que ele me fodesse em sua mesa.

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1. Lenochka:  uma forma de dizer querida. 

2. Zayka: (coelho); usado como carinho

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