26. Veneno

Nuria

A melodia flutuava pelo quarto, mas minha mente estava em outro lugar.

Stefanos estava na banheira, sua presença preenchendo o espaço como um trovão prestes a cair.

Meus dedos deslizavam sobre as cordas do violino, produzindo notas suaves, quase hesitantes. A música deveria acalmá-lo, mas eu duvidava que algo fosse capaz disso.

A água quente subia ao redor de seu corpo, mas não levava sua tensão. Seus ombros continuavam rígidos, seu maxilar trincado.

Mas não era só irritação.

Era dor.

Ele estava tentando esconder, se recusando a mostrar qualquer sinal de fraqueza, mas eu via.

Os músculos tensos.

A respiração curta.

Os punhos fechados sob a água.

Os cortes nas costas, ainda abertos.

Eu deveria apenas tocar e sair. Deveria manter distância. Deveria ignorar.

Mas algo dentro de mim se recusava a fazer isso.

Minha loba se remexeu inquieta, captando o cheiro metálico que persistia no ar.

Havia algo errado.

Olhei de relance para ele, tentando não encarar por muito tempo.

Mas foi o sufi
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