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2 homens - entre o amor e o dever

As semanas foram se passando, Matilda ficava cada dia mais indignada. Quando visitada pelo noivo, ela dava desculpas torpes, de maus estares repentinos, o rapaz sentia-se desolado, pois por varias vezes nas muitas visitas, partia sem conseguir por os olhos na ninfa com que sonhava todas as noites.

Das muitas vezes que o casal passeava juntos, Matilda não media esforços para se afastar de Joaquim, principalmente com ofensas. Num desses passeios, Matilda estava tão distante, não conseguia parar de pensar em seu amado César, quando fora interrompida por Joaquim:

- O que há contigo, minha querida? Nem estais a ofender-me como de costume.

- Não quero perder meu precioso tempo, falando convosco.

- Não fale assim, ti sereis minha esposa.

- Nunca! Não vou me casar contigo.

- Que dizes? Isso já é mais do que certo.

- Prefiro a morte!

- Não admito que digas isto! Nosso casamento já esta próximo, já é tempo de ti se conformar com isso.

- Não quero me conformar. Não vou me conformar. Jamais serei tua esposa!

- A de ser e ponto! Já sois minha! Fostes prometida a mim.

- Esqueça-me, eu o detesto, me livre desse compromisso de uma vez!

- Nunca! Jamais ei de perde-la. Eu a quero ao meu lado.

- Eu não o quero!

- Um dia a de querer-me, eu garanto!

- Só se um dia eu perder a razão, e me ver louca!

- (Joaquim muito se enfureceu com as declarações da noiva) Já lhe disse, tu serás minha, tu já me pertences.

- Não lhe pertenço insano! (Matilda, cuspiu no rosto de Joaquim)

(O rapaz saiu de si, e segurou fortemente no braço de Matilda)

- O que vai fazer? Vai ousar me bater?

- Não.

Joaquim a segurou mais forte, e a trouxe para perto de si, e a beijou:

- Maldito, imundo!

- Provei da delicia de seus lábios.

- Solte-me imundo. Não ouse mais encostar...

(Joaquim a beijou novamente)

:- Bruto!

Matilda saiu espumando de raiva. Joaquim sentiu-se realizado.

O dia do casamento era chegado.Com tudo, Dona Margarida, que não concordava com os planos do marido, adoecia a cada dia mais. Com isso, César foi chamado, para examina-la.

Dado o diagnostico:

- Coronel Germano, a doença de sua esposa, piora a cada dia. Evite qualquer emoção forte. Até mesmo uma discussão seria capaz de mata-la.

- É tão grave assim, Doutor?

- Sim, Coronel...

- Vou tomar precauções, com relação a minha esposa. Ah, e quanto a minha filha, o Doutor está convidado, para o seu casamento daqui a um mês.

O coração de César partiu-se de tanta tristeza. Na saída da casa ele encontrou Matilda. Ambos correram para os fundos da fazenda. Onde se abraçaram forte, se beijaram, e num gesto impensado selaram ali mesmo o seu amor.

O casal apaixonado, fazia planos para fugirem, antes do dia do casamento, iriam para longe, se casariam e seriam felizes.

Matilda subiu para sua alcova radiante, o que despertou desconfiança no Coronel Germano.

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