- Kim! - Falou Joaquim ao me ver.
- Senti tanto a sua falta. - Falei ao abraçá-lo fortemente.
- Eu também. - Ele disse com um lindo sorriso.
- Tá bem, querida? - Me perguntou papai fazendo eu voltar a realidade.
Já fazia tempo que Joaquim tinha morrido, mas eu ainda sentia ele tão presente cada vez que ia à casa do meu pai, que falta que ele me fazia. Ainda não acreditava que ele tinha partido para nunca mais voltar.
Acenei a cabeça positivamente respondendo a pergunta do meu pai, e ele me abraçou como se soubesse o que eu estava sentindo.
- Pai, será que eu posso deixar as garotas aqui?
- Claro, querida.
Olhei para as meninas que estavam a brincar com Guillermo e as chamei. Ambas vieram correndo até mim.
- Vocês vão ficar uns dias aqui na casa do vovô Ruggero para brincarem com o Gui. Se comportem, heim.
-
Ao acordar me assustei ao ver Connor tão perto de mim me olhando, quase dei um pulo da cama.- Bom dia. - Fala com um imenso sorriso. - Desculpa, eu não quis te assustar. Ah, espero que não se importe, mas eu preparei o nosso café da manhã.- Sério? - Esbanjei um pequeno sorriso meio desacreditada.Ele acenou a cabeça positivamente e eu me levantei para fazer minha higiene matinal, e então, nos sentamos à mesa, que por sinal, estava linda, cheia de pães, frutas, bolos, suco de laranja e ele ainda havia colocado um vaso com flores no centro da mesa, Connor sabia bem como preparar um café da manhã. Enquanto comíamos, ele começou a falar de algo, eu não estava prestando muita atenção no que ele dizia, pois estava concentrada demais pensando o quanto eu gostaria que todos os homens fossem como Connor, se bem, que daí ele nã
- Connor, para. - O empurrei lhe afastando de mim. - Garoto o que você fez?- Fiz aquilo que você queria fazer, mas não tinha coragem. Vai dizer que não está bom. - Colocou a mão em minha nuca tentando me puxar para perto de si.- Claro que está. Digo… Nós não podemos. Não devemos.- Kim, não faça isso comigo, não faça isso com a gente. - Me pediu.Eu só queria que tudo fosse mais fácil, que eu não tivesse um homem louco na minha cola que écapaz de qualquer coisa, eu tinha tanto medo de Lucas descobrir da minha relação com Connor e fazer uma loucura, eu já tinha perdido o Matteo, não aguentaria perdê-lo também. Eu o amava tanto, só queria protegê-lo de todo e qualquer mal.- Me escuta. - Peguei em suas mãos e olhei bem no fundo dos seus olhos. - Voc&ecir
Na segunda-feira ficamos o dia todo em casa só nos curtindo, pois à noite voltaríamos para nossas casas e não sabíamos como seria após isso, como queria que Lucas não voltasse nunca mais, porém eu sabia que ele não me daria essa alegria, ele não era tão bonzinho assim.Estávamos deitados, era um completo silêncio, a gente só se olhava sem trocar uma palavra sequer, acho que ele estava sentindo o mesmo que eu, um misto de medo e incerteza com o que aconteceria quando a gente voltasse.Passei minhas unhas pelo braço dele, arranhando-o levemente e ele lançou um leve sorriso, mas não era o sorriso que eu tanto gostava, era um sorriso triste. Dei um selinho nele, fazendo ele esbanjar novamente o mesmo sorriso, e então, eu disse:- Aconteça o que acontecer daqui em diante, nunca, nunca, nunca esqueça o que a gente viveu porque pode
Eu estava sem vontade de comer, de tomar banho ou brincar com as meninas, só queria saber de duas coisas: chorar e dormir, pois não saberia como eu viveria sem Connor, ele era tão especial para mim, queria tê-lo para sempre bem perto de mim.Assim que desliguei a ligação com Lucas, resolvi fazer uma chamada de vídeo com Mila, precisava tanto conversar com ela, pois minnha amiga era minha confidente e uma das pessoas que eu mais confiava.- Amiga, tô passada! - Ela disse após saber dos ocorridos das últimas 72 horas. - Olha, eu super dou força, você sabe. Acho que vocês fazem um lindo casal, sempre te disse isso.- Miga, foco, ok? O lance é o seguinte: Eu amo o Connor, Connor me ama. Lucas. Entendeu?- Sim, mas queria não ter entendido. Pois é, isso é bem complicado. Mas olha, você não pode continuar vivendo nesse relacionam
Eu não consegui dormir a noite toda, só chorava e chorava de dor, as vezes eu desejava morrer, mas dai eu lembrava que nunca mais veria as minhas filhas, nem meu pai e nem o Connor, e eu não queria isso, eu precisava deles, e eles de mim, e sei que se em um ato de desespero, eu fizesse uma bobagem, eles sofreriam muito e isso era tudo o que eu não queria. Era por volta de 5h quando comecei a pensar o que eu poderia fazer com relação ao meu serviço, eu precisava trabalhar, precisava do dinheiro e eu amava o que eu fazia.Lucas saiu bem cedo por volta de 6h00, fingi que estava dormindo, escutei apenas os passos dele e temi que ele terminasse o que havia começado no dia anterior, mas ele saiu de casa em um completo silêncio, nem tomou café, o que dificilmente acontecia.Levantei com muita dificuldade, as dores quase não me deixavam caminhar, porém acho que as dores internas eram bem p
- Kimberly, estou esperando uma explicação. - Falou o garoto enquanto aguardava eu dizer algo.KIMBERLY? Ele nunca tinha me chamado assim antes e eu nunca tinha o visto daquele jeito, tão sério e preocupado.- Eu… Eu cai da escada.Ele me olhou surpreso e se afastou de mim, nossos olhares se cruzaram, e eu não consegui dizer mais nada. Connor me olhava de um jeito estranho, não gostei daquele olhar, senti como se ele tivesse desapontado comigo. Queria estar errada.- Eu pensei que você confiasse em mim.Abaixou a cabeça e saiu da sala. Corri atrás dele para saber o que ele faria, tinha medo de que ele fizesse alguma loucura.- O que você vai fazer? - O puxei pelo braço fazendo com que ele se virasse para mim.- O que você deveria fazer. Vou denunciá-lo.- Não, você não pode.- Posso e não
Ao voltar pra casa, me deitei no sofá e tentei dormir, mas eu só conseguia pensar em Connor, e na forma tão terna que ele me tratava. Ah, seu toque, seu beijo, a forma doce dele me tratar, o seu jeito de me olhar, tudo nele era fascinante, seria estranho se eu não me apaixonasse por ele, se eu não o desejasse com loucura, de um modo que eu não sabia que era possível desejar alguém. Era um amor sincero, verdadeiro, sem maldade, tudo o que queríamos era poder viver o nosso amor, e sermos felizes, e eu tinha a esperança de que esse dia ainda chegaria, ainda seríamos muito felizes, e eu viveria uma felicidade que até então eu desconhecia, ah, como eu queria que isso acontecesse logo, será que era pedir muito?Lucas trabalhava para uma empresa de forma home office, no entanto, antes dele começar a me torturar, estava buscando um outro emprego que não fosse como o atual,
Dia após dia, semana após semana e o inferno só aumentava, eu estava acabada, não tinha vontade de nada, estava com hematomas por todo o meu corpo, tudo doía, eu mal conseguia ficar em pé, pois as agressões eram constantes, ele me batia por besteiras, como quando eu falei que daria banho nas meninas, e ele disse que não tinha necessidade de eu dar naquele horário, então eu falei que aquela hora seria melhor porque depois ficaria muito tarde, ai ele disse ''ah, vai me desobedecer, é?'' e aí foi cintada para todos os lados. Lucas estava mais violento do que o normal, pois antes ele ainda tinha momentos em que era carinhoso e até romântico, mas ultimamente ele só me dirigia a palavra para brigar, as vezes me batia até na frente das meninas e nem adiantava ambos chorarem e berrarem para ele parar, pois ele só parava quando cansava, e demorava para isso acontecer, quando