Os quatro estavam tristes por ter que entregar seu filho, irmãozinho nas mãos daqueles assassinos a sangue frio, ele não combinava com aquele tipo de lobo, era muito delicado. Mas por incrível que pareça, Rafa era o único que não estava triste, estava até meio feliz, por ele seria a paz e pouparia muitas vidas.
—É por uma boa causa— pensava o castanho sem parar, tentando ver pontos bons e ser otimista em relação a este arranjo.
Os cinco aproveitaram o máximo que puderam, até chegar o esperado dia, o mais novo terá que viajar para o leste, pela primeira vez sairá tão longe de sua matilha. Rafael estava no portão dando um forte abraço nos quatro, e por incrível que pareça, Cesar deixou uma lágrima de tristeza rolar pela sua bochecha, era uma tortura ver seu irmãozinho que amava tanto e protegeu a vida toda indo pra um lugar tão frio e sanguinário como o leste. Os lobos de lá tinham um temperamento diferente, dizem que eles são mais nervosos.
O menor viu o que aconteceu e partiu seu coração ver o gesto do irmão mais velho, foi até o albino e enxugou sua bochecha. —Calma, não vai acontecer nada, eu ei me cuidar bem!— disse e sorriu ternamente para o irmão e lhe deu outro abraço super apertado. —Tenho que ir agora...
Dois Guardas o acompanhou até fora da muralha e se transformaram, dois lobos grandes e brancos. Rafael deu uma ultima olhada para trás de viu sua família observando ele partir. E transformou em um lobo, era pequeno em comparação aos lobos da matilha, tinha 70 centímetros e seu pelo era castanhos quase dourado, bem fofo e macio. Os guardas correram em direção leste e o lobinho os seguiu até o seu arranjado destino.
Começava a ver a diferença das florestas, em sua casa, as árvores eram bonitas e floridas, começada a adentrar na floresta leste e as árvores eram enormes e sombrias, parecia de filme de terror, o ambiente era muito escuro pelas arvores tamparem o sol. Viu poucos sinais de vida naquele lugar, talvez era porque os lobos dali comiam muita carne e por isso acabavam caçando demais e quase extinguia a vida no bosque. A sua matilha faz plantações e colhe frutas nas épocas, assim dando chance para crescer e crescer mais a vida em seu bosque para terem fartura.
Estava perdido em seus pensamentos quando se deu conta que tinha chego num castelo enorme e sombrio com as janelas parcialmente iluminadas a velas, tinham chego ali no finalzinho da tarde.
Os portões eram enormes e feitos de madeira bem escura, parecia preto. Se abriram e de lá saiu um guarda, ele era musculoso e cheio de cicatrizes pelo rosto.
—Quem ousa invadir nosso território?—
Um dos guardas se transformou em humano e disse. —Somos da matilha Norte, viemos pelo acordo de paz feito pelo alfa Cowle, aqui está o príncipe caçula.— e apontou para o lobinho castanho ao lado de outro lobo grande branco. O guarda do leste encarou os três.
—Muito bem, príncipe, venha comigo.—
Ainda estava em forma de lobo, caminhou em direção ao homem e os seus guardas o seguiram até o homem dizer. —SOMENTE o príncipe, vocês já podem ir.— fez gesto de "xô" para os lobos brancos que deram uma leve rosnada, e logo em seguida, se viraram e voltaram por onde vieram sem o lobo castanho.
Já dentro das muralhas do leste, Rafael estava com medo, era um ambiente muito diferente do seu familiar, era cheio de lobos enormes negros e marrons escuro, quase não tinham lobos brancos, e quando tinha, eram sujos ou meio acinzentado. Estava de orelhas baixas e cauda entre as pernas, caminhava lentamente atrás do soldado que os atenderam nos portões.
Todos os homens e lobos o encarava com curiosidade, queriam saber que era. Era o único lobo de pelugem clara ali. Os lobos daquele lugar era até um pouco maiores do que os do Norte, mostravam muito mais os dentes e rosnavam a qualquer motivo. Ali sim, Rafael parecia uma pulguinha no meio de tanto lobo enorme e espumando ou rosnando mostrando seus caninos assustadores.
Quando entrou dentro do castelo, se sentiu mais aliviado, porque não tinha mais pessoas estranhas o encarando dando desconforto. Chegou em um salão e o guarda virou para ele e disse. —Espere aqui, irei chamar o Rei.— Rafa assentiu com a cabeça mesmo ainda em forma de lobo.
Passou uns minutos e finalmente apareceu alguém, o guarda veio acompanhado de um homem grande e assustados, seus cabelos negros, olhos negros e orelha e causa grandes.
—Então você é o lindo ômega que todos dizem há?—
Rafael continuava na mesma forma, começava a tremer, tinha medo de tudo, ali era bem escuro, amedrontador, os habitantes dali eram horripilantes, tudo diferente.
—Ora, vamos. Me chamo Cowle, que tal se transformar?— Rafael cooperou, se transformou exibindo sua beleza, era muito lindo, ainda mais ali, que os homens eram carrancudos, fortões e cheio de cicatrizes, era o oposto, era frágil, bonito, delicado... pequeno. Deixou o guarda boquiaberto e quase deu a mesma reação em Cowle. —Wow, você é realmente lindo.
—O-Obrigado.— disse de cabeça e orelhas baixas e cauda ainda no meio das pernas, estava visivelmente desconfortável e com medo.
—Calma... não tenha medo, eu não vou fazer nada, até que você está destinado ao meu filho.— Cowle estava com um sorriso enorme de vitória em seu rosto, finalmente achou um par para seu filho e era de "classe", uma coisa que muitos alfas querem. —O meu guarda irá lhe mostrar onde você vai dormir.— e apontou para o homem. O castanho só assentiu e seguiu o guarda.
Andaram por bastante corredores escuros e com mobílias estranhas e assustadoras até chegarem em uma porta. —Aqui será onde a futura majestade irá ficar.— apontou para a tal porta. Era grande, madeira escura igual a do portão, tinha vario lobos entalhados nela, uma obra de arte.
Agradeceu e entrou no quarto, ficando sozinho no cômodo. Tinha bastante preto e vermelho no quarto, uma cama enorme de casal, algumas poltronas em volta de uma lareira e duas grandes janelas.
—Wow...— disse baixinho olhando todo o seu redor.—Que lindo.
—Realmente é lindo.— uma voz rouca e máscula ecoou de uma parte do quarto dando um susto em Rafael que deu um pulo e um gritinho quase inaudível . Tinha um homem sentado de costas para ele na lareira. Parecia alto. Finalmente ele se levantou e olhou Rafael de canto de olho. Ele tinha cabelos negros igual ao pai e olhos vermelhos, quando de virou por completo para Rafa, era visível que, tinha um porte físico bem musculoso, suas orelhas eram grandes e pontiagudas igual á cauda. —Você também é muito lindo.
—O-Obrigado.— o castanho estava cada vez mais sem jeito a cada encontro com qualquer um daquele lugar. Até que o maior começou a caminhar em direção a ele e se curvou um pouco vendo bem o rosto do menor.
—Que gracinha, me chamo Leonardo.
—Sou... Rafael.—Oh, que nome lindo.— elogiava mas mesmo assim estava com feições serias.—Obrigado.— Não sabia como reagir ao elogio.—Não tem motivo para ter medo, ainda não.— dito isso, se afastou do menor o deixando desesperado, como assim 'Ainda'? Leonardo foi em direção das janelas e ficou por uns segundos olhando a escuridão da noite até que mencionou:—Muito bem Rafael, quero te dizer que aqui não é igual a sua casa, seus pais não estão aqui, o ambiente não é o mesmo, e também você terá de seguir regras.— Sorriu mostrando deus dentes pontiagudos e olh
Estavam mais que assustando o ômega que se encolhia e não sabia para qual dos dois olhar, seu coração já saia da boca, não deveria ter saído do quarto como Leo 'mandou'. Até que o de orelha cortada segurou forte a cintura o forçando a colar em seu corpo cheio de cicatrizes enquanto o outro começou a abraça-lo por trás e foi apertando mais.—O- O QUE?!— Rafa queria gritar e sair correndo, mas seu pavor era muito grande, suas orelhas estavam abaixadas e cauda entre as pernas. —NÃO P-POR FAVOR!—Ohh, que foi? Está com medo? Hã?— o de cauda ferida falou em seu ouvido e deu uma lambida igual Tuna tinha feito, isso despertou alguma coisa dentro de Rafa que o fez reagir, 'acordou para a realidade' e mordeu o bra
Rafael estava deitado na cama olhando para a flor e esperou anoitecer, até finalmente Leonardo chegar, ele estava com uns dois livros, como o castanho tinha pedido gentilmente. —Eu trouxe dois livros para você.— e pôs na cama. —Oh! Obrigado!— finalmente Rafa deu um sorriso naquele lugar, era muito radiante. Sua cauda castanha e bem fofa começou a abanar de felicidade. Pegou um dos livros e se sentiu um pouco melhor. —Trouxe somente dois para você ver se gosta do conteúdo do livro.— Disse Leonardo ainda de pé no final da cama observando o menor que folheava os livros com um leve sorriso no rosto. Suas bochechas sempre estivaram lindamente rosadas. Se perdeu novamente em seus pensamentos até que Rafa o 'acordou'. "Parecem bem fantas
Rafael estava assustado com "tal coisa", nunca tinha visto ou feito algo do tipo, estava apavorado e estático com tudo aquilo que acontecia. O maior ficou o observando por uns segundos, até chegar a uma conclusão.—Hmm... não sei se vale a pena fazer isso agora.— saiu de cima do castanho ficando sentado na cama. —Mas... acho que da pra provar um pouquinho não?— depois de dizer isso ficou por cima de Rafa novamente e se aproximou lhe deu um beijo. O menor se assustou com tal gesto e se encolheu todo e fichando sua boca não permitindo que Leo 'entrasse'. Vendo a teimosia, tampou o nariz, deixando aos poucos Rafael sem ar até ser obrigado a abrir a boca, aproveitou o segundo e deu novamente um beijo, mas desta vez de língua. O beijo era meio "neutro" devido a inexperiência do menor.
Rafa acordou e como de acostume, sozinho na cama. Mesmo Leo ter dado aquela terrível aparição e parecer super exausto conseguia acordar mais cedo que Rafa. Logo ouviu umas batidas na porta e entrou Olivia com sua animação de costume.—Bom dia Rafa! Vim te acordar, já é quase meio dia.—Nossa! Dormi tanto assim!?— Oli concordou com a cabeça e caminhou até a janela e abriu as cortinas, realmente era quase hora, estava muito quente.—Já vou levantar, obrigado por me acordar Oli.— A moça chegou perto da cama e o encarou.—Claro.— sorriu docemente e saiu do quarto.Rafa e
Leonardo ficou somente uns segundos admirando a bela imagem que estava a sua frente, uma coisa que estava esperando para ver, mas não ficou assim por muito tempo, aproveitou a camisa de Rafa que estava um pouco levantada e desarrumada, passou sua mão por suas costas até sua nuca, dando calafrios no castanho. A mente de Rafa estava meio confusa e embaçada pelo prazer sem motivos que sentia, agora tinha Leo bem na sua frente. Sentiu estranha essa sensação, nunca tinha sentido com tanta intensidade antes, sempre sentia uma dorzinha ali, uma sensação ali, mas nunca tão forte que essa, era a primeira vez que sentia desejo por alguém. O castanho ficou de joelhos na frente do maior, o mesmo empurrou ele para traz, ficando de barriga pra cima e pernas abertas. Ficou assustado e tentou fechar suas pernas, mas Leo foi mais rápido e se encaixou
Rafael P.OVEu acordei com uma dor insuportável no corpo inteiro, aquele idiota, infeliz, mal amado... não sabia do que xingar ele, estava morrendo de ódio. Estava começando a passar mal pelo calor que eu sentia, ainda estava embolado no meio de cobertas e travesseiros, começava a me faltar o ar, tentei tirar todo esse excesso de cima de mim e foi muito dolorido. Eu queria só ficar ali vegetando naquela cama quentinha, não me mexer um centímetro para não sentir dor, mas infelizmente veio um maldito barulho de batidas vindas da porta e nem esperou eu dizer se podia entrar ou não e já foi abrindo a mesma.Eu ia dizer não claro, estava nu e enrolado em todos aqueles travesseiros e cobertores, ela Olivia, por um momento não chamei sua aten&cc
Leonardo P.O.VEu conhecia aquela floresta com a palma da minha mão, mas procurar alguém nela já é outros quinhentos. Eu cavalgava rapidamente entre as arvores até finalmente ver marcas de cascos no barro e deduzi que era daquele bicho burro que correu para a floresta, tinha um rio por perto, ele deve estar lá. Fui em direção ao rui e vi o cavalo negro, fiquei feliz por vê-lo mas... Rafa não estava com ele, Porra aquela coisinha sumiu. O nanico deve ter caído da sela enquanto o cavalo dava uma de louco.Tentei raciocinar aonde Rafael poderia estar, seria muito difícil. Amarrei os dois cavalos numa árvore ali por perto escondidos para que só eu achasse e ninguém os rou