—Sou... Rafael.
—Oh, que nome lindo.— elogiava mas mesmo assim estava com feições serias.
—Obrigado.— Não sabia como reagir ao elogio.
—Não tem motivo para ter medo, ainda não.— dito isso, se afastou do menor o deixando desesperado, como assim 'Ainda'? Leonardo foi em direção das janelas e ficou por uns segundos olhando a escuridão da noite até que mencionou:
—Muito bem Rafael, quero te dizer que aqui não é igual a sua casa, seus pais não estão aqui, o ambiente não é o mesmo, e também você terá de seguir regras.— Sorriu mostrando deus dentes pontiagudos e olhou nos olhos de Rafa, que o encarava com seus olhos arregalados. —Aqui você vai seguir regras querendo ou não.— se aproximou de Rafa. —Primeiro : não quero você se engraçando ou conversando com nenhum lobo daqui,Segundo : Vai ficar aqui no quarto quando eu quiser e vai sair somente quando eu quiser, Terceiro: me desobedeça, se não sofrerá consequências, entendido Rafael?— disse finalmente chegando bem pertinho do menor o olhando com seus olhos vermelhos e ainda com um sorriso com dentes pontiagudos.
Leonardo era sinistro, tinha um olhar frio.
—Han... eem, ok.— disse Rafa de cabeça baixa, não queria ver o rosto daquele cara, começou a ter medo desse casamento arranjado.
A cada movimento que Leo fazia, Rafael ficava mais atento.
Leonardo era conhecido por ser o herdeiro do trono da matilha mais selvagem e sanguinária. Era frio, amedrontador, matava quando podia sem piedade, uns diziam que ele era um psicopata. Rafael era um dos únicos que não sabia disso, nunca ouviu coisas de fora da matilha para ser protegido de tal maldade, mas agora ele ia estar mais perto do que nunca.
—Hum.— agora apenas deu um sorriso de canto de boca. —E eu decido quais perguntas devem ser feitas.— e saiu do quarto deixando o castanho sozinho, desconfortável e com coração a mil.
—Esse cara é louco!— e pulou em cima da cama, se cobrindo no edredom, fazendo um ninhozinho aconchegante naquele lugar horripilante, tentando se acalmar. Começou a desacreditar em 'é por uma boa causa!', não queria se casar com ele, seria difícil. Caiu em pensamentos e acabou caindo no sono.
Leonardo descia as escadas do castelo escuro, ele parecia sumir em alguns lugares, se camuflava com suas roupas e cabelos negros. Seu pai o encontrou no meio do caminho e já deu uma direta.
—Eae Filhão! O que achou do ômega?
—Ainda estou tirando conclusões. Não tive tempo de conhece-lo.— disse Leo ignorando o pai e terminando de descer as escadas.
—Que isso filho? Não ignore seu pai.— começou a seguir seu filho, que já estava ficando sem paciência.
—Me deixa em paz.— disse com tom frio e mortal para seu pai e o fitou com seus olhos vermelhos, fazendo seu pai recuar uns degraus.
Suspirou e massageou sua testa cheia de rugas de expressão. —Desde que sua mãe morreu você mudou muito, Leonardo.—
—Isso não lhe interessa.— O ignorou novamente e seguiu seu caminho finalmente em paz, deixando Cowle parado o observando ir embora.
Quando saiu do castelo, não desviou sua atenção dos portões, quando saiu da muralha, estava na floresta negra e aparentava ser assombrada de noite. Leonardo se transformou em um lobo negro de olhos escarlate brilhantes, 1.35 de altura, tinha enormes caninos. Queria sair um pouco e aproveitar a noite, seu tempo favorito do dia, e saiu correndo para dentro do bosque, sumindo na escuridão.
•∆•
Rafael só acordou no outro dia, estava meio zonzo e com dor de cabeça. Olhou ao redor e não conheceu de primeira, ficou um tempo olhando para os lados ate se lembrar onde estava, também estava sozinho no quarto, todo o acolchoado da cama estava embolado nele deixando bem quentinho.
Notou uma presença ao seu lado, se virou e viu que era o seu futuro marido sentado na cama o observando com a boca e roupas cheias de sangue, Leo o olhava com maior tranquilidade como se não se importasse em tirar o sangue.
—AHHHH!— Gritou e caiu da cama junto com todos os cobertores que estavam embolado nele. O ensanguentado na cama apenas deu um sorriso com seus dentes afiados para Rafa como se fosse um bom dia. —O-o que aconteceu?!
—Só estava fazendo o meu lazer.— Disse não se importando com o castanho.
—L-Lazer?! Que tipo de lazer?— arriscou perguntar mesmo 'não tendo permissão'
—Matar coisas.— Se levantou e deu a volta na cama indo de encontro Rafael que mesmo no chão ainda estava coberto e de olhos bem abertos.
—M-Matar? por lazer?!
—Exatamente.— se ajoelhou e engatinhou para perto de Rafael que se afastava conforme Leo se aproximava.
Leo já era bem dominante e estranho, ficou muito mais agora com esse sangue e seus olhos vermelhos que não saiam do menor. Chegou bem pertinho de Rafa e encarou por uns segundos com seus olhos escarlate e seus dentes pontiagudos com sangue e logo levantou e saiu do quarto deixando Rafa encolhido e horrorizado com o que recebeu de 'bom dia'.
Leonardo estava indo em direção ao banheiro se limpar e deu de cara com seu pai novamente com seu mesmo papo de sempre.
—Eae Filhão.
Leonardo apenas ignorou.
—Estou vendo que sua noite foi bem animada em?— perguntou olhando o sangue em seu filho.
Passou reto e continuou sua trajetória deixando seu pai falando sozinho.
—Esse garoto nunca muda...— disse Cowle decepcionado.
Rafael estava assustado com seu coração batendo a mil por causa de tudo que aconteceu. Não tinha necessidade de fazer essas coisas, fazia por diversão.
Se levantou e foi em direção as janelas do quarto que ainda estavam fechadas, as abriu e viu um 'mar' de árvores, o verde cobria quase tudo, era mata selvagem. Em sua casa, as árvores e outras plantas eram bem cuidadas e tinha um jardim somente de flores muito lindas que davam nas épocas, ali também tinha flores muito lindas e diferentes por ser outro lugar. Não deve ser tão sério 'não sair sem minha permissão', não ia virar um prisioneiro ali, em seus 20 anos, sempre foi livre, amava colher as flores.
Em meio aos pensamentos observando a paisagem, viu uma flor linda do lado de fora da muralha, ela parecia brilhar era amarela com detalhes laranja e vermelho, Linda.
Não se segurou e teve que ir busca-la. Foi em direção a porta e a abriu, olhou para os lados e não viu ninguém. Tinha que decorar o caminho de seu quarto para não se perder. Depois de um tempo analisando a situação, se transformou em lobo para não chamar tanta atenção como chama em forma humana e começou a caminhar em direção á saída do castelo descendo por varias escadas e salões que tinham ali, era ridiculamente grande. Chegou fora do castelo sem chamar a atenção de ninguém, agora era só sair da muralha.
Queria aproveitar um pouco também, respirar seu ar 'puro' matinal, saiu da muralha sem ninguém o impedir e foi em direção a onde se lembrava que estava a flor. A viu de longe, chamava muita atenção, se transformou em humano e ficou um tempo observando a flor até arranca-la do solo para por em um vaso, por um pouco de "cor viva" dentro daquele lugar.
Se transformou novamente em lobo e pôs a flor em sua boca para carrega-la para dentro. Ao entrar na muralha, muitos o encaravam, por ser um lobo diferente do 'normal' daquele lugar e também por causa da flor super chamativa, abaixou suas orelhas e colocou sua cauda entre as pernas e caminhou mais rapidamente para sair daquele lugar cheio de marmanjos o olhando.
Foi um alívio chegar dentro do castelo, agora era só voltar para seu quarto. Se transformou em humano novamente e caminhava tranquilamente com sua cauda balançando para um lado ao outro enquanto admirava a flor. Estava distraído que nem percebeu que tinha se perdido, eram tantos corredores e portas misturados com salões que nem sabia mais onde estava. Ficou com seu coração na boca, algo ruim poderia acontecer. Tirou sua atenção da flor e começou a prestar atenção no caminho olhando para vários corredores enquanto andava e andava.
Até que chegou em um corredor diferente, de lá vinha vozes másculas rindo até que pararam quando Rafa apareceu na frente desse mesmo corredor. Viu que era 2 lobos marmanjos com cicatrizes profundas, a orelha de um era cortada por parecer ser sinais de lutas e o outro tinha sua cauda com algumas partes na carne sem pelo. Começaram a andar em direção a Rafa.
—Ora Ora! O que temos aqui.— disse o homem com orelha cortada.
—Um belo e jovem rapaz hmm?— o outro completou a frase chegando perto de Rafa que não se mexia, não sabia o que fazer.
Os ômegas tem a infeliz função de satisfazer seus alfas de qualquer maneira, também tinham um odor diferente, atiçava mais os seus instintos, e quando entravam em cio, esses instintos ficavam muito mais atentos e deixa qualquer alfa 'excitado' pelo forte cheiro que ômegas emanavam. Era uma espécie de 'chamado para acasalamento'.
—Oh, é um ômega!— disse o de orelhas cortadas, que quando chegaram bem perto, respirou bem fundo o cheiro de Rafa, que começava a se desesperar, mas seu corpo não se movia.
—He he... que tal...— o de cauda ferida deu a volta no castanho o deixando encurralado entre os dois. "Se brincarmos um pouco?"
—O-O... Que?— Rafa não entendia sobre o que discutiam, ainda era muito inocente nesses 'assuntos'.
Os dois grandes homens começaram a se aproximar perigosamente de Rafael que estava sem saber o que fazer no meio de tudo aquilo.
Estavam mais que assustando o ômega que se encolhia e não sabia para qual dos dois olhar, seu coração já saia da boca, não deveria ter saído do quarto como Leo 'mandou'. Até que o de orelha cortada segurou forte a cintura o forçando a colar em seu corpo cheio de cicatrizes enquanto o outro começou a abraça-lo por trás e foi apertando mais.—O- O QUE?!— Rafa queria gritar e sair correndo, mas seu pavor era muito grande, suas orelhas estavam abaixadas e cauda entre as pernas. —NÃO P-POR FAVOR!—Ohh, que foi? Está com medo? Hã?— o de cauda ferida falou em seu ouvido e deu uma lambida igual Tuna tinha feito, isso despertou alguma coisa dentro de Rafa que o fez reagir, 'acordou para a realidade' e mordeu o bra
Rafael estava deitado na cama olhando para a flor e esperou anoitecer, até finalmente Leonardo chegar, ele estava com uns dois livros, como o castanho tinha pedido gentilmente. —Eu trouxe dois livros para você.— e pôs na cama. —Oh! Obrigado!— finalmente Rafa deu um sorriso naquele lugar, era muito radiante. Sua cauda castanha e bem fofa começou a abanar de felicidade. Pegou um dos livros e se sentiu um pouco melhor. —Trouxe somente dois para você ver se gosta do conteúdo do livro.— Disse Leonardo ainda de pé no final da cama observando o menor que folheava os livros com um leve sorriso no rosto. Suas bochechas sempre estivaram lindamente rosadas. Se perdeu novamente em seus pensamentos até que Rafa o 'acordou'. "Parecem bem fantas
Rafael estava assustado com "tal coisa", nunca tinha visto ou feito algo do tipo, estava apavorado e estático com tudo aquilo que acontecia. O maior ficou o observando por uns segundos, até chegar a uma conclusão.—Hmm... não sei se vale a pena fazer isso agora.— saiu de cima do castanho ficando sentado na cama. —Mas... acho que da pra provar um pouquinho não?— depois de dizer isso ficou por cima de Rafa novamente e se aproximou lhe deu um beijo. O menor se assustou com tal gesto e se encolheu todo e fichando sua boca não permitindo que Leo 'entrasse'. Vendo a teimosia, tampou o nariz, deixando aos poucos Rafael sem ar até ser obrigado a abrir a boca, aproveitou o segundo e deu novamente um beijo, mas desta vez de língua. O beijo era meio "neutro" devido a inexperiência do menor.
Rafa acordou e como de acostume, sozinho na cama. Mesmo Leo ter dado aquela terrível aparição e parecer super exausto conseguia acordar mais cedo que Rafa. Logo ouviu umas batidas na porta e entrou Olivia com sua animação de costume.—Bom dia Rafa! Vim te acordar, já é quase meio dia.—Nossa! Dormi tanto assim!?— Oli concordou com a cabeça e caminhou até a janela e abriu as cortinas, realmente era quase hora, estava muito quente.—Já vou levantar, obrigado por me acordar Oli.— A moça chegou perto da cama e o encarou.—Claro.— sorriu docemente e saiu do quarto.Rafa e
Leonardo ficou somente uns segundos admirando a bela imagem que estava a sua frente, uma coisa que estava esperando para ver, mas não ficou assim por muito tempo, aproveitou a camisa de Rafa que estava um pouco levantada e desarrumada, passou sua mão por suas costas até sua nuca, dando calafrios no castanho. A mente de Rafa estava meio confusa e embaçada pelo prazer sem motivos que sentia, agora tinha Leo bem na sua frente. Sentiu estranha essa sensação, nunca tinha sentido com tanta intensidade antes, sempre sentia uma dorzinha ali, uma sensação ali, mas nunca tão forte que essa, era a primeira vez que sentia desejo por alguém. O castanho ficou de joelhos na frente do maior, o mesmo empurrou ele para traz, ficando de barriga pra cima e pernas abertas. Ficou assustado e tentou fechar suas pernas, mas Leo foi mais rápido e se encaixou
Rafael P.OVEu acordei com uma dor insuportável no corpo inteiro, aquele idiota, infeliz, mal amado... não sabia do que xingar ele, estava morrendo de ódio. Estava começando a passar mal pelo calor que eu sentia, ainda estava embolado no meio de cobertas e travesseiros, começava a me faltar o ar, tentei tirar todo esse excesso de cima de mim e foi muito dolorido. Eu queria só ficar ali vegetando naquela cama quentinha, não me mexer um centímetro para não sentir dor, mas infelizmente veio um maldito barulho de batidas vindas da porta e nem esperou eu dizer se podia entrar ou não e já foi abrindo a mesma.Eu ia dizer não claro, estava nu e enrolado em todos aqueles travesseiros e cobertores, ela Olivia, por um momento não chamei sua aten&cc
Leonardo P.O.VEu conhecia aquela floresta com a palma da minha mão, mas procurar alguém nela já é outros quinhentos. Eu cavalgava rapidamente entre as arvores até finalmente ver marcas de cascos no barro e deduzi que era daquele bicho burro que correu para a floresta, tinha um rio por perto, ele deve estar lá. Fui em direção ao rui e vi o cavalo negro, fiquei feliz por vê-lo mas... Rafa não estava com ele, Porra aquela coisinha sumiu. O nanico deve ter caído da sela enquanto o cavalo dava uma de louco.Tentei raciocinar aonde Rafael poderia estar, seria muito difícil. Amarrei os dois cavalos numa árvore ali por perto escondidos para que só eu achasse e ninguém os rou
Rafa não sabia o que fazer com aquele bebê em seu colo chorando sem parar por falta de sua mãe, devia estar faminto!Rafael P.O.VComo eu vou alimenta-lo?! E agora ?! o que eu faço!! Estava pensando em milhares do coisas atropeladas para tentar descobrir o que vai fazer com esse bebe, não era boa ideia ele ficar aqui, sabe lá o que poderia acontecer, Leo não deu uma boa expectativa do que ele poderia fazer, e eu não duvidava de nada.Pensei pensei e pensei até que cheguei em uma conclusão, minha mãe! Eu lembro que ela estava com saudades de ter filhotes presentes em sua vida, claro que