Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira.
Uma mulata bonita e sexy, que devia ter entre trinta e trinta e cinco anos, o recebeu. Ela → que tinha acabado de fazer o almoço → o convidou para entrar.
O quarto era limpo e organizado. Dividido ao meio por uma folha de compensado, que servia de parede. Uma mesa → com suas quatro cadeiras → separava a “cozinha” da “sala”. Viu o fogão → com três panelas em cima →, o buffet e a geladeira do lado de lá; o sofá e a televisão do lado de cá. No meio, a mesa. Viu também a “parede” de compensado, que com certeza escondia o “quarto” onde o casal dormia.
Mônica reforçou as palavras da dona Judite. O Nestor era um bom vizinho e n&a
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. Após o almoço → bife com fritas → seguiu para a rua Marselhantes. Fez um rápido reconhecimento, até notar → no meio do percurso, do lado direito da rua → um letreiro enorme e luminoso, que dizia:“BOATE RASPUTIN” Na mosca! Suas análises e deduções se confirmaram. Obviamente que o “Ameba” só podia ter conhecido a mulher do vestido preto ali, entre generosas doses de cerveja. Casa pintada de amarelo escuro, com dois pavimentos. As duas portas → a grande e a pequena →, localizadas no térreo, estavam fechadas. No andar de cima, uma sacada. Estaci
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. O bairro “FT-4.56”, zona leste, próximo da praia, era nobre e repleto de belas mansões, uma maior e mais extravagante que a outra. Os prédios luxuosos completavam o requinte de riqueza do lugar. A rua Galdino Serpp → com aproximadamente oitocentos metros de extensão → era larga e discreta. Não tinha saída, pois terminava num muro, atrás do qual via-se um matagal. Rua absolutamente deserta. Enigmática! Sombria! Não gostou dela → nem um pouco. Contou dez grandiosas mansões ao longo da via → cinco de cada lado →, todas com
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. Foi recebido por uma mulher branca, alta, magra, com peitos fenomenais e tatuagens. Usava um longo vestido preto. Seria ela?, indagou para si mesmo, profundamente surpreso. → Ana? → ousou perguntar, após refazer-se do choque. → Sim. Sou eu mesma. Entre, policial. Obedeceu, completamente desnorteado. Entrou numa sala enorme, de teto alto. Tudo ali era extremamente limpo e luxuoso. A estante. O tapete. Os sofás. As poltronas. O bar. O lustre, com suas doze lâmpadas. O piso de ladrilho. As cortinas. As luzes. A mesinha-de-centro. Ela. → Sente-se. Quer
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. Olhou o relógio: 18h15min. Seguia por uma estrada deserta, com o matagal do lado direito e algumas fábricas do lado esquerdo. Mais cinco quilômetros e alcançaria a avenida “F600”. Ligou os faróis, uma vez que a noite havia chegado. Iria jantar e depois dar uma passada no bar Lintox. Talvez pudesse conseguir alguma informação importante com o dono. Procurou não pensar nas coxas da tal de Ana. Não teve dúvidas de que era uma mulher fácil. Fácil e.. sexy! Desejável! Excitante! Se as
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. Pisou bruscamente o freio, mas não conseguiu evitar a batida. A frente do Corsa amassou, ao bater na lateral do Siena preto, que havia bloqueado sua passagem. Sua testa atingiu o volante, produzindo uma dorzinha chata. Tonto, não teve tempo de pegar a arma. Oito homens rodearam o Corsa, todos com armas nas mãos. → Quieto! → gritou um deles. → Saia do carro! → Ei! Eu... → SAIA DO CARRO! AGORA! Não poderia lutar contra oito indivíduos. Obedeceu, portanto, saindo do Corsa lentamente, com a vista meio que turva. Um filete de sangue fluí
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. Quando acordou, viu-se preso numa cadeira. Correntes! Estava num quarto escuro. O sangue em sua testa secara. A cabeça, porém, latejava, como que vitimada por cruéis agulhadas. Tentou se soltar. Não deu certo. Subitamente, três homens entraram no recinto. Um deles ligou a luz. Reconheceu o do meio. Sujeito branco, alto, magro e feio. Cabeça raspada. Um cavanhaque lhe dava um ar medieval. Sabia que possuía quatro tatuagens, embora não pudesse vê-las. Estremeceu!&n
Cidade de “FT”, 13 de janeiro, segunda-feira. Havia levado outra espetada. Havia novamente desmaiado. Acordara dentro do Corsa, um pouco depois da meia-noite. São e salvo. Com dor de cabeça, decidiu adiar a visita ao bar Lintox. Seguiu para seu apartamento, onde morava sozinho. Tomou banho. Jantou ovo frito com farofa. Ingeriu um comprimido. Colocou curativo no ferimento. Dormiu, sem pensar nas palavras do traficante. Cidade de “FT”, 14 de janeiro, terça-feira. Uma vez na delegacia, não quis revelar aos colegas o que motivou o ferimento na testa.&nbs
Cidade de “FT”, 14 de janeiro, terça-feira. Almoçou peixe frito com arroz, farofa, feijão e salada. Como acompanhamento, suco de laranja. Após o almoço, passou numa farmácia e renovou o curativo na testa. Tomou um anti-inflamatório. Uma hora depois, estava de volta à rua Marselhantes. Circulou pela área, mas não encontrou o que queria. Sem desanimar, deu uma volta no quarteirão. De repente, na rua paralela, viu a casa vermelha → de um pavimento →, larga e macabra, onde estava escrito, na frente:“CASA DE PAI HUMBERTO” Bingo!<