PARTE 37

O reflexo na água era tão diferente. Era como se aquela parte, onde havia ondulações na superfície daquele lago, fosse a verdadeira face do rosto de Esther. O mundo que ela estava desbravando aos poucos, era demasiadamente desproporcional. Como se o acréscimo das cores mudasse radicalmente a forma das coisas. Mas a verdade era que seu cérebro se adaptava devagar àquele mundo. Era como se fosse entregue ao mundo de um deficiente auditivo. Pouco ele compreendia o que significava tais barulhos, que com o tempo, se encaixam em seus lugares. Pois, a vida é pura adaptação. E estamos moldados a este mundo particularmente nosso.

Uma semana depois que Esther foi apresentada ao mundo em cores, ela retornou sua rotina. Colégio. Biblioteca. Amigos e um velho mistério, que deveria ser desvendado com cautela. Fogueira não recusou ajudá-la. Ele tinha uma essência que sabia o ponto certo de parar, se ela e

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