Febre“É inverno no inferno e nevam brasas...”O que esse filho da puta está fazendo lá? Ele só pode estar indo seencontrar com Ana, pensei sentindo o sangue ferver dentro de mim, girei achave na ignição e acelerei; pressionei um botão no painel para abaixaros vidros, olhei pela última vez para aquele prédio e parti sem rumo,cortando caminho pelas ruas.A imagem de Marcos acariciando os grossos lábios de Ana,passando as mãos pelos cabelos macios... agora era ele que sentia operfume de sua ninfa escarlate. Ana o encarava com desejo usando umcorpete de couro preto, marcando sua cintura, e uma calcinha preta a qualestavam presas tiras que ligavam a meia-calça preta. Ela estava perfeita,eu havia escolhido aquela roupa e agora a usava para outro.Tentei afastar aqueles delírios da cabeça, não queria pensar mais.Soltei o volante por alguns segundos e estapeei o rosto, tentando acordardaquele pesadelo, o carro subiu pelo cordão da calçada, e commovimento rápido gir
Promessas...“E quando eu estiver tristeSimplesmente me abraceE quando eu estiver loucoSubitamente se afasteE quando eu estiver fogoSuavemente se encaixe”— Ela está acordando. — Aquela voz meiga e preocupada era deBarbie. Abri os olhos e ela estava ali, sem maquiagem, mas com marcasde que havia chorado e muito. Ela sorriu ao me ver. Marcos estava ao seulado, muito próximos, mas ele não a tocava.— Onde estou? — Minha voz falhou e senti minha gargantaarranhada.— A trouxeram para o hospital depois da explosão — explicousecando as lágrimas que começaram a escorrer pelo rosto.As memórias me invadiram a mente como um doloroso golpe físico.— Laura, como ela está? — Minha voz falhou mais uma vez.— Está em cirurgia.Marcos abraçou a noiva em um consolo silencioso. A enfermeiraabriu a porta do quarto e disse em voz baixa:— Vou ter que pedir para que voltem amanhã, o horário de visita édas nove às onze da manhã.— Fique calma, Barbie. Tudo vai dar certo. —
A Prova de uma Submissa“Não, não dê mais tantas voltas, não.Se chicoteia assim por qualquer perdão.Todo esse teatro não impressionaPor maior que seja sua recompensaNão se importe tanto assimCom sua imagem decadente, enfim”— Alô.— Acordei você? Oh, pobrezinho, achei que a essa hora vocêestaria no hospital — disse Julian sarcástica.— Do que você está falando? — perguntei sentando-me na cama— Você não soube? Houve uma explosão em um laboratório e senão me engano é onde a sua amiga patinha trabalha.Desliguei o celular e vesti apressadamente um jeans e camisetapreta gola V. Calcei os sapatos e saí. Olhei no celular enquanto digitava onúmero pessoal de Luísa.Ouvi três bipes antes que ela atendesse a ligação. “Se tocar umaquarta você estará demitida pela manhã”.— Senhor Pipermen? — A voz do outro lado da linha era sonolentae lenta.— Preciso que descubra em qual hospital está a senhorita AnaKarvat. Você tem dez minutos.Desliguei o telefone e segui par
Em TUAS Mãos“Eu odeio aparecer do nada sem ser convidadaMas eu não pude ficar longe, não consegui evitarEu esperava que você veria meu rostoE que você se lembrariaDe que pra mim não acabou”Não havia amanhecido quando saí do hospital, olhei ao redor, asruas acinzentadas e sem movimento, uma brisa fazia as copas dasárvores balançarem, esfreguei os braços cruzados ao redor do corpotentando espantar aquela estranha sensação de solidão. Eu sabia paraonde ir, caminhei pelas olhando para baixo, e só percebi que haviaamanhecido quando a buzina de um sedã preto me despertou dos meuspensamentos. Cobri o rosto para olhar na direção do carro, que estava apoucos centímetros de distância. Pisei duro e atravessei a rua.— Não pode esperar? Estou na faixa de segurança! — protestei evoltei a seguir meu caminho.Que sede. Umedeci os lábios com a ponta da língua, esfreguei asmãos sobre o jeans, sentindo minhas coxas arderem debaixo da calça, eunão sabia há quanto tempo c
Completos“Tudo que posso provar é este momentoE tudo que posso respirar é sua vidaE, mais cedo ou mais tarde, acabouEu só não quero perder você esta noite”Eu a segui a distância, acompanhei seus passos trôpegos e tristepela madrugada. Onde ela estava indo? Ana, você é uma peste. Por quesaiu do hospital desse jeito?! Desacelerei o carro e parei a uma quadra dedistância. Olhei no celular, ela já estava lá há quase doze horas, namesma posição. Volte para casa, Ana, isso não vai dar certo. Telefoneipara a equipe de segurança do La Torre:— Sim, Sr. Pipermen? — atendeu o chefe da equipe ao primeirotoque.— Retirem a moça que está aí na frente, mas não usem de força.Desliguei o celular e um homem uniformizado foi até Ana menos deum minuto após a minha ligação. Ela nem mesmo olhou para o imbecil.Ah, ninfa, você é uma diaba teimosa.No terceiro dia ela ainda estava lá, inflexível. Por que você nãodesiste?, pensei enquanto estalava os dedos, um por um.— Rob?A
Próximo ao Paraíso... Segredos“Você me dá febre,Quando você me beija,Febre, quando você me abraça forte.Febre! De manhã,Febre durante toda a noite.”Robert enrolou-se lençol e saiu da cama.— Aonde vai? — Minha voz saiu mais carente do que eu jamaishavia ouvido, e me arrependi no segundo seguinte em que as palavrassaíram de meus lábios.Dom se virou e sorriu de canto, piscando para mim. Tão sedutor eperfeito, cheio de si, ele sabia o efeito que causava sobre mim. Cobri meulargo sorriso abraçando o travesseiro contra meu corpo. Eu estava sónaquela imensa e macia cama king size, espreguicei relaxada, esticandomeus braços e pernas, podia sentir seu cheiro em meu corpo, em tudo aminha volta.Ouvi uma melodia dedilhada no violão de maneira melódica. Senteina cama e fiquei ouvindo a bela canção...Pra você guardei o amorQue nunca soube darO amor que tive e vi sem me deixarSentir sem conseguir provarSem entregarE repartirPra você guardei o amorQue s
Olho por Olho“O que mais eu deveria ser?Tudo desculpasO que mais eu poderia dizer?”Após o café, Dom me deixou em meu apartamento, não entendi omotivo do porteiro olhar para ele com cara feia, ele me acompanhou até aporta do apartamento que estava destrancada.— Fique com o meu telefone, tenho que resolver algumas coisasna empresa. E tente não se meter em confusão — disse ele estreitando osolhos, com um sorriso que fez minhas pernas tremerem como gelatina.— Isso faz parte do meu charme — respondi pegando o celular desua mão. — Tem certeza de que não vai precisar, amo?Robert assentiu com a cabeça e mordeu meu lábio fazendo umcomichão espalhar-se pelo meu corpo. Suspirei ao final do beijo, e oobservei distanciar-se, ele vestia um fino blazer cinza grafite, que, semdúvida, havia sido confeccionado sob medida para aquele corpo esculturalde um verdadeiro gladiador. As portas dos elevadores se fecharam e elese foi. Minha vontade era de trancá-lo ali comigo, ma
Amor Marginal“Minha flor, não me machuquesMinha dor, não me abuses assimNão tire magoasNão tire magoa de mimMeu amor, não me invadasCom o teu olharNão me deixes aqui a gritarNo meio do caminho sozinho”Empurrei a porta do apartamento, e uma jovem estava sentada nosofá com as pernas cruzadas, e as mãos mexendo nervosamente na saiade tule branca. Já havíamos nos encontrado algumas noites atrás.— Sou a ex de Marcos — ela disse ficando de pé.Meu sangue ferveu ao ouvir aquele nome. O que ela está fazendoaqui?— Quer se vingar de Marcos? Punir a sua submissa? — perguntouenquanto tirava o meu blazer. Fez questão de bater a porta com força. Ela precisa que a ninfa saiba.Menos de um minuto depois Ana estava lá, boquiaberta, semreação. Aquele serviria como um último teste. Ergui seus braços,agarrando seus finos pulsos, imprensando-a contra a parede fria. Euestava duro, a amiga de Ana era gostosa pra caralho. Subi aquela finasaia até a cintura e penetrei-a,