Eu me levantei da poltrona transtornado, eu não tinha certeza se aquilo havia saído mesmo da boca do meu pai.
— Você não está me propondo uma insanidade dessas, pai? Você só pode está ficando maluco, eu não vou casar com aquele ser antissocial, que parece mais um gato amuado do que um ser humano, eu não sei nem se ela sabe usar direito a língua dela. Pai: Isso você vai descobrir depois do casamento Cristian, e essas são as minhas condições pra deixar você a frente de tudo, vocês serão donos das empresas em igualdade, cada um com 50%, mas somente um comandará elas, e se você aceitar casar com ela, o escolhido será você pra ficar a frente de tudo, só que antes você precisará assinar um documento, dando a Sara todos os direitos das empresas, caso você peça o divórcio. — Como é que é? Isso só pode ser um pesadelo, você só está brincando não é pai? Eu não posso acreditar que serei obrigado a passar o resto da minha vida casado com alguém que eu mal troquei três palavras a minha vida toda. Pai: Essas são as minhas condições Cristian, não demore muito a me dar uma resposta, pois eu não tenho muito tempo, e se eu morrer antes dessa resposta, ela ficará a frente de tudo, pois já deixei meus advogados cientes e um documento assinado com a minha decisão caso isso aconteça. — Você não percebe que fazendo isso, você estará sacrificando a minha própria felicidade? Eu sou o seu filho, e não ela. Pai: Por isso estou te dando o direito de escolha, você pode ser livre, viver da forma como sempre viveu, cheio de mulheres e noitadas intensas, você terá um cargo a sua altura e a ajudará na empresa, mas não será o CEO dela, pra você ser o manda chuva de tudo, terá que fazer esse sacrifício, vá pra casa e pense. — Eu tenho uma dúvida. Pai: Qual? — E se eu aceitar casar com ela e ela decidir se separar de mim? Eu vou poder continuar sendo o responsável pelas decisões das empresas? Pai: Se a decisão de se separar partir dela, ela continuará recebendo o faturamento das ações dela, você continuará sendo o CEO, e ela poderá seguir com a vida dela, desde que ela não tenha sido obrigada a tomar essa decisão. — Como assim obrigada? Pai: Eu conheço você muito bem meu filho, e sei que você não medirá esforços pra fazê-la cair fora desse casamento na velocidade da luz, porém lembre-se das regras, você terá que ser um bom marido, e... — Já sei pai, e tratá-la como uma princesa e aquelas baboseiras todas. Falei o interrompendo. A verdade era que não existia saída pra mim, não existia nada que pudesse me livrar daquilo. Somente ela e o bom senso que eu torci internamente que ela pudesse ter. Eu saí do hospital sem sentir direito o chão que eu estava pisando, e precisei sentar em um banco pra tentar assimilar tudo de uma forma mais clara. Eu sabia que aquilo iria contra tudo o que eu prometi pra mim mesmo nunca vivenciar, e um casamento estava no topo da minha lista de fuga. — Velho egocêntrico e manipulador. Falei enquanto tentava não enlouquecer.(Sara)Eu me chamo Sara Denver, tenho 25 anos, e sempre morei em Orlando, nos Estados Unidos. Eu perdi o meu pai já faziam dez anos, e desde então o meu padrinho cuidou de mim.Ele e o meu pai eram melhores amigos, e o meu pai tinha completa confiança nele, e eu nunca tive uma mãe pra exercer o papel de cuidadora, pois ela sumiu no mundo quando eu ainda era um bebê. Eu amava o meu padrinho, ele pagou por meus estudos, meus cursos, me deu uma boa vida e tudo do bom e do melhor, e apesar dele não morar comigo, ele ia me visitar todos os finais de semana, e pra mim os melhores dias eram quando ele estava presente. Eu morava com a Elena, era uma senhora muito gentil que o meu padrinho pagava pra ficar comigo, pois o trabalho o impedia dele estar sempre presente, eu o entendia, afinal não era uma tarefa fácil construir tudo o que ele construiu, ele era um homem de negócios e era o trabalho dele que me sustentava. Quando eu fiz 18 anos, eu conheci um cara e me apaixonei perdidamente por
Os olhos dele estavam marejados, e por mais que eu já tivesse ouvido dos funcionários da minha casa e da própria Elena que ele era um homem sem coração, eu o achava o homem mais amoroso do mundo, eu não conseguia enxergar nele aquele homem que todos tinham medo.Padrinho: Você sabe que eu a tenho como filha, e que você foi um presente que o seu pai deixou, pra que eu me tornasse um ser humano melhor, e o seu pai sabia que você amoleceria o meu coração quando confiou você a mim, ele estava certo, você é como uma luz, capaz de irradiar qualquer escuridão.As coisas não estão boas pra mim Sara, e sinto que estou prestes a deixar esse mundo, mas antes de eu partir, quero que você pense na minha proposta e me dê uma resposta rápida. — Eu faço qualquer coisa que me pedir padrinho.Padrinho: Eu quero que você se case com o meu filho, ele dará continuidade à promessa que fiz ao seu pai, e cuidará de você, ele dará pra você uma vida segura e feliz, será o marido que você precisa. As palavras
(Cristian)Depois de pensar muito no banco do hospital, eu enxi a cara de bebida e fui foder uma gostosa no corredor do meu apartamento, após extravasar todos os meus conflitos internos nela, eu a coloquei no taxi e fui dormir, eu não queria passar mais nenhum minuto pensando na vida desgraçada que eu estava prestes a entrar. Eu não sabia como eu iria fazer pra continuar fodendo as mulheres, tendo a SARA DENVER dormindo na mesma cama que eu, ou como eu iria pra eventos tendo ela do meu lado, exibindo aquele olhar apagado, sem nenhum sorriso no rosto.No dia seguinte, eu acordei com uma ressaca do caralho, tomei um café forte e antes de ir pra empresa, eu fui pro hospital, eu nem estava acreditando no que eu estava prestes a fazer.Pai: Espero que tenha vindo até aqui me dar uma resposta. Ele falou assim que cruzei a porta.— Eu aceito me casar com a Sara, desde que ela aceite mudar o comportamento dela e se tornar uma mulher fina, elegante e desejável. Pai: O que seria uma mulher d
(Sara)Eu já havia falado que o Cristian era um babaca, mas tive a certeza que ele não havia mudado nada com a passagem dos anos.Eu fui até o hospital novamente no dia seguinte pra visitar o meu padrinho, e já na recepção eu fui informada que já tinha uma pessoa no quarto visitando ele, logo eu pensei ser o Cristian. Eu deveria ter ficado na recepção, esperando ele se retirar, pra assim evitar um encontro, afinal eu não estava pronta pra encarar o meu futuro marido, mas a minha curiosidade em saber o que os dois estavam conversando, foi maior.— Eu vou entrar de qualquer forma, o meu padrinho já está me esperando. A moça da recepção pegou meu documento e permitiu que eu entrasse. Já chegando na porta, eu pude ouvir a voz grave de um homem, não era possível ver o rosto dele, mas a voz já foi o suficiente pra me fazer ter calafrios, mas o pior não foi isso, e sim o que eu ouvi logo em seguida.Ele claramente afirmou que eu não era desejável, nem fina e que eu precisava saber usar o
(Cristian)No primeiro minuto de atraso, o meu celular começou a tocar, é claro que o meu pai não iria deixar passar em branco a minha falta de compromisso, e eu optei por não atender, já que eu ainda estava saindo do meu apartamento. Acontece que eu me arrumei mais do que o costume, no fundo eu queria que a afilhada estranha e apagada do meu pai se desse conta que eu era muita areia pro caminhão dela, eu queria que ela desistisse de mim antes mesmo de casar, assim evitariamos aquela loucura toda. Eu cheguei no hospital, já havia passado 25 minutos do horário marcado, e o meu celular já acumulavam sete ligações do advogado do meu pai.Assim que o meu pai colocou os olhos em mim, eu pude ver o alívio que ele sentiu.Pai: Santo Deus, finalmente. — Desculpe pelo atraso, eu não tive uma noite muito tranquila, e acabei perdendo o horário. " Eu também tive uma noite ruim, no entanto cheguei aqui no horário, é pra isso que existe despertador ".Eu olhei pra trás, buscando de onde tinha v
Eu encarei outra vez a Sara, mas ela já estava com lágrimas nos olhos, aquelas lágrimas era uma prova viva do quanto o meu pai significava pra ela.Sara: Tudo bem padrinho, você não tem culpa de ter tido um filho tão sem noção. — Você ainda vai me insultar? Ela me ignorou e aquilo me irritou ainda mais.Pai: Eu estou muito cansado, assinem os documentos por favor e vamos deixar o resto pra depois.O advogado nos entregou os documentos e nós assinamos, mesmo contrariados.Pai: Cristian, a leve pra almoçar e resolvam os detalhes sobre o casamento, agora podem se retirar. — Esse casamento será com comunhão de bens? Sara: É com isso que você está preocupado?— Você já está tomando de conta de 50% do que seria meu, apenas por ser uma simples afilhada. Sara: Bom, me parece que eu exerço muito melhor o papel de filha do que você. Pai: Já chega, isso o outro advogado vai esclarecer pra vocês em um momento mais oportuno, agora saiam.O meu pai estava claramente irritado, e também notoria
(Sara)Antes de eu apagar na cama, o meu celular tocou, era o advogado informando sobre a reunião.Depois da ligação dele, eu mandei uma mensagem pra minha amiga, e ela chegou logo pela manhã, quando o sol nem tinha nascido direito.Brenda: Você ainda está assim? Eu não acredito Sara.Ela falou enquanto se agarrava no meu pescoço pra me abraçar. Eu estava um pouco zonza pelo excesso de bebida da noite anterior, mas nada iria me impedir de esfregar a minha beleza na cara do Cristian. — Eu bebi além da conta antes de dormir. Brenda: Então vamos, eu vou te ajudar a ficar pronta, pois depois do que você me disse ontem quando me ligou, eu fiquei super animada com a sua rebelião, eu adoro ver você rebelde.Ela deu uma gargalhada assustadora, coisa que ela só fazia quando estava realmente obstinada a ser o terror de alguém. Eu tomei um banho, escovei os dentes, e quando saí, a minha mala já estava toda revirada, e ela escolheu justamente o vestido mais curto e o mais sexy, que eu tinha a
Quando eu o confrontei, ele olhou pra trás, e eu tive quase certeza que a intenção dele não era uma das melhores, mas rapidamente ele me consumiu com um olhar de predador, aqueles olhares que todos os homens safados costumam dar.Eu não vou mentir que eu senti um leve formigamento na calcinha, afinal apesar dele ser um babaca, tudo nele exalava beleza e luxúria.Eu quase não acreditei quando ele perguntou se eu era uma das advogadas, e tentou se apresentar, mas eu fui logo tirando o cavalinho dele da chuva, pois era nítido que ele estava interessado em me comer, e estava usando o lado dele mais sedutor pra me manipular, mas quando eu o chamei de babaca, ele finalmente se deu conta da minha verdadeira identidade. Eu não perdi tempo em usar as mesmas palavras dele pra ironizar aquilo que ele achava sobre mim, afinal eu estava muito longe de ser alguém deselegante e indesejável.Quando eu voltei a olhá-lo, percebi a perplexidade nos olhos dele, e não demorou muito pra ele questionar meu