CAPÍTULO 5

(Cristian)

Depois de pensar muito no banco do hospital, eu enxi a cara de bebida e fui foder uma gostosa no corredor do meu apartamento, após extravasar todos os meus conflitos internos nela, eu a coloquei no taxi e fui dormir, eu não queria passar mais nenhum minuto pensando na vida desgraçada que eu estava prestes a entrar.

Eu não sabia como eu iria fazer pra continuar fodendo as mulheres, tendo a SARA DENVER dormindo na mesma cama que eu, ou como eu iria pra eventos tendo ela do meu lado, exibindo aquele olhar apagado, sem nenhum sorriso no rosto.

No dia seguinte, eu acordei com uma ressaca do caralho, tomei um café forte e antes de ir pra empresa, eu fui pro hospital, eu nem estava acreditando no que eu estava prestes a fazer.

Pai: Espero que tenha vindo até aqui me dar uma resposta.

Ele falou assim que cruzei a porta.

— Eu aceito me casar com a Sara, desde que ela aceite mudar o comportamento dela e se tornar uma mulher fina, elegante e desejável.

Pai: O que seria uma mulher desejável pra você, Cristian?

— Alguém que sabe se arrumar, sorrir, conversar olhando nos olhos da pessoa, alguém que não pareça estar com medo de um homem, alguém que sabe usar o que tem no meio das pernas.

Pai: Eu estou em dúvidas se estamos falando da mesma pessoa.

— É claro que estamos pai, você sabe muito bem que a sua afilhada não tem o padrão das mulheres que costumo sair, ela é estranha, e relaxada.

O meu pai deu uma gargalhada e logo em seguida teve uma crise de tosse, perdendo metade da força que tinha naquele momento.

— Pai? Você está bem? Quer que eu peça ajuda? Pai?

Por um momento eu fiquei preocupado, mas então ele voltou a rir, e eu vi que aquele velho não parecia tão doente quanto afirmava estar.

Pai: Eu tenho certeza que você irá se surpreender com ela Cristian, mas se não gostar do que ver, converse com ela, como um marido conversa com uma esposa, crie um ambiente de entendimento, que beneficie as duas partes.

— Conversar? O senhor não ouviu nada que falei ontem?

Pai: Tenho certeza que ela saberá usar a língua Cristian, agora vamos ao que interessa, vou chamar meus advogados aqui e também irei chamar a Sara, como não posso sair do hospital agora, faremos uma reunião aqui mesmo, você irá assinar o documento da qual lhe falei sobre um possível divórcio, e depois que a reunião acabar, vou pedir que leve a Sara pra almoçar fora, e acerte com ela os detalhes do casamento, vocês terão dez dias pra organizarem tudo.

— Dez dias? Você está maluco? Você quer me ver casado em dez dias? Não vai dar nenhum tempo pra eu me preparar psicologicamente pra isso?

Pai: Eu não tenho tanto tempo Cristian, e eu quero ter a honra de levá-la ao altar, e vou fazer de tudo pra estar em condições adequadas pra isso.

Quando ele falou que não tinha muito tempo, senti um nó ainda maior na garganta, e eu sabia que o que ele havia dito era verdade, e eu não podia negar aquilo pra ele.

— Tudo bem pai, embora eu ache tudo isso ridículo e insano, eu vou fazer o que está me pedindo.

Pai: Eu sabia que você não me negaria isso meu filho, eu só posso contar com você pra fazer a Sara feliz.

Eu apenas balancei a cabeça e fiquei pensando no quanto o meu pai amava a Sara, por diversas vezes eu o vi sair de reuniões importantes pra conseguir vê-la e aproveitar os finais de semana que ele sempre tinha com ela, coisa que ele quase nunca fazia comigo quando eu ainda era uma criança.

Talvez a minha indiferença com ela, pudesse ser apenas o ciúme de uma atenção que deveria ser mais minha do que dela.

Enquanto o meu pai fazia questão de me colocar em escolas em outros países, e faculdades distantes, ele fazia de tudo pra Sara não se afastar muito, pois ele queria fazer parte de cada coisa da vida dela, eu não sabia se um dia eu iria conseguir entender todo aquele cuidado, tudo bem que ele fez uma promessa pra um grande amigo, mas nada que justificasse tudo o que ele já fez por aquela garota.

— Que horas devo vir aqui amanhã?

Pai: Ainda não sei, os advogados lhe avisarão.

Eu me despedi do meu pai e fui pra empresa, pois eu tinha uma reunião importante, eu precisava agir com muito mais responsabilidade, já que em breve eu iria ser o CEO de lá.

O dia foi intenso, e eu tentei não pensar na minha futura esposa, pois toda vez que eu pensava nela, eu me sentia deprimido, pois nem nos meus piores pesadelos, eu imaginei que iria casar com uma...

Antes de concluir o meu pensamento, o meu celular tocou.

— Cristian Back falando.

Advogado: Boa noite Sr. Cristian, eu sou um dos advogados do seu pai, eu me chamo Olavo Brandão, e estou ligando pra comunicar sobre o horário da nossa reunião amanhã.

— Sim, eu estava mesmo esperando o seu contato, que horas será? Os médicos liberaram uma reunião dentro de um hospital?

Advogado: Na verdade sim, em casos assim, em que o paciente está desenganado, é necessário que algumas providências sejam tomadas, e seu pai tem muito poder, essa reunião iria acontecer de qualquer jeito, então nos encontraremos amanhã às 08:00hrs.

— Tudo bem, estarei lá.

Eu já conhecia todos os advogados da empresa, mas esse Olavo era novo pra mim, então deduzi que seria o advogado que cuidaria dos interesses pessoais do meu pai.

Eu não consegui dormir naquela noite, e senti vontade de sair novamente e foder alguma gostosa que estivesse disposta a me fazer esquecer pelo menos por algumas horas, sobre o meu indesejável casamento, mas me obriguei a ficar quieto, pra não passar pro meu pai a impressão de que seria um péssimo esposo pra intocável afilhada dele, e se eu tivesse uma noite agitada, com toda certeza eu iria chegar totalmente acabado no hospital, por esse motivo, me obriguei a dormir e isso só foi acontecer às 04:00 da manhã.

Quando o celular despertou, eu pulei da cama totalmente atordoado, faltavam apenas 40 minutos, e eu iria chegar atrasado.

— Obrigado papai, por me mostrar o inferno antes mesmo de entrar nele.

Falei ironicamente enquanto corria pro banheiro.

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