Briana: Eu prometo mamãe, que eu vou ser uma pessoa melhor pela senhora, que eu tentarei ser forte, eu amo você, obrigada por cada momento maravilhoso que tivemos juntas. — dou-lhe mais um beijo na testa da mesma e coloco uma rosa vermelha nas suas mãos... Afasto-me e deixo o restante do pessoal se despedir dela, assim que todos finalizam, fomos em direção ao cemitério, o caixão da mesma começou a descer e junto dele, o meu coração foi junto, fechei os olhos e cai de joelhos perto do seu túmulo, joguei outra rosa vermelha e um punhado de areia sobre o caixão da mesma! — Eu te levarei para sempre comigo, eu te amo tanto, mamãe!
Suzane ajudou-me a levantar-me e voltamos para a mansão, assim que adentramos o cômodo, vi o meu pai e a Lilian aos beijos na sala, aproximei-me deles, mesmo a Suzane tentando me tirar dali, fazendo-os notarem a minha presença. Lúcio: O que você quer aqui? Suba para o seu quarto, garota! Briana: A minha mãe não merecia nada disso, tenho certeza que ela morreu de tanto desgosto causado por vocês. — falei com ódio e o mesmo se aproximou de mim e acertou-me um tapa forte, fazendo-me cair sentada no chão. Lúcio: Eu é que tive desgosto da sua mãe, você não sabe a história toda, agora suma da minha frente. — ele diz com raiva e a Suzane vem até mim, me puxando em direção às escadas, adentro o meu quarto e caio sentada no chão, o meu peito dói, parece que o meu coração vai sair pela minha boca a qualquer momento, a sensação que eu estou sentindo é horrível. Suzane: Oh, minha menina, venha se deitar, durma, amanhã é um novo dia, você prometeu à ela que iria seguir em frente, e lembre-se, eu sempre estarei aqui por você. — ela diz terminando de ajeitar à minha cama, levanto-me do chão e vou até o banheiro, tomo uma ducha e retiro-me para o quarto, Suzane ainda está aqui, ela olha-me com um sorriso leve nos lábios, mas o seu olhar é tão triste, quanto o meu. — Boa noite, querida, qualquer coisa é só chamar por mim. Briana: Obrigada Suzane, por estar comigo nesse momento. — digo caminhando até a mesma e abraçando-lhe. — Boa noite. Ela se retira do quarto e eu deito-me na cama, os pensamentos começam a invadir-me, como assim, eu não sei a história toda? O que será que aconteceu entre o meu pai e a minha mãe que eu não sei? Ou será que ele só está fazendo isso para tentar passar a minha mãe como uma pessoa ruim para mim e eu aceitar ele e a amante dele? Acabo adormecendo com mil pensamentos circulando na minha cabeça. Acordei na manhã seguinte e levantei-me indo em direção ao banheiro, realizei às minhas higienes e estendi à minha cama, por mais que tenhamos quem faça isso, eu procuro sempre ajudar, depois de organizar tudo, desci às escadas indo em direção à cozinha, procurei por Suzane e não a achei, logo uma moça que eu nunca tinha visto aqui apareceu com um sorriso no rosto. Xx: Bom dia, você deve ser a Briana, isso? — ela pergunta e eu a olho e confirmo. Briana: Isso, você seria quem? — pergunto, já que nunca vi a mesma aqui. Xx: Meu nome é Anastácia, prazer em lhe conhecer, sou a nova governanta! — ela diz simpática e eu arregalei os olhos de imediato. Briana: Nova? Mais uma, não que isso seja ruim, claro, você precisa do serviço e eu fico feliz por você. — digo e continuo procurando com os olhos pela Suzane. Anastácia: Olha, eu não sei o que aconteceu com a última governanta, mas ontem mesmo, entraram em contato comigo, para mim dar início hoje e falaram que seria somente eu, que eu até teria ajuda de algumas outras moças, mas o cargo de governanta era meu. — ela diz meio sem jeito e baixa a cabeça. Briana: Eles, eles demitiram ela? — pergunto e a mesma me olha sem entender e logo o meu pai e a Lilian passam pela porta com um sorriso nojento no rosto. Lilian: Bom dia, você deve ser a Anastácia, a nova governanta, seja bem vinda! — ela diz olhando para a moça, mas com um olhar de desprezo! Medíocre. Briana: E a Suzane? — pergunto ao meu pai, que simplesmente ignora a minha existência. Lúcio: Seja bem vinda! — ele diz com um leve sorriso nos lábios e a Anastácia aparenta estar desconfortável, eles se sentam à mesa e então damos início ao nosso café da manhã... Depois que finalizei, retirei-me da mesa, com os olhares dos dois em cima de mim, mas ignorei-os completamente e fui para o jardim, eu amava ficar aqui com a minha mãe e a Suzane, logo senti uma presença e quando olhei era a Anastácia. Anastácia: Desculpe interromper, mas eu sinceramente, não estava me sentindo confortável lá dentro com os dois. — ela fala e bufa frustada. — eu espero que você não me odeie, pelo fato de eu ter vindo para o lugar da Suzane, é esse o nome dela, né? — eu confirmei. Briana: Você não tem culpa de nada e parece ser uma boa pessoa, o único culpado disso tudo, é o meu pai. — falo com um amargo na voz. Anastácia: Sinto muito, ele realmente não parece ser uma das melhores pessoas, e a sua mãe, com todo respeito, é pior ainda. — ela diz e eu faço careta na mesma hora. Briana: Ela não é a minha mãe, infelizmente, a minha mãe faleceu, ontem! — digo deixando a tristeza tomar conta de mim, ela me olha sem reação alguma e me abraça. Anastácia: Deus, desculpe, quanto insensibilidade da minha parte. — ela fala e eu nego e me sinto confortável diante do seu abraço. Briana: Você não tem culpa, não teria como saber, é o seu primeiro dia aqui...Eu sempre fui muito amiga da Olívia, ela sempre foi uma mulher de personalidade forte, qualquer um admirava ela, inclusive eu, nós duas nos tornamos melhores amigas, eu virei sua confidente e ela a minha, sempre ajudei a mesma, assim como ela sempre me ajudou... Quando a Briana nasceu, eu vi uma alegria nela que por muito tempo eu não via, a Briana trouxe a luz para a vida dela novamente, e com isso, trouxe para a minha vida também... O casamento dela e do Lúcio, nunca foi fácil, era bastante conturbado, ele sempre traiu à mesma, com diversas empregadas e até mesmo prostitutas, mas ela nunca havia pego ele no flagra, não até ele se envolver com a Lilian, lembro que a Briana já estava com seus 18 anos, quando ela pegou ele na cama com a Lilian, a mesma ficou arrasada, ela sempre foi apaixonada pelo mesmo, mas depois daquele dia, tudo mudou, a raiva começou a falar mais alto, eu lembro que ela estava no escritório dele e a Briana estava no quarto dormindo, ela gritava, dizendo que iria
Acordei na manhã seguinte e organizei tudo o que havia bagunçado, fui em direção ao banheiro e realizei às minhas higienes, hoje iniciaria um novo dia, mas o meu coração estava apertado e não saia da Briana, eu espero que ela esteja bem e que não faça nenhuma besteira... Saí do quarto e fui até a recepção, paguei pela noite e fui em direção à fruteira que tem aqui perto, assim que cheguei, notei a presença de algumas governantes, aproximei-me delas e sorri simpática para todas. Rosa: Suzane, como está, querida? Soube do que aconteceu com a Dona Olívia, meus sentimentos. Suzane: Muito obrigada, Rosa, estou levando, não dá para parar, não é mesmo. — falo dando um sorriso forçado. — Então, vocês saberiam me dizer se tem alguma casa precisando de governanta ou até mesmo outro serviço? Berenice: Não me diga que o Sr Lúcio teve a capacidade de te mandar embora. — ela diz e eu confirmo. Suzane: Lilian está sentindo-se a patroa da casa e a primeira ordem dela, foi dispensar-me. — falo e e
Eu sempre fui um cara fechado e de poucas palavras, mas não como costumo ser hoje em dia... Eu sempre me acostumei a ter tudo, tudo o que eu desejava eu conseguia, tanto às mulheres, quanto outras coisas, eu sempre dava um jeito de conseguir, às mulheres sempre jogavam-se aos meus pés, exceto ela, Meredith, ela é uma mulher linda, desapegada e divertida, quebrava os padrões, mas era tão intrigante ver a mesma, ela despertou muito interesse em mim, e o fato de ela não me querer, foi o que mais deixou-me apaixonado por ela, eu fiz uma coisa que nunca tinha feito em toda à minha vida, corri atrás dela. Foi difícil, mas eu consegui conquistar o coração dela, trouxe a mesma para morar comigo e estávamos organizando o nosso casamento, ela era incrível, mas a Amber nunca gostou muito da mesma, ela dizia que ela não era para mim, eu achava que era implicância, mas a Amber estava certa... Lembro como se fosse hoje, eu cheguei em casa e escutei gemidos vindo da parte de trás da mansão, estranh
Clarisse: Papai, você tem certeza disso? Não correrei riscos? — Pergunto ainda digerindo essa ideia que o meu pai teve. Alfredo: Não seja tola, minha filha! Ele é homem, você é encantadora, vai chegar devagarinho, como quem não quer nada, vai fazer-se de difícil, são dessas que nós sempre gostamos, às que não jogam-se aos nossos pés, e quando você menos perceber, irá fisgar ele. Clarisse: Eu confio em você. — digo para ele que sorri e caminha na minha direção. Alfredo: Sempre uma boa menina, meu amor. — ele fala fazendo um leve carinho no meu rosto. Clarisse: Só quero que o senhor orgulhe-se de mim, papai. — falo e o mesmo confirma. Eu fiz exatamente tudo o que o meu pai mandou, passei uma visão completamente diferente do que eu sou, fiz como quem não queria nada, como quem não tinha interesse e quando percebi, ele realmente estava caidinho por mim, começamos a nos envolver e eu sempre fazendo-me de difícil, quando menos percebi, já estava indo morar na sua mansão, o me
Eu sabia que não seria fácil perder a minha mãe, abriu um buraco enorme em meu coração, ela era tudo na minha vida, a minha melhor amiga, e ainda de quebra, Suzane foi demitida! Achei que com os dias passando, eu iria acabar me adaptando com a perda dela, mas não, só vem piorando. Eu amava correr pela mansão, ir para o jardim apreciar a vista, mas hoje, a mansão se tornou o meu pesadelo, o medo de sair e cruzar com o meu pai ou até mesmo a Lilian, eles são terríveis, muito mais do que eu esperava, nunca sonhei que o meu pai fosse tão baixo assim...A única coisa boa que saiu disso tudo, foi a minha amizade com a Anastácia, ela é um pouco mais velha que eu, mas me entende e me compreende como ninguém, ela tem pavor do meu pai e de Lilian, e eu não a julgo, eu que sou filha também tenho. Ela se tornou uma grande amiga nesses últimos dias e está sempre tentando me fazer sorrir... Esses dias ela voltou da feira com uma carta para mim, de início, estranhei, mas quando reconheci a letra o m
Deus, eu estava sem reação alguma, às mãos trêmulas, o medo tomando conta de cada particula do meu corpo, o meu pai só poderia ter enlouquecido! Ele não teria coragem de ir tão longe assim, teria? O choro entalado, agora já se fazia presente no meu rosto, cada lágrimas escorria, o coração cada vez mais acelerado, isso não poderia estar acontecendo. Briana: Saia de cima de mim, eu sou a sua filha, você está louco? Lúcio: Eu não estou nem aí, para algo, você deve prestar. Briana: Saia, por favor, eu sou virgem, não faça isso comigo, eu lhe imploro! — digo chorando mais alto e logo escuto um barulho na porta e ele sai depressa de cima de mim. Lilian: Mas o que está acontecendo aqui? — ela pergunta cruzando os braços. Lúcio: Nada querida! Vamos dormir. — ele diz olhando-me com frieza e sai do quarto puxando a mesma. Eu me sento, dobrando os joelhos e agarrando-os, ainda sem acreditar no que acabou de quase acontecer, o meu pai perdeu totalmente o juízo, ele se transformou
Eu não conseguia acreditar no que eu estava vendo, o meu coração apertou, a dor no peito aumentou e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, a minha mãe, a minha mãezinha, ela partiu, me deixando sozinha neste mundo, sim, sozinha, eu tenho o meu pai, mas não é a mesma coisa, ele não faz nada por mim, nunca fez, e tenho certeza que não fará, mesmo sendo só nós dois agora! Eu não queria acreditar que eu não teria mais a minha melhor amiga comigo, a pessoa que mais amo nessa vida, que sempre esteve ali por mim, sai do quarto e fui em direção à rua, o meu mundo todo parecia que estava acabando, a chuva começou cair e eu a acompanhei, caí de joelhos no chão me permitindo chorar e gritar, a dor que eu estava sentindo era insuportável, Deus, porque, logo ela, a minha parceira de tudo.Respirei fundo, arrasada, levantei-me sentindo uma presença atrás de mim, quando me virei, dei de cara com o meu pai, o mesmo me olhava com desgosto, e eu sempre perguntei-me o porquê de ele me tratar