Briana, rendida ao Mafioso
Briana, rendida ao Mafioso
Por: Michele Hoernig
Capítulo 01 - Briana

Eu não conseguia acreditar no que eu estava vendo, o meu coração apertou, a dor no peito aumentou e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, a minha mãe, a minha mãezinha, ela partiu, me deixando sozinha neste mundo, sim, sozinha, eu tenho o meu pai, mas não é a mesma coisa, ele não faz nada por mim, nunca fez, e tenho certeza que não fará, mesmo sendo só nós dois agora!

Eu não queria acreditar que eu não teria mais a minha melhor amiga comigo, a pessoa que mais amo nessa vida, que sempre esteve ali por mim, sai do quarto e fui em direção à rua, o meu mundo todo parecia que estava acabando, a chuva começou cair e eu a acompanhei, caí de joelhos no chão me permitindo chorar e gritar, a dor que eu estava sentindo era insuportável, Deus, porque, logo ela, a minha parceira de tudo.

Respirei fundo, arrasada, levantei-me sentindo uma presença atrás de mim, quando me virei, dei de cara com o meu pai, o mesmo me olhava com desgosto, e eu sempre perguntei-me o porquê de ele me tratar dessa forma, mas ignorei, e tentei me aproximar dele, eu precisava de um consolo, mas tudo o que eu tive foi um afastamento brusco.

Lúcio: Não encoste em mim, vamos para casa logo! — o mesmo diz e eu confirmo.

Entramos no carro e o motorista guiou para a nossa mansão, não trocamos uma única palavra se quer, e isso estava acabando comigo, eu precisava saber mais sobre o enterro, velório, tudo! Então reuni a pouca coragem que tinha e olhei para o mesmo.

Briana: Às coisas já estão todas organizadas? — pergunto ao mesmo que me olha e volta seu olhar para a rua, mas logo a sua voz soa dentro do carro, seca!

Lúcio: Estão organizando tudo, quando for a hora, você saberá! — eu volto a minha atenção para a rua, observo à chuva caindo.

Chegamos na mansão e eu subi direto para o meu quarto, tomei banho e orei para essa dor aliviar, mas sempre quando eu fechava os olhos, o sorriso radiante da minha rainha aparecia, ela sempre foi a minha luz, e eu espero conseguir seguir em frente sem a mesma! Terminei o banho e fui em direção ao meu quarto, separei a minha roupa e estiquei sobre a cama, passei a mão pelo vestido preto e a dor invadiu com tudo!

Briana: Farei todo o possível para seguir com a minha vida, mamãe, serei forte pela senhora! Eu te carregarei comigo para sempre!

Me vesti e deitei, às lágrimas não paravam de rolar pelo meu rosto, os meus olhos já se encontravam inchados, o soluço se encontrava presente e eu só queria conseguir acalmar-me, mas era impossível... O sono tomou conta, e eu acabei adormecendo... Acordei com leves chacoalhadas, assustei-me e levantei-me com pressa, vendo a Suzane, nossa governanta no quarto, a mesma deu-me um sorriso acolhedor e logo abraçou-me.

Suzane: Está na hora, menina, vamos lá! — ela diz e eu confirmo levantando-me, caminhei até a frente do espelho e ajeitei-me, o rosto estava inchado, mas eu não ligava, somente eu sabia a dor que eu estava sentindo.

Desci às escadas, acompanhada de Suzane, assim que chegamos na sala, o meu pai estava lá, com a sua cara fechada, saímos da mansão e caminhamos em direção à parte de trás da mesma, aqui era enorme e a minha mãe sempre falou que queria que o velório fosse aqui e o enterro no cemitério onde toda a sua família se encontrava! Havia muitas pessoas aqui, mas a grande maioria nem gostava da minha mãe, são um bando de cínicos... Mas eu apenas observarei... Suzane, uma das poucas que realmente tem um carinho pela minha mãe, se encontra o tempo todo ao meu lado.

Escutei uma leve risadinha, quando virei-me, dei de cara com o meu pai e a sua amante Lilian, a mesma se engraçando para o mesmo, o meu sangue ferveu na mesma hora, e mesmo a Suzane tentando impedir-me, ignorei-a e me aproximei dos dois, a Lilian olhou-me e eu encarei a mesma, assim como fiz com o meu pai.

Briana: Eu só peço respeito, diante ao velório da minha mãe, a grande maioria sabe da p.utaria de vocês dois, mas pelo menos nesse dia, sejam menos repugnantes. — falei séria e o meu pai olhou-me com os olhos pegando fogos, mas eu não estou nem aí, não estou pedindo muito, só respeito!

Lúcio: Não sei o que você está pensando, mas não se esqueça, você é a minha filha e me deve respeito, agora suma daqui!

Briana: E você poderia ao menos respeitar a mulher com quem foi casado por anos, e mesmo com todos os seus defeitos, nunca abandonou-lhe. — digo virando às costas para o mesmo, mas não vou muito longe, pois sinto o sua mão no meu braço e logo a dor do seu agarre.

Lúcio: Sua... — ele parecia procurar palavras e eu encarei-o seria. — Não me faça perder a paciência com você e pare com esse seu show, todos estão nos olhando. — ele fala e eu me solto do seu aperto e me aproximo da Suzane.

Briana: A minha mãe não merecia isso, Suzane, nem o enterro dela eles estão respeitando. — falo para a mesma que me abraça. — Todos estão olhando para eles dois.

Suzane: Menina, não deixe eles abalarem você, a sua mãe não iria querer lhe ver assim, venha, vamos nos despedir dela.

A mesma segurou no meu braço e caminhou comigo até o caixão da minha mãe, dei-lhe um beijo na sua testa gelada e segurei por uma última vez na sua mão, só de pensar que essa será a última vez que eu verei a mesma, o meu coração parece que vai soltar para fora! Os meus olhos enchem de lágrimas e eu não consigo segurar, o choro vem com tudo e a Suzane me abraça forte, consolando-me.

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