Eu sempre fui muito amiga da Olívia, ela sempre foi uma mulher de personalidade forte, qualquer um admirava ela, inclusive eu, nós duas nos tornamos melhores amigas, eu virei sua confidente e ela a minha, sempre ajudei a mesma, assim como ela sempre me ajudou... Quando a Briana nasceu, eu vi uma alegria nela que por muito tempo eu não via, a Briana trouxe a luz para a vida dela novamente, e com isso, trouxe para a minha vida também...
O casamento dela e do Lúcio, nunca foi fácil, era bastante conturbado, ele sempre traiu à mesma, com diversas empregadas e até mesmo prostitutas, mas ela nunca havia pego ele no flagra, não até ele se envolver com a Lilian, lembro que a Briana já estava com seus 18 anos, quando ela pegou ele na cama com a Lilian, a mesma ficou arrasada, ela sempre foi apaixonada pelo mesmo, mas depois daquele dia, tudo mudou, a raiva começou a falar mais alto, eu lembro que ela estava no escritório dele e a Briana estava no quarto dormindo, ela gritava, dizendo que iria embora e levaria sim a nossa menina com ela, mas o mesmo falou que daquela casa nenhuma das duas iriam sair, eu queria poder fazer algo, mas não tinha o que fazer, assustei-me quando escutei um barulho atrás de mim e virei-me dando de cara com a Lilian. Lilian: Sabia que é feio ficar escutando os nossos patrões. — ela fala e eu a olho com tanto nojo, tudo isso é culpa dela e daquele asqueroso. Suzane: E você está fazendo o que aqui? Aposto que veio ver se você realmente é o motivo da briga dos dois! — falo séria com ela, que dá um leve sorriso, sentindo-se vitoriosa. — Se eu fosse você, tiraria esse sorriso estupido da cara, você é o motivo da briga deles, mas ele não vai deixar a mesma ir embora. — Falo e na mesma hora ela muda a sua expressão. Me retirei dali e fui em direção ao meu quarto, depois de alguns minutos à minha porta se abriu e a Olívia passou pela mesma, ela veio correndo na minha direção e se jogou nos meus braços, o seu choro era tão doloroso. Olívia: Eu fui tão estúpida, eu nunca acreditei em nenhuma traição, mas eram todas verdadeiras, como eu fui tão cega, e agora, como se não bastasse, ele simplesmente me traiu com a nossa funcionária, bem debaixo do nosso teto, o que eu fiz para merecer isso, eu sempre fui uma boa esposa. — vê-la nesse estado acabou comigo, abracei a mesma forte e fiquei ninando ela nos meus braços. Suzane: Você não tem culpa de nada, você é mulher demais para ele, Lúcio não te merece, você é uma mulher maravilhosa, nós daremos um jeito de sair daqui, eu estarei sempre com você e com a nossa menina. — digo para a mesma que confirma e me abraça apertado, lembro que naquele dia, a mesma acabou adormecendo comigo. Eu sempre fiz tudo o que eu pude pelas duas, mas infelizmente ela nunca conseguiu se livrar desse embuste, mas hoje, infelizmente ela está partindo e ver o sofrimento da minha menina, acaba comigo! Mas eu nunca irei abandonar a mesma, estarei sempre ao lado dela, assim como sempre estive para a sua mãe, Olívia me fez prometer que eu iria cuidar dela e eu vou, independente de qualquer coisa. Depois de toda a cena feita pelo Lúcio e pela Lilian, a gente despediu-se da Olívia e fomos para à casa, mas como se não fosse o suficiente, Lúcio e a Lilian se encontravam na sala no maior chamego, ver o olhar de decepção e nojo da minha menina foi tão ruim, depois de eles brigarem mais uma vez, eu subi com a mesma para o quarto dela, tentei conforta-la de alguma forma, mas eu sei que não é fácil, a dor cada vez aperta mais, eu perdi uma grande amiga, assim como ela, Olívia além de ser uma ótima mãe, era a melhor amiga da mesma, então ela teve duas perdas... Fiquei ali com Briana, até finalmente ela pegar no sono, saí devagar do seu quarto e quando estava indo em direção ao meu, escutei Lilian me chamar, desci às escadas indo em direção à sala de estar, onde estava Lúcio e a Lilian. Suzane: Pois não? — me aproximo de ambos e eles olham-me com uma cara ruim, sinto que boa coisa não vem... — Podem falar, estou aqui. Lúcio: Então, Suzane, eu sei que você está aqui conosco há anos, antes mesmo da Briana nascer... — ele diz, mas logo a Lilian atropela o mesmo. Lilian: O que quer dizer que o seu tempo aqui já se deu por encerrado, você está demitida! — ela diz com um deboche e me alcança um alto valor de dinheiro. Suzane: Tudo bem! — falo firme e ela me olha surpresa. — Mas não pense que vocês irão me proibir de ver a Briana, pois não vão, aquela menina é tudo o que tenho. — falo para eles e viro às costas para ir arrumar às minhas coisas. Eu não sei para onde eu irei, mas preciso arranjar um lugar para ficar pelo menos está noite, e amanhã cedo já irei atrás de serviço, o bom de ter algumas conhecidas é isso, eu posso pedir que me indiquem, assim talvez seja mais fácil de conseguir um novo lugar para exercer a minha função... Sai da mansão com a cabeça erguida, eu sempre dei o meu melhor aqui, sempre fiz o meu serviço muito bem feito, a única coisa que me deixa preocupada e com uma tristeza enorme, é não poder ficar e cuidar da minha menina, Briana não merece enfrentar tudo isso sozinha, ela é uma menina cheia de luz, que merece o melhor que esse mundo tem para oferecer... Encontrei uma pousada para poder passar essa noite, deitei-me na cama com o coração apertado, mas às coisas irão melhorar...Acordei na manhã seguinte e organizei tudo o que havia bagunçado, fui em direção ao banheiro e realizei às minhas higienes, hoje iniciaria um novo dia, mas o meu coração estava apertado e não saia da Briana, eu espero que ela esteja bem e que não faça nenhuma besteira... Saí do quarto e fui até a recepção, paguei pela noite e fui em direção à fruteira que tem aqui perto, assim que cheguei, notei a presença de algumas governantes, aproximei-me delas e sorri simpática para todas. Rosa: Suzane, como está, querida? Soube do que aconteceu com a Dona Olívia, meus sentimentos. Suzane: Muito obrigada, Rosa, estou levando, não dá para parar, não é mesmo. — falo dando um sorriso forçado. — Então, vocês saberiam me dizer se tem alguma casa precisando de governanta ou até mesmo outro serviço? Berenice: Não me diga que o Sr Lúcio teve a capacidade de te mandar embora. — ela diz e eu confirmo. Suzane: Lilian está sentindo-se a patroa da casa e a primeira ordem dela, foi dispensar-me. — falo e e
Eu sempre fui um cara fechado e de poucas palavras, mas não como costumo ser hoje em dia... Eu sempre me acostumei a ter tudo, tudo o que eu desejava eu conseguia, tanto às mulheres, quanto outras coisas, eu sempre dava um jeito de conseguir, às mulheres sempre jogavam-se aos meus pés, exceto ela, Meredith, ela é uma mulher linda, desapegada e divertida, quebrava os padrões, mas era tão intrigante ver a mesma, ela despertou muito interesse em mim, e o fato de ela não me querer, foi o que mais deixou-me apaixonado por ela, eu fiz uma coisa que nunca tinha feito em toda à minha vida, corri atrás dela. Foi difícil, mas eu consegui conquistar o coração dela, trouxe a mesma para morar comigo e estávamos organizando o nosso casamento, ela era incrível, mas a Amber nunca gostou muito da mesma, ela dizia que ela não era para mim, eu achava que era implicância, mas a Amber estava certa... Lembro como se fosse hoje, eu cheguei em casa e escutei gemidos vindo da parte de trás da mansão, estranh
Clarisse: Papai, você tem certeza disso? Não correrei riscos? — Pergunto ainda digerindo essa ideia que o meu pai teve. Alfredo: Não seja tola, minha filha! Ele é homem, você é encantadora, vai chegar devagarinho, como quem não quer nada, vai fazer-se de difícil, são dessas que nós sempre gostamos, às que não jogam-se aos nossos pés, e quando você menos perceber, irá fisgar ele. Clarisse: Eu confio em você. — digo para ele que sorri e caminha na minha direção. Alfredo: Sempre uma boa menina, meu amor. — ele fala fazendo um leve carinho no meu rosto. Clarisse: Só quero que o senhor orgulhe-se de mim, papai. — falo e o mesmo confirma. Eu fiz exatamente tudo o que o meu pai mandou, passei uma visão completamente diferente do que eu sou, fiz como quem não queria nada, como quem não tinha interesse e quando percebi, ele realmente estava caidinho por mim, começamos a nos envolver e eu sempre fazendo-me de difícil, quando menos percebi, já estava indo morar na sua mansão, o me
Eu sabia que não seria fácil perder a minha mãe, abriu um buraco enorme em meu coração, ela era tudo na minha vida, a minha melhor amiga, e ainda de quebra, Suzane foi demitida! Achei que com os dias passando, eu iria acabar me adaptando com a perda dela, mas não, só vem piorando. Eu amava correr pela mansão, ir para o jardim apreciar a vista, mas hoje, a mansão se tornou o meu pesadelo, o medo de sair e cruzar com o meu pai ou até mesmo a Lilian, eles são terríveis, muito mais do que eu esperava, nunca sonhei que o meu pai fosse tão baixo assim...A única coisa boa que saiu disso tudo, foi a minha amizade com a Anastácia, ela é um pouco mais velha que eu, mas me entende e me compreende como ninguém, ela tem pavor do meu pai e de Lilian, e eu não a julgo, eu que sou filha também tenho. Ela se tornou uma grande amiga nesses últimos dias e está sempre tentando me fazer sorrir... Esses dias ela voltou da feira com uma carta para mim, de início, estranhei, mas quando reconheci a letra o m
Deus, eu estava sem reação alguma, às mãos trêmulas, o medo tomando conta de cada particula do meu corpo, o meu pai só poderia ter enlouquecido! Ele não teria coragem de ir tão longe assim, teria? O choro entalado, agora já se fazia presente no meu rosto, cada lágrimas escorria, o coração cada vez mais acelerado, isso não poderia estar acontecendo. Briana: Saia de cima de mim, eu sou a sua filha, você está louco? Lúcio: Eu não estou nem aí, para algo, você deve prestar. Briana: Saia, por favor, eu sou virgem, não faça isso comigo, eu lhe imploro! — digo chorando mais alto e logo escuto um barulho na porta e ele sai depressa de cima de mim. Lilian: Mas o que está acontecendo aqui? — ela pergunta cruzando os braços. Lúcio: Nada querida! Vamos dormir. — ele diz olhando-me com frieza e sai do quarto puxando a mesma. Eu me sento, dobrando os joelhos e agarrando-os, ainda sem acreditar no que acabou de quase acontecer, o meu pai perdeu totalmente o juízo, ele se transformou
Eu não conseguia acreditar no que eu estava vendo, o meu coração apertou, a dor no peito aumentou e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, a minha mãe, a minha mãezinha, ela partiu, me deixando sozinha neste mundo, sim, sozinha, eu tenho o meu pai, mas não é a mesma coisa, ele não faz nada por mim, nunca fez, e tenho certeza que não fará, mesmo sendo só nós dois agora! Eu não queria acreditar que eu não teria mais a minha melhor amiga comigo, a pessoa que mais amo nessa vida, que sempre esteve ali por mim, sai do quarto e fui em direção à rua, o meu mundo todo parecia que estava acabando, a chuva começou cair e eu a acompanhei, caí de joelhos no chão me permitindo chorar e gritar, a dor que eu estava sentindo era insuportável, Deus, porque, logo ela, a minha parceira de tudo.Respirei fundo, arrasada, levantei-me sentindo uma presença atrás de mim, quando me virei, dei de cara com o meu pai, o mesmo me olhava com desgosto, e eu sempre perguntei-me o porquê de ele me tratar
Briana: Eu prometo mamãe, que eu vou ser uma pessoa melhor pela senhora, que eu tentarei ser forte, eu amo você, obrigada por cada momento maravilhoso que tivemos juntas. — dou-lhe mais um beijo na testa da mesma e coloco uma rosa vermelha nas suas mãos... Afasto-me e deixo o restante do pessoal se despedir dela, assim que todos finalizam, fomos em direção ao cemitério, o caixão da mesma começou a descer e junto dele, o meu coração foi junto, fechei os olhos e cai de joelhos perto do seu túmulo, joguei outra rosa vermelha e um punhado de areia sobre o caixão da mesma! — Eu te levarei para sempre comigo, eu te amo tanto, mamãe! Suzane ajudou-me a levantar-me e voltamos para a mansão, assim que adentramos o cômodo, vi o meu pai e a Lilian aos beijos na sala, aproximei-me deles, mesmo a Suzane tentando me tirar dali, fazendo-os notarem a minha presença. Lúcio: O que você quer aqui? Suba para o seu quarto, garota! Briana: A minha mãe não merecia nada disso, tenho certeza que ela mor