Capítulo 04 - Suzane

Acordei na manhã seguinte e organizei tudo o que havia bagunçado, fui em direção ao banheiro e realizei às minhas higienes, hoje iniciaria um novo dia, mas o meu coração estava apertado e não saia da Briana, eu espero que ela esteja bem e que não faça nenhuma besteira... Saí do quarto e fui até a recepção, paguei pela noite e fui em direção à fruteira que tem aqui perto, assim que cheguei, notei a presença de algumas governantes, aproximei-me delas e sorri simpática para todas.

Rosa: Suzane, como está, querida? Soube do que aconteceu com a Dona Olívia, meus sentimentos.

Suzane: Muito obrigada, Rosa, estou levando, não dá para parar, não é mesmo. — falo dando um sorriso forçado. — Então, vocês saberiam me dizer se tem alguma casa precisando de governanta ou até mesmo outro serviço?

Berenice: Não me diga que o Sr Lúcio teve a capacidade de te mandar embora. — ela diz e eu confirmo.

Suzane: Lilian está sentindo-se a patroa da casa e a primeira ordem dela, foi dispensar-me. — falo e elas me olham desacreditadas.

Lauren: Como ele teve coragem de fazer uma coisa dessas, logo com você, que trabalha a anos com a família dele.

Suzane: Pois é, mas eu imaginava que isso pudesse acontecer, eu só temo pela minha menina, ela não merece ficar sozinha com aqueles dois. — elas confirmam.

Rosa: O Don Niklaus estava atrás de uma governanta, espere aí. — ela diz e pega um pedaço de papel, anota algo e logo me alcança. — Aqui está o endereço dele, vá até lá, eu também irei avisar há um dos homens dele que você estará indo até lá para uma entrevista.

Suzane: Eu não sei nem como lhe agradecer. — digo e a mesma nega com a cabeça.

Rosa: Você é uma de nós, temos que nos ajudar, eu espero que consiga o serviço lá, soube que ele não é muito fácil de lidar, mas que paga muito bem. — ela diz e eu confirmo.

Depois que elas fizeram suas compras, eu me retirei de lá e caminhei um pouco pela praça que tem aqui perto, parei em uma lanchonete e pedi um sanduíche e um suco natural, olhei no relógio vendo ser de tarde já, então fui em direção ao endereço que a Rosa me deu, assim que cheguei em frente ao local, fiquei impressionada com o tamanho da mansão. Aproximei-me da entrada e fui barrada por alguns seguranças, como já era previsto.

Suzane: Desculpe, eu sou a Suzane, estou aqui para falar com o Don Niklaus, sobre a vaga de governanta. — digo e o segurança me olha com a sobrancelha arqueada.

Xx: Aguarde um minuto. — ele fala e se afasta um pouco, depois de alguns minutos ele se direciona até mim e libera à minha entrada, agradeço ao mesmo e logo uma senhora vem até mim, ela sorri simpática.

Xx•: Suzane, é um prazer lhe conhecer, eu sou a Amber, eu era a governanta daqui, mas agora irei me aposentar, como podes ver, já estou bastante velha. — ela diz dando um leve sorriso.

Suzane: É um prazer. — digo simpática para a mesma.

Amber: Me conte mais sobre você, já trabalhou nessa área antes?

Suzane: Trabalha até ontem. — falo e logo às lembranças de tudo o que vivi com a Olívia e a Briana vem à minha mente.

Amber: Porque este olhar triste, minha querida?

Suzane: Eu trabalho há mais de 25 anos com a mesma família, bom, trabalhava, com os Moore. — falo para a mesma que me olha surpresa.

Amber: A Dona Olívia faleceu ontem, sinto muito. — ela diz e eu confirmo. — Eu nunca gostei muito do Sr Lúcio, e pelo jeito, ele só estava esperando a coitada ir, para poder dispensar você.

Suzane: Sim, a única coisa que prendia-me lá era a Olívia e a Briana.

Amber: Briana é a filha deles, correto? — eu confirmo. — Imagino que não deva estar sendo nada fácil para você.

Suzane: Não, mas eu deixei claro que dela ninguém irá me afastar, prometi para a minha amiga que iria tomar conta dela e é isso que farei.

Amber: Admiro muito isso. — ela diz e eu lanço outro sorriso para a mesma. — Acredito que você irá se sair muito bem aqui... Bom, vamos ao que você irá fazer... — ela começa a me passar uma lista dos meus afazeres. — É isto, ah, outra coisa, o nosso querido chefe, não gosta de ser interrompido, ele é de poucas palavras e não costuma demonstrar muito os seus sentimentos, digamos que ele mal se expressa, só quando ele está com o humor muito bom, o que é raríssimo.

Don Niklaus: Eu escutei isso, Amber. — a voz grossa soa atrás de nós e eu me viro vendo um homem muito bonito. — Você deve estar aqui para ocupar o lugar dela. — ele diz e eu confirmo. — Primeira lição, não fique falando mal do seu chefe, ele pode escutar.

Suzane: Pode deixar. — digo meio sem jeito.

Don Niklaus: Irei sair agora, tenho algumas coisas para resolver, voltarei tarde, se puder deixar a comida pronta, agradeço.

Amber: Claro Don, quando voltar estará tudo do jeito que o senhor gosta. — ela diz e ele confirma, se retirando.

A sua presença é forte, um pouco obscura eu diria, pelo jeito não será nada fácil trabalhar com ele, mas eu consegui lidar com o Sr Lúcio por anos, e como pude perceber, ele costuma não ficar muito por casa e é mais reservado, então acredito que não teremos problema. Amber me mostrou a casa toda e disse que eu começaria hoje mesmo, fiquei encarregada de preparar o jantar e foi isso que eu fiz, a mesma experimentou e abriu um sorriso.

Amber: Isso está incrível, ele vai amar, com certeza, achei alguém a altura para me substituir, como expliquei, ele gosta de tudo certinho, mas eu tenho certeza que você vai se dar bem.

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