Cap.48 O despertar do lobo— Nunca pensei que ele teria uma resistência tão boa — Comentou Kenia amedrontada— Se eu não chegasse agora, ele iria te matar fácil, fácil — Comentou Matheus friamente.— Então, o que vamos fazer agora?— Levá-lo até um quarto, desse que tem aqui para encontros íntimos, você vai despi-lo, vamos encenar como se vocês tivessem tido uma noite juntos— Será que eu não posso ter uma noite realmente com ele? Olha isso… — murmurou sem fôlego enquanto fita Braston.— Você não mudou nada, não é? — fez Matheus enciumado.— Mas eu nunca tive nenhuma chance de ter uma segunda noite com ele, além disso, ele era um garoto, naquela época você era muito mais forte que ele… Porém, agora… Ele está de tirar o fôlego — suspirava Kenia, ela nunca havia gostado de Braston, mas agora aqueles sentimentos que nunca teve estavam despertando ali.— O que é, agora vai dar uma de apaixonada?— Olhando para ele agora não seria má ideia— Vamos! Não temos tempo, logo os homens podem aco
— Lizi… — Molly chamava, enquanto corria pelo corredor, procurando desesperadamente por ela. — Lizi!! — Sua voz ecoava pelo corredor, carregada de angústia. De repente, a lembrança do escritório de Braston a atingiu. Com o coração batendo forte, ela correu para lá. A porta estava trancada, mas, do outro lado, ela podia ouvir o choro fraco do bebê.— Lizi, sou eu... — Avisou ela, aproximando o rosto da porta e colando-o na madeira fria. As lágrimas escorriam pelo seu rosto enquanto ela esperava ansiosamente por uma resposta. De repente, o som da fechadura girando ecoou pelo corredor, e a porta se abriu lentamente.— Molly! — Lizi exclamou, surpresa ao ver o rosto da amiga coberto de sangue. O que aconteceu? — A pergunta saiu em um sussurro, carregada de preocupação.— Braston, ele está louco! — Molly desabafou, as lágrimas finalmente escorrendo livremente. — Nem parecia ser ele… Ainda bem que você estava escondida com meu filho... — A voz dela tremia de emoção enquanto ela abraçava Liz
molly Passou quase correndo em frente à porta, desceu as escadas apressadamente e foi ao encontro de Nate na sala. Precisava vê-lo, saber como ele estava se sentindo.— Por que ele focou tanto em você? — Perguntou Molly, apreensiva ao ver o rosto de Nate desfigurado. Ela se sentou ao lado dele e pegou alguns curativos para ajudá-lo, mas ele hesitou em aceitar sua ajuda.— Ele só se descontrolou um pouco, é o que acontece com ele devido ao seu passado. — Nate tentou explicar, com a voz baixa e o olhar desviado.— Então… Mas eu realmente achei ter algo em particular, — Molly insistiu, ainda confusa. — Afinal, todos os homens tentavam tirar ele de cima de você.— Molly… Você pode ir se cuidar e cuidar de seu bebê, — Nate disse, tentando parecer o mais gentil possível, mesmo que estivesse com medo. — Não precisa me ajudar ou ficar se preocupando.— Sim, afinal você também acabou sofrendo uma agressão, — Molly concordou, mas ainda hesitante. — Que por sorte foi só um acidente.— Que doeu a
Cap.50: Para quem se ama, tudo bem.Molly o observava em silêncio, enquanto ele se mantinha paralisado embaixo da água, com o olhar perdido. De repente, ele se virou de costas, colando o rosto na parede.— Então vai ser assim? — perguntou Molly com mágoa — Por favor… Por que está me ignorando? — seus olhos marejaram em frustração. Ele parecia não estar te ouvindo, mas Braston apertava as pálpebras, ainda tentando superar a imagem que até Molly já havia superado.— Fabrízio… Você quer que eu vá embora? Quer que eu saia da sua casa? — perguntou ela, esperançosa de ouvir alguma palavra, mas não havia nada ali. Ela estava começando a se sentir perdida. Não queria sair dali, e também tinha medo de ouvir um sim dele.— Nada faz sentido se eu te machucar, não é uma coisa que vale a pena, eu quero ficar um pouco sozinho.— Por favor… — suplicou ela, lhe abraçando pela cintura enquanto a água caía, molhando os dois. — Eu senti tanto a sua falta… Então é isso? Você vai ficar me ignorando? — Ela
Cap.51: primeiro aniversario.— Finalmente! — Braston exclamou ao pegar o filho nos braços após levar Molly para o quarto e esperar que ela se trocasse. Era como se tivesse passado uma eternidade longe daquela pequena criança. A fome que ele sentia se intensificou três vezes mais, mas não havia cansaço em seu corpo, mas naquele momento ele estava focado na ligação com seu braço direito Mustafá./ E então? Sei que passou esses dias investigando. Já sabe o que eles fizeram enquanto estivemos no quarto? — Braston questionou Mustafá, ansioso por respostas./ Infelizmente, não sabemos o que aconteceu nessas meias horas. — Mustafá respondeu, com pesar na voz. — Pelo menos, não encontramos indícios de abuso.Braston sentiu um calafrio percorrer sua espinha ao imaginar o que poderia ter acontecido. Ele não conseguia acreditar no quanto havia se colocado em risco./ Talvez ele tenha planos para o futuro. — Braston ponderou, com preocupação./ Você vai contar a Molly sobre a sua esposa? — Musta
No dia do aniversário, tanto Braston quanto Brady estavam acordados bem cedo. Já estavam na banheira tomando banho, com as roupas arrumadas na cama ao lado de Molly, que ainda dormia. Mas ela rapidamente despertou quando procurou os dois na cama.— Não acredito! — ela asseverou Molly frustrada, batendo os punhos na cama ao ver as roupas já organizadas. Levantou-se e seguiu para o banheiro correndo.— Olha só, a mamãe dorminhoca! — brincou Braston quando Molly entrou no banheiro.— Sem mim, nem pensar! — resmungou ela, com os cabelos desgrenhados tirando a roupa e correndo para a banheira. Ela se acomodou nos braços de Braston, que a recebeu com carinho.— Acho que vamos precisar de um espaço maior, você está me esmagando, Molly… — resmungou Braston, tentando se ajeitar na banheira.— E a família não é nem tão grande assim, né? — Molly retrucou.— Bom, então podemos aumentar a família! Mais uns três, que tal? Aí a gente usa a sala da hidromassagem, que é bem maior.— Mais três? Não sei
Cap.52: Matheus é o pai.Molly ficou ainda mais confusa quando Matheus entrou no salão, acompanhado de vários homens — alguns policiais e outro que parecia ser oficial de justiça.— É esse, senhores — apontou Matheus tranquilamente para o irmão.— Senhor Fabrízio Braston Morrigam? — perguntou o oficial de justiça, com uma folha em mãos.— Sim! — confirmou Braston.— Você tem algum registro que comprove que essa criança é sua? — perguntou ele. Molly imediatamente entendeu, sendo tomada pelo desespero.— Não, mas é meu filho. — confirmou Braston.— Recebemos uma denúncia e viemos com o pai da criança para que você devolva a criança ao pai e à senhora Bernarda.— Sem chance — fez Braston, descrente. — Oficiais, vamos conversar no escritório, isso pode ser resolvido... — Braston tentou falar, mas seu pai o puxou antes dele completar.— Filho, venha comigo — pediu Jeff, preocupado.— O que há de errado? — perguntou Braston, após se afastarem da multidão.— Não pode negociar com a polícia d
Cap.53: Não há onde se esconder.— A localização está mesmo correta? — Perguntou Mustafá, suando frio. A cidade se estendia diante deles, sombria e ameaçadora. Ele conhecia Madock de nome, o "cachorro louco", mas a ideia de confrontá-lo era aterrorizante.— Está, eles estão na casa dele. — Braston respondeu, sua voz firme. Seus olhos, no entanto, revelavam uma profunda preocupação.— Braston... Isso não vai dar certo. — Mustafá tentou dissuadi-lo, mas sabia que era inútil.— Só preciso fazer uma ligação. — ele retirou o celular do bolso, sua expressão se tornando dura. — Madock está com meu filho. Até um homem como ele tem medo da morte.Enquanto discava o número, Mustafá observou a cidade. As casas, altas e escuras, pareciam observá-los. A atmosfera era opressiva, carregada de uma tensão elétrica de tanta ansiedade./ Hei, Braston, que surpresa! — atendeu Madock, sua voz rouca e áspera ecoando no telefone./ Pensei que tivesse se aposentado./ Sim, mas sabe que não nego fogo, ainda a