Cap.54: O melhor lugar.— Bom, já está tarde. Tenho que levar o bebê para casa, apresentá-lo e conseguir de forma digna dormir na minha cama ao lado da minha esposa. — ele disse com um ar de orgulho, a voz vibrando com uma expectativa genuína.Madock observou-o com um misto de admiração e preocupação. — Boa sorte com sua nova vida, você sabe e eu sei tanto quanto você que essa vida não te leva a um lugar seguro, então não leve ninguém com você, mas se quiser alguém ao seu lado, deixe tudo isso — aconselhou mais uma vez, o tom grave tentando dissuadir o amigo.Braston sorriu, um sorriso que não alcançava os olhos. — Eu sei, Madock. Mas esse pequeno precisa de um lar. — E, como se para confirmar suas palavras, seguiu para o quarto, onde terminou de vestir o bebê em roupas quentinhas. Madock o observou de longe, impressionado com a naturalidade com que Braston preparava a mamadeira. A cena era incongruente com a vida perigosa que ambos levavam, mas ali, naquele momento, Braston era apena
Braston chegou em casa silenciosamente, subiu as escadas com Brady adormecido, suspirou várias vezes hesitante em entrar no quarto, sabia que Molly daria um ataque, mas teria que encarar. Girou a maçaneta com cautela…— Fabi! — Brincou Molly, abrindo a porta e revelando um sorriso radiante. Braston se arrepiou ao ouvir o apelido. — Por que você está parado aí fora?— Isso deve ser um sonho — ele apertou a vista, tentando acordar, mas tudo que via era ela em sua frente, já de camisola e cabelo amarrado em um coque acima da cabeça com alguns fios escapando.— Do que está falando? — perguntou ela confusa, o puxando para dentro do quarto com o bebê.— Molly? Você está bem? — Braston perguntou, juntando as sobrancelhas, a visão daquela cena o deixou atordoado.— Sim, ainda temos tempo. — ela comentou, empolgada como uma criança.— Para quê?— Hoje é aniversário de um ano de nosso filho, você já esqueceu? — perguntou o levando até a cama, um sorriso radiante no rosto. Ele tentou não sentar,
Cap.55: resultado de um teste?A escuridão da madrugada era interrompida apenas por um tênue raio de lua que se infiltrava pela janela da cozinha enquanto Braston agora destrava o local em busca de um copo de água, revelando a figura de Mustafá sentado à mesa. Braston o encontrou curvado sobre a madeira fria, o rosto contorcido em uma expressão de frustração, cotovelos apoiados sobre a mesa e a cabeça nas mãos. Um copo de vinho, quase vazio, jazia ao seu lado.— Ainda acordado? — perguntou Braston, sua voz rouca pelo sono.Mustafá ergueu o olhar, os olhos vermelhos e inchados.— Não consigo dormir, Braston. Não consigo parar de pensar em tudo isso.— Está se torturando com isso? — perguntou Braston, sentando-se à mesa.— É mais do que isso. Essa situação está saindo do controle. E você... você não parece se importar com o perigo que estamos correndo.Braston suspirou, esfregando o rosto com as mãos.— Eu me importo, Mustafá. Mas o que posso fazer? Sinto que estou preso em uma armadilh
Cap.56: um trote, um alivio.Braston acordou suado e ofegante, o coração batendo forte no peito. Olhando ao redor, a penumbra do quarto o envolvia em um manto de angústia. Molly, ao seu lado, também havia acordado, seus olhos grandes e cheios de preocupação. O bebê, tranquilo, dormia em seu berço.— O que aconteceu? — Molly perguntou, sua voz suave quebrando o silêncio da madrugada. Braston se encolheu, abraçando os joelhos, a imagem do pesadelo ainda viva em sua mente. — Teve um pesadelo? — ela insistiu, tentando chamar sua atenção. Ele apenas assentiu com a cabeça, a voz falhando.— Ah… Então foi isso, venha aqui — sussurrou ela, abrindo os braços para acolhê-lo. Braston se deixou envolver por seus braços, buscando conforto em seu calor. — Era só um pesadelo.— Mas eu te machuquei nele... Machuquei o nosso filho, foi o pior sonho que eu já tive em toda a minha vida — ele confessou, a voz embargada. A imagem de Molly caída no chão, o sangue manchando a escada, o atormentava.— Foi só
Cap.57 o plano de Matheus que é de BrastonFinalmente conseguiram registrar o bebê. A felicidade deveria ser completa, mas Braston sentia um peso no peito. O sonho perturbador da noite anterior o havia deixado inquieto.— Você está estranho desde aquele sonho, você está bem? — Perguntou Molly, notando a preocupação nos olhos de Braston.— Estou pensando, você está feliz sobre o casamento, certo? — Perguntou repentinamente, desviando o olhar.— Sim… — Respondeu Molly, confusa. O carro seguia em silêncio, a tensão crescendo a cada minuto.Assim que chegaram, Braston deixou o bebê com Liziane e subiu com Molly para o quarto. O ambiente, antes aconchegante, agora parecia carregado de uma energia estranha.— Antes… O que eu vou te falar, você precisa esperar para que eu explique tudo, ok? — Começou Braston, sua voz baixa e rouca.— Porque está colocando tanto ‘suspense’? Apenas diga o que está acontecendo — Falou Molly, tentando manter a calma, mas a apreensão era evidente em seus olhos.B
— Não sei, não acredito nisso, ele está bastante mole ultimamente — Murmurou Kenia com deboche.— Conhecendo ele… Naquele dia, ele me deixou escapar porque quis e isso vai ser o pecado dele, porque fica se perdendo ao passado, mas eu odeio todos que são da linhagem daquela mulher m*****a que matou minha mãe e minha irmã — asseverou Matheus, a raiva em sua voz era palpável.— Se você tivesse coragem de matar seu irmão, deveria admitir que tudo isso que você sente é só desgosto. Braston já pagou por tudo o que te fez. — Não! Agora ele ainda me tirou a garota que amo! Eu quero ela de volta, entendeu? — Tão simples assim? — questionou Kenia, incrédula. — É, ele realmente vacilou. Um dia antes do aniversário dela, às 9h da manhã, a Molly vai para um spa. — Acha mesmo que não vai ter seguranças? — questionou Kenia, desconfiada. — Isso não é problema para mim, você sabe. — disse ele com um sorriso arrogante.Assim foi um dia antes do aniversário de Molly, como planejado. Matheus chegou m
Cap.58: Está doente?Molly está no quarto com o bebê quase dormindo quando alguém liga/Alô! Nate! — Fez Molly confusa com a ligação, afinal Nate nunca ligava./Não é Nate, Molly — Suspirou Matheus ao ouvir sua voz./Matheus… — Murmurou seu nome querendo chorar./Senti sua falta, me desculpe pelo que eu fiz com você… Por favor!/Você roubou o meu filho!/Eu só queria te salvar…/Eu estou feliz com Fabrízio, ele não é perigoso — Aquelas palavras fizeram Matheus ficar frustrado./Ele é casado, mesmo ele sendo casado você ainda vai querer estar com ele?/Aquilo… Vai ser resolvido — Balbuciou tentando manter a calma, apesar de isso ainda doer./Vocês não vão se casar, se é o que pensa, venha para casa comigo, está bem… Molly? Molly? — chamou, mas ela desligou em sua cara. — Não é possível que ele a conquistou, mesmo depois do começo conturbado que eles tiveram. — Resmungou ainda olhando o contato, em seguida digitando outro, ficando pensativo — Uhm… Não sei para quem eu ligo primeiro, par
Cap.59: Liberdade x verdade.Assim que Braston chegou ao local, avistou os três carros estacionados logo em frente, reluzindo sob a luz fria da manhã. Levou Molly e Brady com ele, acompanhado por mais três homens, seus rostos impassíveis. A tensão era palpável, e Molly sentiu um frio percorrer sua espinha.— Por que estamos aqui? — Perguntou Molly, sua voz trêmula. Braston se manteve em silêncio, guiando-a através do prédio até o elevador. As portas se fecharam, isolando-os do mundo exterior.— Eu tenho uma reunião importante, mas eu vou te levar até Nate, você não vai ficar... — começou a explicar Braston, mas foi interrompido por Molly. — Você vai demorar? — perguntou ela, a ansiedade evidente em sua voz. — Será o mais breve possível, só preciso firmar um acordo com um suposto aliado, isso realmente não pode esperar. — Ele a olhou nos olhos, tentando transmitir calma, mas a preocupação era evidente em sua expressão. — Está bem — Concordou, tentando manter a compostura.Assim que che