Cap.56: um trote, um alivio.Braston acordou suado e ofegante, o coração batendo forte no peito. Olhando ao redor, a penumbra do quarto o envolvia em um manto de angústia. Molly, ao seu lado, também havia acordado, seus olhos grandes e cheios de preocupação. O bebê, tranquilo, dormia em seu berço.— O que aconteceu? — Molly perguntou, sua voz suave quebrando o silêncio da madrugada. Braston se encolheu, abraçando os joelhos, a imagem do pesadelo ainda viva em sua mente. — Teve um pesadelo? — ela insistiu, tentando chamar sua atenção. Ele apenas assentiu com a cabeça, a voz falhando.— Ah… Então foi isso, venha aqui — sussurrou ela, abrindo os braços para acolhê-lo. Braston se deixou envolver por seus braços, buscando conforto em seu calor. — Era só um pesadelo.— Mas eu te machuquei nele... Machuquei o nosso filho, foi o pior sonho que eu já tive em toda a minha vida — ele confessou, a voz embargada. A imagem de Molly caída no chão, o sangue manchando a escada, o atormentava.— Foi só
Cap.57 o plano de Matheus que é de BrastonFinalmente conseguiram registrar o bebê. A felicidade deveria ser completa, mas Braston sentia um peso no peito. O sonho perturbador da noite anterior o havia deixado inquieto.— Você está estranho desde aquele sonho, você está bem? — Perguntou Molly, notando a preocupação nos olhos de Braston.— Estou pensando, você está feliz sobre o casamento, certo? — Perguntou repentinamente, desviando o olhar.— Sim… — Respondeu Molly, confusa. O carro seguia em silêncio, a tensão crescendo a cada minuto.Assim que chegaram, Braston deixou o bebê com Liziane e subiu com Molly para o quarto. O ambiente, antes aconchegante, agora parecia carregado de uma energia estranha.— Antes… O que eu vou te falar, você precisa esperar para que eu explique tudo, ok? — Começou Braston, sua voz baixa e rouca.— Porque está colocando tanto ‘suspense’? Apenas diga o que está acontecendo — Falou Molly, tentando manter a calma, mas a apreensão era evidente em seus olhos.B
— Não sei, não acredito nisso, ele está bastante mole ultimamente — Murmurou Kenia com deboche.— Conhecendo ele… Naquele dia, ele me deixou escapar porque quis e isso vai ser o pecado dele, porque fica se perdendo ao passado, mas eu odeio todos que são da linhagem daquela mulher m*****a que matou minha mãe e minha irmã — asseverou Matheus, a raiva em sua voz era palpável.— Se você tivesse coragem de matar seu irmão, deveria admitir que tudo isso que você sente é só desgosto. Braston já pagou por tudo o que te fez. — Não! Agora ele ainda me tirou a garota que amo! Eu quero ela de volta, entendeu? — Tão simples assim? — questionou Kenia, incrédula. — É, ele realmente vacilou. Um dia antes do aniversário dela, às 9h da manhã, a Molly vai para um spa. — Acha mesmo que não vai ter seguranças? — questionou Kenia, desconfiada. — Isso não é problema para mim, você sabe. — disse ele com um sorriso arrogante.Assim foi um dia antes do aniversário de Molly, como planejado. Matheus chegou m
Cap.58: Está doente?Molly está no quarto com o bebê quase dormindo quando alguém liga/Alô! Nate! — Fez Molly confusa com a ligação, afinal Nate nunca ligava./Não é Nate, Molly — Suspirou Matheus ao ouvir sua voz./Matheus… — Murmurou seu nome querendo chorar./Senti sua falta, me desculpe pelo que eu fiz com você… Por favor!/Você roubou o meu filho!/Eu só queria te salvar…/Eu estou feliz com Fabrízio, ele não é perigoso — Aquelas palavras fizeram Matheus ficar frustrado./Ele é casado, mesmo ele sendo casado você ainda vai querer estar com ele?/Aquilo… Vai ser resolvido — Balbuciou tentando manter a calma, apesar de isso ainda doer./Vocês não vão se casar, se é o que pensa, venha para casa comigo, está bem… Molly? Molly? — chamou, mas ela desligou em sua cara. — Não é possível que ele a conquistou, mesmo depois do começo conturbado que eles tiveram. — Resmungou ainda olhando o contato, em seguida digitando outro, ficando pensativo — Uhm… Não sei para quem eu ligo primeiro, par
Cap.59: Liberdade x verdade.Assim que Braston chegou ao local, avistou os três carros estacionados logo em frente, reluzindo sob a luz fria da manhã. Levou Molly e Brady com ele, acompanhado por mais três homens, seus rostos impassíveis. A tensão era palpável, e Molly sentiu um frio percorrer sua espinha.— Por que estamos aqui? — Perguntou Molly, sua voz trêmula. Braston se manteve em silêncio, guiando-a através do prédio até o elevador. As portas se fecharam, isolando-os do mundo exterior.— Eu tenho uma reunião importante, mas eu vou te levar até Nate, você não vai ficar... — começou a explicar Braston, mas foi interrompido por Molly. — Você vai demorar? — perguntou ela, a ansiedade evidente em sua voz. — Será o mais breve possível, só preciso firmar um acordo com um suposto aliado, isso realmente não pode esperar. — Ele a olhou nos olhos, tentando transmitir calma, mas a preocupação era evidente em sua expressão. — Está bem — Concordou, tentando manter a compostura.Assim que che
— Kenia! — exclamou o mesmo chefe que outrora estava em reunião com Braston, surpreso ao vê-la.— O que faz aqui?— Querido! Estou a duas horas no carro, estou apertada, preciso urgentemente ir ao banheiro — mentiu ela, a irritação evidente na voz.— Ok, vou te esperar no carro, não demore — alertou ele, entrando no elevador e descendo.Com a saída de Jeff, Kenia começou a procurar a sala de reuniões onde Braston estava. Enquanto isso, no outro lado do prédio, Nate conduzia Molly com cuidado, seus passos lentos e incertos. Ao chegarem aos elevadores, a porta se abriu e um grupo de homens saiu.Entre eles, Nate avistou Jeff, que havia entrado na cabine. Um alerta soou em sua mente. Não era possível que Jeff soubesse sobre a captura de Matheus. Algo estava errado, já que para ele não teria outra razão para ele estar ali.Ainda assim, Nate seguiu seu caminho com Molly até o outro elevador, precisando levá-la até Braston o mais rápido possível. E como esperado, Jeff seguiu exatamente ao e
Cap.60— Mustafá, leve ela para casa, eu vou te confiar ela só mais uma vez, leve ela para casa e a deixe segura — Ordenou Braston enquanto Mustafá parecia inquieto, ainda segurando os dois, então Braston o ajudou pegando o filho e entregou a Nate. — Leve ele, não quero nenhum dos dois dentro desse lugar… — pediu, mas quanto mais falava, mais ficava conturbado.— Braston, — Murmurou Nate pegando o bebê ao mesmo tempo, segurando Braston pelo ombro o encarando apreensivo. — Molly supostamente está no início de uma gestação — Sussurrou para ele que ficou sem reação.— Ok… Eu chego em casa o mais rápido possível — avisou ele ainda disperso ao mesmo tempo, feliz com a notícia.Nate e Mustafá seguiram acompanhados por outros homens até o estacionamento e finalmente seguiram juntos para a casa de Braston.Entretanto, o marido de Kenia que lhe esperava ainda encostado no carro estranhou a movimentação e a quantidade de homens, voltou a subir ao encontro da mulher.— Agora comece a falar, com
Cap.61 A enfermeira de NateOs enjoos de Molly estavam cada vez pior e no dia seguinte sentia muitas dores.— É melhor levá-la a um hospital, eu vou ficar supervisionando, prometo que não vou deixar nada acontecer — Disse Nate preocupado, Braston agora tinha apenas uma preocupação.— Vamos levá-la, mas tudo tem que ser sigiloso, principalmente com Kenia solta, ela pode colocar pessoas para observar— Eu sei, mas se saímos daqui com ela ninguém vai saber para onde estamos indo exatamente, é só colocamos mais dois carros, vai ficar tudo bem, mas se ela ficar aqui, com certeza não vai— O que ela realmente tem?— Muito estresse, faz dias que ela vem se estressando demais, e isso não ajuda na gestação ainda a mais ela que teve problemas na primeira gestação— Vamos levá-la — Concordou Braston voltando ao quarto para a ajudar a se vestir, Liziane ficou com Brady. Molly mal conseguia andar então foi nos braços de Braston.Assim que chegaram na clínica rapidamente foi atendida, Nate ficou o