Braston chegou em casa silenciosamente, subiu as escadas com Brady adormecido, suspirou várias vezes hesitante em entrar no quarto, sabia que Molly daria um ataque, mas teria que encarar. Girou a maçaneta com cautela…— Fabi! — Brincou Molly, abrindo a porta e revelando um sorriso radiante. Braston se arrepiou ao ouvir o apelido. — Por que você está parado aí fora?— Isso deve ser um sonho — ele apertou a vista, tentando acordar, mas tudo que via era ela em sua frente, já de camisola e cabelo amarrado em um coque acima da cabeça com alguns fios escapando.— Do que está falando? — perguntou ela confusa, o puxando para dentro do quarto com o bebê.— Molly? Você está bem? — Braston perguntou, juntando as sobrancelhas, a visão daquela cena o deixou atordoado.— Sim, ainda temos tempo. — ela comentou, empolgada como uma criança.— Para quê?— Hoje é aniversário de um ano de nosso filho, você já esqueceu? — perguntou o levando até a cama, um sorriso radiante no rosto. Ele tentou não sentar,
Cap.55: resultado de um teste?A escuridão da madrugada era interrompida apenas por um tênue raio de lua que se infiltrava pela janela da cozinha enquanto Braston agora destrava o local em busca de um copo de água, revelando a figura de Mustafá sentado à mesa. Braston o encontrou curvado sobre a madeira fria, o rosto contorcido em uma expressão de frustração, cotovelos apoiados sobre a mesa e a cabeça nas mãos. Um copo de vinho, quase vazio, jazia ao seu lado.— Ainda acordado? — perguntou Braston, sua voz rouca pelo sono.Mustafá ergueu o olhar, os olhos vermelhos e inchados.— Não consigo dormir, Braston. Não consigo parar de pensar em tudo isso.— Está se torturando com isso? — perguntou Braston, sentando-se à mesa.— É mais do que isso. Essa situação está saindo do controle. E você... você não parece se importar com o perigo que estamos correndo.Braston suspirou, esfregando o rosto com as mãos.— Eu me importo, Mustafá. Mas o que posso fazer? Sinto que estou preso em uma armadilh
Cap.56: um trote, um alivio.Braston acordou suado e ofegante, o coração batendo forte no peito. Olhando ao redor, a penumbra do quarto o envolvia em um manto de angústia. Molly, ao seu lado, também havia acordado, seus olhos grandes e cheios de preocupação. O bebê, tranquilo, dormia em seu berço.— O que aconteceu? — Molly perguntou, sua voz suave quebrando o silêncio da madrugada. Braston se encolheu, abraçando os joelhos, a imagem do pesadelo ainda viva em sua mente. — Teve um pesadelo? — ela insistiu, tentando chamar sua atenção. Ele apenas assentiu com a cabeça, a voz falhando.— Ah… Então foi isso, venha aqui — sussurrou ela, abrindo os braços para acolhê-lo. Braston se deixou envolver por seus braços, buscando conforto em seu calor. — Era só um pesadelo.— Mas eu te machuquei nele... Machuquei o nosso filho, foi o pior sonho que eu já tive em toda a minha vida — ele confessou, a voz embargada. A imagem de Molly caída no chão, o sangue manchando a escada, o atormentava.— Foi só
Cap.57 o plano de Matheus que é de BrastonFinalmente conseguiram registrar o bebê. A felicidade deveria ser completa, mas Braston sentia um peso no peito. O sonho perturbador da noite anterior o havia deixado inquieto.— Você está estranho desde aquele sonho, você está bem? — Perguntou Molly, notando a preocupação nos olhos de Braston.— Estou pensando, você está feliz sobre o casamento, certo? — Perguntou repentinamente, desviando o olhar.— Sim… — Respondeu Molly, confusa. O carro seguia em silêncio, a tensão crescendo a cada minuto.Assim que chegaram, Braston deixou o bebê com Liziane e subiu com Molly para o quarto. O ambiente, antes aconchegante, agora parecia carregado de uma energia estranha.— Antes… O que eu vou te falar, você precisa esperar para que eu explique tudo, ok? — Começou Braston, sua voz baixa e rouca.— Porque está colocando tanto ‘suspense’? Apenas diga o que está acontecendo — Falou Molly, tentando manter a calma, mas a apreensão era evidente em seus olhos.B
— Não sei, não acredito nisso, ele está bastante mole ultimamente — Murmurou Kenia com deboche.— Conhecendo ele… Naquele dia, ele me deixou escapar porque quis e isso vai ser o pecado dele, porque fica se perdendo ao passado, mas eu odeio todos que são da linhagem daquela mulher m*****a que matou minha mãe e minha irmã — asseverou Matheus, a raiva em sua voz era palpável.— Se você tivesse coragem de matar seu irmão, deveria admitir que tudo isso que você sente é só desgosto. Braston já pagou por tudo o que te fez. — Não! Agora ele ainda me tirou a garota que amo! Eu quero ela de volta, entendeu? — Tão simples assim? — questionou Kenia, incrédula. — É, ele realmente vacilou. Um dia antes do aniversário dela, às 9h da manhã, a Molly vai para um spa. — Acha mesmo que não vai ter seguranças? — questionou Kenia, desconfiada. — Isso não é problema para mim, você sabe. — disse ele com um sorriso arrogante.Assim foi um dia antes do aniversário de Molly, como planejado. Matheus chegou m
Cap.58: Está doente?Molly está no quarto com o bebê quase dormindo quando alguém liga/Alô! Nate! — Fez Molly confusa com a ligação, afinal Nate nunca ligava./Não é Nate, Molly — Suspirou Matheus ao ouvir sua voz./Matheus… — Murmurou seu nome querendo chorar./Senti sua falta, me desculpe pelo que eu fiz com você… Por favor!/Você roubou o meu filho!/Eu só queria te salvar…/Eu estou feliz com Fabrízio, ele não é perigoso — Aquelas palavras fizeram Matheus ficar frustrado./Ele é casado, mesmo ele sendo casado você ainda vai querer estar com ele?/Aquilo… Vai ser resolvido — Balbuciou tentando manter a calma, apesar de isso ainda doer./Vocês não vão se casar, se é o que pensa, venha para casa comigo, está bem… Molly? Molly? — chamou, mas ela desligou em sua cara. — Não é possível que ele a conquistou, mesmo depois do começo conturbado que eles tiveram. — Resmungou ainda olhando o contato, em seguida digitando outro, ficando pensativo — Uhm… Não sei para quem eu ligo primeiro, par
Cap.59: Liberdade x verdade.Assim que Braston chegou ao local, avistou os três carros estacionados logo em frente, reluzindo sob a luz fria da manhã. Levou Molly e Brady com ele, acompanhado por mais três homens, seus rostos impassíveis. A tensão era palpável, e Molly sentiu um frio percorrer sua espinha.— Por que estamos aqui? — Perguntou Molly, sua voz trêmula. Braston se manteve em silêncio, guiando-a através do prédio até o elevador. As portas se fecharam, isolando-os do mundo exterior.— Eu tenho uma reunião importante, mas eu vou te levar até Nate, você não vai ficar... — começou a explicar Braston, mas foi interrompido por Molly. — Você vai demorar? — perguntou ela, a ansiedade evidente em sua voz. — Será o mais breve possível, só preciso firmar um acordo com um suposto aliado, isso realmente não pode esperar. — Ele a olhou nos olhos, tentando transmitir calma, mas a preocupação era evidente em sua expressão. — Está bem — Concordou, tentando manter a compostura.Assim que che
— Kenia! — exclamou o mesmo chefe que outrora estava em reunião com Braston, surpreso ao vê-la.— O que faz aqui?— Querido! Estou a duas horas no carro, estou apertada, preciso urgentemente ir ao banheiro — mentiu ela, a irritação evidente na voz.— Ok, vou te esperar no carro, não demore — alertou ele, entrando no elevador e descendo.Com a saída de Jeff, Kenia começou a procurar a sala de reuniões onde Braston estava. Enquanto isso, no outro lado do prédio, Nate conduzia Molly com cuidado, seus passos lentos e incertos. Ao chegarem aos elevadores, a porta se abriu e um grupo de homens saiu.Entre eles, Nate avistou Jeff, que havia entrado na cabine. Um alerta soou em sua mente. Não era possível que Jeff soubesse sobre a captura de Matheus. Algo estava errado, já que para ele não teria outra razão para ele estar ali.Ainda assim, Nate seguiu seu caminho com Molly até o outro elevador, precisando levá-la até Braston o mais rápido possível. E como esperado, Jeff seguiu exatamente ao e