A casa onde um dia habitou o cuidador do cemitério era uma moradia simples e, julgando pelo exterior, completamente abandonada. Mas Barão Cemetèrie não tolerava ambientes mal cuidados e, mesmo que para ocupar a residência apenas por uma noite, tinha revitalizado todo o interior. A sala de estar recebera duas poltronas que mesclavam um acabamento em madeira com couro tingido de carmim, no chão, o antigo piso de taco de tacos de madeira tinha sido revestido por um tapete persa com complexo padrão de curvas em linhas que se cruzavam formando padrões relaxantes para o observador. As cores predominantes eram o azul, marrom e cinza. Apesar de a energia elétrica funcionar perfeitamente, o Barão preferira utilizar castiçais, distribuídos pela mobília, deixando o ambiente soturno. E apesar da calmaria inspirada pelo ambiente, tamborilava com os dedos cheios de anéis por sobre o braço da po