Gosta de festas culturais? Está aberta a temporada da Abóbora e também de muitas confusões.
HENRYQueria poder ficar enrolado com ela eternamente naquela cama, por que é tão difícil fazê-la entender o tanto que quero ficar com ela? É que, de repente ela me vem com essas palavras, bom, foram minhas palavras, mas parece que se eu responder qualquer coisa, será a coisa errada a se dizer. Então ela fica esquisita e conversar se torna impossível, não posso negar que tenho culpa nisso, já que não consigo engolir uma provocação.Enquanto ela está tomando um banho, faço torradas e frito uns ovos. Estou terminando de passar o café, quando ela aparece em um jeans colado ao corpo, coroado com um cinto de franjas, que posso dizer que me trazem algumas lembranças da noite anterior. Volto a minha atenção para a cafeteira, engolindo o nó que se formou em minha garganta.Sirvo uma xícara de café e passo para ela.— Hoje você pode ir com as suas roupas de playboyzinho. É uma festa! Aproveite!Suas palavras carregam uma certa acidez contida. Após dizer essas palavras, ela se volta para o corr
DEENAMe contraio na cadeira onde estou. Sorte a nossa que a Sra. Paterson não hesita:— Mas é claro que sim. — diz em seu tom autoritário. — Meus funcionários vão para a plantação muito antes do sol nascer e a casa do Sr. Denis fica muito longe daqui.— O horário dele começa as sete. — a Srta. Madders diz em um tom preocupante.— Sim, mas ele tem ajudado muito por aqui. — intervenho.A Srta. Madders me dirige um olhar pensativo. Quero me encolher para fugir do seu olhar, mas não o faço. Tento manter minha pose.— Mentiria se dissesse que ele está acordando junto com os meus funcionários, porém tem sido de grande ajuda. – conclui a Sra. Patterson.A Assistente Social analisa e rabisca muitas coisas em sua prancheta em um silencio interminável, até que nos dispensa da conversa, mas pede para Henry ficar. Diz que precisa trocar umas palavras com ele.Fico curiosa, claro. E até com uma pontinha de ciúmes, já que a Srta. Madders é muito bonita. Que pensamento horrível, o meu.— AGORA! RUF
HENRYEla percebeu, a Srta. Madders percebeu algo no ar. Me olhou no fundo dos olhos e disse que eu não iria conseguir muitas coisas apenas seduzindo pessoas. Claro que eu jurei de pés juntos que eu não estou fazendo nada disso, mas fico preocupado com o que isso pode causar as minhas garotas. Ela também me disse que com a ação que meu pai está planejando, provavelmente a semana que vem já não precise mais cumprir com os Serviços Sociais e eu disse a ela que o trabalho aqui tem me tornado tão orgulhoso de mim, que não quero redução da minha pena. Ela ficou muito admirada com isso e talvez, ainda mais desconfiada.Não me importo, por pior que possa parecer, vindo de mim, não passa da pura verdade. Nunca me senti tão necessário, quanto tenho me sentido aqui. Meu trabalho é necessário, os rapazes querem ouvir o que eu tenho a dizer enquanto tomamos cerveja e Deena... Sinto que preciso protegê-la e amá-la, bem como a pequena Eve, que precisa de um pai e praticamente me adotou.Sei que ser
DEENAEntão, a mulher com quem ele se desculpava era a mãe dele? Tento me afastar dele para raciocinar melhor, mas ele me prende ainda mais minha cintura. Com um olhar entrecerrado, ele me fita e diz numa voz grave e roufenha ao meu ouvido.— Não faça isso, Deena. Não me afaste, querida!— Henry, as pessoas estão olhando. Eve está logo ali. — sussurro, tentando me desvencilhar dele, que sorri orgulhoso.— Eu não ligo! Podem olhar!Me desespero e o empurro o mais forte que posso. Eu conheço aquele olhar e sei do que ele é capaz. Está me olhando como um pedaço de carne desde que me viu com essa roupa, logo cedo. Livre dele, olho na direção da mesa em que Eve está abraçada com sua abóbora. Está com a cabecinha sobre os braços e tudo me diz que ela está prestes a tirar um cochilo.Volto para o meu trabalho. Tenho que terminar de esculpir o Jack da Lanterna, só que depois de umas biritas. Termino o sorriso desdentado e os olhos desproporcionais, enquanto Henry bebe uma caneca de cerveja tr
HENRYO primeiro dia de feira teve uma manhã divertida, mas a tarde foi de muito trabalho. Fiquei com as bebidas, que eram requisitadas a todo instante. Da minha barraca pude ver Deena nas brincadeiras de Pega-maçã e Tiro ao alvo. Exceto por um momento entre as trocas, não a vi parada. Eu olhava em sua direção o tempo todo, mas ela não olhou para mim uma só vez. Confesso que quando ela quer, pode ser “osso duro de roer”, mas eu sou persistente e vou roer com prazer, bem devagarinho.O turno acaba, são seis horas, sinto que já não tenho mais energia para nada. Só quero ir para a casa de Deena e cair de cara no sofá, ou na cama dela. Porém, assim que deixo a barraca, o animador da festa que até agora não sei quem é, chama a todos para a dança folclórica, os banjos começam a tocar animadamente e as pessoas se posicionam umas a frente das outras. Minha garota está a frente de Levi. Não sei nada sobre essa maldita dança, mas esse moleque não vai dançar com a minha garota. Me aproximo dele
DEENAOs últimos dias foram muito bons! Eu e Eve temos nos divertido muito na festa da abóbora, mas hoje é nosso último dia, porque amanhã tenho que ir atrás de uma roupa para usar no Baile da mãe de Henry, que a propósito, está levantando as mãos para o céu que os dias de festa estão chegando ao fim.Ele tem estado bastante ao celular, trocando mensagens com, ele diz, colegas de baladas, o que me deixa apreensiva e desanimada, devido as coisas que vivemos nos últimos dias.De vez em quando o pego me olhando como um pedaço de carne, as vezes, é apenas um olhar distante. Talvez, tudo isso seja muito confuso para ele. Para mim, é confuso, inseguro e irritante, sei que, por muitas vezes, por minha culpa. Não quero acreditar em um cara e me entregar por completo para que ele possa me amassar e jogar fora, assim que não precisar mais, ou pior, que revele sua pior parte escondida, assim como Anton.Falando em Anton, hoje ele fará a visita supervisionada. Meu coração está partido com isso. Di
HENRYAquele de*****ado! Quando Deena me disse que se arrependia de ter se envolvido com esse cara, apertei meus lábios para não concordar. Ele não quer ser o pai de Eve, ele só quer amedrontá-la. Que imbecil, que eu não o veja na minha frente nunca mais, porque eu não respondo por mim, porque neste momento só queria fazê-lo em pedacinhos.Eve está enfeitando uma abóbora de chocolate, enquanto sua mãe, hora ou outra verte algumas lágrimas.— Eu disse que não queria catchup no meu cachorro-quente! — o senhor a minha frente resmunga ao receber seu sanduiche.— Me desculpe! Vou fazer outro. Somente salsicha?— Com mostarda.— Ok.Estou muito distraído. Queria pegar as minhas garotas e sumir com elas daqui, queria colocar Deena sobre o seu travesseiro quente e lhe servir um chá de menta com uma barra de chocolate, que descobri na última semana serem uma de suas coisas preferidas na vida.Sirvo o sanduíche e o entrego para o senhor, me desculpando por mais umas mil vezes. Quando olho para
DEENAFico tão confusa com as maneiras de Henry para comigo. Quando chegaram, depois da feira, fui conversar com ele, mas ele recusou. Disse que queria jogar videogame com Eve. Ambos riram muito, enquanto eu preparava o jantar e enquanto comiam.Algo, que ainda não sei, mas posso imaginar, mudou seu jeito em relação a Eve e quer ganhar a mãe? Trate bem o seu filho.Agora estou deitada na cama, junto a minha filha, enquanto ele, sentado aos pés da dela, lê o conto da “Princesa e a ervilha”. Não precisamos de muito tempo para vê-la fechar os olhos e ressonar.— Você sabe que essa história é uma crítica a realeza e a nobreza, né?Sussurro enquanto fecho a porta do quarto da menina atrás de mim.— Por que as pessoas de sangue nobre são tão delicadas a ponto de sentir uma ervilha embaixo de um monte de colchões?Sorrio timidamente.— É isso aí. — digo, indo para o meu quarto. Ele me dá dois cutucões na cintura.— Você acha que isso se aplica a mim? Estou dormindo em um sofá em que não cabem