Sorri enquanto dava o toque final na pulseira. Soltei um gemido ao me levantar, alongando os braços e bocejando.Suspirei ao olhar as horas. Já havia passado do horário de expediente novamente. Mas me senti reconfortada ao saber que realizei muito hoje.Olhei para o colar e a pulseira. Eram deslumbrantes. Na verdade, deslumbrante é pouco para descrevê-los. Pareciam algo de outro mundo. Foi assim que a Aurora Joias se tornou um nome conhecido. Sempre me esforço para dar o meu melhor em cada peça de joalheria, mesmo que os pedidos venham de idiotas. E foi esse padrão que também incuti nos nossos funcionários do departamento de produção.Cheguei cedo ao trabalho hoje. Depois do drama da noite passada, surpreendentemente, tive uma noite de sono tranquila. Acordei me sentindo revigorada. Suspeitei que fosse devido à determinação de sair do casamento.Guardei a pulseira e o colar pessoalmente, depois toquei a campainha para chamar minha assistente.Como de costume, em poucos segundos ela bat
As batidas incessantes me tiraram dos meus pensamentos.— Entre. — Disse calmamente, demorando-me um pouco antes de responder.Ele ainda entrou de forma brusca, mas pelo menos não bateu a porta na parede.— Por que você demitiu metade da equipe?! — Perguntou com arrogância.Eu o observei, incrédula. Nestes três anos, o Richie magro havia desaparecido; agora ele exibia músculos salientes e um corpo bem definido. Seu rosto mostrava sinais de cuidado meticuloso, e suas roupas caras contavam histórias de uma vida luxuosa que ele devia estar levando.Balancei a cabeça. Eu podia ver de onde vinha tudo isso: o orgulho, a confiança.— Primeiro de tudo, Richie, você sabe muito bem que eu sou a CEO desta empresa. — Comecei, fazendo questão de soar o mais autoritária e fria possível, o suficiente para colocá-lo em seu devido lugar. — Eu tenho todo o maldito direito de tomar qualquer decisão. E você? — Apontei para ele, arqueando as sobrancelhas. — Você é apenas um chefe de departamento. — Enfatiz
Uma hora depois que Richie saiu, eu também estava arrumando minhas coisas para ir embora.Meu telefone tocou de novo na mesa.— Onde você está, garota?— Estou a caminho, senhora. Logo estarei aí. Anda, calma.Arqueei uma sobrancelha, um sorriso surgindo em meus lábios. Desde que ela me ligou para ir até a vila que dividíamos, uma hora atrás, Grace não parava de me ligar, repetidas vezes, para me lembrar de ir direto para lá depois do trabalho. Ela parecia empolgada. E agora, sua voz praticamente tremia de excitação.— Você ainda não vai me contar o motivo, né?Segurei o telefone entre o ombro e o pescoço enquanto trancava minhas gavetas.— Não. — Pude ouvir o sorriso em sua voz.Murmurei, intrigada. — Vamos lá, Grace. Dá só uma pista. Estou morrendo de curiosidade aqui. — Peguei a caixinha de joias da mesa, coloquei na bolsa e a joguei no ombro.— Se você vai morrer, é melhor chegar aqui primeiro.Ri alto com suas palavras. — Tudo bem, logo estarei aí. — Tranquei a porta principal e c
— Eu acho lindo. A cor combina com o tom da sua pele, destacando completamente a sua beleza. — Então, sorri de lado. — É uma pena que eu seja heterossexual, caso contrário, já teria feito você minha há muito tempo. — De repente, recuei, cobrindo minha boca com a palma da mão e soltando um suspiro alto. — Ai, meu Deus!Os olhos de Grace se arregalaram um pouco. — O que foi?— Já estou apaixonada por você! — Sussurrei.O alívio ficou evidente no rosto de Grace. Ela afastou minha mão com um tapa leve. — Ai, meu Deus. — Ela imitou meus gestos de alguns minutos atrás. — Eu também já estou apaixonada por você.Nós duas caímos na risada com a nossa encenação.Mais tarde, depois de eu ter terminado de admirar o vestido, Grace começou a falar sobre ele sem parar.— Então, me conta. — Acomodei-me no sofá, esquecendo completamente a ideia de voltar para casa para meu marido. — É uma encomenda de cliente?— Não. — Ela tirou o vestido e então se empolgou na minha frente. — Eu fiz para mim mesma.—
— E isso é perfeito, porque você foi a única pessoa em mente quando ele foi feito.Expliquei a ela que o pingente também poderia ser usado como broche. Observei enquanto ela experimentava, batendo palmas ao olhar para ele em seu peito.— Você deve ter gastado muito com isso. — Seus olhos começaram a se encher de lágrimas novamente.— Eu gastaria qualquer quantia para ver você sorrir.— Sydney. — Ela sussurrou emocionada e me puxou para mais um abraço.Eu dei tapinhas em suas costas, sentindo-me emocionada também. — Está tudo bem agora, Grace. Estou feliz que você tenha amado. Agora pode se preparar elaboradamente para o seu encontro.Ela riu, afastando-se, seus olhos fixos em mim. — Agora, não fique com ciúmes. Você é minha melhor amiga e não suportaria me ver envelhecer sozinha, não é?Revirei os olhos. — Sim, eu suportaria. — Disse brincando, tentando empurrá-la para longe, mas ela me puxou para outro abraço apertado.— Meu Deus, você é tão adorável quando está com ciúmes.— Eu não e
Mark pigarreou quando percebeu que eu não olhava para ele. — Sydney?Levantei os olhos com um sorriso. — Desculpe, me distraí. O que você estava dizendo?Seus olhos pousaram no telefone que eu segurava e ali ficaram por alguns instantes. Achei que vi sua mandíbula se contrair, mas sua voz soou calma e suave quando falou novamente. — Eu comprei um presente para você.— Ah, claro. — Balbuciei rapidamente, pegando a caixa das mãos que ele estendia.Ele ficou ali parado, sorrindo para mim como se estivesse esperando algo. Pensei em transferir a taxa de separação para ele naquele momento para poder pegar algumas das minhas coisas e ir embora naquela noite mesmo. Assim, eu poderia passar as primeiras horas do dia com Grace. Mas então olhei para o presente que ele tinha comprado para mim e voltei a encará-lo.Ele nunca havia me dado um presente antes. Talvez fosse uma tentativa de me dissuadir de insistir no divórcio. Não consegui mencionar o assunto naquele momento.— Obrigada. — Disse, obse
— Não julgue um livro pela capa. — Murmurei para mim mesma enquanto me impulsionava para frente.— Sr. Bran. — Disse animadamente.— Sra. Torres. — Ele sorriu. Quando cheguei à mesa onde ele estava sentado, ele se levantou. Ele era claramente muito mais alto do que eu e estendeu a mão para um aperto de mão. Apertei sua mão, e ele a apertou firmemente.Sentamos e imediatamente começamos a falar de negócios. Por várias vezes, senti vontade de pedir outro café, diferente daquele que ele já havia encomendado, mas não vi necessidade. Não parecia haver nenhum serviço ativo naquele lugar.Enquanto conversávamos, notei que ele era tão entusiasta quanto havia sido durante nossas conversas online, mas eu não conseguia me livrar de uma sensação estranha. Seus olhos penetrantes pareciam me analisar enquanto ele sorria e falava sem parar sobre como poderíamos colaborar e criar novos designs, o que me deixava extremamente desconfortável. Além disso, ele não era tão profissional quanto eu gostaria; e
Eu guardei minha pergunta para mim mesma e rapidamente entrei em ação, unindo-me a Luigi na luta. Em pouco tempo, o café virou um caos, com cadeiras e mesas sendo lançadas por todos os lados.Quando Bran percebeu que as coisas estavam saindo de controle e que estávamos derrotando seus brutamontes, ele entrou na briga.Ele investiu contra Luigi imediatamente, empurrando-o para o outro lado do salão. Quando vi que ele o derrubava no chão, desviei rapidamente do soco que o homem com quem eu lutava tentou me dar e corri para ajudar.Mas assim que cheguei lá, Luigi o jogou no chão e pressionou sua mão implacavelmente no rosto de Bran. Seu olhar passou por mim antes de se fixar nos meus olhos.— Saia. — Ele articulou silenciosamente. — Há um beco. Espere lá.— E você?! — Sussurrei de volta, arregalando os olhos.Por que eu o deixaria aqui? Não havia chance de eu fazer isso.— Saia, Sydney! — Ele gritou, enquanto Bran aproveitava seu momento de distração para acertar o lado de seu rosto com u