Talvez eu estivesse, sem querer, fazendo progressos e reconquistando a confiança dele, pouco a pouco. Ele parecia estar tentando provar algum ponto sádico ao me permitir a liberdade de sair. Ele dizia em alto e bom som que, tanto faz eu ficar ou ir, porque ele tinha um monte de mulheres descartáveis prontas para me substituir, sempre à sua disposição.Era um jogo contraditório e ridículo o que ele jogava. Se ele realmente estivesse tentando afirmar que não se importava se eu fosse embora de vez, então por que ele me fez rasgar meu próprio passaporte antes da nossa viagem? Talvez ele tivesse certeza de que, não importava para onde eu fugisse, eu não teria para onde ir de fato e acabaria, inevitavelmente, retornando para a mansão, completamente dependente dele. Acho que esse conhecimento por si só satisfazia o ego do maldito.Ha! Que jogo mental insano era esse? Alguma forma distorcida de treinar animais obedientes? Ou talvez fosse apenas a sua ideia de diversão — aprender como incutir d
Quando o arranjo floral ficou pronto, sorri tristemente para minha criação, passando os dedos pelas pétalas brilhantes. — Tenho certeza de que ele teria adorado esse também. — Murmurei. Ele costumava valorizar cada pequena peça boba que eu fazia para ele, não importando o quão feia ou torta eu achasse que estava.Suspirei profundamente e fiquei sentada ali por vários segundos, o frágil arranjo repousando em minhas mãos enquanto eu olhava silenciosamente para o pedaço de terra perturbada que marcava seu último descanso. Então, tão baixinho que mal podia ouvir minha própria voz, murmurei: — Lucas, eu vou vingar sua morte. Eu juro.Com essas palavras pairando no ar quieto, coloquei o arranjo de flores sobre sua tumba improvisada, pressionando-o suavemente na areia para que ficasse no lugar, um ponto brilhante de cor adornando seu túmulo.Depois de dar um último olhar longo para gravar esse momento na memória, peguei a bicicleta e comecei a pedalar lentamente de volta na direção da mansão
Ponto de Vista de SydneyEu explodi em uma gargalhada, principalmente porque ele me fez rir. Como ele poderia sentir ciúmes de um homem morto? Ele estava realmente com uma carinha adoravelmente emburrada naquele momento, parado ali tentando ao máximo parecer intimidador com aquele olhar furioso. Naquele instante, era quase fácil acreditar que eu estava apenas brincando com meu amado Lucas.Essa confrontação, na verdade, era um bom sinal, apesar de sua exibição melodramática de inveja. Isso significava que minha decepção cuidadosamente cultivada ainda estava funcionando. Mesmo que eu não tivesse penetrado completamente em seu coração distorcido ainda, eu sem dúvida havia conseguido me infiltrar em sua psique frágil de maneira considerável.— Desculpa. — Eu dei uma risadinha, tapando a boca para tentar sufocar o riso borbulhante enquanto descia da cama para enfrentá-lo de forma adequada. Eu não consegui evitar de me sentir vagamente divertida com os ciúmes irracionais dele sobre algo tão
Recebi um vídeo pornográfico.— Você gosta disso?O homem falando no vídeo era meu marido, o Mark, a quem eu não via a vários meses. Ele estava nu, com a camisa e as calças deitadas no chão, metendo com força na mulher que eu mal conseguia ver a cara, que tinha os seios carnudos e redondos dela balançando vigorosamente. No vídeo, Eu ouvia claramente o som das palmadas, misturado com gemidos e grunhidos lascivos. — Sim, sim, me fode mais forte, amor. — A mulher gritava extaticamente em resposta.— Sua safada! — Mark se levantou e a virou ao contrário, dando uma palmada na bunda dela enquanto dizia: — Empina sua bunda para cima!A mulher deu uma risadinha, se virou, balançou a bundinha dela e ficou de quatro na cama.Eu me sentia como se alguém tivesse deitado um balde de água gelada na minha cabeça. Já era demais que o meu marido estava me traindo, mas o pior de tudo, era que a outra mulher era a minha própria irmã, a Bella.Deixei o vídeo continuar, assistindo os dois transando, enqu
O vento suave da noite continuou a soprar o meu cabelo para frente e para trás, enquanto eu estava parada lá fora com a mala ao meu lado. Finalmente, eu estava fora daquela casa. Depois de andar um pouco pelas ruas, eu notei luzes brilhando forte na minha direção e um sorriso leve surgiu em meus lábios porque eu notei logo quem era a pessoa que se aproximava.O carro vermelho esportivo extravagante parou logo do lado onde eu estava parada, e uma mulher ainda mais extravagante estava no banco do motorista abanando os dedos para mim enquanto baixava a janela.Era a Grace.Grace não era só minha amiga, ela também era a minha parceira de negócios. Nós eramos inseparáveis desde os nossos dias de colégio, e como nós sempre partilhamos o mesmo amor pela moda, nós decidimos tornar os nossos sonhos em realidade cofundando a companhia Vogue Luxo, um site de compras online moderno e inovador que se tornou num favorito entre os jovens e influencers. Grace tinha um talento nato para o design de ro
Ponto de vista do MARK Eu entrei na garagem, completamente exausto. Depois de mais um dia longo de trabalho e diversão eu havia ficado esgotado, e tudo o que eu queria era descontrair e relaxar. Saí do carro e desapertei a minha gravata, muito ansioso para finalmente entrar e descansar. Quando entrei em casa, vi a Sydney sentada, me encarando com o olhar vazio dela de sempre. Mal a dei atenção enquanto caminhava diretamente para o meu escritório.— Quero o divórcio. — Sydney disse antes mesmo que eu pudesse alcançar o refúgio do meu escritório.Divórcio? A primeira palavra que me veio à mente foi “ridículo”, e era mesmo ridículo o que ela havia dito. O negócio da família dos pais da Sydney tinha sido emprestado ao Grupo GT, que eu era o dono. Era um contrato que beneficiava ambas partes em todos os sentidos. Sydney era só uma mulher com quem eu me casei, que dependia dos pais e de mim para a sobrevivência.Divórcio, é? Claramente aquela era a nova maneira dela de me chamar atenção, al
Ponto de vista de SYDNEYAssim que regressei ao aeroporto, já podia ver a Grace acenando animadamente para mim do outro lado. Sorrisos e risadas espontâneas surgiram nos meus lábios à medida que eu me aproximava dela. Minha pequena viagem havia chegado ao fim, e eu diria que foram os três meses mais felizes da minha vida depois de muito tempo.Puxei a minha a mala ainda mais rápido e me apressei, acenando de volta para Grace enquanto corria ao encontro dela. De princípio, não havia notado, mas alguém familiar passou rapidamente por mim. Não pude evitar parar e me virar, eu podia jurar que conhecia aquelas costas. Ninguém me convenceria o contrário, só podia ser Mark. Era mesmo ele.Eu estava certa, confirmei comigo mesma quando parei e olhei para a pessoa. Era Mark, eu não poderia ter me enganado, andando com aqueles passos rápidos como de costume. Ele provavelmente não me tinha visto? Ou talvez não me tivesse reconhecido? Eu só havia ficado fora por apenas três meses, mas se esse temp
Ponto de vista da Sydney— Joguei aquele maldito acordo no triturador. Ele falou, logo depois acrescentando: — Já cancelei uma reunião importante por você, não posso perder mais tempo.Ele não tinha mudado nada. Continuava sendo o mesmo homem raivoso e impaciente que eu havia deixado para trás, que pensava que o mundo girava a volta dele. Ou, melhor falando, “que o meu mundo girasse a volta dele”. Se ele não queria perder seu precioso tempo, então por que diabos ele me seguiu até ali?Se ele jogou os documentos no triturador, queimou com um isqueiro ou guardou em qualquer lugar, nada daquilo era problema meu.Afastei-me da porta e o encarei com raiva.— A minha intenção de me divorciar é séria e solene. Se você não aceitar um divórcio amigável, então eu terei que entrar com um processo de divórcio. Isso só vai desperdiçar mais do seu tempo ‘precioso’, ‘grande homem’! — Deixei isso bem claro.Em certo ponto, a minha mente vagou para pensar no homem que ainda estava escondido nalgum luga