O lobo é um animal carnívoro e um grande predador. Ele ocupa o topo da cadeia alimentar e a sua alimentação é bastante variada. Sendo comum se alimentarem de outros animais de grande porte como veados, alces, javalis, ovelhas e gados. No entanto, a sua alimentação também pode ser constituída de animais menores como roedores, entre eles coelhos. Saciado temporariamente, Tay Borden continuou a sua caminhada solitária pela floresta. Observando formas, sons e sensações desconhecidas, ele não fazia ideia de quem era ou o que acontecia ao seu redor.
Buzinas estridentes e gritos foram ouvidos em uma das avenidas mais movimentadas de Los Angeles, Califórnia. A polícia foi acionada e não demorou a chegar. Tay olhou para os homens de uniforme e não viu motivos para temer aqueles animais que falavam.
- Acabou a palhaçada. Qual é o seu nome?Uma manta marrom foi jogada sobre o corpo nu do número três e ele foi algemado com as mãos para trás e colocado dentro da viatura policial. Fascinado pelo azul do céu e o sol que tocava a sua pele, Tay não reagiu.Na delegacia Tay foi jogado debaixo do chuveiro e em seguida ganhou um uniforme. Camiseta branca, calça preta e sapatos também pretos. Tudo ficou apertado. Aquilo o incomodou profundamente. Ele tentou se despir e parou ao ver dois animais falantes fazendo gestos. Eles estavam vestidos e Tay concluiu que também deveria ficar. Ele foi levado para o banheiro. Com curiosidade, Tay observou o lugar pequeno e quadrado. Ele olhou para o vaso sanitário branco e para a pia e não fazia ideia para que serviam. Tay se interessou pelo rolo de papel higiênico. Ele puxou a ponta e sorriu ao ver que aquilo se desenrolava. Um animal falante grunhiu e o puxou para fora.
Na delegacia não tinha lugar para um garoto estranho, que não falava e não tinha cometido nenhum crime grave. Tay foi enviado para o reformatório. Ele observou o lugar com grades. Tudo era novo para Tay e ele absorvia tudo com interesse. Ao seu ver, ele iria viver com aqueles animais que falavam e se vestiam. Então, ele teria que observar e aprender. No refeitório, em uma mesa isolada, Tay olhava para a bandeja de comida a sua frente. O seu olfato estava aguçado, porém, ele não sabia o que fazer com aquelas formas de aparências coloridas e estranhas. Tay olhou em volta. Nas outras mesas, grupos de animais levavam pequenas formas a boca. Ele fez o mesmo. Ao sentir a textura e o gosto de uma maçã, Tay a devorou em dois segundos. E todo o resto da comida que estava na bandeja. Seguindo o exemplo dos demais, ele levou o copo com suco de laranja a boca. Tay gostou do líquido frio e amarelo.
Um animal se aproximou.
- Ei cara, porque você está olhando para a gente e imitando tudo?Tay inclinou a cabeça para o lado. Como um cachorro tentando entender o que um humano estava dizendo.Gabriel Hogan, diretor do reformatório, se aproximou de Dylan e colocou a mão no seu ombro.
- Deixe ele em paz. Ele não entende uma palavra do que você está falando.- Se ele não parar de olhar para mim, eu vou socar ele!- Você não vai socar ninguém. A sua pena já está muito longa. Volte para a sua mesa.Enfurecido, Dylan obedeceu. Tay sorriu para Gabriel. Um sorriso doce e meigo. Na sua mente, sorrir era uma forma de agradecimento. Tay sentiu que foi protegido. Por alguma razão desconhecida, ele se comportou como um daqueles animais. Ele não usou os seus instintos. Ele não viu razões para atacar. Estava saciado.Porém, uma pressão na parte de baixo do seu corpo fez Tay se encolher. Gabriel se aproximou. Ele perguntou preocupado:
- Você está bem?Tay fechou os olhos. Alguma coisa saiu de dentro dele e ele se sentiu bem novamente. Gabriel deu um longo suspiro e ficou olhando para o garoto albino, grande e forte. Ele tinha acabado de fazer xixi nas calças e sorria visivelmente aliviado. Gabriel pensou por alguns minutos. Um sorriso radiante iluminou o seu rosto negro.- Eu conheço alguém que pode ajudar você.Tay olhou para Gabriel e inclinou a cabeça. Uma palavra lhe era familiar. "Ajudar". O número três sorriu. Como um filhote recém nascido, ele ainda era dócil e manso. Mas logo a fera dentro de Tay Borden iria clamar por liberdade.***
Aos 36 anos, Sarah Carter é uma mulher realizada. Médica Neurologista e vice diretora do Hospital Medical Center em Los Angeles, Sarah realizou todos os seus sonhos através de muito esforço e dedicação. Vinda de família pobre e humilde, Sarah teve que lutar muito para chegar aonde chegou. Uma médica renomada e respeitada. Desde pequena apaixonada por livros, ela desenvolveu o gosto e o hábito por leitura. E ela lia de tudo. De romances de banca de jornal até grandes clássicos da literatura. Ciências e biologia eram as suas matérias preferidas. Aos quinze anos, Sarah já sabia que queria ser médica. Seus pais tentaram dissuadi-la. Não por maldade ou por duvidarem da sua capacidade. Eles achavam que sem condições financeiras, seria quase impossível Sarah alcançar os seus objetivos. Ela sonhou alto e realizou. Porque maior do que o medo da derrota, era a sua vontade inabalável de vencer. Foram dias, semanas, meses e depois
Sarah sentiu o seu corpo desfalecer e ela foi incapaz de reagir ou expressar qualquer tipo de emoção. Ela entrou em estado de choque e permaneceu dentro dos braços fortes que sustentavam todo o seu mundo. Sarah chegou a fechar os olhos para melhor sentir aquela sensação única e indescritível. O estranho pressionou o seu corpo quente e grande contra ela, apoiou o rosto exótico nos seus cabelos e soltou um rosnado baixo. Sarah tentou abrir os olhos escuros. Suas pálpebras estavam pesadas e seu corpo fraco não respondia aos seus comandos. Ela apoiou as mãos nos braços que estavam em volta da sua barriga e ficou extasiada com o seu calor e a maciez dos pelos brancos. Sarah suspirou profundamente. Ela nunca mais seria a mesma. Seus pés não tocavam mais o chão.Tay Borden, com a sua fêmea nos braços, começou a ter consciência de si mesmo e do seu propósito. Eles se pertenciam. Ela era sua para sempre. Uma forte pressão dentro da calça, fez ele apertar ainda mais
Já era noite quando Sarah deixou o reformatório. Ao seu lado, Tay de camiseta branca e calça laranja. Era impossível não reparar nos seus bíceps e em todo o resto. O fato de se sentir extremamente atraída por Tay incomodava Sarah. Ao entrarem no seu carro, um Toyota RAV4 Branco, ela foi colocar o cinto de segurança no garoto e ele rosnou. Assustada, Sarah colocou a mão sobre a coxa grossa e musculosa de Tay. Com o coração batendo forte, ela olhou para ele.- Calma. Eu não vou te machucar.Tay olhava para Sarah com seu toque delicado e olhar gentil. Ele se inclinou e fungou o seu pescoço. Ela ficou imóvel. Tay pegou novamente uma mecha do seu cabelo castanho escuro e cheirou. Próximos, Sarah começou a se arrepender da decisão de levar Tay para a sua casa. Másculo e bruto, ele poderia ser muito perigoso. Tudo bem que ele não falava. Mas não era normal se expressar através de rosnados. Sarah se afastou e colocou o cinto de segurança nela. - Está vendo?
Presa entre a parede e o corpo de Tay, Sarah sentiu medo. Ele exercia uma força descomunal sobre ela, como se fosse parti-la ao meio a qualquer momento. Sarah só conseguia respirar quando Tay deslizava os lábios famintos para o seu pescoço. Ele a beijava, chupava, lambia, cheirava e em seguida voltava a tomar os seus lábios com possessão e desespero. A língua de Tay é quente e macia, porém, maior do que o normal. A sua respiração ofegante e o seu hálito excessivamente quente, deixaram Sarah em chamas. Tay não sabia beijar. Ele enfiava a língua molhada dentro da boca de Sarah com brutalidade, pressionava os seus lábios carnudos contra os dela com força e seus dentes chegaram a feri-la. Sem forças diante da fúria de Tay, Sarah fraquejou. Ele rosnou alto e bateu as suas costas contra a parede para mantê-la no lugar. Sarah não estava gostando do rumo que as coisas estavam tomando. Tay parecia ser um garoto inexperiente. Prova disso, é que ele pressionava seu pênis duro e ereto
Sarah não demorou muito tempo para perceber que Tay fica agressivo quando contrariado. Foi um processo demorado vestir ele, escovar os seus dentes e ensina-lo a usar o banheiro. Sarah foi paciente e a todo momento repetia o que estava fazendo e o nome dos objetos. Tay prestava atenção em tudo e repetia o que ela falava. Sua voz rouca e profunda, deixou Sarah em chamas novamente. Ela precisava de um banho com urgência. Mas antes tinha que colocar Tay para dormir. Por via das dúvidas, Sarah forrou a cama de casal com um plástico transparente por baixo do lençol branco.Tay estava sonolento quando foi colocado na cama. Ainda assim, ele puxou Sarah para os seus braços e a beijou. Seus lábios quentes e macios se abriram para ele. Tay ouviu Sarah gemer baixinho e passar os braços em volta do seu pescoço. Ele rolou na cama e ficou por cima dela a beijando com a mesma urgência de antes. Seus corpos quentes se moldaram e seus lábios e línguas se encaixaram perfeitam
Sarah ligou para o Doutor Scott Wilson, administrador do Hospital Medical Center e seu chefe. Ele atendeu no segundo toque.- Bom dia, Sarah.- Bom dia, Scott.- Tudo bem?Sarah puxou a caixa de leite que Tay levava a boca e lançou um olhar sério para ele.- Eu não estou me sentindo bem, Scott.Eu estou com muita cólica.Scott ficou preocupado.- Quer que eu vá até aí?- Não. Eu já estou medicada. Eu só preciso descansar um pouco.Scott não desconfiou de Sarah. Assim como ele, ela é uma profissional dedicada e responsável.- Está tudo bem. Nesse caso você sabe que tem direito a três dias de licença. Eu seguro as pontas por aqui.Sarah respirou aliviada. Três dias. Mas depois ela teria que compensar as horas não trabalhadas.- Obrigada, Scott. Você é um anjo.Do outro lado da linha, o médico de pele escura sorriu.- Você que é.Sarah revirou os olhos. Não tinha tempo para as indiretas de Scott.- Eu volto na segunda. Até lá
[ +18 ] CONTEÚDO ADULTOSarah abraçou Tay tão forte que ele gemeu de dor. Mas mesmo assim, ele deitou a cabeça no seu ombro e passou os braços em volta da sua cintura. Sarah quis tirar toda a dor e sofrimento dos lindos olhos azuis. Ela acariciou os cabelos brancos e quis proteger Tay do mundo.- Você é um garoto lindo e especial, Tay. Não há nada de errado com você.- Não minta para me proteger. Eu sou diferente de você e das outras pessoas.Tay enfiou o nariz nos cabelos escuros de Sarah. Sua mente se encheu de fórmulas matemáticas e de palavras que ele sabia o significado. E mais do que isso, Tay imaginou Sarah nua e ele a possuindo de forma bruta e selvagem. O simples pensamento fez Tay esquecer todo o resto. Ele afastou o rosto e beijou Sarah com desespero.Piedade e compaixão fizeram Sarah lamentar por Tay. E se ela podia diminuir a dor dele, então tudo bem. Ela se deixou leva
Sarah lavou roupa, limpou a casa e fez almoço. Olhando na dispensa e na geladeira, ela concluiu que precisava ir ao mercado com urgência. E também precisava comprar roupas, calçados e produtos de higiene pessoal para Tay. E por último, mas não menos importante. Sarah precisava de respostas. Tay não caiu do céu. Depois que ele almoçou, escovou os dentes e usou o banheiro, Sarah o levou para o seu quarto. A cama do quarto de hóspedes estava sem o colchão que teve perda total. O plástico não suportou a quantidade de urina que vazou pelas beiradas. Sarah colocou uma quantidade segura de Lorazepam no suco de Tay sem ele saber. Ele iria dormir por algumas horas e ela poderia sair.Gabriel recebeu Sarah em seu escritório. Ele sorriu ao vê-la.- Como Tay Borden passou?- Bem. Como você disse, ele é um garoto esperto.Gabriel e Sarah sentaram no sofá de frente um para o outro.- De folga hoje?Sarah cruzou as pernas. Por baixo tudo doeu. Ela sorriu.