LIBERTINO

Arthur Castellani 

 DIAS ATRÁS....

Eu sou um homem libertino, nem mesmo um suposto casamento ‘’ feliz’’ fez com que eu renunciasse às minhas aventuras. Valentina era ciente de que eu não era um esposo ‘’cem por cento fiel’’ afinal de contas para ela me ter ao alcance de suas mãos foi necessário muito dinheiro. Era uma socialite solteirona e a verdade é que nunca pôde me dar filhos , isso não era um problema até porque ser pai definitivamente não era algo que eu aspirasse. Meus encontros com outras mulheres ocorria no sigilo e tudo contratual , sou um homem muito conhecido e não seria exatamente uma boa que boatos ocorressem e na verdade eles até surgiam de vez em quando, entretanto nada jamais chegou a ser provado , por isso me tornei altamente cuidadoso, não poderia dar ao que falar , sou um empresário de nome consegui fazer minha própria fortuna , se um dia meu casamento com Valentina vier por água abaixo eu terei com que me valer e não me tornar dependente dela ainda que esse dinheiro tenha sido erguido na sua empresa quando ela me colocou à frente como CEO.

Tinha algumas aquisições a fazer em um município que ficava há algumas horas de São Paulo , me seria útil era tudo o que precisava . Meu casamento com Valentina era sem graça e frio, mas eu não tinha do que reclamar levava uma boa vida de boêmia.

Parei o carro na frente da humilde casa onde cresci , tinha cara de lar . Um jardim bonito no qual minha avó cuidava com todo o carinho desde que me entendo por gente, as flores eram belíssimas e dava um ar de boas-vindas, porém tudo aqui era totalmente diferente da minha realidade atual.

Retirei os óculos escuros colocando na gola da minha camisa e então entrei , toda vez que vinha aqui minha infância me vinha à cabeça , eu fui uma criança feliz.

Com um sorriso no rosto eu contemplo minha avó Maria Antonieta regando suas plantas do lado direito da casa.

-Benção vó - Era assim que eu a cumprimentava todas às vezes que a via

A mesma vira-se para mim colocando o regador no chão , seu sorriso se alarga quando ela vem ao meu encontro.

-Meu príncipe ...

Me inclinando lhe dei um estralado beijo demorado em sua testa e outro na sua mão.

-Lhe atrapalhei?

-Meu príncipe, você nunca atrapalha. Venha sente-se aqui enquanto eu te trago um menor de café.

-Eu aceito – Sorrio soltando sua mão me sentando na cadeira de plástico apoiando meu braço na mesa feita do mesmo material.

Não demorou muito para que minha avó retornasse com duas xícaras, uma para mim e outra para ela.

Eu queria lhe dar uma vida melhor por tudo o que ela fez por mim e tudo o que me deu , mas nunca me permitiu , já que teimosamente afirmava jamais sair do seu canto.

No fundo eu a entendia.

-Obrigado vó - O aroma do café saboroso que eu tanto sentia falta invade minhas narinas antes que eu levasse à boca.- Como a senhora está? -Coloquei a xícara em cima da mesa

-Muito bem meu querido e vendendo saúde as canadas - Nós dois rimos.

Ela sempre despertava meu lado ‘’ doce’’ um que eu tinha reservado só para ela , na verdade com ela eu era quem sempre fui, mas somente ela era merecedora de ver esse  meu lado, outras pessoas nunca iriam vê-lo.

Minha avó era uma das mulheres mais fortes que eu já vi , no auge dos seus 70 anos , não usava óculos , não reclamava de dor nos ossos , além de ter uma memória invejável.

-E você meu príncipe? Como está? Ainda insiste em continuar o casamento com aquela mulher?-  Embora seu semblante fosse suave eu podia notar sua repulsa por eu ser casado com Valentina , embora minha esposa a enchesse de presentes minha avó não a suportava por achá-la esnobe.

-Que é isso vó? Eu estou muito bem por sinal , não tem com o que se preocupar . Deixe Valentina fora de nossas  vidas , ok? Vim te ver por que estarei saindo uns dias de viagem a negócios.

A mesma aperta seus lábios contrariada com meu corte , se eu desse entrada ela passaria a tarde inteira falando mal da minha esposa e eu não queria falar do meu relacionamento , já tinha que aguentar o bastante.

Crispando os olhos para mim ela assente.

-Está bem filho – Me mira de cima a baixo com um sorriso de boca fechada– Fico impressionada que a cada dia que se passa você fica mais parecido com o seu pai. Ganhando milhões e arrasando com os corações das mulheres , esse é o meu palpite. Me diga- Se ajeita no seu assento , seus olhos aguçados ganhando maior intensidade – Esta viagem inclui ....mulheres?

Minha avó me conhecia bem , sabia que eu nunca deixava uma passar . Bastava ser bonita e me chamasse a atenção. Quando garoto que meus hormônios começaram a explodir ela teve dores de cabeça para conter as irritações das mães por esse bairro , já que eu fiz o sucesso com suas filhas.

-A senhora sempre tão esperta – Lhe dou uma piscadela – Mulheres sempre serão bem-vindas no meu mundo . A senhora é a primeira delas.

Ela me dá um tapa no braço de brincadeira , me fazendo rir mais

-Deixe de safadeza , e me conte a verdade . Sabe que eu estou sempre disposta a escutar suas aventuras.

Minha avó apoiava qualquer outra mulher comigo , menos Valentina. Mesmo sabendo que eu não era um homem fiel ela era minha confidente era até melhor do que desabafar com psicólogos.

-Como não posso ocultar minha vida da senhora , serei verdadeiro. Sim , existe mulheres nos meus planos. É bom variar o cardápio - Minha avó ri

-Há! Os homens desta família nunca foram pecos , adoravam se aventurar. Seu avó me rendeu grandes dores de cabeça pulando a cerca assim como o seu pai que Deus o tenha – Ela ergue as mãos aos céus e então me olha novamente. -É bonita?

Retirei meu celular de dentro do bolso entrando no site , só por diversão irei mostrar a minha avó as opções.

Assim que entro dou de cara com uma bela mulher , ela é negra , tem cabelos cacheados e naturais seu nome era Maitê , além de ser belíssima. Passei a língua por meus lábios já sentindo-me salivar com tudo o que poderia fazer com ela em minha cama.

-Vamos , deixe-me ver – Minha avó b**e com as palmas das mãos ansiosa para ver

Estendo o celular para ela ostentando um sorrisinho torto.

-O que acha desta?

Ela analisa a imagem e então me olha de forma cúmplice

-Você é mesmo um garanhão . Ótima escolha meu príncipe , ela é linda!

-Se caiu na rede é peixe – E então nós dois gargalhamos conforme passamos uma tarde agradável.

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