Nosso sábado passou numa correria gigante. Caleb não parou um segundo sequer, ajudando sua mãe com os últimos preparativos do Evento Beneficente da Jones, que consentia em arrecadar fundos para ajudar as crianças órfãs, abandonadas pela família e rejeitadas assim como o Caleb foi um dia. O dinheiro arrecadado pela venda das entradas e doações que grandes empresas faziam ao decorrer do evento, era todo investido em abrigos que a Scarlett ajudava todos os anos, desde que adotou o Caleb de um deles. Era lindo de ver a dedicação dos dois com isso, o empenho em fazer com que tudo saísse perfeito e sem nenhuma falha. Como agradecimento pelas doações, eram sorteadas várias viagens e prêmios para os doadores.
— Só não conta nada para o Caleb, Scarlett... Se ele souber vai querer me imped
Assim que chegamos no térreo me deparei com uma limusine preta nos esperando e o Albert parado ao lado dela, de braços para trás e vestido de social.— Boa noite Senhor Caleb! — ele cumprimentou Caleb enquanto abria a porta. — Senhorita Eduarda! — ele abaixou levemente a cabeça em forma de aceno. Entramos ambos no carro, Albert fechou a porta e seguiu para o banco do motorista.— Nervosa? — Caleb beijou o dorso da minha mão.— Um pouco... — dei um meio sorriso. — Vou conhecer seu pai e não sei se isso é bom ou ruim.— Relaxa amor, eu vou está ao seu lado nesses momentos. Não vou te deixar sozinha com o David. — Ele piscou para mim.
—Melissa!— nós dois falamos ao mesmo tempo. Meus olhos quase entraram em órbita, de tanta insatisfação ao revirá-los. — Não acredito que terei que vê-la essa noite...— Não só vê-la... — olhei para trás, de onde vinha a voz e meu estomago revirou ao notar quem era a dona dela. — Como terá que me ver dividindo o palco com seu amado, meu amor! — Melissa tinha um sorriso satisfatório nos lábios.Pela primeira vez, estava usando um vestido que batia a um palmo abaixo do joelho, justo e decotado.Claro! Por que seria diferente?— Mas não se preocupe! — ela deu um leve tapinha em meu queixo. — Não tenho mais interesse nele florzinha!
Nos sentamos os três, cada um em seus lugares. Scarlett ficou a minha esquerda e o Caleb a minha direita. Seus ombros tensos, caíram no mesmo momento em que seu corpo encostou na cadeira.— Me desculpa por isso Eduarda. — Scarlett estava com o semblante triste. — Às vezes eu me pergunto como permaneci tanto tempo casada com esse homem?! — ela se questionou, mas para si do que para nós.— Me pergunto a mesma coisa mãe... — Caleb colocou a mão por cima da dela, lhe fazendo carinho e tentando reconforta-la. — Por que você permanece com ele mãe? É nítido que vocês dois não se amam mais. Por que abrir mão da sua felicidade por alguém que não se importa com você?— Ah Caleb... &mdas
Pela decoração dava para perceber que se tratava da sala, tinha duas enormes escadas, uma de cada ponta. Ele me guiou pela primeira que conseguiu alcançar primeiro e virou à esquerda, entrando num enorme corredor, cheio de portas.Ele entrou quase na última porta a direita, a trancando em seguida e cravando os dedos em minha coxa, me puxando para o seu colo e pressionando minhas costas na parede ao lado da porta.— Como você está gostosa Eduarda! — nossos lábios se chocaram, num beijo intenso e quente. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e puxei levemente. Ainda com os lábios nos meus, ele me colocou sob o chão enquanto abaixava o zíper do meu vestido, descendo as alças pelo meu braço, deixando o tecido cair no chão junto com a minha bolsa.
— Caleb! — Matteo veio em nossa direção. Caleb fechou a cara assim que o viu.— Está fazendo o que aqui Bianchi? — era nítido a raiva que Caleb estava sentindo. — Você não faz mais parte da carteira de clientes da Jones.— Será mesmo Caleb? — seu sorriso era irônico e provocativo. — E mesmo que eu não seja, ainda sou amigo próximo de toda a família. Isso não tem como você mudar! — ele virou o rosto em minha direção. — Maria Eduarda... — ele estalou os lábios ao pronuncia meu nome pausadamente, fazendo o aperto no peito voltar com tudo. A presença dele me dava arrepios, ainda mais estando tão próximo de mim. — Finalmente nos conhecemos! — ele esticou a mão, aguardando me
Me levantei e fui em direção ao palco, Caleb esticou a mão para me ajudar a subir.— Como assim? — ele perguntava ainda sem acreditar. — Quando foi que você doou?— Ontem... Pedi para a sua mãe levar um cheque meu sem você saber. — Coloquei as mãos na boca, para abafar o riso. A cara de espantado dele estava muito engraçada.Caleb me entregou o envelope com as informações sobre o prêmio. Ele se virou para mim e beijou meus lábios, na frente de todos, colocando a mão em minhas costas e a outra em meus cabelos, inclinando meu corpo para baixo, me fazendo levantar o pé do chão. Um beijo digno de cinema, fazendo todos baterem palmas e alguns assobiarem de excitação.
Meus olhos pesam, minha boca está seca ao extremo e minha cabeça gira. Tento abrir os olhos com muita dificuldade. Meus braços pesam uma tonelada e não consigo mexe-los, isso me assusta. Sinto meu coração batendo tão forte que quase me ensurdece bem entre os tímpanos. Lágrimas escorrem de meus olhos involuntariamente e eu não consigo entender o motivo. Forço minha mente a tentar juntar as peças do que aconteceu e como uma avalanche tudo retorna, tão forte que chega a machucar quase que fisicamente.Não! Não! Não!Isso não pode está acontecendo comigo!Com muito sacrifico consigo abrir os olhos e a visão que eu tenho me assusta ainda mais.— Acordou a bela adormecida? — Melissa está sentada na poltrona, de frente para mim, com um sorriso ardi
— Demorou pra chegar hein?! — Melissa levantou e foi até ele. A demora dele a aborreceu. — Pensei que eu que teria que dar um fim nessa aí... — ela balançou a mão em minha direção.— E você acha que eu perderia essa linda obra de arte? — dava para ver Melissa revirando os olhos.Matteo não precisava chegar muito perto para saber que estava bêbado e completamente fora de si.E isso me assustava!Ele veio até mim, aos tropeços enquanto ria, de mim, ou da situação em si.— Maria Eduarda... — seus lábios estalaram ao pronunciar meu nome e eu senti o desejo em sua voz. — Como eu esperei por isso! — ele se sentou ao meu lado e eu sentia as lágrimas voltando a escorrer pelo meu rosto. Seus dedos apertaram minhas bochechas enquanto sua língua