Assim que chegamos no térreo me deparei com uma limusine preta nos esperando e o Albert parado ao lado dela, de braços para trás e vestido de social.
— Boa noite Senhor Caleb! — ele cumprimentou Caleb enquanto abria a porta. — Senhorita Eduarda! — ele abaixou levemente a cabeça em forma de aceno. Entramos ambos no carro, Albert fechou a porta e seguiu para o banco do motorista.
— Nervosa? — Caleb beijou o dorso da minha mão.
— Um pouco... — dei um meio sorriso. — Vou conhecer seu pai e não sei se isso é bom ou ruim.
— Relaxa amor, eu vou está ao seu lado nesses momentos. Não vou te deixar sozinha com o David. — Ele piscou para mim.
—Melissa!— nós dois falamos ao mesmo tempo. Meus olhos quase entraram em órbita, de tanta insatisfação ao revirá-los. — Não acredito que terei que vê-la essa noite...— Não só vê-la... — olhei para trás, de onde vinha a voz e meu estomago revirou ao notar quem era a dona dela. — Como terá que me ver dividindo o palco com seu amado, meu amor! — Melissa tinha um sorriso satisfatório nos lábios.Pela primeira vez, estava usando um vestido que batia a um palmo abaixo do joelho, justo e decotado.Claro! Por que seria diferente?— Mas não se preocupe! — ela deu um leve tapinha em meu queixo. — Não tenho mais interesse nele florzinha!
Nos sentamos os três, cada um em seus lugares. Scarlett ficou a minha esquerda e o Caleb a minha direita. Seus ombros tensos, caíram no mesmo momento em que seu corpo encostou na cadeira.— Me desculpa por isso Eduarda. — Scarlett estava com o semblante triste. — Às vezes eu me pergunto como permaneci tanto tempo casada com esse homem?! — ela se questionou, mas para si do que para nós.— Me pergunto a mesma coisa mãe... — Caleb colocou a mão por cima da dela, lhe fazendo carinho e tentando reconforta-la. — Por que você permanece com ele mãe? É nítido que vocês dois não se amam mais. Por que abrir mão da sua felicidade por alguém que não se importa com você?— Ah Caleb... &mdas
Pela decoração dava para perceber que se tratava da sala, tinha duas enormes escadas, uma de cada ponta. Ele me guiou pela primeira que conseguiu alcançar primeiro e virou à esquerda, entrando num enorme corredor, cheio de portas.Ele entrou quase na última porta a direita, a trancando em seguida e cravando os dedos em minha coxa, me puxando para o seu colo e pressionando minhas costas na parede ao lado da porta.— Como você está gostosa Eduarda! — nossos lábios se chocaram, num beijo intenso e quente. Entrelacei meus dedos em seus cabelos e puxei levemente. Ainda com os lábios nos meus, ele me colocou sob o chão enquanto abaixava o zíper do meu vestido, descendo as alças pelo meu braço, deixando o tecido cair no chão junto com a minha bolsa.
— Caleb! — Matteo veio em nossa direção. Caleb fechou a cara assim que o viu.— Está fazendo o que aqui Bianchi? — era nítido a raiva que Caleb estava sentindo. — Você não faz mais parte da carteira de clientes da Jones.— Será mesmo Caleb? — seu sorriso era irônico e provocativo. — E mesmo que eu não seja, ainda sou amigo próximo de toda a família. Isso não tem como você mudar! — ele virou o rosto em minha direção. — Maria Eduarda... — ele estalou os lábios ao pronuncia meu nome pausadamente, fazendo o aperto no peito voltar com tudo. A presença dele me dava arrepios, ainda mais estando tão próximo de mim. — Finalmente nos conhecemos! — ele esticou a mão, aguardando me
Me levantei e fui em direção ao palco, Caleb esticou a mão para me ajudar a subir.— Como assim? — ele perguntava ainda sem acreditar. — Quando foi que você doou?— Ontem... Pedi para a sua mãe levar um cheque meu sem você saber. — Coloquei as mãos na boca, para abafar o riso. A cara de espantado dele estava muito engraçada.Caleb me entregou o envelope com as informações sobre o prêmio. Ele se virou para mim e beijou meus lábios, na frente de todos, colocando a mão em minhas costas e a outra em meus cabelos, inclinando meu corpo para baixo, me fazendo levantar o pé do chão. Um beijo digno de cinema, fazendo todos baterem palmas e alguns assobiarem de excitação.
Meus olhos pesam, minha boca está seca ao extremo e minha cabeça gira. Tento abrir os olhos com muita dificuldade. Meus braços pesam uma tonelada e não consigo mexe-los, isso me assusta. Sinto meu coração batendo tão forte que quase me ensurdece bem entre os tímpanos. Lágrimas escorrem de meus olhos involuntariamente e eu não consigo entender o motivo. Forço minha mente a tentar juntar as peças do que aconteceu e como uma avalanche tudo retorna, tão forte que chega a machucar quase que fisicamente.Não! Não! Não!Isso não pode está acontecendo comigo!Com muito sacrifico consigo abrir os olhos e a visão que eu tenho me assusta ainda mais.— Acordou a bela adormecida? — Melissa está sentada na poltrona, de frente para mim, com um sorriso ardi
— Demorou pra chegar hein?! — Melissa levantou e foi até ele. A demora dele a aborreceu. — Pensei que eu que teria que dar um fim nessa aí... — ela balançou a mão em minha direção.— E você acha que eu perderia essa linda obra de arte? — dava para ver Melissa revirando os olhos.Matteo não precisava chegar muito perto para saber que estava bêbado e completamente fora de si.E isso me assustava!Ele veio até mim, aos tropeços enquanto ria, de mim, ou da situação em si.— Maria Eduarda... — seus lábios estalaram ao pronunciar meu nome e eu senti o desejo em sua voz. — Como eu esperei por isso! — ele se sentou ao meu lado e eu sentia as lágrimas voltando a escorrer pelo meu rosto. Seus dedos apertaram minhas bochechas enquanto sua língua
Ele estava sentado sob o corpo do Matteo, o esmurrando, o corpo de ambos tremia, o do Caleb de fúria e o do Matteo pela força das pancadas. Uma enorme poça de sangue se formou sob o tapete, seu rosto estava desfigurado, não dava para saber se seus olhos estavam fechados ou aberto, devido ao inchaço que ambos estavam. O nariz estava quebrado em no mínimo dois locais diferente e ele se engasgava no próprio sangue. Seus braços estavam caídos sobre o tapete, sem força alguma para se defender.Ver o Caleb nesse estado me assustou, nunca havia visto ele num estado como esse. Seus olhos eram de puro terror, a boca estava numa linha fina, sem expressar qualquer sentimento e as mãos estavam cobertas de sangue junto com o tecido fino de sua camisa. Os cabelos desgrenhados, mostrando que o meu sequestro o levou ao limite de qualquer sanidade.Ele sofreu e eu tinha medo que aquilo acab