Eu não sei por que decidi ir aquele jantar estúpido, mas Oliver conseguiu me fazer pensar um pouco. Ok, talvez eu fosse uma boba que estava tentando provar a ele que não era mesquinha comigo mesma, podia me permitir uma vez, poderia até fazer minha mãe e nana felizes de onde estivessem. Claro que suas palavras me chocaram, eu não fazia ideia que estava agindo assim comigo, o que sabia é que tinha feito de tudo para conseguir um pouco de paz na vida desde sempre, fugindo quando as coisas complicavam, abaixando a cabeça e obedecendo quando mandavam, engolindo todos os sapos que uma pessoa era capaz de deixar passar e não para ser rica, ganhar um posto ou ser reconhecida, apenas para ter um pouco de paz na vida.Mas essa gabriela estava em hibernação até que eu tivesse minha vingança! Oliver me devorava com os olhos, já o tinha visto fazer isso várias vezes, mas dessa vez eu tinha noção do quão sexy eu estava com aquele vestido. ane e magie tinham escolhido algo escandaloso, sedutor e
— Por que está aqui afinal? Me deixa tá, ninguém se importa! Oliver já me esqueceu! O Max não liga pra mim! Todos me deixam no final, porque ninguém se importa de qualquer jeito! eu sou só um peso pra essa família! Toda a sua gritaria nos deixou em choque, eu não tinha imaginado que por trás de toda a animação magie estivesse escondendo isso, a criança perdida dentro dela gritava por ajuda e ninguém tinha lhe estendido a mão. Ela poderia ser mimada o quanto fosse, mas estava sofrendo o que parecia não ser de hoje e Oliver precisava saber. — Jack! — o chamei quando nos deparamos com ele no jardim conversando com um desconhecido entre as sombras das roseiras. Encarei o homem bem apessoado ao seu lado que parecia bem interessado na cena, ane tentando manter magie imóvel enquanto a outra tentava correr e pular ao mesmo tempo. Pela cara do homem ele não parecia estar muito confortável ao nos ver ali, seu olhar irritado lançado em nossa direção não me passou despercebido, não sei se pel
Eu estava irado, realmente puto! Outro carregamento interceptado pela polícia, onde diabos isso ia parar? Eu estava no mercado não só pela qualidade da minha mercadoria e por ter culhões, mas pela pontualidade. As pessoas sabiam que podiam contar com a entrega. Se essa merda continuasse eu ia perder muitos negócios, afinal droga ruim é melhor que nenhuma droga. Tony ainda não tinha retornado minha ligação e estava faltando pouco para que eu mesmo ligasse para Mark ou fosse até sua casa e o arrancasse de lá para me dar respostas e relatórios que deveriam ter sido entregues horas atrás, antes da batida policial na entrada da cidade. Afinal eu o pagava para me contar o que eles ficavam sabendo, se não por que mais eu precisaria de um policial na minha folha de pagamento? Uma gritaria do lado de fora me chamou a atenção, só o que faltava agora, a última coisa que precisava era ter que lidar com a histeria dessa casa. Mas a conversa de Gabriela minutos antes voltou a minha cabeça, Magie
Hesitando ela olhou para o chão onde Jack esperava outros homens retirá-lo de lá. Gabriela respirou fundo e eu esperei pacientemente com a mão estendida, ela analisou mais uma vez onde teria que passar então segurou no corrimão como se não confiassem em suas próprias pernas para descer. Olhou apreensiva para o corpo, como se esperasse que ele pulasse e a atacasse ali, minha vontade era de atirar no desgraçado e acabar com aquilo, mas ele precisava sofrer. Assim que me alcançou ela deslizou os dedos trêmulos sobre a palma da minha mão, sua pele estava gelada de um jeito que chegava a assustar. Apertei meus dedos em volta dela em uma tentativa de esquentá-la e a conduzi para longe dali, Gabriela ainda girou a cabeça apreensiva até ver meus homens retirando o corpo do chão. Entrei no escritório nos trancando lá e não querendo ser incomodado enquanto resolvia aquilo, precisava concertar a merda que tinha feito trazendo o verme pra cá. — Me desculpe. — Eram duas palavras que eu não tin
Eu estava confusa, machucada, quebrada, queria gritar e socar alguma coisa, mas todos os sentimentos eram colocados em segundo plano comparados a dor que vinha de dentro buscando um lugar para se enraizar e envenenar tudo por dentro. Sabia onde isso ia me levar, ficar dentro do quarto, escondida, pensando mil e uma maneiras de acabar com tudo, acabar com a dor e vergonha. Oliver estava sendo prestativo, mas conseguia ver nos olhos dele a pena que sentia e eu não suportava isso, não suporta ainda mais saber que parte daquilo era sua culpa, sua maldita vontade de dar a última palavra em tudo tinha causado isso, tinha trazido de volta meus piores sentimentos. — Gabriela você não está pensando direito. — Ele sussurrou alcançando minhas mãos e as acariciando. — Precisa respirar fundo e... — Eu estava começando a esquecer, estava finalmente libertando o meu corpo de todo o medo e nojo que ele tinha me colocado. Eu nunca tinha transado antes Oliver, ele tirou minha primeira vez de mim, d
Porra aquela mulher sabia como me tirar do eixo, tinha saído do inferno e estava no céu. Ela jogou os braços em volta dos meus ombros e me puxou para um beijo, deixei que meus dedos se esgueirassem por seus cabelos, enrolando meus dedos nos fios sedosos e a puxei para mim. Gabriela não perdeu tempo, já me livrando do terno e começando a abrir meu colete. Depois de tudo o que eu ouvi hoje achava que o melhor era que ela descansasse, tomasse alguma coisa e dormisse um pouco, eu queria aconchegar seu corpo ao meu até que ela adormecesse, mas o que ela queria era bem diferente. Envolvi meu braço em sua cintura e a ergui, o corpo leve se apertou contra o meu e ela envolveu as pernas em volta da minha cintura. Caminhei com ela até a mesa do escritório, passei o braço jogando tudo o que tinha ali no chão antes de colocar seu corpo sobre a mesa. — Eu preciso de você! — ela afirmou contra meus lábios movendo as mãos ágeis para minha calça. Terminei o trabalho que ela tinha começado em min
Se essa noite tinha sido um total fracasso até agora? A resposta era sim. Nossas emoções estavam a flor da pele, tinha levado Gabriela ao limite e ela me pediu algo que nunca pensei. E depois de tudo eu tive que deixá-la sozinha naquela casa, quando tudo o que eu queria ter feito era levar seu corpo até minha cama onde poderíamos passar a noite fodendo até a exaustão. Depois de dar uma desculpa mais do que esfarrapada e pedir gentilmente que meus convidados me perdoassem e se retirassem parti em direção ao local onde tinham colocado Mark, tinha certeza de que essa noite seria esclarecedora para ele como foi pra mim. — Porra Mark, não vou mentir pra você minha noite está sendo um verdadeiro inferno e o único momento bom que tive foi interrompido graças a essa merda pendente entre nós. Estávamos em um dos meus armazéns, o prédio era cercado por fábricas o que me ajudava com a entrada de tantas vans e caminhões no lugar. Era um ponto estratégico na cidade para carga e descarga rápida
Os dias estavam passando e minha agonia em finalmente encontrarmos Monty aumentava, tentei ignorar a voz na minha cabeça dizendo que parte dessa agonia era por querer fugir de Oliver, eu só precisava cumprir as palavras que disse em frente à casa de Nana e então poderia procurar um lugar para recomeçar. Eu estava fugindo dele, querendo me esconder do que ele me fazia sentir, me apaixonar por alguém a essa altura não era bom, muito menos por uma pessoa como Oliver que vivia uma vida de bandido. Então passei a resumir meus dias em ir até a academia e treinar com Oscar, até que ele não me aguentasse por lá e me mandasse embora. Sim, tinha mordido a maldita língua, mas o que podia fazer quando a única forma de passar o tempo era gastando energia fazendo exercícios? Vez ou outra eu descia até a “casa do jardineiro”, como amavelmente nomeei o lugar onde Oliver guardava as armas. Os seguranças nem mais me estranhavam por andar por ali armada, na verdade eles às vezes me ajudavam nos trein