Isabella Conti.Terça-Feira.15:50 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Ele retira a bandeja do meu colo ao ver que terminei de comer e a coloca em cima do cômodo. Fico surpresa quando ele desamarra a toalha, ficando nu na minha frente. Eu ainda uso a minha toalha, mas ele a puxa com cuidado do meu corpo e a joga no chão. Sobe na cama e me puxa para perto de si. Aceito ir até ele com vontade, abraçando seu corpo e colocando minha cabeça em seu peito. Ah, essa posição é tão boa.O calor da sua pele contra a minha é reconfortante e excitante ao mesmo tempo. Sinto cada batida do seu coração, forte e constante, e isso me acalma. Ele desliza as mãos pelas minhas costas, acariciando minha pele com ternura. Seus dedos traçam caminhos de fogo que me fazem arrepiar.— Alessio… Eu quero te contar uma coisa. — Começo, já me sentindo nervosa.— Diga. — Sua voz é calma, mas ainda tem um tom de ordem.Solto um pequeno suspiro.— Ontem, no trabalho… Meu ex-namorado me visitou. — Engulo seco
Isabella Conti.Quinta-Feira.Dois dias depois. 13:50 — Lanchonete. — Portevecchio.Hoje faz dois dias que não vejo Alessio. Depois da nossa conversa e da revelação de que ele matou meu ex-namorado, apenas passamos a noite juntos. No dia seguinte, fui direto para o trabalho depois de me arrumar na casa dele. Estou surpresa por me dar conta de que estou apaixonada novamente. É reconfortante ser amada e protegida, mesmo que Alessio não tenha dito que me ama. Posso sentir seu afeto através dos cuidados que ele tem comigo. Que homem compraria cremes de alta qualidade para cabelos cacheados e roupas confortáveis exatamente do jeito que eu gosto?Quando cheguei ao trabalho ontem, estava preocupada com a possibilidade de ser demitida. No entanto, meu chefe parecia assustado e me ignorou, o que deve ser obra de Alessio. Sophia me interrogou, e eu contei um pouco sobre o que fiz na terça-feira. Ela ficou radiante de felicidade ao ouvir sobre os cremes, as roupas e o cuidado que Alessio tem co
Isabella Conti.Quinta-Feira17:30 — Lanchonete — PortevecchioEu mal consegui me concentrar no trabalho; a ansiedade está me consumindo com a perspectiva de dançar para o Alessio. A boa notícia é que saímos cedo do trabalho hoje. Neste exato momento, estou me trocando ao lado da Sophia, que está com um sorriso radiante.— Estou tão empolgada para te ensinar a dançar! Pode ter certeza de que seu namorado ficará encantado ao ver a sua linda Isabella dançando sensualmente para ele. — Ela gargalha, com os olhos brilhando de entusiasmo.— Pare, você está me deixando ainda mais nervosa! — Fechei a porta do armário e peguei minha bolsa. — Vamos?— Vamos! — Ela responde, quase pulando de alegria, enquanto saímos da sala dos funcionários.— O Tom já foi embora? — Pergunto, olhando ao redor e não o vendo em lugar nenhum.— Sim, ele disse que tinha algo urgente para resolver. — Ela responde, concordando com a cabeça.Assim que saímos da lanchonete, fico surpresa ao ver Gabi nos esperando na ent
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.Dois dias depois. Nunca pensei que sentiria saudade de alguém, mas Isabella consegue me fazer experimentar emoções que eu nunca conheci antes. Tê-la como minha rainha foi a escolha perfeita. Desde ontem de manhã, não nos vimos pessoalmente; apenas trocamos mensagens e ligações. Entendo que ela queira continuar trabalhando, mas, para mim, ela deveria estar apenas na minha cama, sendo cuidada por mim. Desde então, estou sem dormir, ocupado resolvendo uma série de questões. Mal posso esperar pelo sábado, para poder tê-la só para mim, sentir seu doce perfume e tê-la nos meus braços.Pergunto-me o que é esse sentimento. Será que é amor? Amor, uma palavra tão simples, mas que carrega sentimentos poderosos, capazes de nos dar força para proteger quem amamos. Ainda não compreendo totalmente esses sentimentos, mas espero entendê-los em breve.Lembro-me de tê-la nos meus braços, do seu doce aroma, suas curvas delicadas, seu lindo cabelo e seu olhar puro e inocent
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.18:10 — Galpão — PortevecchioEncontro Cezar e Dante me esperando ao lado de fora, próximos ao carro. A dor de cabeça que começou a me incomodar está se tornando uma presença constante, e a falta de sono só a intensifica.— Vamos. — Digo, passando por eles e indo em direção ao carro.Dante abre a porta para mim, e eu entro, sentando-me no banco traseiro. Meu corpo relaxa um pouco ao me acomodar, embora a dor de cabeça persista. Cezar se posiciona ao volante, e Dante se acomoda no banco do passageiro.— Para onde, senhor? — Pergunta Dante, olhando para mim pelo retrovisor.— Para casa. Preciso de um banho. — Respondo, cruzando as pernas e tentando ignorar a dor que pulsa na minha cabeça.Dante acena com a cabeça e liga o carro. O motor ronca suavemente, e ele começa a dirigir de volta para a mansão. Percebo Cezar e Dante trocando olhares discretos; esses dois não sabem ser discretos.— O que foi? Digam logo. — Pergunto, tentando desviar o foco da dor de c
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.Vou dar esse tempo a ela e me concentrar no meu trabalho. Mas eu realmente espero que ela não esteja me traindo, porque sei exatamente do que sou capaz quando a traição atinge o meu coração.O caminho até o cassino foi longo, excruciantemente longo. A raiva ferve dentro de mim, tão intensa que eu poderia matar qualquer um que ousasse respirar na minha frente. Só percebo que chegamos quando Dante abre a porta para mim. Saio do carro e marcho em direção à entrada, desesperado para ocupar minha mente.Assim que entro no cassino, algo chama minha atenção. Vejo várias mulheres ajoelhadas no chão. Devem ser aquelas que Christopher enviou como forma de agradecimento. A dor de cabeça que senti mais cedo retorna com força redobrada.— Por favor, não nos mande para aquele lugar. — Implora a mulher ruiva, com as outras acenando desesperadamente com a cabeça.Aproximo-me de Cezar, que estava cuidando desse caso.— Algum problema aqui? — Pergunto friamente, fazendo-o
Isabella Conti.Sexta-FeiraDuas semanas depois. Durante essas duas semanas, me dediquei exclusivamente ao treinamento de dança. No início, embora eu tenha aprendido rapidamente, acidentes ocorriam frequentemente: caí e machuquei o cotovelo, bati a testa no chão. Mas continuei me esforçando porque quero surpreender Alessio, mostrar a ele o quanto me empenhei. No começo, eu hesitava, mas comecei a gostar de dançar. Sentia-me leve e mais livre; não sabia que dançar poderia ser tão agradável.Tive alguns problemas no trabalho também. Como usava saltos durante os treinos, meus pés ficavam bastante doloridos no dia seguinte. Sem querer, acabei derrubando uma bandeja de comida em um cliente porque meus pés vacilaram.Continuei cometendo erros pequenos, como passar o troco errado por estar distraída, pensando demais. Levei uma bronca do chefe. Durante essas duas semanas, não tive nenhum contato com Alessio. Enviei uma mensagem perguntando como ele estava, mas não obtive resposta. Estou com
Isabella Conti.Sexta-Feira.10:50 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Mesmo hesitando, seguro sua mão e o puxo em direção ao andar de cima. A sensação de sua mão na minha é ao mesmo tempo reconfortante e aterrorizante. Fico feliz que ele não a puxe de volta; apenas me segue, com sua presença ainda esmagadora e intensa.Cada passo que damos ecoa no corredor, e o silêncio entre nós é carregado de incerteza. Minha mente corre com pensamentos e medos, mas me forço a continuar, sabendo que esta é a única maneira de mostrar a ele o quanto me importo e o quanto esses dias longe significaram para algo maior.Ao chegarmos à porta do seu quarto, paro por um momento, olhando para ele com nervosismo e determinação.— V-Você pode me esperar aqui? Quando eu estiver pronta, te chamo para entrar. — Sua expressão se torna ainda mais fria. — Por favor, Alessio. Prometo que você vai entender o motivo.Ele faz um tsk e suspira.— Certo.Entro no quarto e fecho a porta, deixando-o do lado de for