Alessio Vecchio.Quatro meses depois.Quatro meses se passaram desde aquela noite infernal. A tortura de Salvatore ainda ecoa em minha mente, mas agora meus pensamentos estão voltados para Isabella e nosso bebê. Ao voltar para casa naquela noite e vê-la dormir tranquilamente, senti que havia feito a coisa certa. Desde então, minha vida se concentrou em cuidar dela e do nosso filho.Cada manhã começava com a mesma rotina: ajudá-la a tomar banho, trocar seus curativos e garantir seu conforto. A ferida de Salvatore cicatrizou bem, e ver o brilho voltar aos seus olhos era uma recompensa indescritível. As mãos que antes causavam dor agora ofereciam carinho e conforto.Acompanhava Isabella em check-ups regulares para assegurar que ela e o bebê estavam bem. Taylor sempre nos dava boas notícias, o que trazia um alívio imenso. Havia deixado as obrigações da máfia para Dante e Saulo, permitindo-me focar completamente em minha família. Esse tempo longe dos negócios me fizeram valorizar o que rea
Alessio Vecchio.10:40 — Hospital. — Portevecchio.Chegando ao hospital, Dante estaciona o carro com precisão. Ele desce para abrir a porta, e eu saio primeiro. Com um gesto cuidadoso, seguro a mão de Isabella, ajudando-a a sair do carro e a se equilibrar.Seguimos para dentro do hospital e caminhamos em direção ao consultório de Taylor.Ao chegarmos à porta do consultório, dou uma pequena batida e a abro sem esperar permissão. Taylor, que está organizando alguns papéis em sua mesa, levanta-se rapidamente e faz uma reverência respeitosa.— Seja bem-vindo, meu senhor. — Diz ele, com formalidade e simpatia evidentes em sua voz.— Estamos aqui para o ultrassom. — Anuncio, minha voz firme, mas carregada de expectativa.Taylor acena com a cabeça, mantendo um sorriso acolhedor.— Por favor, deite-se na maca. — Ele pede suavemente, seu tom tranquilo. — Vamos começar o exame.Isabella se acomoda na maca, seu olhar alternando entre ansiedade e expectativa. Sento-me ao seu lado, segurando sua m
Isabella Conti.Quatro meses depois.A cada dia que passa, parece que o tempo voa. Já se passaram quatro meses desde que descobrimos que o nosso bebê é um garoto. Esses meses têm sido mágicos, como um sonho encantado que eu nunca quero que termine.Alessio tem sido incrível, cuidando de mim com um carinho e dedicação que ultrapassaram tudo o que eu poderia imaginar. Sempre pronto para atender a qualquer exigência que tivesse, seja grande ou pequena, ele é o pilar que sustenta toda a nossa pequena família. Durante a gravidez, meus hormônios estiveram em alta, e a nossa intimidade não só se manteve, como se intensificou.Meu amor por Alessio cresceu a cada dia, assim como o amor que sinto por nosso filho. Cada semana, ele se tornou mais presente, mostrando sua preocupação e seu carinho com cada detalhe. Ele contratou uma equipe para organizar o quarto do nosso bebê, decorando-o exatamente do jeito que sonhamos. A dedicação dele em preparar tudo para a chegada do nosso filho é uma prova
Alessio Vecchio.Quatro dias depois. Passaram-se quatro dias e Isabella e nosso filho finalmente estão voltando para casa. Durante esses dias, mal saí do lado deles. Isabella estava exausta, então aprendi a cuidar do nosso filho com a ajuda das enfermeiras. Elas me ensinaram a trocar fraldas, a dar banho, e eu estava determinado a ser o melhor pai possível, mesmo sendo completamente inexperiente.Foram momentos assustadores e, ao mesmo tempo, maravilhosos. Assustadores porque eu nunca imaginei que estaria trocando fraldas de alguém. Pensava que, se tivesse filhos, uma babá cuidaria de tudo. Mas agora, com nosso filho, não me importo de fazer essas coisas. Cada erro que cometi foi uma lição aprendida e cada acerto, uma pequena vitória.Além de cuidar do nosso filho, também ajudei Isabella. O parto foi difícil e ela continua se recuperando. Isabella precisava de ajuda para ir ao banheiro e tomar banho. Devido ao parto, ela estava usando fraldas, algo que inicialmente a deixou constrang
Alessio Vecchio.Dez anos depois. Depois de dez anos, posso dizer que minha vida mudou de maneiras que eu jamais imaginei. Tenho agora quarenta e oito anos, enquanto minha linda rainha tem trinta anos. Orion, nosso filho, cresceu bem e tem agora dez anos. É impressionante como ele desenvolveu uma personalidade tão parecida com a minha. Ele é extremamente ciumento com a mãe e, para ser honesto, fico feliz com isso. Enquanto trabalho, ele fica de olho na sua mãe, e sempre me conta se alguém tentou alguma coisa com ela.Orion é um garoto muito inteligente. Na escola, sempre tem as melhores notas da sala. Há dois anos, ele me surpreendeu ao pedir para treiná-lo, dizendo que, quando eu morresse, ele assumiria o meu lugar e protegeria a mãe. Poderia ter interpretado isso como uma ofensa, mas, na verdade, eu me senti bem ao ouvir isso. Saber que minha rainha seria protegida caso algo acontecesse comigo me traz uma certa paz. No começo, Isabella não gostou da ideia, mas Orion conseguiu sua p
Alessio Vecchio. 20:40 — Restaurante. — Portevecchio. Enquanto brindávamos, o restaurante parece desaparecer, e tudo o que importa está na minha frente: minha rainha e meus dois pequenos príncipes. Estamos imersos em nossa bolha de felicidade e amor, quando, de repente, a harmonia é interrompida. Um homem meio bêbado levanta-se de uma mesa próxima, acompanhado por seus amigos, cambaleando em nossa direção. Antes que eu possa reagir, ele esbarra no braço de Isabella, fazendo com que ela derrame seu suco no vestido vermelho. — Oh, desculpe, moça. — Diz o bêbado, com um sorriso idiota no rosto. A expressão de Isabella fica tensa, mas ela tenta manter a calma. — Está tudo bem, Alessio. Não foi nada. — Diz ela, tentando aliviar a tensão. — Não está tudo bem. — Murmuro, levantando-me rapidamente e segurando o braço do homem para afastá-lo de Isabella. O bêbado tenta se desculpar, com medo visível nos olhos ao ver minha fúria. Enquanto isso, um dos amigos do bêbado olha para Isabella
18:00 — Nova Jérsei. — EUA.Isabella Conti.Já faz uma semana que estou aqui, em Nova Jérsei. Vim visitar a minha tia, e também o meu namorado. Nós estamos juntos desde quando eu tinha apenas quinze anos, hoje estou com dezoito, faz três anos que estamos juntos, e ele tem sido um homem maravilhoso. Mas tem um problema, eu sinto que está acontecendo alguma coisa com o Thiago. Como faz uma semana que cheguei aqui, ele mal tem tempo para mim, sempre dizendo que está ocupado, que tem trabalhado demais e que precisa descansar.Sinto que ele não é o mesmo de antigamente, Thiago é dois anos mais velho, trabalha como segurança numa empresa famosa de Nova Jérsei. Estou tentando não desconfiar dele, porque nem avisei que iria passar as minhas férias aqui, queria ter feito uma surpresa para ele. Implorei muito aos meus pais para permitirem que eu viesse aqui, mesmo que eu seja de maior, meus pais são bem protetores e rígidos.Neste exato momento estou na porta da casa dele, tenho a chave reserva
Isabella Conti.Dois anos depois.Hoje está completando dois anos desde que voltei para a minha cidade natal. Estou com vinte anos e, no início, enfrentei uma grande dificuldade ao lidar com a dor da traição. Cheguei até a considerar o suicídio ao descobrir que até mesmo minha própria tia estava ciente do caso entre minha prima e meu ex-namorado. Minha vida estava um caos total, tudo por causa que eu não fiz sexo com ele, mentalidade de merda. Os meus pais apenas vieram me dar sermão, dizendo que eu tinha sido burra por namorar alguém a distância, que a culpa era minha por ter sido traída. Eu não me matei, por causa da minha amiga da escola, que agora é a minha colega de quarto.Ela sempre foi uma mulher independente, vivendo sozinha desde os quinze anos, e devo minha vida a ela. Sou imensamente grata pela sua ajuda; se tivesse permanecido na casa dos meus pais, talvez não estivesse mais aqui. Minha adorável amiga sempre esteve ao meu lado, inclusive me ajudando a encontrar trabalho e