Alessio Vecchio.Quinta-Feira.Dois dias depois. Nunca pensei que sentiria saudade de alguém, mas Isabella consegue me fazer experimentar emoções que eu nunca conheci antes. Tê-la como minha rainha foi a escolha perfeita. Desde ontem de manhã, não nos vimos pessoalmente; apenas trocamos mensagens e ligações. Entendo que ela queira continuar trabalhando, mas, para mim, ela deveria estar apenas na minha cama, sendo cuidada por mim. Desde então, estou sem dormir, ocupado resolvendo uma série de questões. Mal posso esperar pelo sábado, para poder tê-la só para mim, sentir seu doce perfume e tê-la nos meus braços.Pergunto-me o que é esse sentimento. Será que é amor? Amor, uma palavra tão simples, mas que carrega sentimentos poderosos, capazes de nos dar força para proteger quem amamos. Ainda não compreendo totalmente esses sentimentos, mas espero entendê-los em breve.Lembro-me de tê-la nos meus braços, do seu doce aroma, suas curvas delicadas, seu lindo cabelo e seu olhar puro e inocent
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.18:10 — Galpão — PortevecchioEncontro Cezar e Dante me esperando ao lado de fora, próximos ao carro. A dor de cabeça que começou a me incomodar está se tornando uma presença constante, e a falta de sono só a intensifica.— Vamos. — Digo, passando por eles e indo em direção ao carro.Dante abre a porta para mim, e eu entro, sentando-me no banco traseiro. Meu corpo relaxa um pouco ao me acomodar, embora a dor de cabeça persista. Cezar se posiciona ao volante, e Dante se acomoda no banco do passageiro.— Para onde, senhor? — Pergunta Dante, olhando para mim pelo retrovisor.— Para casa. Preciso de um banho. — Respondo, cruzando as pernas e tentando ignorar a dor que pulsa na minha cabeça.Dante acena com a cabeça e liga o carro. O motor ronca suavemente, e ele começa a dirigir de volta para a mansão. Percebo Cezar e Dante trocando olhares discretos; esses dois não sabem ser discretos.— O que foi? Digam logo. — Pergunto, tentando desviar o foco da dor de c
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.Vou dar esse tempo a ela e me concentrar no meu trabalho. Mas eu realmente espero que ela não esteja me traindo, porque sei exatamente do que sou capaz quando a traição atinge o meu coração.O caminho até o cassino foi longo, excruciantemente longo. A raiva ferve dentro de mim, tão intensa que eu poderia matar qualquer um que ousasse respirar na minha frente. Só percebo que chegamos quando Dante abre a porta para mim. Saio do carro e marcho em direção à entrada, desesperado para ocupar minha mente.Assim que entro no cassino, algo chama minha atenção. Vejo várias mulheres ajoelhadas no chão. Devem ser aquelas que Christopher enviou como forma de agradecimento. A dor de cabeça que senti mais cedo retorna com força redobrada.— Por favor, não nos mande para aquele lugar. — Implora a mulher ruiva, com as outras acenando desesperadamente com a cabeça.Aproximo-me de Cezar, que estava cuidando desse caso.— Algum problema aqui? — Pergunto friamente, fazendo-o
Isabella Conti.Sexta-FeiraDuas semanas depois. Durante essas duas semanas, me dediquei exclusivamente ao treinamento de dança. No início, embora eu tenha aprendido rapidamente, acidentes ocorriam frequentemente: caí e machuquei o cotovelo, bati a testa no chão. Mas continuei me esforçando porque quero surpreender Alessio, mostrar a ele o quanto me empenhei. No começo, eu hesitava, mas comecei a gostar de dançar. Sentia-me leve e mais livre; não sabia que dançar poderia ser tão agradável.Tive alguns problemas no trabalho também. Como usava saltos durante os treinos, meus pés ficavam bastante doloridos no dia seguinte. Sem querer, acabei derrubando uma bandeja de comida em um cliente porque meus pés vacilaram.Continuei cometendo erros pequenos, como passar o troco errado por estar distraída, pensando demais. Levei uma bronca do chefe. Durante essas duas semanas, não tive nenhum contato com Alessio. Enviei uma mensagem perguntando como ele estava, mas não obtive resposta. Estou com
Isabella Conti.Sexta-Feira.10:50 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Mesmo hesitando, seguro sua mão e o puxo em direção ao andar de cima. A sensação de sua mão na minha é ao mesmo tempo reconfortante e aterrorizante. Fico feliz que ele não a puxe de volta; apenas me segue, com sua presença ainda esmagadora e intensa.Cada passo que damos ecoa no corredor, e o silêncio entre nós é carregado de incerteza. Minha mente corre com pensamentos e medos, mas me forço a continuar, sabendo que esta é a única maneira de mostrar a ele o quanto me importo e o quanto esses dias longe significaram para algo maior.Ao chegarmos à porta do seu quarto, paro por um momento, olhando para ele com nervosismo e determinação.— V-Você pode me esperar aqui? Quando eu estiver pronta, te chamo para entrar. — Sua expressão se torna ainda mais fria. — Por favor, Alessio. Prometo que você vai entender o motivo.Ele faz um tsk e suspira.— Certo.Entro no quarto e fecho a porta, deixando-o do lado de for
Isabella Conti.Sexta-Feira11:30 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.A revelação brutal de seu desejo é como um choque elétrico, uma mistura de vergonha e excitação que me atinge com força. Olho para baixo e vejo o seu membro duro ainda visível, um testemunho do efeito que tenho sobre ele. — Eu senti a sua falta. — Digo desesperadamente, puxando-o para mais perto de mim. Fico aliviada ao ver de volta seu lindo sorriso de lado.— Eu também senti a sua falta. — A voz dele está carregada de um anseio profundo e sincero. — Você não faz ideia do quanto eu senti a sua falta, minha rainha.Fico surpresa quando ele me pega no colo com uma força gentil, seus braços fortes segurando meu corpo com uma possessividade que me faz sentir um misto de excitação e desejo. Ele me leva para a cama, e a sensação de seus braços ao redor de mim é incrivelmente reconfortante.Quando chegamos à cama, ele me deita com suavidade, seus olhos fixos nos meus com uma intensidade que me faz tremer de ante
Oliver Denis.Meu nome é Oliver Denis. Atuo como segurança na mansão de Alessio Vecchio, mas na verdade sou um espião infiltrado. Trabalho para o senhor Salvatore há mais tempo do que consigo lembrar, sempre dedicado à missão de espionagem. Foram necessários anos para conquistar a posição de segurança na mansão; antes disso, trabalhei no cassino, onde gradualmente ganhei a confiança do temido Alessio. Desde que assumi a vigilância da mansão, observei tudo minuciosamente, mas nunca havia encontrado nada de realmente crucial. Até que, recentemente, algo mudou. Agora, há uma mulher no meio disso tudo.No início, pensei que ela fosse apenas mais uma das mulheres que Alessio costumava levar ao cassino ou para as casas de prostituição. No entanto, algo no comportamento de Alessio me fez questionar essa suposição. Ele nunca havia trazido uma mulher para a mansão antes, e o fato de Isabella Conti ter sido uma exceção despertou meu interesse.A investigação foi desafiadora; tive que ser extrem
Alessio Vecchio.Nunca pensei que recorreria a bebidas e ao cigarro por ter que ficar duas semanas longe de Isabella. Para não ter que ir atrás dela, resolvi me concentrar intensamente no trabalho. Passei a semana toda cobrando dívidas, acompanhando as exportações das drogas, tentando manter a mente ocupada e longe dela. Houve momentos em que o pensamento de usar drogas para me acalmar passou pela minha cabeça, mas sabia que isso poderia levar a um vício, então fiquei apenas no cigarro e na bebida.O cigarro oferecia um alívio temporário, um escape momentâneo do tormento que sentia. O álcool queimava minha garganta, mas a dor de sua ausência persistia. Cada dia que passava, a angústia aumentava, e eu precisava de uma saída para canalizar minha frustração.Passei bastante tempo descontando minha raiva em um saco de pancadas, golpe após golpe, tentando expulsar a raiva e o desespero. Quem poderia imaginar que um dia eu estaria tão fora de mim por causa de uma mulher? Isabella se infiltr