Isabella Conti.Terça-Feira.15:00 — Casa do Alessio. — Banheiro. — Portevecchio.Como já estou nua, ele me coloca com muito cuidado na banheira. Solto um pequeno suspiro de alívio ao sentir o contato da água morna envolvendo meu corpo. Realmente precisava de um banho; embora ele tenha me limpado, nada se compara a um banho de verdade.Faltei ao trabalho de novo... desse jeito, vou acabar sendo demitida. Mesmo não gostando de interagir com as pessoas, preciso ganhar dinheiro. Não quero deixar a Gabi pagando as contas sozinha.Suspiro quando ele começa a passar a esponja pelo meu corpo. Com delicadeza, ele pega meu braço e esfrega suavemente. Observo seu rosto concentrado, notando a cicatriz em sua bochecha.— Como você conseguiu essa cicatriz? — Fico surpresa com a minha própria pergunta. — N-não precisa responder se não quiser — acrescento rapidamente.Ele me olha com aqueles olhos escuros que parecem enxergar minha alma.— Não precisa ficar nervosa, preciosa. Pode perguntar qualquer
Isabella Conti.Terça-Feira.15:20 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Ainda deitada, olho para o teto, surpresa ao admitir para mim mesma que estou, de fato, apaixonada por ele. É difícil acreditar nisso, especialmente depois do desastre que foi meu antigo relacionamento. Preciso contar a Alessio sobre a visita inesperada do Thiago. Não quero esconder nada; relacionamentos com segredos não vão para frente.Levanto-me, pego o celular e rapidamente mando uma mensagem para Gabi, avisando que dormirei aqui novamente. Também aviso a Sophia que estou bem e que explicarei tudo amanhã. Meu corpo continua dolorido; só quero dormir assim, sem vestir nada.Sento na cadeira e observo meu reflexo no espelho. Meu cabelo está uma bagunça, mas penso nos cremes que Alessio comprou para mim. Ele realmente me trata como uma rainha. Suspiro e começo a escovar o cabelo, tentando acalmar meus pensamentos.A lembrança de Thiago me deixa inquieta, mas a presença de Alessio traz uma nova confiança.
Isabella Conti.Terça-Feira.15:50 — Casa do Alessio. — Quarto. — Portevecchio.Ele retira a bandeja do meu colo ao ver que terminei de comer e a coloca em cima do cômodo. Fico surpresa quando ele desamarra a toalha, ficando nu na minha frente. Eu ainda uso a minha toalha, mas ele a puxa com cuidado do meu corpo e a joga no chão. Sobe na cama e me puxa para perto de si. Aceito ir até ele com vontade, abraçando seu corpo e colocando minha cabeça em seu peito. Ah, essa posição é tão boa.O calor da sua pele contra a minha é reconfortante e excitante ao mesmo tempo. Sinto cada batida do seu coração, forte e constante, e isso me acalma. Ele desliza as mãos pelas minhas costas, acariciando minha pele com ternura. Seus dedos traçam caminhos de fogo que me fazem arrepiar.— Alessio… Eu quero te contar uma coisa. — Começo, já me sentindo nervosa.— Diga. — Sua voz é calma, mas ainda tem um tom de ordem.Solto um pequeno suspiro.— Ontem, no trabalho… Meu ex-namorado me visitou. — Engulo seco
Isabella Conti.Quinta-Feira.Dois dias depois. 13:50 — Lanchonete. — Portevecchio.Hoje faz dois dias que não vejo Alessio. Depois da nossa conversa e da revelação de que ele matou meu ex-namorado, apenas passamos a noite juntos. No dia seguinte, fui direto para o trabalho depois de me arrumar na casa dele. Estou surpresa por me dar conta de que estou apaixonada novamente. É reconfortante ser amada e protegida, mesmo que Alessio não tenha dito que me ama. Posso sentir seu afeto através dos cuidados que ele tem comigo. Que homem compraria cremes de alta qualidade para cabelos cacheados e roupas confortáveis exatamente do jeito que eu gosto?Quando cheguei ao trabalho ontem, estava preocupada com a possibilidade de ser demitida. No entanto, meu chefe parecia assustado e me ignorou, o que deve ser obra de Alessio. Sophia me interrogou, e eu contei um pouco sobre o que fiz na terça-feira. Ela ficou radiante de felicidade ao ouvir sobre os cremes, as roupas e o cuidado que Alessio tem co
Isabella Conti.Quinta-Feira17:30 — Lanchonete — PortevecchioEu mal consegui me concentrar no trabalho; a ansiedade está me consumindo com a perspectiva de dançar para o Alessio. A boa notícia é que saímos cedo do trabalho hoje. Neste exato momento, estou me trocando ao lado da Sophia, que está com um sorriso radiante.— Estou tão empolgada para te ensinar a dançar! Pode ter certeza de que seu namorado ficará encantado ao ver a sua linda Isabella dançando sensualmente para ele. — Ela gargalha, com os olhos brilhando de entusiasmo.— Pare, você está me deixando ainda mais nervosa! — Fechei a porta do armário e peguei minha bolsa. — Vamos?— Vamos! — Ela responde, quase pulando de alegria, enquanto saímos da sala dos funcionários.— O Tom já foi embora? — Pergunto, olhando ao redor e não o vendo em lugar nenhum.— Sim, ele disse que tinha algo urgente para resolver. — Ela responde, concordando com a cabeça.Assim que saímos da lanchonete, fico surpresa ao ver Gabi nos esperando na ent
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.Dois dias depois. Nunca pensei que sentiria saudade de alguém, mas Isabella consegue me fazer experimentar emoções que eu nunca conheci antes. Tê-la como minha rainha foi a escolha perfeita. Desde ontem de manhã, não nos vimos pessoalmente; apenas trocamos mensagens e ligações. Entendo que ela queira continuar trabalhando, mas, para mim, ela deveria estar apenas na minha cama, sendo cuidada por mim. Desde então, estou sem dormir, ocupado resolvendo uma série de questões. Mal posso esperar pelo sábado, para poder tê-la só para mim, sentir seu doce perfume e tê-la nos meus braços.Pergunto-me o que é esse sentimento. Será que é amor? Amor, uma palavra tão simples, mas que carrega sentimentos poderosos, capazes de nos dar força para proteger quem amamos. Ainda não compreendo totalmente esses sentimentos, mas espero entendê-los em breve.Lembro-me de tê-la nos meus braços, do seu doce aroma, suas curvas delicadas, seu lindo cabelo e seu olhar puro e inocent
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.18:10 — Galpão — PortevecchioEncontro Cezar e Dante me esperando ao lado de fora, próximos ao carro. A dor de cabeça que começou a me incomodar está se tornando uma presença constante, e a falta de sono só a intensifica.— Vamos. — Digo, passando por eles e indo em direção ao carro.Dante abre a porta para mim, e eu entro, sentando-me no banco traseiro. Meu corpo relaxa um pouco ao me acomodar, embora a dor de cabeça persista. Cezar se posiciona ao volante, e Dante se acomoda no banco do passageiro.— Para onde, senhor? — Pergunta Dante, olhando para mim pelo retrovisor.— Para casa. Preciso de um banho. — Respondo, cruzando as pernas e tentando ignorar a dor que pulsa na minha cabeça.Dante acena com a cabeça e liga o carro. O motor ronca suavemente, e ele começa a dirigir de volta para a mansão. Percebo Cezar e Dante trocando olhares discretos; esses dois não sabem ser discretos.— O que foi? Digam logo. — Pergunto, tentando desviar o foco da dor de c
Alessio Vecchio.Quinta-Feira.Vou dar esse tempo a ela e me concentrar no meu trabalho. Mas eu realmente espero que ela não esteja me traindo, porque sei exatamente do que sou capaz quando a traição atinge o meu coração.O caminho até o cassino foi longo, excruciantemente longo. A raiva ferve dentro de mim, tão intensa que eu poderia matar qualquer um que ousasse respirar na minha frente. Só percebo que chegamos quando Dante abre a porta para mim. Saio do carro e marcho em direção à entrada, desesperado para ocupar minha mente.Assim que entro no cassino, algo chama minha atenção. Vejo várias mulheres ajoelhadas no chão. Devem ser aquelas que Christopher enviou como forma de agradecimento. A dor de cabeça que senti mais cedo retorna com força redobrada.— Por favor, não nos mande para aquele lugar. — Implora a mulher ruiva, com as outras acenando desesperadamente com a cabeça.Aproximo-me de Cezar, que estava cuidando desse caso.— Algum problema aqui? — Pergunto friamente, fazendo-o