Noite de sábado.
Em quarenta e oito horas ultrapassei limites que até alguns dias atrás me afastaram de problemas, sempre simplifiquei tudo, tive liberdade desde a faculdade sobre a área na qual ia atuar. Depois, com as viagens a instabilidade trouxe em vários momentos, muita diversão, e quando queria me sentir de certa forma em casa, era a Ellen quem eu procurava. Portanto, ao embarcar para o Sul em mais uma viagem curta, nada demais, uma entre tantas que ainda faria, o sabor não foi o mesmo, foi ácido. Estava agitado e a concentração para resolver assuntos que exigia a minha presença não era muito latente.
Todos os meus pensamentos e sentidos giravam como uma roleta russa. Cercado por dúvidas ou algo sufocante que apertou meu peito até eu largar tudo e voltar. Procurei uma resposta: o que a garota de boca provocante tinha para desencadear meus planos.
Cogitei o fato de outro homem tocar nela e isso causou uma fúria, um desejo de posse
— Bem-vindos à UP — Théo exclamou durante o percurso que fazíamos nos guiando ao segundo andar.— Eu amo esse lugar.— Passei a amar também — Raica falou eufórica. — Nossa, que noite teremos.A UP realmente era sensacional, dois andares, três pistas e área vip aberta e privada, uma arquitetura de milhões, explicitamente destinada aos milionários. Meus olhos brilhavam como holofotes a cada detalhe que eu contemplava.— Meus amores, este é o espaço de vocês.O promoter parou na entrada de uma área vip e um “UAU” repercutiu em coro.— Meu Deus, Théo, incrível! — falei explorando o espaço. Puta merda! Estava me sentindo muito ricaaaaaa. — Isso vai custar alguma coisa pra você? Porque deve ser caro ficar aqui. — Preocupei-me, o espaço além de
Mas sabia dos riscos que corria sempre que me rendia.Meu corpo queimava conforme a boca que quase não permiti desgrudar da minha, explorava úmida minha carne, me afastei o suficiente para me arreganhar expondo seu banquete, a calcinha que ainda existia, pinicava minha intimidade que pingava de tesão, queria como o ar, ser fodida ali, ser comida de todas as formas existentes pelo homem que me levava ao delírio.— Por que faz assim, David, bate e depois quer fazer carinho?Ele soltou o mamilo sensível, lambendo a extensão do meu pescoço até encontrar o caminho dos meus olhos.— Sou um babaca!— Um babaca que faz merda, não é? Sugou a minha língua, meu queixo…— Mas você não vai ficar com aquele cara. — As íris queimando em contato.— Você está com a Ellen.— Estou com amig
Virei e David estava lá, olhos de navalha cravados no homem ao meu lado, voltei-me para Orion que não se afugentou e ainda por cima deu um passo, o que o deixou à frente e mais próximo do chefe.Meu coração parou.— Por que, David, o que faz aqui?— Não é da sua conta. — David avançou esbarrando em Orion e tocou meu rosto com delicadeza. — Tudo bem?— David, o Orion não…— Ele tocou em você sem a sua autorização, acho que entendeu o recado — falou ácido. — Vamos sair daqui.— Não, David, eu não entendi o recado, pode explicar?Não sei se era eu que estava atônita com a situação, mas a cabeça do David se moveu lentamente ao encontro do homem com olhos desafiadores, a pista estava quente, contudo, o fervor que planou entre eles n&atil
David, todo enigmático, conversou por alguns minutos com alguém pelo celular, em seguida, ainda sem mencionar seus planos, me colocou em seu carro como se eu fosse um presente. O caminho me era familiar, estávamos na direção da empresa, peguei meu celular e enviei uma mensagem para Raica explicando tudo, e outra para minha mãe. Não estava totalmente segura da decisão, mas segui meu coração, me permiti viver aquele momento ao lado dele, e depois…— Quis matar aquele filho da puta quando tocou em você na pista.— Ele rompeu o silêncio, sem desviar sua atenção da direção. — Idiota!— Você estava me vigiando?— Lógico, achou que a perderia de vista? — disse simplesmente. Joguei a cabeça para trás, perplexa.— Nunca tive nada com o Orion. Quis provocar você, quando
Esvaziei a caixa torácica com força, e não tão confiante assim dei um passo contra o medo, impressionante o quão bela era a natureza. Deus pensou em cada detalhe ao desenhar o universo, a paisagem abaixo — o oceano —, calmo, manso, negro, contrastava com a luz da lua. Lindo em todas as suas vertentes, era capaz de nos elevar como um grande tapete mágico. Inconsciente um sorriso frouxo escapou, e David logo prendeu-me em seu corpo quando notou o meu mais sereno. Seu coração batia forte, seu hálito quente vadiava minha orelha e como se não bastasse, ele sussurrou:— Assim que desembarcarmos vou pausar o tempo, pois cada minuto ao seu lado custarão eternos momentos — e assim um beijo doce afundou meu cabelo e nada mais parecia errado como antes.Era a primeira vez que me sentia segura e sem culpa.Era a primeira vez que sentia que tinha tomado a decisão certa
Outra vez, ele me jogou em seus ombros carregando-me até a escadaria para o primeiro andar. Não decorei o caminho que ele tomou pelos corredores, pois pousei o rosto no seu ombro me embriagando com seu perfume. David empurrou a porta com o pé e adentrou no cômodo escuro, iluminando-o assim que me pôs no chão. Corri a visão na enorme suíte em tons rústicos, cortinas e roupas de cama claras, um belíssimo quarto. Dali era possível apreciar a lua que não se resguardou através da porta-balcão que dava acesso à sacada.— Muito lindo aqui — murmurei, dando alguns passos na direção.— Que céu!A noite preenchida por pontos estrelados, refletia como uma grande pintura, inclusive, o clima de excitação também poderia ser rabiscado em uma tela de tão tátil que estava. As mãos quentes do homem
Era tarada por essas putarias cuspidas por ele, não nego. Elas atiçavam, incitavam, me capturavam para o ambiente indecente que construímos.— Puta que pariu! — Seus gemidos roucos me inebriaram. — Gostosa…Outra. E mais outra enterrada rápida. Porra!Sua pélvis chocando minha intimidade, atingindo pontos sensíveis.Peregrinei meus dedos ao encontro do meu clitóris e me toquei.David urrou com a visão que proporcionei a ele.— Minha putinha gostosa. Socou meu ventre.Surrou gostoso.Comeu minha boceta com força. Um fastígio violento devastou-me. Então, gozei gritando seu nome.— Caralho…O homem gostoso se deitou sobre mim, usando a boca para ir ao encontro de tudo que podia, soltei gritinhos quando ele mordeu meus mamilos e depois os sugou como se puxasse seu alimento, permaneceu me comendo dur
O sol da manhã começou a invadir o quarto e desde que Aurora adormeceu nos meus braços o sono não aconteceu para mim, estava confuso, angustiado, sem rumo. Havia algo diferente no meu peito que fez meus quereres frearem nessa garota. Aurora, um mistério embriagante, várias caixas dentro de uma só, queria abri-las devagar e aproveitar cada conteúdo intensamente, sem pressa.Pela primeira vez desejava isso com uma mulher. Era complexa essa conclusão.Ao longo dos meus trinta e três anos estive com diversas mulheres e nenhuma delas, nem mesmo a Ellen, me fez experimentar algo tão puro e louco. Engraçado afirmar, estava viciado nas emoções que ela me permitia sentir, ao mesmo tempo em que queria proporcionar a ela sensações inesquecíveis, marcar meu nome, ser único, pleno, insubstituível.O que me deixava ainda mais perturbado. Como poderia querer tanto? De todas as visões que a vida me proporcionou, aquela, sem dúvida, era a mais privilegiada; Aurora, dormindo solene, nua, sensual, marc