— Linda, tá gostoso… muito gostoso — esganicei e apanhei um punhado do seu cabelo, aquela boquinha macia engolindo meu pau, sua língua circulando minhas bolas, lambendo o comprimento com empenho, era a visão mais excitante. Não controlei o instinto animal e forcei um pouco mais, mesmo que Aurora tivesse demonstrado insegurança no início, havia desaparecido consideravelmente. A garota devorava meu pau e eu o metia profundamente ditando o ritmo. Rugi igual a um lobo quando, sem engasgar, ela autorizou uma enterrada mais brusca que atingiu sua garganta, foi o ápice para mim. — Aurora, que boca, amor… eu vou… — Meu limite estava próximo, fiz menção de me afastar, no entanto, surpreendentemente ela se manteve ali, disposta a engolir todo o gozo que jorrei segundos depois dentro da sua boca. — Caralho… assim você me mata, putinha gulosa. — Ela lan&cce
— David, foi perfeito, obrigada.— Almoçamos amanhã?— Eu… não sei…Ele desligou o carro e se ajeitou no assento para me encarar de um jeito efusivo.— Não começa a fugir de mim, vamos aproveitar.Quando resolvi ceder na boate, melhor dizendo, dar ouvidos ao meu coração que gritava, fiz duas promessas de dedinho. A primeira: ia curtir o momento intensamente, e a segunda: ia apagar tudo da memória logo que a distância sentenciasse a nós dois. Se seguisse o plano não teria erro, não é mesmo?Mas quem disse que havia espaço para o meu lado racional? Quem ditava as regras nessa parada era o meu coração sonhador, apaixonado e meramente corrompido por aquele homem.Um sonho, intitulei assim o que vivemos em Angra. Não queria acordar, mas tinha, inevitavelmente eu tinha. Por mais que me esforçasse a esquecer que David e eu éramos chefe e funcionária, por mais que tentasse submergir aquela realidade, ela sempre ressurgia como um aviso, ou até
Pisei no andar do marketing, cumprimentei a recepcionista e fui direto para minha mesa, Orion, e Raica não estavam nas suas, deixei minhas coisas ali e corri para a copa, café era a minha maior necessidade. Enchi uma xícara, sentei-me numa mesa escondida no canto e, antes de sorver o líquido fumegante, uma voz virou meu rosto rápido demais:— Bom dia!Meus olhos de trena, mensuraram descarados o homem perfeito que parecia ter saído de uma capa de revista. Como ele conseguia ser tão lindo pela manhã? Puta que pariu! Suspirei, engoli a baba e cobicei como uma cadela a composição escorada no armário a alguns passos de mim — terno azul escuro, camisa branca sem gravata, cabelos com seu penteado único, sorriso safado e o olhar devorando a minha alma —, bebi um gole do café, talvez assim tivesse força para respondê-lo.— Aurora?— Bom dia, David. Estou distraída e envergonhada… e… cheia de trabalho — gaguejei, ridícula, trêmula. — Melhor eu finalizar isso aqui
— O que faz aí parado? — Ellen perguntou assim que entrou.— Olhando um pouco para São Paulo, só isso. — A presença da Ellen não impediu que eu continuasse a apreciar a imagem.A vista era belíssima, uma visão geral da metrópole paulistana, além do fato das recordações, estreei essa sala com chave de ouro. Se a Aurora soubesse como aquela noite mudou minha direção — pelo sexo, pela pele, pelo perfume, pela garota — por um conjunto de fatores.Criei uma cultura própria, sempre fui fascinado por experimentar, explorar, simplesmente viver. Trabalhar com criação possibilitou conhecer o mundo, culturas, crenças, mulheres, por onde passei experimentei ao máximo. Talvez esse fosse o ponto, estava tentado, incessantemente vidrado em experimentar as sensações proporcionadas com a Aurora. Praticamente domado com cada descoberta.O chão se abriu quando Valéria anunciou minha agenda, melhor dizendo, proclamou minha partida. A linda garota não disfarçou o olhar triste
Antes de ocuparmos uma mesa, conversamos com a Duda, meu coração partiu em mil e um pedaços com a situação em que se encontrava seu filho, Enzo. Com apenas seis anos o garotinho tinha uma doença cruel, a situação era muito grave e a Duda se encontrava à beira do desespero. Como de costume, o Retrô-Chill estava lotado, então não foi possível ter conhecimento de mais detalhes, a garçonete logo atendeu o nosso pedido e correu atarefada com outros chamados. Raica comentou em relação à minha fuga da UP:— Orion foi embora após se sentir completamente deslocado, ele topou o rolê por sua causa e como a senhora montou no cavalo branco do chefe, não tinha mais porque ele permanecer ali, de mãos abanando.Por sorte, Raica garantiu que ele não mencionou o embate com David aos rapazes. Agradeci mentalmente por ter sido discreto
— David é um cliente antigo, Aurora. — Ela respirou fundo. Por que ela respirou fundo? — Tudo bem? — perguntou para ele.— Tudo. — Seco e taxativo. — Nós já vamos, com licença.Pegou em seu bolso uma nota de cinquenta reais e deixou sobre a mesa, nem consegui reagir às suas ações, acompanhei o executivo que saiu do Chill sem o brilho que entrou. Duda, por sua vez, permaneceu intacta só observando como se… não sei. Não tinha resposta para a situação inusitada.— David — disse e parei antes de chegarmos na frente da empresa.— O que foi aquilo?— O quê? — desconversou. — Só lembrei de uma reunião, então apressei um pouco, desculpa.— Reunião?— Sim, reunião, vou na frente, ok? Busco você na universidade, me liga quando estiver pronta. — Ele forçou um sorriso, beijou meu rosto e disparou na frente.Com as vozes de David Queen:Entornei o vinho nas taças sobre o balcão, observando a linda garota sentada no sofá da sala. Aurora estava tímida e acanhada, se encolheu no estofado e percebi se
O efeito Caio transformou seu rosto, fui um imbecil por tocar no assunto que mudou da água para o vinho o humor da garota. Ela se desvencilhou dos meus braços e apoiou no parapeito.— Quer contar o que aconteceu?— Caio foi o meu primeiro tudo, namoramos durante quatro anos e o peguei na cama com a minha melhor amiga, simples assim.— Uau! — sibilei, digerindo. E quis abraçá-la ou até mesmo arrancar a recordação do seu peito. Caralho, por que toquei naquele assunto? — Faz quanto tempo que esse filho da puta magoou você?— Tudo aconteceu e acabou há dois anos. Depois da facada nas costas meu foco passou a ser a WIS. — Ela deixou sair um ar atenuado. — E continua sendo, ainda mais depois que… você for embora.Entramos na vertente, uma hora ou outra teríamos que desencadear esse assunto. Na ilha, em dois momentos ela quis conduzir a atenção da conversa para esse foco, não dei continuidade, cortei, pois a ideia era aproveitar a intensidade do que vivíamos. Mesmo ciente das mudanças intern
— Você está falando sério, não é uma brincadeira?David me olhou com uma certa indignação pela dúvida. O que ele queria? Tudo tão imprevisível para uma única noite, nunca passou pela minha cabeça tal possibilidade, estava preparada para uma despedida, não um começo.— Não estou brincando, quero você.Respirei a intensidade e não podia negar, uma explosão ímpar atingiu cada partícula do meu ser, era sério…, CARALHO! Bem que… ah, não! A razão batendo na porta. Tem momentos como aquele em que eu deveria só agir, mas não, pensei um pouco na conversa com a minha mãe, na sala da Ellen, na ilha, no que falamos poucos minutos antes, tudo se misturando, fazendo uma grande algazarra na minha cabeça.Caramba, ia surtar.— Aurora, você não me quer na sua vida? — indagou em tom baixo, quase desolado. Visto que minha fisionomia não camuflou os pensamentos que balburdiava meu subconsciente. — Eu achei que tínhamos algo, me enganei?— David, não — segurei s