— Você está falando sério, não é uma brincadeira?David me olhou com uma certa indignação pela dúvida. O que ele queria? Tudo tão imprevisível para uma única noite, nunca passou pela minha cabeça tal possibilidade, estava preparada para uma despedida, não um começo.— Não estou brincando, quero você.Respirei a intensidade e não podia negar, uma explosão ímpar atingiu cada partícula do meu ser, era sério…, CARALHO! Bem que… ah, não! A razão batendo na porta. Tem momentos como aquele em que eu deveria só agir, mas não, pensei um pouco na conversa com a minha mãe, na sala da Ellen, na ilha, no que falamos poucos minutos antes, tudo se misturando, fazendo uma grande algazarra na minha cabeça.Caramba, ia surtar.— Aurora, você não me quer na sua vida? — indagou em tom baixo, quase desolado. Visto que minha fisionomia não camuflou os pensamentos que balburdiava meu subconsciente. — Eu achei que tínhamos algo, me enganei?— David, não — segurei s
Trouxe a Aurora para o quarto e aplaudi meu autocontrole, meu desejo era fodê-la assim que a acomodei na cama, mas contive, priorizei levá-la à loucura com alguns orgasmos primeiro. Bati uma punheta no tempo em que a admirava nua. Que mulher gostosa! Sua pele brilhava com resquícios de espuma pois não a enxuguei completamente, olhos envolventes, mamilos vermelhos e enrijecidos com meus chupões, barriga negativa e uma virilha depiladinha para o meu regalo. Apoiei os joelhos na beirada da cama e puxei suas pernas, escancarei-a em seguida e quase gozei com a imagem suculenta daquela boceta rosada pingando desejo.Fui com calma, estava muito ansioso.Primeiro beijei sua boca, sugando sua língua, selvagem, sedento por seus lábios, um beijo demorado, intenso e molhado, enquanto meu pau friccionava as fendas quentes e úmidas. Aurora gemeu, se contorceu, até implorou, mas estava só começando. Tr
Meus dedos subiam e desciam na extensão da coluna suada, era maravilhoso, permaneceria horas apreciando o corpo que moldou todos os meus desejos. Ainda assim não seria o bastante. Acariciei a tatuagem delicada e passei a observar seu silêncio, ela se entregou aos carinhos de olhos apertados, respiração suave, rosto corado e traços repletos de fascínio.— Você vai ficar mesmo? De verdade?— Olhe pra mim. — Ela o fez. — Ainda tem dúvida?Era possível ela ainda não acreditar nas minhas intenções?— Não sei, quem sabe sonhei acordada.Beijei sua bunda e dei um tapa marcando a região.— Você não estava sonhando, linda. Tudo que disse antes vou repetir agora, quero você na minha vida.— E como vai ser, David? Vamos manter segredo, né?— Por quê? Nã
— Amada, como fico sabendo pela recepcionista que a senhora é um caso do chefe?Cobri o rosto com as mãos, revoltada, puta da vida com o infeliz do Orion.— Raica, o andar inteiro sabe?— Não tenho certeza, mas se a recepcionista me falou sem ter tanta intimidade comigo, provavelmente espalhou pra geral. Só me conta, o que houve, não era segredo?— Era para ser, mas seu chefe estragou tudo. Ela uniu as sobrancelhas.— Ah?— Bem, estava abafando as desconfianças de Orion na copa, até aí tudo bem, o convenci que David e eu éramos só amigos e ele pareceu acreditar, só que me puxou para um abraço bem apertado no exato momento em que o CMO brotou como um fantasma, muito bravo na porta e flagrou a cena. — Raica arregalou os olhos e eu esvaziei a caixa torácica.— Foi então que ele me beijou.<
De repente fui bombardeado por diversos ângulos, sendo obrigado a dar satisfação e explicar minhas decisões. Porra, eram minhas escolhas, ninguém tinha o direito de contestá-las. Ellen fez o inferno vir a mim, anunciou para os meus pais meu envolvimento com a Aurora, além de comunicar diretamente ao Nicholas, que só pisou na WUC para perturbar meu autocontrole com provocações. Doze meses, tempo e distância necessários, desde a última vez que trocamos alguns socos no Natal da família, prometi ali, que faria o possível para evitar tal comportamento, era morte ver os olhos tristes de Sara.— Pai, eu tenho o direito de decidir com quem fico, onde fico e o tempo que fico. Qual é o grande problema, afinal? — questionei alterado, após ouvir sua negativa incessantes vezes.— É uma funcionária bolsista, David. É o suficiente
— Devia ter ligado, Aurora... — Raica esbravejou, quando entramos na sala. Poucos lugares estavam ocupados, então ela pôde brigar comigo sem ser considerada uma louca.Depois da indisposição respiratória que tive no banheiro — que durou cerca de vinte minutos — me recompus, retornando imediatamente para minha mesa. Não avistei o casal que me torturou por alguns minutos, foquei nas tarefas e trabalhei até a hora de vir para a faculdade. David enviou uma mensagem informando que estava com diversas pendências por conta da troca brusca de itinerário, mas que me buscaria na universidade para conversarmos. Até então, não havia decidido se contaria a conversa ou troca de farpas que tive com seu irmão e a Ellen. Talvez fosse melhor não falar nada, evitar confusão em torno do que só estava no início — nossa relação — que
O quarto estava trancado, mas as vozes atravessavam a madeira e perambulavam pelo cômodo, como fantasmas enjaulados, me cercando, amedrontando. Sentei-me no canto da cama e abracei o joelho na tentativa de me proteger das palavras gritadas, batidas. Minha mamãe chorava, minha vovó também e passei a compartilhar de tudo aquilo mesmo estando longe.— A Aurora não vai a lugar algum com você.— Quero a minha filha, Ana.— Nuncaaaaa! Deixe minha filha em paz — mamãe gritou e algo caiu com força no chão, ao mesmo tempo a voz doida do homem mau explodiu tão forte que senti a casa estremecer.— Eu vou acabar com você, sua vagabunda…— Vai para o inferno, Hélio.— Eu vou te matar, sua vaca. Nãoooooooo…Corri até a porta e mesmo s
O médico atestou para que eu descansasse em casa, podendo retomar às atividades normalmente no dia seguinte — mal havia começado a trabalhar e já estava entregando atestado, vê se pode. David achou que poderia fazer o mesmo — e pôde — permanecendo ao meu lado o resto da tarde, me mimando com carinhos. Assistimos filme, almoçamos e fomos interrompidos algumas vezes pelo seu celular que não parou de tocar. Dona Ana tirou o dia de folga e descansou em seu quarto nos dando privacidade.Não nego, achei estranho, mas não reclamei.Em algum momento do dia Raica me ligou megapreocupada, expliquei o ocorrido como um mal-estar, ela fingiu acreditar. Infelizmente, Athos Garbo, o amigo policial de David, estava fora do país e incomunicável, sendo impossível colocá-lo a par dos acontecidos e com isso ter seu respaldo profissional.Quem tem dinheiro tem, quem n&at