Olívia— Eu não sei se isso é uma boa ideia, Olivia. Estou nervosa pra caramba com tudo isso. Tem certeza de que quer fazer isso? — Barbara resmunga nitidamente preocupada. Contudo, me preocupo em abaixar a minha blusa, ajeitando-a da melhor maneira no corpo para ter a certeza de que está tudo no seu devido lugar.— Não tenho, mas eu preciso fazer isso. Agora repita tudo o que eu te pedi — peço e ela respira fundo.— Ok, você vai ao encontro daquela maluca e eu espero cerca de meia hora para fazer uma ligação para Athos.— Não esquece de usar uma desculpa bem convincente.— Claro, eu já tenho algo em mente.— Certo. Vou deixar o meu celular em cima da mesa dele. — respiro profundamente tentando manter a calma. — Céus, espero que dê tudo certo! — resmungo. Contudo, um sinal de mensagem me faz parar na metade do caminho para o escritório e apreensiva pressiono os lábios.... Mudança de planos, quero te ver agora!— Merda, será que ela está desconfiada de algo?— Eu não sei, mas já está
Olívia— Eu sei exatamente quem você é, Estela Constantine. Você é uma mulher sem escrúpulos, uma mentirosa aproveitadora que sabia exatamente quem era Athos Mazza antes mesmo de conhecê-lo e lógico que você, e o seu amante de merda já tinham um plano perfeitamente traçado antes do tal “encontro casual”. Eu não duvido disso, a final Athos era um alvo perfeito para os joguinhos sórdidos de vocês. Jovem, bonito, milionário, um futuro advogado promissor e muito, muito ingênuo. Diferente de Artêmis que sempre esteve atento a tudo ao seu redor, principalmente sobre o seu caso com um gigolô que diz ser o seu namorado apenas para usá-la nos seus joguinhos de prazer. — Ela sorri com sarcasmo.— Ok, eu a subestimei, você não tem nada boba. — Arqueio as sobrancelhas.— Artêmis percebeu quem você era assim que pôs os seus olhos em cima de você e se uniu a sua mãe para tirá-la de vez do caminho do seu irmão, mas era tarde demais, não é? O estrago já estava feito. E mesmo assim ela te ofereceu mui
Athos— Pronto, irmão? — Artêmis pergunta quando o carro para em frente aos portões largos de ferro pintados de branco e no mesmo instante os meus dedos apertam com força o buquê de flores brancas em minhas mãos, à medida que solto o ar pela boca. Assim que saio do carro os meus olhos se erguem para a placa larga logo acima.Cemitério Vale das Rosas.Essa é a primeira vez que ponho os meus pés aqui após a sua triste despedida e diferente do que eu esperava hoje o meu coração não está oprimido, não estou afundando em angústias e menos ainda em dor. Saber que eu não causei aquele acidente realmente é libertador. Contudo, estou sendo consumido pela raiva agora, a final, eu permiti que toda aquela tragédia acontecesse. Contudo, é o ódio que está envenenando o meu sangue.— É por ali. — Artêmis aponta um caminho verdejante para mim, mas estou focado no seu silêncio, na paz que esse lugar nos traz quando ele deveria trazer tristezas e dor. Um nó começa a sufocar a minha garganta quando para
Athos— Eu também — sibilo com um suspiro os observando. — Kim e Olívia estão brincando com os meus filhos na grama, Romão está envolvido em uma conversa profissional com a Barbara e com a Anne, e a Victória como sempre mimando o meu irmão gêmeo.Eu tenho uma nova família agora, mãe e eles trouxeram a alegria de volta a essa casa.— Que tal uma dança, Senhor Mazza? — desperto quando a Olívia pede entrando no meu campo de visão. Respondo-lhe com um sorriso satisfeito e ali mesmo envolvo a sua cintura, e começo a nos embalar— Eu estive pensando...— Espero que não venha me falar sobre a Estela e esse novo caso de vocês outra vez. É sério, esse é um momento de alegria para todos nós e não acho que ela deveria ser o centro das nossas atenções por agora.— E você está certa, senhorita Martin, mas não é sobre isso que eu quero falar.— Hum, nesse caso sou toda ouvidos, Senhor Mazza.— Eu quero me casar com você, Olívia.— Eu sei disso e eu também quero muito fazer isso.— Quando? — Ele mex
OlíviaSemanas depois...— Hum! — gemo baixinho me espreguiçando em cima do colchão e quando abro uma brecha de olhos percebo o dia já claro lá fora. Com um sorriso languido, estico o meu braço, passando a mão do seu lado da cama, o encontrando completamente vazio. Bufo de frustração quando olho para as horas e percebo que ela já se foi. Hoje é a primeira audiência de acusação de Estela Constantine, mas também é o dia que iremos a loja Lapel Noivas para escolher o meu vestido. Pensar nisso me faz ampliar o meu sorriso. Portanto, salto para fora da cama e corro para o banheiro. O plano é o seguinte: banho – café da manhã – algumas horas de brincadeiras com os meninos – banho – almoço e escolha do vestido. Quanto aos preparativos do casamento tudo será como uma grande surpresa, já que Athos está cuidando dos detalhes pessoalmente e como ele mesmo disse, não tenho que me preocupar com nada.— Animada para escolher o seu vestido de noiva? — Tia Ju pergunta assim que me acomodo em uma cade
Athos— Um brinde ao mais novo homem de família! —Andreas diz erguendo o seu copo no ar.— Ainda não acredito que você vai se casar, cara! — Henrico comenta me fazendo rir.— Então, eu passo dois meses na Europa e quando volto encontro o seu convite de casamento? Fala sério, quem foi a felizarda que roubou o seu coração, meu amigo? — Andreas envolve o meu ombro com essa indagação, porém, não tenho tempo de respondê-la.— Eu respondo essa! — Romão se adianta e a empolgação na sua voz arranca algumas risadas. Pois é, estamos em uma despedida de solteiro e os meus amigos, além de alguns funcionários e sócios também estão aqui. Devo mencionar as garotas? Não, até porque planejo ficar bem longe delas. — Vocês precisam ver o quanto ela é linda e gostosa... — Desperto dos meus pensamentos com o final dessa frase e não consigo evitar o olhar assassino para o meu amigo. Contudo, ele ergue as mãos em redenção e se afasta um pouco cautelo. — Com todo respeito, meu amigo! — Romão completa a frase
Na manhã seguinte...— Oh, merda! — resmungo dolorosamente quando abro os meus olhos e sinto a minha cabeça latejar furiosamente. Uma rodada de dez shots após errar algumas perguntas daquela lista interminável sinto que não quero beber nunca mais na minha vida. — Amor? — resmungo passando a mão do meu lado da cama, porém, o sinto vazio e atordoado ergo a minha cabeça para olhar ao meu redor. — Olívia? — Uma batida na porta do quarto me faz sentar no colchão e percebo que ainda estou vestido com as roupas da noite passada. — Entre! — A porta se abre e o meu irmão passa por ela com um tom esverdeado na pele.— Estou fodido! — Ele resmunga com desânimo e eu não seguro uma risada descontraída, que faz a minha cabeça latejar novamente. — Como eles puderam fazer isso com a gente?— Isso se chama despedida de solteiro, irmão. Viu a Olívia por aí?— Acho que ela saiu com as meninas. Essa casa está parecendo um cemitério de tão silenciosa. — Olho para o relógio em cima do criado mudo.— Acho q
Athos— OLÍVIA!! — grito subindo os degraus com pressa e invado o nosso quarto encontrando o buquê de lírios brancos largado de todo jeito no chão e apenas um pé do seu salto alto está aqui. Em pânico engulo em seco e procuro algum vestígio que me diga o que realmente aconteceu aqui nesse quarto. — Como ela estava quando vocês a deixaram? — pergunto para Kimberly que entra no meu campo de visão assim que me viro para a saída.— Feliz. Ela só falava no momento que entraria naquela igreja e que o veria lá. — Sinto as minhas pernas fraquejarem.— QUE MERDA ACONTECEU AQUI?! — berro alto e em desespero. — Você não viu nada, Romão? — Ele faz um não com a cabeça.— Eu estava a esperando do lado fora da casa.— É impressão minha, ou tem cheiro forte aqui dentro? — Artêmis comenta assim que entra no cômodo. E curioso, aspiro profundamente o ar tendo a mesma percepção. Fecho os meus olhos apertando com força as pálpebras.— Alguém a tirou daqui. Alguém a tirou de mim! — digo sentindo as minhas