Olívia— Oh, céus como você consegue fazer isso? — resmungo completamente ofegante após um orgasmo de arrasar quarteirões. Satisfeito com o meu comentário, Athos se deixa cair ao meu lado e sorrindo, ele encara o teto.— E então? — indaga entre uma respiração e outra, e intrigada ergo parcialmente o meu corpo, apoiando a minha cabeça em uma das mãos para fitá-lo com uma nítida interrogação.— Não está usando o sexo para me convencer a vir morar na sua mansão, não é? — Ele me lança um olhar divertido e me beija rapidamente em seguida.— Assim você me faz sentir sujo, Senhorita Martin! — ralha com diversão.— Athos, é sério isso?! — O repreendo, mas é impossível não rir desse seu jeito descontraído que devo admitir, estou amando.— Pense comigo, Olívia. Você vai poder dormir todas as noites com os meus beijos e acordar eles todas as manhãs, hum? Sem falar nesse corpo espetacular que estará ao seu dispor sempre quiser. — Não segura uma risada sonora.— Você nem é pretencioso. — O ataco c
Olívia Não é um grito, mas o seu rugido ecoou tão alto e tão forte dentro dos meus ouvidos que me fez estremecer inteira. — Athos, eu posso explicar! — Suas sobrancelhas grossas se unem de uma forma assustadora e receosa, recuo um passo para trás. — Eu fui conversar com o Edie... — Senhor Duran! — Lanço lhe um olhar confuso. — Como? — Para você ele é o Senhor Duran! — Ele rosna entre dentes. — Eu só... fui lá para dar um basta. — Athos arqueia as sobrancelhas de uma forma sarcástica e eu reviro os olhos internamente. — Eu pensei que já tinha dado um basta nesse assunto com ele. — Você não o conhece como eu o conheço. Ele precisava ouvir isso de mim, entende? — Então ele sorri, mas de um jeito bem maldoso. — E para dar um basta vocês precisavam se beijar? Que merda você está tentando me dizer, Olívia?! — Dessa vez ele berra e eu me sinto agitada. — Não grite comigo! — Solto um rugido baixo o enfrentando. — Foi um beijo inesperado e se o Senhor o viu acontecer, deve visto o mom
Olívia— Eu tenho um plano, Senhor Mazza. Você entra primeiro no escritório, age feito um idiota com todos os seus funcionários como sempre faz e eu chego logo em seguida, servindo o seu café — digo assim que ele para em frente a Mazza Law e Order.— Nem pensar! — Meu namorado ruge feito um leão feroz e eu bufo contrariada.— Athos, todos vão falar.— E qual é o problema?— O problema é que eu sou a novata da empresa e já estou pegando o chefe!— Hum, isso soa um tanto interessante, Senhorita Martin! — Ele brinca e eu reviro os olhos. — O que você sugere e por favor não me venha com essa de eu entrar primeiro e você vir depois.— Ok, nada de pegar na minha mão durante todo o expediente e não ouse me tratar diferente dos demais funcionários. Aqui eu sou a sua secretária e você é o meu chefe.— Isso é ridículo, Olívia!— Eu sei, mas será só por alguns dias.— Promete? — Sorrio.— Eu prometo. — Após esse empasse que terminou a meu favor saímos do seu carro e adentramos o hall da empresa
Athos— Como você está? — pergunto assim que entro o quarto do meu irmão, fechando a porta atrás de mim, enquanto o olho perdido em pensamentos na pequena sacada. Ele parece despertar quando escuta o som da minha voz e se afasta um pouco, virando-se para me olhar. É nesses momentos que eu me arrependo de tudo que fiz. Ver essa dor nos seus olhos, no rosto levemente distorcido. Com certeza ele estava pensando nos seus momentos de glória. Aqueles que inconscientemente roubei da sua vida.— Como você acha que eu estou? — Ele retruca com uma irritação palpável e eu volto a me martirizar. — Aquela garota é... irritante! Como ela pode agir daquela maneira? Será que ela não percebe?! — Franzo o cenho para essa frase.— Ela não fez por mal, Artêmis. — Tento defendê-la, mas ela bufa audivelmente e a sua cadeira logo o guia para o outro lado do quarto.— Só a mantenha longe de mim, Athos. Não quero ser tachado de intolerante quando ela é a causadora de toda a minha frustração!— Tudo bem! Aliás
Athos— O que você acha? — indago enquanto o meu amigo lê as mensagens.— Com certeza é ela. — Ele ralha e eu entorno a minha bebida. — O que pretende fazer, Athos? — Solto uma respiração alta pela boca.— Eu não sei. Ignora-la talvez?— Acha que ela vai deixar isso barato? — bufo audivelmente.— Logo agora que tudo está indo tão bem! — resmungo contrariado.— Como assim, logo agora? Cadê aquele meu amigo autoritário? Aquele que não permite que ninguém se meta na sua e nem nas suas decisões? — O encaro fixamente.— E se eu cair, Romão?— Não estou acreditando no que estou ouvindo, Athos! Pare para se perguntar: o que você sente pela Olívia? — Dessa vez quase me engasgo com a minha própria saliva e incomodado com essa pergunta me mexo em cima da cadeira.— Eu... a amo! — digo meio hesitante e céus, nunca foi tão difícil falar uma frase tão curta! — Puta merda, como é bom dizer isso em voz alta! — rosno me sentindo aliviado e o meu amigo sorrir para mim.— Então está aí a sua resposta,
Olívia— Você está linda! — Ele resmunga sorrateiramente passando rapidamente do meu lado, me aquecendo apenas com o seu sussurro. Portanto, respiro fundo e olho ao meu redor, constatando cada funcionário focado no seu trabalho e tento fazer o mesmo, mas eu garanto. Não está fácil não.— Olívia, pode fazer algumas xerox desses arquivos para mim? — Barbara pede se aproximando da minha mesa e me despertando desse meu estado alucinado. Portanto, forço um sorriso profissional para ela.— Claro. Você tem pressa de recebê-los? É que eu preciso levar um café para o meu chefe... — Nossa, estou ficando descarada e mentirosa! Mas o que posso fazer se manter a distância é quase impossível? Contudo, o olhar que a minha colega me lança me deixa um tanto sem graça. Ela já sabe, é claro que sabe. A final Athos Mazza é um poço de águas transparentes agora.— Só não demore muito, ok?— Ok! — sibilo com um sorriso de boca fechada para ela e imediatamente corro para a copa. Preparo uma xícara de café e
Athos— Você se lembra de quando nos conhecemos? — Ela pergunta me dando as costas e caminha pelo meu escritório como se nada tivesse acontecido entre nós algum dia. A porra toda é que estou olhando-a atentamente e nada. Não sinto o costumeiro impacto da sua presença como ela sempre fazia acontecer. Pela primeira vez sinto que o seu poder não me atinge, que não sou mais o seu fantoche, que o seu jogo de sedução não é mais capaz de me envolver. Contudo, a raiva que ela me faz sentir agora é monstruosa.— Como poderia me esquecer? — Me pego respondendo a sua pergunta. Então ela me olha e sorri. Contudo, permaneço sério.— Foi o esbarro que mudou a minha vida. — Você não faz ideia do quanto mudou a minha também. Penso.— O que você quer de mim, Estela? — Não detenho o tom frio que sai da minha boca.— Como assim, o que eu quero, docinho?— Não me chame de docinho! — exijo com um rangido entre dentes, fechando as minhas mãos em punho.— Eu sei que está com raiva de mim, mas acredite, eu n
OlíviaAbrir os olhos na manhã seguinte com um sorriso gigante nos lábios foi muito fácil. Contudo, ao arrastar minha mão pelo colchão e sentir o seu lado vazio me fez virar e olhar ao meu redor a sua procura.— Athos? — Chamo, mas só recebo o silêncio do cômodo. Entretanto, olho para o relógio em cima da mesa de cabeceira. — Merda, Athos por que você não me chamou? — Salto imediatamente para fora da cama e corro para o banheiro. Lembrar de nós dois na noite passada me faz sorrir me sentindo meio travessa. A maneira como entramos no nosso quarto deixando um rastro de roupas espalhadas pelo chão. A urgência de ter de tocar um ao outro, quando fazia tão pouco tempo que havíamos feito amor dentro do carro. A necessidade de dar e de receber prazer. A explosão de sensações que nos consumiu por inteiro, os sons que fazíamos. Penso que também já não consigo mais viver sem ele e que se algo lhe acontecesse, faria o meu mundo inteiro desabar. No final, o meu ogro carente fez um pedido que me d