Fritz e eu estávamos em uma sala separada do Eulenbau. Parecia uma sala normal, mas era onde Brandt guardava todas as armas dos corujas, ele as colocava dentro de um freezer que não funcionava mais. No momento escolhiamos quais usar nessa noite, mas pra falar a verdade estávamos conversando ao invés de fazer qualquer outra coisa.
- Lembra daquela garota de ontem que conhecemos no bar? Ela se interessou em você. Devo dar seu número à ela?- Perguntou Fritz.
- Não precisa se dar ao trabalho.
- Tem certeza? Ela é bonita.
- Por que você não sai com ela então?
- Eu até faria isso, mas ela prefere você...
- Você não parece muito feliz em dizer isso.
- Pois é...
- Nunca vá um bar com alguém mais bonito que você.
- Mais bonito? Até parece. Ela que deve ter um gosto estranho. A propósito, vai querer sair com ela ou não?
- Não, eu tô bem. Não tenho tempo pra essas coisas agora.
Ele me observou como se estivesse querendo me entender.
- Imaginei que fosse dizer isso. É que... Sabe, você gasta tempo demais bolando idéias pra libertação de Luniantes que as vezes eu sinto que você pode deixar passar algumas coisas legais da vida.
- Lá vem você com esse papo de eu gasto tempo demais pensando...
- Mas é verdade.
- Pode até ser, mas relaxa, eu não estou deixando de viver a vida.
- Mesmo?
- É sério, e em relação a garotas, eu estou apenas esperando por aquela certa, só isso.
- Ah, claro. Só que você é tão exigente com elas que parece até que você está esperando por uma garota que não existe.
Não respondi nada. Ok, talvez eu fosse um pouco exigente, mas se parar pra pensar bem, se fosse pra gastar tanto tempo da nossa vida com algo, tinha que valer muito a pena, e um relacionamento requeriria tempo... E aliás, isso não era exatamente algo importante pra se pensar agora.
Eu me virei para o freezer pra poder finalmente começar a escolher que armas iria usar. Fritz reparou em uma espada embainhada em minhas costas.
- Você vai levar essa espada aí?- Ele perguntou.
- Vou, por que?
- A gente vai pra uma batalha com armas de fogo, você sabe. Não dá pra fazer muita coisa com ela.
- Não é pra lutar.
- É pra que então? Pra parecer legal?
- É um presente do meu pai, sabia?
- Eu sei, você me falou.
Desembainhei a espada e fiquei olhando um pouco para a lâmina.
- Estou usando como um amuletos da sorte. É como se meu falecido pai estivesse olhando por mim, lá hoje. Ele iria querer lutar essa batalha também.
- Uau, falou bonito. Me sinto até mal por ter perguntado.
- Ah, para.
Julia nos interrompeu entrando na sala.
- E então rapazes? Temos um trabalho pra fazer. Vocês podem conversar depois que isso tudo acabar.- Ela disse.
Julia estava vestindo uma camisa vermelha e branca com uma coruja estampada, nela estava escrito "Corujas da Cidade Central".
- Que droga de camisa é essa?
- Gostou? Eu que mandei fazer. Tem as cores vermelhas e brancas de Luniantes com a foto de corujas, que somos nós: Os revolucionários que vão mudar esse país pra sempre.
- Você mandou fazer camisas personalizadas?
- Claro que sim! Espero que tenham gostado porque eu mandei fazer pra vocês também.
- Nós não vamos usar isso.
- Você sabe que vocês vão né? Se eu convenci todo mundo a usar, eu convenço vocês também.
- Sabe que ela não vai desistir né?- Disse Fritz já conformado.
- Sei...
- É isso aí!- Comemorou Julia. - Agora se troquem e vamos, está quase na hora. O resto do pessoal já está no ponto de encontro.
Nos trocamos mesmo contra nossa vontade e dessa vez, rapidamente pegamos nossas armas e fomos com Julia.
Já estava de madrugada, por isso quase não tinham guardas nas ruas. Passamos sorrateiramente até chegarmos na entrada para a cidade baixa, ali estavam nossos companheiros, cerca de uns quinze soldados.
Meu coração estava batendo acelerado. Havia finalmente chegado o momento.
Berthold tomou a frente.
- É isso, gente. Hoje gravaremos nosso nome na história.
Respirei fundo e junto de meus companheiros entrei pela passagem que o velho Noah nos indicou.
Dentro do esgoto, o caminho era linear, então avançamos tranquilamente. Nossa passada era lenta, para garantir que não fizéssemos nenhum barulho que alertasse alguém. O cheiro era horrível, mas era de se esperar, visto o lugar que estávamos. Por enquanto, nenhum sinal de guardas, ou seja, tudo estava seguindo como planejado. Seguimos por mais ou menos 15 minutos até vermos uma bifurcação, mas graças ao mapa de Brandt soubemos qual lado entrar, passamos por várias bifurcações até chegar novamente em um caminho linear, então continuamos avançando.
- Já devemos estar perto do palácio.- disse Júlia.
- Sim, estão. Pena que vocês não darão mais nenhum passo.- Disse uma voz misteriosa de dentro da escuridão.
- Quem está aí?- Gritei.
A pessoa começou a se aproximar, passo após passo foi ficando mais próximo, quando chegou perto o bastante para podermos ver quem é, tivemos uma surpresa. Era ele! Bastian Heutz.
- Uma armadilha!- Gritou Fritz.
Olhamos ao redor esperando sermos cercados por outros soldados, mas não veio ninguém. Éramos somente nós e ele.
- Não virão outros soldados, somos apenas nós aqui.- Disse Heutz.
- Você poupou o nosso trabalho, sabia?- Provocou Julia.
- Do que está falando? Eu sozinho sou mais do que suficiente para lidar com vocês.- Ele respondeu de volta, desembainhando uma espada.
- Você vai pra cima de nós com uma espada? Você já tá morto!- Disse Berthold em tom de vitória.
- Boa sorte então.
Heutz avançou tão rapidamente que nenhum de nós teve tempo de sacar a arma, ao olhar pro lado, vi a sua espada enfiada no peito de Berthold, um golpe fatal.
- Berthold!- Gritei.
- Eu não gosto muito de prepotência, então eu vou matar você e sua amiga primeiro.- Disse Heutz, retirando a espada do corpo de Berthold que cai sem vida no chão. Ele então foca seu olhar para Júlia.
Atiramos no maldito, mas por algum motivo todos os tiros erraram, ele não desviou, os tiros simplesmente erraram.
Ele então avançou por nós até chegar em Júlia e lhe desferiu um golpe poderoso contra o seu peito, ela instantaneamente foi ao chão, provavelmente morta.
- Eu não acho que o cadáver dos seus dois amigos possam ouvir, mas o motivo de eu usar uma espada é que favorece o meu combate em alta velocidade, não faz sentido usar uma arma de fogo se eu vou ter que parar para mirar e atirar, igual a vocês que são alvos fáceis pra mim.
Eu estava em estado de choque, esse cara podia matar quem de nós ele quisesse, quando ele quisesse.
- Então... Próximo?
Heutz reparou em um dos nossos homens lá no fundo, ele estava com uma granada em mãos.
- Uma granada! Ótima ideia! Jogar uma granada em um lugar fechado como esse e com vários companheiros no local, você estaria poupando meu trabalho.- Disse Heutz em tom de deboche.
- Bom, mesmo morrendo esmagados, nós levamos você junto.- Respondeu o homem.
Antes mesmo que tivesse a chance de tirar o pino da granada, Heutz avançou até ele e fincou a espada em sua barriga.
- Acho que... Você não vai ter essa chance.
O homem segurou o braço de Heutz, impedindo que ele se movesse.
- Quem você pensa que é, desgraçado? Você vai morrer com esse seu deboche. Agora!
Nós atiramos em sua direção. Porém, Heutz foi mais rápido, dando uma joelhada na barriga ferida do homem e o fazendo largar. O general então foi para trás dele, fazendo seu corpo como escudo humano, bloqueando todos os tiros. Depois disso jogou o corpo dele em nossa direção. Pelo fato de estarmos em um lugar apertado, ele fez um "strike", derrubando vários de nós chão. Precisava de uma força considerável pra fazer isso.
Com sua espada novamente em mãos ele iniciou a ofensiva, os homens que estavam no chão eram golpeados um por um. Eu não conseguia levantar daquele chão, minhas pernas estavam moles. Mais tiros em sua direção, todos continuavam errando. Era como se errassem de propósito. Um por um nossos homens caíam. Eu estava assistindo tudo apenas esperando minha hora de ser morto também. É inútil, disse para mim mesmo.
- O que você está fazendo?- Disse Fritz enquanto atirava na direção de Heutz. - Levante e nos ajude.
- Não adianta! Nada que a gente faz funciona, ele não está nem se dando ao trabalho de desviar dos nossos tiros. Ele não é humano!
- E você vai aí ficar parado esperando ele te matar? Vai ficar aí parado olhando seus irmãos morrererem?
Aquilo foi como um tapa na cara, eu não podia assistir todo mundo morrer sem fazer nada. De repente senti algo quente crescendo dentro de mim. Minhas pernas tremiam mas eu me levantei. Armas de fogo não funcionam, então tem que haver outro jeito, pensei. Puxei a espada que guardava nas minhas costas, era um presente de meu pai, eu estava apenas a carregando como uma espécie de amuleto da sorte. Geralmente não fazia sentido apostar em uma espada ao invés de uma arma de fogo, mas nesse caso parecia que ela iria ser útil.
- Heutz!- O chamei. Eu não conseguia pensar em mais nada além de derrota-lo.
Heutz virou sua atenção para mim, parecia entretido com a ideia de alguém desafiá-lo para uma luta mano a mano.
- Tente não morrer muito rápido, tá?
Ele foi para cima. Sua velocidade era tremenda, mas meus reflexos estavam em dia e eu consegui bloquear todos seus ataques em sequencia.
- Você se defende muito bem, além de ser habilidoso com a espada.- Heutz observou.
O grande problema aqui era que eu não estava conseguindo atacar, ele era muito rápido e não me dava espaço para isso, eu conseguia bloquear seu golpes, mas se eu ficasse apenas defendendo ia acabar sucumbindo. Ele me golpeou novamente, só que esse ataque era um pouco mais lento que os demais, me dando a chance de desviar para o lado. Eu então avancei com uma estocada. Heutz já estava esperando por isso, ele havia feito uma armadilha e eu caí direitinho. Com um golpe, ele arrancou a espada de minha mãos e em seguida me chutou no peito, me jogando a uns 5 metros de distância. Antes mesmo que pudesse relembrar meu próprio nome, Heutz já estava à minha frente preparando seu ataque final. Aquele era o meu fim? Eu não ia conseguir desviar. Fechei os olhos e pensei, faça rápido.
Ouvi um barulho de aço se chocando e por algum milagre eu ainda estava aqui. Ao abrir meus olhos vi uma mulher entre eu e Heutz, ela parou o seu ataque com outra espada. Era a general que estava com ele durante o discurso. O que ela estava fazendo aqui?
- Ophelia, o que você pensa que está fazendo?- O grão general perguntou.
- Acabando com essa loucura.- Ela respondeu.
Heutz deu um pulo para trás.
- E você acha que pode me enfrentar?
- É o que eu preciso fazer.
A general pulou em direção a Heutz, eu estava pensando que isso era suicídio, mas ela era muito boa. Os dois estavam trocando golpes de igual para igual, a general estava mais perto de ferí-lo do que eu jamais estive, porém ela acabou se empolgando, deu um golpe direto em direção a Heutz, que simplesmente desviou para o lado, a fazendo passar reto, ele então mirou em suas costas, dando uma estocada. Nesse momento pensei que a luta estivesse acabada, mas de uma maneira que não sabia explicar, a espada simplesmente passou por dentro dela, não foi um desvio nem nada, a espada atravessou mesmo, como se ela fosse um fantasma ou um holograma. A general então se recuperou e desferiu um golpe em Heutz que defendeu a tempo, antes de saltar para trás.
- Eu odeio essa sua habilidade, sabia? Ophelia, a fantasma.
Os dois se encararam por um tempo, era evidente que se respeitavam como adversários. O ar de Heutz finalmente havia ficado sério. A general botou o olho em nós.
- O que vocês ainda estão fazendo aqui? Fujam! Eu enfrento ele.
Não havia muita saída de fato, não tínhamos chance contra o Heutz. Era melhor deixar que esse outro monstro o enfrentasse.
- Façam o que ela disse, vamos embora.- Fritz disse.
Eu, Fritz e outro guerreiro que havia sobrado corremos dali. A medida que fomos andando podíamos ouvir o estalar de espadas ao longe, ia ficando cada vez menor à medida que avançávamos. Fritz então parou.
- O que foi?- Perguntei.
- Não podemos deixá-la sozinha contra aquele monstro.
- Mas ela também é um, assim como ele.
- Pode até ser, mas ela nos salvou.
- E o que você quer que a gente faça?
- Vamos ajuda-la.
- Não acredito que você quer voltar lá depois de termos conseguido fugir.
- Não deixamos ninguém pra trás, lembra?
- Ela não é uma de nós.
- Mas quem está lá lutando contra o Heutz mesmo?
Eu queria bater no Fritz e levá-lo a força naquele momento, mas ele não estava errado.
- Você. Avise ao pessoal que estamos aqui, peça para virem nos resgatar.- Disse ao guerreiro que sobrou.
- Pode deixar.- Ele disse. Na verdade parecia aliviado por não ter que voltar. Ele foi em frente, enquanto eu e Fritz voltamos.
Estava em uma batalha difícil. Eu era bem forte, mas Heutz parecia estar em outro nível. Era como se ele tivesse a leitura perfeita dos meus ataques, não me permitindo acertar nenhum. Além disso, seus contra ataques sempre eram rápidos e perigosos, me dando muito trabalho para defender. - Pensei que você fosse mais do que isso, Ophelia. Aquele rapaz não lutou nada pior que você. Inclusive eu tenho que ir atrás dele, por isso vou terminar isso rápido. A primeira coisa que eu vi quando acordei foi Brandt sentando em uma cadeira em frente à cama que eu estava deitado, me observando. Estávamos em um quartinho velho, provavelmente na cidade baixa.- Você acordou.- Por quanto tempo eu dormi?- Só por algumas horas. Agora se não for muito incômodo, você pode me dizer por que tem uma general de Liandria no quarto ao lado? E por que você pediu pra cuidarmos dela ao invés de a matarmos?- Ela me ajudou a sair daqueles esgotos.- É quase um insulto... De todos nossos irmãos que estavam lá ontem, você salva uma maldita soldado liandrina?- Disse Brandt indignado. Estávamos a mais de um dia inteiro na estrada, pena que minha companheira de viagem não era das mais divertidas. A menina feiticeira ficou quieta praticamente o tempo inteiro, só falando para pedir pra ir ao banheiro e de vez em quando pra perguntar se faltava muito pra chegarmos. Finalmente havíamos chegado na minha cidade natal, uma pequena cidadezinha no interior de Luniantes. Eu fui embora há 10 anos atrás para ir me aventurar em Liandria e era meio estranho voltar assim de repente, mas não havia outro lugar pra onde fugir com essa garota. Em nenhum outro lugar iriam me acolher como aqui. - Chegamos.- Falei. - É diferente da Cidade Capital. Os prédios são menores e tem menos gente.- Klaus
Morelo
Era engraçado como um soldado treinado para encarar todo tipo de perigo e que até já havia ido pra uma guerra, estava completamente apavorado para sair com uma garota. Só que não era qualquer garota... Era Lena. Estava meio precário de roupa, já que quando fugi do meu apartamento com Cara não parei para pegar nenhuma, além do casaco que ela estava usando. Então eu acabei tendo que usar as daqui mesmo, o problema era que elas eram da época que eu tinha no máximo 18 anos. O fato disso ter sido há 10 anos atrás reduzia bastante minhas escolhas, já que algumas camisas estavam desbotadas, algumas calças rasgadas, algumas não me cabiam mais, ou simplesmente eram muito infantis pra um adulto usar. No fim eu encontrei dentro do meu antigo guarda roupa um smoking que pertencia ao meu pai, ele me
EU ão sabia agir como uma pessoa normal.Eu e tia Beth tinhamos entrado em um lugar que ela chamou de "loja de roupas’’.- O que a gente faz agora?- Eu perguntei.- Você escolhe uma peça que te agrada. Pode escolher qualquer uma, não tem problema. Eu pago.- Mas como eu vou saber qual vou escolher?- Escolha a que achar mais bonita. Eu acho que já achei uma camisa maravilhosa pra mim. Já volto, enquanto isso tenta escolher alguma coisa.A tia Beth pegou uma camisa e entrou em alguma espécie de cabine escrita "P-R-O-V-A-D-O- R". Eu começei a andar pela loja sem muita certeza do que escolher, até que achei um homem com uma pele super branca. Ele não piscava, nem se mexia, o que era super estranho.- Moço, você está bem?Ele continuou lá parado sem dizer nada.- Moço? Por que
Cara havia me feito gelar.- Do que você está falando?- Eu vi! Vi sua cidade pegando fogo!Ela estava desesperada e aquilo me deixou preocupado. Provavelmente era apenas um sonho, mas ela era a feiticeira no fim das contas, tinha uma chance dos sonhos dela terem algum significado real. Olhei para Lena e ela compartilhava a mesma cara de preocupação que eu.- Calma, ok? Eu tenho certeza de que é só um sonho.- Não, não é. Eu posso sentir, posso sentir a dor das pessoas de lá. É como se uma parte minha estivesse lá... e tenha causado isso.- Ok. Você não está falando coisa com coisa.- Eu também não sei explicar, mas eu sinto uma conexão forte com um homem que eu vi no meu sonho.- Mas que homem?- O nome dele é Staltz, eu o vi em meu sonho.
Eu acordei, ainda estava de madrugada e Lena estava no volante. Já Cara estava no banco de trás mexendo no seu celular, coisa que ela fazia desde que partimos de Cleyra.Estava chovendo um pouco, somado com a escuridão se tornava um desafio enxergar, mas Lena estava indo bem. Por sorte a estrada seguia em linha reta e não havia mais nenhum outro carro na estrada.- Oi, dorminhoco.- Ela disse.- Que horas são?- São cinco e meia, daqui a pouco já vai amanhecer.- Ótimo, porque já estamos bem perto cidade centra
Eu e Klaus havíamos chegado na estação.Nós dois estávamos irreconhecíveis. Eu estava usando uma peruca loira e lentes de contato azuis, que serviam para esconder o verde forte dos meus olhos. Além disso, estava usando um casaco feito de pelo marrom e um chapéu vermelho que parecia ser bem caro. Na verdade toda a roupa que eu estava vestindo parecia ser cara. Eu estava parecendo uma mulher da alta classe, toda arrumada e maquiada. Nunca pensei que alguma vez iria me parecer assim na minha vida. Na minha identidade estava escrito “Marisa Coupet” e nela dizia que eu era uma cidadã da Jacsônia. A foto ao lado de meu nome estava exatamente igual a minha aparência de agora, eles fizeram um ótimo trabalho a falsificando.Klaus estava com o nome de “Jean-Pierre Baptiste” e vestia uma roupa de viagem junto com óculos escuros, além de estar mais bronzeado, o q